Limoeiro

Por trás da verdade.


Aquela garota pomposa ficava me encarando de um jeito que eu realmente não gostava. Parecia me despir com os olhos. Me senti um pedaço de carne sei lá. Agora sei como as garrotas bonitas se sentem...

–--- Me diga uma coisa Cebolinha. ---- ela se levanta e vem ate mim. Eu ate tento me esquivar, mas aquele bicho enorme, (que estava parado atrás de mim), me segura! ---- Você sabe que a Monica também esta de volta? Não sabe?

–--- Mais é clalo que eu sei. ---- consigo escapar da grandona e saio de perto dos afagos da morena. Aquilo estava muito esquisito. ---- O que isso tem havel?

–--- O que isso tem haver? ---- Ela parecia ter se irritado muito com a minha pergunta, mas se segurou. ---- Você realmente não se lembra de mim...

–--- Desculpa eu... devia? ---- que idiota. Por que fui abrir a boca? Devia ter ficado calado... se eu soubesse eu tinha ficado quieto.

–--- Não, não. Esta tudo bem. ---- ela falou docemente. As pistas estavam todas lá, fui eu quem as ignorou. ---- Mas você quer mesmo ser um dos meus homens? Interessante...

–--- Você é a lidel? ---- claro bestão! Tenho raiva de mim mesmo só de lembrar desta burrice. Olha para este lugar de menininha. Affe! ---- M-ma-mas...

–--- O que foi? Não mudou de idéia mudou? ---- ela se recosta na mesa de maneira bem sexy, cruzando as pernas de modo a deixar o longo vestido abrir pela fenda e expor suas pernas. Que foi? To vivo!

–--- Clalo que não. Mas... ---- Respiro um pouco antes de falar. ---- Por que me chamou ate aqui?

–--- Bem... Que bom que você perguntou. ---- Ela começa a andar e o treco me obriga a sentar na cadeira. ---- Um relatório foi dado a todos os lideres. Sobre o retorno da turminha da Monica... ---- ela falava com muito ódio sobre a Monica e eu engulo seco. ---- Mas você não precisa saber o que tinha no conteúdo. Bem como um ex membro do grupo dela, você terá que provar sua lealdade a mim. ---- ela para bem na minha frente e põe as duas mãos sobre as minhas pernas e aperta as unhas na minha coxa. ---- Vá ate lá e descubra o que ela esta fazendo. Se infiltre e seja o meu informante. E te prometo que será beeem... recompensado.

Depois disso, ela sinaliza e o ser gigante me tira da sala. Bruscamente...

Fico com aquilo na cabeça o dia todo, a semana toda. Ate que um dia vejo um movimento estranho no antigo barracão. Aquele era o meu clubinho!

Mas ao chegar perto ouço uma voz suave e firme ao discursar sobre um meigo e lindo plano. Que tinha tudo para dar errado...!

–--- Ola ola... Quem dilia. ---- paro a porta, não tinha coragem de entrar. Me movi e falei sem pensar. Eu não devia estar ali, não devia ter contato com ela; com nenhum deles. ---- Mas que planinho mais chinflim este em. ---- mas agora já era, o jeito era entrar e encarar o destino.

Eu me sinto ainda pior quando todos vem ate mim e me cumprimentam felizes. Eles estavam felizes por me ver. Nunca me senti tão bem, em poder falar errado sem medo.

Mas ela não se aproxima de mim, fica ali distante e me pergunto o que poderia ser. Será que estava pensando no que disse no primeiro dia de aula? Me envergonho e tenho que espantar este sentimento de algum jeito. Eu tinha que enfrentá-la.

–--- Então você esta planejando voltal a sel a dona da lua? ---- provoco um pouco afim de obter alguma reação da sua parte.

–--- Bem... Estamos querendo ajudar a cidade a voltar ao que era. ---- mas ela me responde seria como sempre; parecia não sentir nada. Eu estava mais nervoso que ela? Como pode ser! ---- Você chegou bem na hora. Estávamos tentando bolar um plano. Era sua especialidade não é.

–--- Um plano? ---- indago me lembrando do plano horrível dela, e me preocupo com os planos da moça morena contra ela. E claro; a tal ordem que foi passada para todos os lideres. Eu não podia ficar quieto vendo que ela não sabia de nada. ---- Pelo que bem me lemblo eu não ela assim tão bom. Você semple estlagou todos.

–--- Eu não! O Cascão. ---- estas palavras me abalam mais do que eu esperava. Eu volto a olhar em volta e não o vejo em lugar algum. Meu melhor amigo... tinha perdido contato com ele dês que meus pais proibiram nosso contato. A ultima coisa que soube dele foi que estava em um bairro horrível e estava com medo. Batiam nele todo dia. ---- Em falar em Cascão cadê ele?

–--- Eu não sei. ---- respondo sem me dar conta, e me retiro. Quero me concentrar em poder ajudar quem eu ainda posso. ---- Perdi contato com ele a muito tempo.

Mas derrepente ela me pega pelo braço e me arrasta para fora, ate a parede que tinha o nome de todos. E o do Cascão também estava riscado. Ele estava aqui. Estava bem!

Começo a imaginar mil planos, já o incluindo como fazia antes.

Os dias passam e tenho que gerenciar três vidas, a escolar, os planos com a Monica e meu posto com a gangue Uniflora. Estava difícil de arrumar um tempo para dormir, mas eu daria conta. Eu via a cada dia como a ganguesinha fofa da Monica seria esmagada e destruída a comparando com as outras e fazia o que podia para treinar e fortalecer o time para que não morressem. Na verdade meus planos eram só para desanima-la a não fazer nada ate que eu conseguisse terminar o meu próprio plano.

Mas então as gangues menores ficam sabendo sobre ela e marcam ate uma reunião. Ate ai estava tudo bem ela só tinha que aparecer. Iam ver que era um bando de crianças e deixa-los em paz.

Mas ela tinha que faltar!

–--- Monica! A onde você pensa que vai! ---- pego ela no corredor passeando. Meu sangue ferve tanto que achei que fosse soltar fogo. O que ela pensa que esta fazendo? Todo trabalho que estará tendo e ela me atrapalhando.

–--- Cebolinha! Eu vi o Cascão. Me ajuda a achar ele! ---- ela nem me escuta. Simplesmente pega pelo braço e sai puxando para o lado que queria. Empolgada assim eu não tinha como negar. Não que ela fosse contagiante mas... era muito forte! Com eu ia lutar contra ela?

–--- Você tem celteza? ---- nesta hora já tinha esquecido ate a raiva. Um pouco só. Era muita raiva! Mas se tivesse uma chance de ele estar bem...

–--- Claro! Quase o molharam! Ele esta bem mais rápido do que antes. Não consegui ver pra onde ele foi. ---- a Monica não mentiria pra mim.

–--- Se fol ele já sei pla onde foi... ---- começo a pensar, enquanto bolava um modo de livrar a Monica do fiasco que ela causou. Aquilo iria ter represálias.

Não tem erro. Ele estava lá em cima no telhado.

–--- Cascão...? ---- tinha um cara parado no telhado olhando para baixo. Bem mal encarado usava um capuz largo e o cabelo me era bem familiar. Mas ele tinha uma pequena cicatriz em baixo do olho esquerdo.

–--- O que... Cascão? Ninguém me chama assim dês de... ---- ele se vira e me encara. Depois olha para a Monica, e volta a me encarar.

Não sei quando a Monica foi embora. Mas quando começamos a converçar ela já não estava mais ali.

–--- Como sabe deste apelido? ---- ele não me reconhece. Me encara com ódio, e segura o seu bastão como se fosse vir me agredir. Isso magoa um pouco mas eu também não o reconhecia.

–--- Pol que quando eu ela cliança... me chamavam de Cebolinha.

Cara idiota. Assim o povo comenta...

Ele simplesmente vem e me abraça. Grita bem auto cebolinha e me abraça. Depois se escabela a tagarelar, e não para mais. Só para quando eu pergunto da cicatriz no olho.

–--- Ah isso... não foi nada. ---- ele põe a mão sobre o olho como se nem se lembrasse mais deste ferimento. Posso ver que ele usa luvas bem grosas. ---- Você lembra do nosso ultimo papo?

–--- Clalo! Como eu podelia esquecel? Você estava cholando estava no hospital. Fiquei muito pleocupado.

–--- Bem... foi aquilo. ---- ele me explica sorrindo. Dava pra ver que tivera uma vida bem dura, e eu me senti muito mal.

E então ele olho nos meus olhos e ficou calado. Eu sempre me achei o fodão, mas perto dele... eu era só mais um garotinho. Ele derrotava os caras com tanta facilidade que era ridículo.

Mas então ele se levantou do para-peito e parou bem na minha frente. Tirou uma das luvas e parou de sorrir fazendo uma expressão bem assustadora. Senti os pelos do braço se arrepiarem quando ele parou na minha frente. não me senti diante de meu melhor amigo de infância e sim de um perigo real a minha vida.

–--- Você tem algo como isso? ---- ele retira a luva e me mostra o que havia por baixo dela; a mão dele era pura cicatriz. Parecia que havia caído algum tipo de acido sobre ele.

Ass: Negi Menezes da Silva