P.O.V. Caroline.

Não acredito que concordei com isso. Ele me fez vestir uma roupa bastante reveladora, mas eu não me importo só ele vai ver mesmo.

Ficamos dias dentro do enorme atelie. Claro que paramos um pouco para eu esticar as pernas, comer e dormir, mas passávamos praticamente o dia todo enfiados lá dentro.

Foram meses para pintar um único quadro. Quando disse que era perfeccionista Klaus não estava brincando, ele era muito neurótico quando se tratava de seus quadros, mas devo admitir que quando finalmente ficou pronto era uma obra de arte digna de ser colocada em um museu famoso.

—Acabei.

—Finalmente!

—Veja se gostou?

—Uau! Ficou incrível.

—Gostou mesmo?

—Sim. Gostei.

—Mas, eu não fiz absolutamente nada além de retratar o ser mais belo do mundo.

—Nossa! Obrigado.

—De nada. Você é a minha musa inspiradora Caroline Forbes.

—Estou me sentindo a Mona Lisa agora.

—Não. Aquela mulher nem se compara a você e os seus olhos brilhantes, seu cabelos loiros mais macios que a seda e mais amarelos do que o sol.

—Uau!

—Você é linda Caroline.

—Obrigado. Você também é.

—Será que gostaria de fazer um retrato meu?

—Acho melhor não.

—Porque?

—Eu não tenho talento para as artes.

P.O.V. Klaus.

Eu nunca vou deixar nenhum outro homem colocar os olhos nesse quadro, assim como nunca deixarei nenhum homem além de mim e do meu irmão colocar os olhos nela.

Nenhum homem pode tocá-la. Ela é minha.

A minha linda Princesa.

—Klaus?

—Sim?

—Você está bem?

—Sim. Estou.

—Tem certeza?

—Tenho.

—Que bom. Por um momento pensei que estivesse catatônico.

—Não. Estou bem.

—Eu vou trocar de roupa.

—Espere.

—Sim?

—Nada eu só queria dar uma última olhada.

—Você está olhando pra mim á mais de três meses!

—Eu sei. Mas, nunca vou me cansar de olhar para vós.

—Claro.

Ela olhou pra mim e disse:

—Ham, pode se virar por favor?

—Claro.

—Não olhe.

Caroline se trocou e quando acabou disse:

—Pronto. Pode se virar agora.

O espartilho estava desatado.

—Pode, puxar as cordas e amarrar por favor?

—Claro minha Princesa.

Acho que puxei com muita força.

—Não consigo respirar.

—Me perdoe.

Desatei o nó e refiz o procedimento desta vez, puxei com mais delicadeza.

—Melhorou?

—Sim. Obrigado.

Caroline passou com facilidade pelo buraco da armação da saia e depois foi recolocando as roupas camada por camada.

—Pronto.

—Não incomoda ter que usar toda essa roupa?

—Você não faz a menor ideia. Nos dias quentes é como entrar em um forno e espartilho não nos deixa respirar direito o que nos faz ofegar quando falamos.

E os sapatos de salto são horrivelmente desconfortáveis, por isso eu passo a maior parte do tempo sem eles.