Literally Falling From A Parachute

Capítulo 60: Longe de ser tradicional


Cabras gostam de cheirar as pessoas.

Era a única coisa que passava por sua mente enquanto ele estava com o pai, preparando-se para caminhar pelo corredor para se juntar ao seu noivo. Ele olhou ao redor das árvores para a pequena multidão de amigos e familiares. Eles estavam sentados em pequenas cadeiras brancas, tomando banho de sol, provavelmente torrando, mas Kurt realmente não se importava no momento, porque enquanto o adorável homem que estava no topo do corredor estivesse sorrindo, Kurt estava feliz.

Ele estava prestes a se casar. As cabras provavelmente não deveriam estar vagando pela sua mente. Blaine provavelmente não estava tendo esses pensamentos. Não. Ele estaria pensando em ursos polares saltitando pelo corredor ou desejando poder se afastar da cerimônia por um minuto para se divertir com as borboletas ao seu redor no Jardim Conservatório do Central Park.

Burt cutucou ao lado de Kurt, e ele olhou para ele como um sorriso frenético. Ele ficou louco durante todo o processo de planejamento do casamento, contornando várias curvas e quedas e depois aterrissando de volta onde havia começado. Louco como Blaine. Louco por Blaine. E para Blaine e tudo sobre Blaine. Kurt respirou fundo e ergueu os olhos. Ele desistiu de tentar não sorrir como um bobo. Isso estava acontecendo. Agora mesmo.

A música começou a tocar, Burt começou a guiar Kurt pela linha das árvores, sorrindo orgulhosamente, com a cabeça erguida. Kurt cambaleou assim que a cerimônia começou. Quase internamente. Esse tipo de sensação quando seus tornozelos quase cedem e você sente que está prestes a morrer, mas se indireta imediatamente e ninguém mais nota.

Kurt estava prestes a ter um colapso, mas seguiu em frente sem problemas. Seu olhar estava fixo no homem no final do corredor. Seu cabelo castanho e fofo foi domado pela primeira, o novo corte era mais curto e dizia adeus aos cachinhos. Seu rosto tinha aquela barba rala que lhe dava um charme de homem adulto. Ele usava um terno branco e um enorme sorriso, estava balançando de um lado para o outro animadamente, batendo os dedos nas coxas.

Kurt não viu os sorrisos nos rostos de suas amigas ou as lágrimas que seus amigos estavam tentando reprimir. Ele não notou os três cães sentados ao lado vestindo um smoking combinando, ou o único cachorro branco mastigando seu traje e girando como um psicopata.

Todos os pensamentos sobre cabras se foram, Kurt estava focado no seu pequeno. Burt beijou sua bochecha quando chegaram ao final do corredor, e Kurt entregou o seu buquê para Quinn e ficou na frente de Blaine. Olhar para o noivo era como encarar o sol, Kurt teve que ficar piscando os olhos. Além, estava incrivelmente quente naquele dia.

— Você é a pessoa mais linda que eu já vi. — Blaine sussurrou.

Kurt pegou as mãos de Blaine para impedi-lo de se mexer e bater. Ele realmente tentou ouvir o que o ministro estava dizendo, mas o rosto de Blaine estava brilhando com intensidade de mil sóis, e o rosto de Kurt estava doendo de tanto sorrir, então ele desistiu e se perdeu em seus olhos castanhos.

— Eu amo você, pequeno. — Ele murmurou.

Quando o ministro ficou em silêncio, Kurt percebeu que era a hora de seus votos. Sua mente estava em branco. Ou estava tão cheio que ele não conseguia processar. Os olhos de Kurt se arregalaram e sua mente girou. Ele não conseguia parar de encarar os olhos de Blaine.

Ele era um escritor. Ele deveria se lembrar dos seus malditos votos.

Kurt fechou os olhos por um segundo, estava totalmente despreparado pelas palavras que voltaram para ele assim que o contato com o rosto de Blaine foi quebrado. Ele respirou fundo e encontrou o olhar de Blaine. Perguntou-se quando tempo ele ficou em silêncio. Ele precisava falar. Ele registrou brevemente algum tipo de animal choramingando ao fundo.

— Blaine.

Os lábios de Kurt se curvaram quando Blaine cantarolou.

— Você é uma luz no mundo. Uma luz maravilhosa que eu chamo de minha. — Kurt disse devagar. — Você irradia alegria e bondade todos os dias. Mesmo quando o mundo não merece isso de você. E tudo que você pede em troca é um sorriso ou algumas palavras bonitas. Você me deu esperança de que realmente existem coisas boas, pessoas felizes por aí, que só desejam tornar o mundo um lugar melhor.

Blaine balançou alegremente em seus calcanhares antes que Kurt o acalmasse novamente.

— Você é estranho, pequeno. — Kurt brincou com uma risada. Ele ouviu risadas silenciosas de seus amigos ao redor. E aquele cachorro choramingando alto.

Se eles pudessem terminar esse casamento sem Zyon arruiná-lo, seria um grande sucesso.

— Vou segurar sua mão quando você estiver com medo ou quando seu mundo girar para longe e as palavras escaparem de você. Vou criar as crianças mais bonitas com você e, mesmo com oitenta anos de idade, juro fazer todas as panquecas e biscoitos que você puder comer.

A respiração de Blaine estava ficando superficial, e Kurt se inclinou para frente, então seu rosto estava a poucos centímetros de distancia.

— Te amo muito, meu pequeno. — Ele sussurrou.

Kurt esperava que Cooper estivesse gravando isso porque ele não se lembraria de nada amanhã. Ou em cinco segundos. Onde ele estava com a cabeça? Ele estava se casando com Blaine Anderson.

Kurt olhou para os rostos atrás de Blaine. Sam estava sorrindo amplamente, com a boca bem aberta. Pam estava chorando em um lenço e Ellen esfregava as costas suavemente. Cooper ficou do lado filmando a cerimônia com uma câmera de vídeo.

Blaine estava balançando de um lado para o outro, animado, ou porque estava prestes a desmaiar, Kurt não sabia. Ele estendeu a mão e suavemente apertou a orelha de Blaine para lhe dar algo em que focar. Blaine respirou fundo por um segundo e respirou fundo. Kurt ouviu o cachorro choramingar novamente. Alguém precisava sumir com Zyon daquele lugar.

— Kurt. — Blaine disse, um pouco mais alto do que necessário. Ele balançou a cabeça e Kurt puxou sua mão porque Blaine bagunçava o cabelo dele. Na verdade, foi uma tentativa frustrada, o cabelo curto não permitia isso.

Há quanto tempo ele estava parado neste altar? Sete anos?

— Primeiro, eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo. — Blaine começou, olhando nos olhos de Kurt. — E hoje... Eu te faço meu. — Os lábios de Blaine se curvaram quando ele disse isso. Ele parecia satisfeito. Como se tivesse conseguido dominar o mundo. — E ainda não consigo acreditar. Nunca vou acreditar. Porque... Porque... Você é minha coisa favorita. A melhor coisa. Então hoje... Prometo-lhe o mundo. Porque você merece. Prometo que vou dançar como um bobo por você. Eu-eu vou te abraçar quando você chorar e te beijar quando você rir. Eu assistirei musicais a noite toda quando você estiver doente e... E eu vou ficar ao seu lado quando as pessoas são ruins.

Os olhos de Kurt estavam borrando, mas ele os manteve trancando com os de Blaine. O moreno estava balançando nos calcanhares ainda mais agora.

— Eu prometo que vou deixar você, vo-você pode, eu, nós...

— Devagar. — Kurt murmurou, apertando as mãos de Blaine.

Blaine respirou fundo e Kurt sorriu para ele com carinho.

— Eu prometo... Que vou deixar você bagunçar meu cabelo e me chamar de desajeitado e jogar marshmallow em cima de mim no café da manhã, porque eu sei que você faz isso por amor. Muito amor. — Blaine disse devagar. — E quando estivermos velhos, como elefantes, e nos movendo lentamente, rolando na lama e não comendo nada além de pudim de chocolate, eu vou te amar tanto quanto neste momento.

Kurt provavelmente acabaria rolando na lama. Se ele estava louco agora o suficiente para fazer isso, imagine com oitenta anos. Ele concentrou-se em tentar não chorar. Ou tentando não soluçar, porque lágrimas já estavam caindo dos olhos dele. Havia um coro de fungadas das damas de honra atrás dela, mas ele não ousou se virar.

— Eu te amo muito. — Blaine inclinou-se para mais perto. — Se você vive até os 100 anos, quero viver um dia a menos, para não ter de viver um dia sem você.

Lá estava. A citação de ursinho Pooh que Kurt estava esperando.

Seu rosto estava prestes a se abrir com toda a emoção que ele estava segurando por dentro. Blaine enxugou algumas lágrimas e depois se aproximou para que seus dedos tocassem os de Kurt. Ele sorriu para ele como se não estivessem sendo vigiados por vinte pessoas.

— Podemos ter os anéis, por favor? — O ministro perguntou.

A menor que Zyon os tivesse na boca, sim. Sam deu um passo à frente e os entregou, piscando para Blaine quando ele voltou ao seu lugar. As mãos de Kurt estavam trêmulas demais para deslizar um anel nos dedos de outra pessoa. Especialmente quando os dedos dessa pessoa estavam mais trêmulos que os dele. Parecia que ele estava desativando uma bomba. Em um terremoto. Durante uma convulsão. Sua garganta estava se fechando. Era estressante.

Kurt olhou com admiração para a aliança de ouro no dedo esbelto de Blaine quando ele finalmente conseguiu. Blaine colocou a de Kurt e, em seguida, pegou sua mão e a beijou. E então ele beijou o noivo.

Ou Kurt perdeu a sugestão do ministro, ou Blaine não se incomodou em esperar. De qualquer maneira, os lábios de Blaine deslizaram suavemente contra os de Kurt. Era como se eles estivessem de volta ao apartamento antigo de Kurt. O escritor colocou uma mão na parte de trás do pescoço de Blaine, inclinando a cabeça e aprofundando o beijo ainda mais.

Foi o seu primeiro beijo com o marido, e ele faria o que era certo.

***

A primeira dança deles foi ao som de "Let’s Stay Together", de Al Green. Blaine cantava baixinho com ele enquanto eles balançavam pela pista de dança. Blaine estava aprofundando sua voz para tentar combinar com a música e Kurt estava rindo em seu ombro. Blaine aproveitou a oportunidade para girá-lo e os casais ao redor da pista de dança aplaudiram antes de se juntar. Sam foi o primeiro, com Margot como sua parceira.

Zyon tinha sido autorizado a entrar na recepção, ele podia ser visto pulando nas pernas das pessoas, vestindo metade do smoking.

Kurt percebeu que as pessoas pareciam perder o controle de si mesmas nas recepções de casamento. O próprio estava incluído nisso. Blaine estava pulando pelo palco fazendo a dança de “Sexy and I Know It”, que Sam tinha o ensinado. Kurt estava bem ao lado dele, pulando para cima e para baixo e gritando as letras da música num ritmo totalmente errado.

— Você é um bom dançarino, querido. — Blaine comentou sem fôlego, passando um braço em volta dos ombros de Kurt quando a música terminou. Kurt não se incomodou se era um comentário sarcástico ou não, mas ele concordou alegremente.

— Hora do karaokê! — Ryder gritou. Ele subiu no palco quando Blaine ajudou Kurt a descer. Unique e Kitty o seguiram, com Jasper no reboque.

Blaine levou Kurt até a mesa da festa do casamento, onde Brittany, Santana, Quinn, Sam e Oliver estavam sentados. Kurt tentou se recompor depois daquela apresentação. Ele tinha se transformado em um daqueles monstros infláveis que agitavam os braços em postos de conveniência. Ele olhou em volta e focou na mesa de comida. Qualquer coisa para tirar sua mente da mão quente de Blaine em seu ombro e das coxas grossas que ele podia ver debaixo da mesa.

— Você quer bolo ou biscoitos, querido? — Ele perguntou para Blaine, brincando com os dedos em seu ombro.

Blaine sorriu para ele, com as bochechas coradas de tanto dançar. Kurt tentou acariciar seus cabelos castanhos e macios.

— Sim, por favor. — Blaine assentiu, completamente sério.

— Ou. — Kurt repetiu imediatamente, sorrindo. — Escolha apenas um.

Blaine torceu o rosto como se fosse uma coisa horrível ao fazê-lo escolher. Kurt sabia que ele estava brincando e zombando. Sam e Oliver assistiram com diversão.

— Bolo ou biscoitos. — Kurt enfatizou, empurrando levemente o ombro de Blaine.

— Sim. Por favor. Kurt. — Blaine disse devagar, mantendo a cara séria.

Kurt inclinou-se para frente e o beijou, ignorando o gemido de Santana.

— É o casamento deles, cara. Deixe-os em paz. — Sam defendeu os amigos.

Então ele deu uma grande mordida em algo e engasgou. Blaine afastou-se para ver o que era e se ele poderia ter um pouco. Oliver deu uma tapinha nas costas do namorado.

Brittany levantou-se abruptamente e bateu palmas para tentar chamar a atenção de todos. Quinn puxou seu braço e entregou-lhe um copo e garfo. O que foi muito mais eficaz... Em fazer uma enorme bagunça. Quinn afastou-se do vidro quebrado e fingiu que aquilo não tinha acabado de acontecer.

— Bem. — Ela disse, girando para ter certeza que todos os olhos estavam nela. — Como dama de honra de Hummel. Tenho algo a dizer, porque tenho que dizer algo, aparentemente.

Kurt revirou os olhos.

— Conheço Kurt desde o colegial. Ele sempre foi uma pessoa brilhante, com um talento enorme. — Quinn fez alguns gestos com os punhos para enfatizar. — Ele costumava sair com aquele bocudo ali.

Sam levantou a mão e sorriu quando Quinn apontou para ele. Brittany acenou de volta, mas Santana abaixou sua mão, rindo baixinho.

— Agora... Hummel sempre foi um dos meus melhores amigos, sempre teve esse coração enorme e essa coragem imensa de sempre me dizer quando estou errada.

Blaine inclinou-se para o lado de Kurt e beijou bem no canto do olho, deixando glacê em seu rastro.

— E então ele conheceu o pequeno Frodo, esse esquisito aqui, que tem um coração feito de filhotes e um cérebro feito de enciclopédias e algodão doce.

Kurt assentiu, pois era verdade. Zyon veio pulando para o lado dele com um chapéu de coco na boca.

— Não vou mentir, eu pensei que B era um assassino na primeira vez que eu o conheci, e que eu seria chamada para identificar o corpo de Kurt por causa do seu aluno psicopata.

Bem, era um discurso adorável.

— Mas... Eles pegaram seus gostos estranhos e corações de cachorrinhos e criaram uma enorme e nojenta bola de amor, que eu testemunho quase todos os dias. — Quinn suspirou como se estivesse com dor. — Blaine, Kurt, o que vocês têm é o doentio. Seu amor me faz querer vomitar o tempo todo, mas é comovente.

Blaine riu baixinho com a boca cheia de bolo, enquanto Zyon tentava roubar um pouco para si.

— E é divertido vê-los tão feliz e eu sou grata por tê-los na minha vida. — Quinn murmurou suas últimas frases, que Kurt mal as ouviu, e ergueu o copo. — Para os Anderson Hummel, desejamos-lhe o melhor!

Kurt aplaudiu alto e Sam gritou do outro lado da mesa.

— Isso foi muito gentil da sua parte, Quinn. — Kurt arqueou a sobrancelha, com os braços cruzados. — Poderia fazer isso mais vezes.

— Nunca mais. — Quinn mostrou-lhe a língua.

— Mas você é tão doce, como uma bolinha de massa de biscoito. — Brittany sorriu docemente.

Blaine colocou a mão na coxa de Kurt e se inclinou para chamar sua atenção.

— Temos isso né? — Ele perguntou animadamente.

Quem diabos serviria massa de biscoito crua em uma recepção de casamento? Boa pergunta, mas é claro que havia massa de biscoito na recepção do casamento de Blaine. Kurt apontou e Sam foi buscar um pouco para Blaine. Ao mesmo tempo em que Ryder, Unique, Kitty e Jasper entraram em um medley de Bee Gees, estridente e assustador.

Burt, Carole e Pam dançaram durante "Stayin’ Alive". Eles se inclinaram na frente de Blaine para recuperar o fôlego, com as mãos nos joelhos. Talvez eles estivessem um pouco velhos para ter febre disco. Talvez as recepções de casamentos não devessem se transformar em festas de discotecas.

— Blaine, nós gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para recebê-lo oficialmente na família. — Burt proclamou uma vez que ele se endireitou.

Kurt sorriu e observou o rosto de Blaine.

— Nós consideramos você nosso outro filho por um tempo. — Carole disse, colocando uma mão na cabeça de Kurt e a outra na de Blaine. — Mas hoje a noite se torna um Hummel Hudson e não há como escapar agora.

Blaine balançou a cabeça vigorosamente. Kurt riu, ele tinha Blaine em sua armadilha e nunca estava deixando ir.

— Pensamos em fazer uma pequena dança em comemoração. — Pam sorriu.

Blaine a observou, com um olhar inabalável. Seus pais podem desmaiar no meio da pista, mas ele estava pronto.

— Então, adoráveis filhos, vamos?

Burt estendeu a mão para Blaine enquanto Pam estendeu a mão para Kurt. Talvez "Disco Inferno" não tenha sido a música mais tradicional para aquele momento, mas talvez tenha sido perfeita. Kurt e Blaine estavam longe de ser tradicionais.

Blaine pegou a mão do sogro, rindo da imitação do "John Travolta" que ele fez até a pista de dança. Ele se virou para ver Kurt ensinando a Pam os mesmos movimentos. Blaine chamou a atenção do marido com um sorriso quando a música começou a tocar.

It was so entertaining when the boogie started to explode, I heard somebody say

Burn baby burn!

Burn that mother down

Burn baby burn!

Disco inferno

Burn baby burn!

Burn that mother down

***

— Estamos em casa! — Blaine gritou, abrindo a porta da frente, mas agarrando o ombro de Kurt antes que ele pudesse entrar. — Eu tenho que te carregar.

Kurt estava meio temeroso, pois ambos estavam embriagados e fracos de tanto dançar. Blaine deixou os cachorros entrarem e depois se virou para pegar o escritor.

— Não me deixe cair. — Kurt avisou com um sorriso, gritando quando Blaine o carregou nos braços. Ele colocou os braços em volta do pescoço de Blaine, e este os empurrou pela porta antes de chutá-la.

Blaine começou a cantarolar assim que eles estavam completamente dentro.

Take me on a trip, I'd like to go some day, take me to New York, I'd love to see L.A., I really want to come kick it with you, you'll be my american boy, american boy.

Blaine saltou pela sala com Kurt nos braços e Kurt deu uma tapa no ombro dele levemente.

— Pequeno, pare de cantar. Me leve para a cama.

Blaine mudou de direção, mas cantou mais alto.

Would you be my love, my love, could be mine, could you be my love, my love, would you be my american boy, american boy.

Kurt enterrou o rosto no pescoço de Blaine para que se ele caísse, pelo menos seria uma surpresa. Ele sentiu Blaine desviar e olhou para cima para encontrá-los na cozinha.

— Blaine. — Ele repreendeu.

— Eu preciso de água. — Blaine disse, ofegando como se estivesse andando pelo deserto.

Kurt estendeu a mão e pegou uma garrafa.

— Mais alguma coisa?

Blaine aproximou-se do pote de biscoitos e inclinou o corpo de Kurt.

— Biscoito, por favor.

Kurt revirou os olhos, mas pegou dois biscoitos e colocou um na boca aberta de Blaine. Ele podia sentir-se escorregando, então colocou um braço em volta do pescoço de Blaine com mais firmeza e cantarolou para ele se apressar. Blaine inclinou o rosto para o teto para que o biscoito não caísse da boca e depois saiu da cozinha e saiu pelo corredor até o quarto. Era como estar em uma montanha-russa. Uma montanha russa muito insegura que fez Kurt se sentir como se estivesse prestes a morrer.

Blaine colocou Kurt ao lado da cama e se virou para fechar a porta para que os animais não pudessem entrar. Ele colocou o resto do biscoito na boca, engoliu em seco e respirou fundo para se acalmar. Kurt assentiu com um sorriso. Blaine olhou para ele da porta. Ele parecia brincalhão, porque Blaine sempre parecia um brincalhão, mas seus olhos estavam escuros. Kurt conhecia aquele olhar. Ele ficou parado e esperou Blaine voltar até ele.

Blaine descansou as mãos levemente nos quadris de Kurt.

— Você é meu marido. — Ele afirmou calmamente.

— Sim, eu sou. — Kurt riu.

— Você vai passar o resto da sua vida comigo.

Kurt assentiu, passando os braços em volta da cintura de Blaine. Os dedos de Blaine brincavam com o tecido da camisa de Kurt.

— Sim, eu sou.

— Você vai nadar comigo com os golfinhos em nossa lua de mel e visitar as grandes tartarugas. Vamos ao zoológico de Honolulu e vamos beber todas as vitaminadas de frutas que tiver.

— Com certeza. — Kurt cantarolou. — Então o que você está fazendo agora?

Blaine não se mexeu, e as pernas de Kurt estavam prestes a ceder. Quem diria que os casamentos eram tão cansativos. Blaine ficou em silêncio, ele passou as mãos para cima e para baixo na cintura de Kurt.

— Eu estou... Eu vou te deitar.

Soava interessante. Kurt poderia aceitar isso. Blaine passou as mãos pelas costas de Kurt e inclinou a cabeça para capturar seus lábios. Seu nariz cutucou a bochecha de Kurt, e este se inclinou para ele.

— Qual o próximo passo? — Kurt sussurrou.

— Bem, eu, hum, pulei um passo. Primeiro, nós tiramos as roupas. E então eu vou te deitar.

Kurt riu e beijou a orelha de Blaine.

Blaine estava usando a voz rouca que ele tinha quando estava mal-humorado ou cansado. Ou excitado. Ele agarrou os ombros de Kurt e desabotoou lentamente os botões da camisa, em seguida, tirou o cinto e desfez o zíper da calça e deixou tudo cair no chão. Kurt ouviu Blaine engolir em seco, ele corou e sorriu.

— Eu tenho o marido mais bonito do mundo. — Blaine murmurou.

Aquilo fez Kurt corar ainda mais. O olhar do mais novo estava fixo no abdômen pálido e definido.

— Sua vez, querido. — Kurt sussurrou.

O mesmo processo foi feito nas roupas de Blaine, logo uma pequena pilha de roupas estavam no chão. Kurt passou as mãos sobre as costas lisas e bronzeadas e os quadris cheios. Então ele deu um passo à frente e passou os braços em volta de Blaine, deixando alguns beijos quentes de boca aberta ao longo dos ombros. Blaine choramingou, ele pegou Kurt para que as pernas de Kurt estivessem enroladas na cintura e os arrastou para a cama. Kurt gemeu assim que ele caiu de costas na cama.

Blaine subiu em cima de Kurt, ele conseguiu encontrar o caminho para os lábios de Kurt e passou a língua ao longo do lábio inferior até Kurt deixá-lo entrar. Os dedos de Kurt encontraram os mamilos intumescidos de Blaine, sorrindo quando Blaine teve que enterrar o rosto no travesseiro ao lado para abafar o gemido.

— Você está espalhando migalhas em todo canto. — Kurt bufou. Blaine não tinha engolido o biscoito? Como ele ainda conseguiu deixar migalhas em todas as superfícies com as quais entrou em contato?

— Mhmmm. — Blaine gemeu.

Desculpas aceitas.

Kurt podia sentir o quão animado Blaine estava, se a sensação em sua coxa fosse alguma indicação. Blaine levantou os quadris, equilibrado sobre os joelhos, como se soubesse para onde Kurt estava indo. E o que ele estava pensando. Eles eram profissionais nisso agora.

Kurt puxou a cueca de Blaine pelas coxas e Blaine embaralhou tudo até que ele pudesse arremessá-la da cama. Literalmente, arremessá-lo pelo elástico como um estilingue. Era um que Blaine gostava de jogar. Se houvesse um cesto por perto, ele o transformaria em uma cueca de basquete. Kurt levantou os quadris e permitiu a Blaine fazer o mesmo com o dele. Ele estremeceu ao primeiro contato pele com pele.

— Eu te amo, pequeno. — Kurt sussurrou, porque ele não conseguia se controlar. E ele não devia, quando esse era o sentimento. Blaine merecia ter seu mundo cheio de "eu te amo".

— Mm. Também te amo. Muito. — Blaine murmurou quando começou a balançar no ritmo dos quadris de Kurt.

Kurt não conseguia acreditar no fato que esse era seu marido. Seu marido, com pés gelados de répteis e cabelos macios, que amava biscoitos e pijama de dinossauros. Kurt parou de beijar a mandíbula de Blaine para olhá-lo nos olhos. Tinha alegria, prazer, luxuria e felicidade, e depois euforia e amor. Lembrou-se quando viu pela primeira vez aqueles olhos castanhos. Três anos atrás. Eles se recusaram a encontrar o dele e se concentraram numa folha de papel.

Agora eles estavam presos ao olhar de Kurt. Kurt sentiu como se pudesse ler sua mente. Olhar dentro da sua alma. Deveria ser irritante, mas... Blaine era sua vida agora. Kurt sabia tudo sobre ele. Kurt poderia ter isso todos os dias pelo resto de sua vida. Foi o que ele foi prometido hoje e ele estava satisfeito com isso.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.