Like a Vampire 4: Endgame

Capítulo 14- Conspirações do universo


O ar parecia rarefeito lá de cima.

O vento batia no rosto das duas meninas de forma tão selvagem que suas peles pareciam arder pelo frio.

Não havia sido uma jornada calma. Muito menos delicada ou suave.

E Sofie sentiu que isso era uma certeza absoluta quando caiu de cara no chão.

Não estava muito longe do solo, pra ser sincera. Estava bem perto.

Mas ainda tinha doído.

—Isso…- Brunna estava caída ao lado dela- FOI IRADO! Podemos fazer isso de novo?

—Você pirou?- Sofie se apoiou nos cotovelos- Eu estou quase desenvolvendo medo de altura por causa dessa joça.

O drakon pareceu ofendido pelo "joça". Rugiu.

Sofie se levantou e fez o mais próximo de um carinho que podia naquela coisa.

—Não foi pra te ofender.- Sofie sussurrou.- Acha que estamos seguras agora?

—Bem, com certeza se você tivesse mandado o bicho queimar o Robert estaríamos mais seguras.- Brunna se levantou e limpou a roupa.- Mas devemos estar longe o suficiente.

—Espero que algumas pessoas tenham restado.- Sofie se apoiou no bicho.- Não era pra terminar assim.

—Nunca é, Sofie.- Brunna deu de ombros.- Mas sinceramente, tem coisas que fogem do nosso controle. Não foi nossa culpa.

—Podíamos ter feito algo pra impedir. Sei lá.- Sofie suspirou- Eu queria que as meninas estivessem aqui, elas teriam mais coragem que eu nessa questão.

—Talvez… Elas estejam.- Brunna hesitou, olhando pro longe.

A Hudison apontou para um castelo na distância.

Sofie arqueou as sobrancelhas. Olhou pra terra negra embaixo dos seus pés.

—Reino Demônio.- Sofie sussurrou.

—Por quanto tempo a gente viajou?- Brunna estava confusa.

—Eu não tenho ideia.- Sofie cruzou os braços.- Mas chegamos em casa.

As duas caminharam por alguns minutos antes de chegarem na frente do castelo.

Brunna bateu na porta, que se abriu.

O salão parecia isolado. Estava iluminado, porém vazio.

—Brunna?- Uma voz conhecida surgiu.

A Hudison se virou pra trás rapidamente, e se deparou com sua irmã.

—Priya!- Brunna sorriu.

Priya correu e abraçou a irmã fortemente.

Depois de alguns segundos, Priya abraçou Sofie:

—Onde vocês estavam? Só ouvimos sobre Robert e…

—Conseguimos fugir.- Brunna explicou- Sofie tem alguns truques na manga, no fim das contas.

Sofie sorriu.

—Vamos te explicar tudo depois.- Sofie prometeu.- Muita coisa aconteceu.

—Nem me fale.- Priya revurou os olhos- Aqui também tá um drama que só…

—Visitas?- Outra voz feminina surgiu.

Cousie desceu as escadas. Parecia que não dormia a dias.

Shin e Carla estavam atrás dela.

—Viajantes, eu diria.- Priya sorriu na direção delas.

—Cara, o que aconteceu com vocês?- Shin apontou pras meninas.- Parecem que vocês… sei lá. Visitaram outro planeta.

Elas olharam pra si mesmas. Suas roupas elegantes estavam sujas, rasgadas e cheias de manchas.

—Olha, dá pra explicar tudo depois.- Sofie respirou fundo- Mas temos que sair daqui.

—E ir pra onde?- Carla questionou.

—Reino Vampiro.- Brunna explicou- Olha, provavelmente o Robert sabe que nos dividimos e tudo isso. Se queremos estar seguras, infelizmente as pessoas do Reino Vampiro são nossas maiores aliadas.

—Não recebemos notícias do Reino Lobisomem.- Priya pareceu chateada.

Sofie mordeu a bochecha.

—Como chegaram aqui tão rápido?- Carla questionou.

—Se eu disser que a gente veio voando, qual o nível de loucura que me dariam?- Brunna respirou funda.

Os olhos de Priya brilharam:

—Ai.Meu.Deus.

—Hã… Dez.- Shin respondeu.

—Acham que ir pro Reino Vampiro melhora nossas chances?- Cousie questionou.

—Acho que são nossas únicas chances.- Sofie respondeu.

Cousie olhou pra Carla:

—Temos que dar um propósito pros nossos cinco exércitos.

—Isso significa que…- Priya hesitou.

—Preparem os barcos.- Cousie comandou- Vamos viajar.

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—Como assim morrendo?!- A respiração de Sarah pareceu ter se perdido.

—Em qual outro sentido da palavra você consegue pensar?- Marie questionou.- Não conte pro resto das meninas.

—Mas…eu…!- Sarah estava tão nervosa que mal conseguia formular frases.- Como você espera que eu não conte? Literalmente impossível!

—Gostaria que você me desse o prazer de dar essas notícias. Quando todas estivermos reunidas.- Marie retrucou.

—O que você tem?- Apertei a mão dela.

Marie apontou pra barriga.

—Quase irônico. Minha maior mentira que virou verdade e agora é o motivo da minha morte.

—Você…!- Sarah ficou chocada.- Marie do céu! Muita coisa pra processar.

—Imagina pra mim.- Marie suspirou.- Imagina pro Laito.

—Ele já sabe?

—De qual parte? Quer saber? Tanto faz. Ele sabe das duas. Estava do meu lado quando o médico falou.

—Não tem nada que possamos fazer pra… sabe.- Sarah hesitou- Impedir sua morte?

—Talvez.- Marie deu de ombros.- Pensa comigo. Você lembra de quando a Vic pariu, né?

—Como esquecer?

—Foi um parto prematuro super arriscado porque ela ainda era… é humana. Você sabe que tudo que ouvimos sobre crianças de raça mestiça é como é mais díficil durante a gestação.

—Vic teve quedas de pressão, desmaio e quase uma hemorragia durante o parto.- Sarah se lembrou.

—Exato. E de acordo com a lenda do lobisomem, a Victoria seria apenas mais forte do que eu. Eu sou a mais velha, a mais fraca de todas. Logo…

—Sua gravidez é ainda mais arriscada.- Sarah percebeu- Puta puta merda.

Marie nem a xingou pelo palavreado.

—O médico disse que as chances de eu ter uma hemorragia durante o parto são imensas. Grande chance de parto prematuro. E se o bebê chegar a nascer, também tem altas probabilidades dele vir com algum problema vital.

—Então… não tem o que fazer?- Sarah estava indignada.

—Bem, estou só aceitando meu destino.- Marie segurou as lágrimas que vinham formando- Eu tive uma boa vida, eu acho.

—22 anos. Não é nem perto do suficiente.

—Bem, passei por tanta coisa nesses últimos 4 anos que eu sinto que já tenho 40.- Marie riu secamente.- Eu não quero ficar de luto por mim mesma, mas o médico me recomendou ficar de cama. Então não fique super bad e deprimida por causa disso.

—Você é a minha irmã!- Sarah brigou- Você não deveria ver a gente se casando? Ou tendo filhos? Ou… sei lá, se formando? Isso não é justo!

—Eu diria que a vida não tem sido justa com a gente por uns bons anos.- Marie não escondeu o susto que levou pelo surto de Sarah.

Sarah levou a mão á boca e a mordeu pra não gemer nos meios dos choros.

—Ei, que isso.- Marie pareceu desconcertada- Não precisa disso.

Marie estendeu os braços e Sarah se jogou no abraço da irmã.

—Não é justo.- Sarah choramingou- Não é justo.

—Eu sei.- Marie escondeu as próprias lágrimas.- Eu sei.

—Como que eu vou conseguir me acertar sem você?- Sarah limpou as lágrimas.

—Você tem outros cinco irmãos pra te ajudarem.- Marie a apertou- Você não é um caso perdido, Sarah.

—Não sei se Vic, Sofie, Nikki, Lua ou Jackson tem a mesma paciência que você.- Sarah se afastou um pouco- Principalmente considerando que a V é a mais velha tirando você.

—Vic vai ter que lidar com minha partida.- Marie disse.- Não vai ser fácil. Eu sei que não. Só estou esperando Sofie e Jackson chegarem aqui e teremos uma conversa madura sobre isso.

Todo mundo ia ficar arrasado.

—Você foi tipo nossa mãe por esses quatro anos.- Sarah não conseguia parar de chorar.

—Dá pra acreditar que faz tanto pouco tempo assim que a gente se reencontrou?- Marie sussurrou.

De repente, algo atingiu Sarah:

—E o Stephan?

—Ele? Ah…- Marie evitou o olhar- Eu meio que não sei como nem quando contar pra ele. É bem mais fácil falar esse tipo de coisa pra vocês do que pro meu pai.

Sarah nem conseguia imaginar.

—Eu te amo tanto.- Sarah abraçou a irmã de novo.

—Eu também te amo.- Marie apertou- Se meu filho ou minha filha chegar a vir pra esse mundo, só me promete que não vão dar o nome de Marie II ou Mário.

—Não prometo nada.- Sarah conseguiu rir bem fraco.

E as duas ficaram abraçadas.

Até que não as permitissem mais.

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—Tem certeza que ele tá desacordado?- Kou questionou.

—Depois das últimas duas porradas nos últimos trinta segundos?- Yuma arqueou uma sobrancelha.- Se ele não estiver desacordado, está com algum tipo de traumatismo craniano.

Daayene segurou uma risada.

—Bizarro como chamaram a gente, de todas as pessoas, pra ficar de olho nele.- Ela comentou.

—Talvez seja porque somos os únicos que não odiamos essa… mulher o suficiente pra tentar matar ela na primeira oportunidade.- Ruki olhou pro homem deitado na cama e voltou pras suas anotações.

—Cordelia… é um nome bonito.- Azusa analisou- Deveria ser mais uma entre Melissa, Justin e…

—Por favor não.- Anna murmurou.

—Daayene, você consegue acessar as memórias?- Ruki pediu.- Talvez a gente consiga pegar o dia e a hora onde o corpo de Reijii foi oficialmente tomado.

Daayene colocou uma mão de cada lado da cabeça de Reijii, e uma espécie de energia vermelha começou a emanar.

Os olhos de Daayene estavam começando a brilhar, mas ela deu uma pequena tremida e voltou ao normal.

—Não consigo. Parece que tem alguma coisa me bloqueando.- Daayene de repente estava sem folêgo.

—O cara é sinistro até pra acessar as memórias dele.- Yuma bufou.

—Tem certeza que não é um problema dos seus poderes?- Ruki questionou.

—Eu sou novata nesse lance de memórias.- Daayene mordeu o lábio inferior- Nem queria estar aqui. Acho super anti-ético.

—Nem sabia que você conhecia essa palavra.- Anna sussurrou, o que fez Azusa rir.

—Aposto que é só um problema com ele.- Kou a defendeu- MNeko-chan é a mais poderosa de todos nós. Nunca que ela ia travar com uma coisa dessas.

—Por que não… testam em ou…tra pessoa?- Azusa questionou.

—Gente, não precisa.- Daayene bufou- Eu já tô super desconfortável só de tentar acessar a mente desse cara.

—Mas isso talvez nos dê pistas sobre como tirar ela.- Ruki respondeu.

—Po…pode tentar em mim.- Anna sugeriu- Não tem nada… nada sobre mim que já não saiba.

Todo mundo pausou.

—Gente, sei lá.- Daayene suspirou- Bizarro. E olha que eu mal tenho meus limites.

—Tenta de novo.- Kou a encorajou.- Você vai conseguir dessa vez.

—Tenta se concentrar mais.- Yuma sugeriu- Ou sei lá.

Daayene voltou a sua posição e fechou os olhos. Sua aura brilhava em vermelho.

Pequenos choques pareciam sair da cabeça de Reijii, e eles se encontravam com a névoa vermelha das mãos de Daay.

Tudo pareceu ficar mais denso. Mais pesado.

Os pés de Daayene pareceram flutuar.

Ela abriu a boca, que parecia se encher de sangue. A voz que saiu era mais grossa:

"Quando as Quatro Cavaleiras do Apocalipse forem reunidas,

O mundo poderá se renovar ou acabar com despedidas.

Adam e Eve serão completa harmonia,

O passado se desvendaria.

As mentiras descobertas

Para o futuro entender, o passado deve ficar em alerta

A vida paga a morte, a morte paga a vida"

E então Daayene caiu no chão, paralisada.

—MENINA!- Yuma gritou.

Kou se sentou no chão e passou a balançar ela.

—Irmã.- Anna se sentou ao lado dela.

Seus olhos pareciam vidrados.

—De novo… Que nem nos ataques dos profetas.- Azusa se lembrou.

Eles notaram Ruki anotando algo.

—Sério isso?- Kou reclamou.

—O que? Alguém precisa anotar as profecias se queremos analisar depois!

—Quatro Cavaleiras do Apocalipse…- Anna sussurrou.

—Bíblia.- Ruki notou.- Só pode ser.

—Mais coisa da Bíblia. Esses profetas podiam mudar de disco.- Yuma revirou os olhos.

—Isso só pode significar uma coisa…- Kou percebeu.

—É claro…- Azusa concordou.

Anna olhou decidida pros meninos:

—Precisamos de Brunna e Priya.

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—Ok,eu acho que aguento um pouco mais apertado.- Victoria tentou mexer seus braços.

—Posso dizer que ainda acho isso uma péssima ideia?- Subaru levantou a mão- Porque eu acho.

—A gente entendeu isso na primeira vez que você falou.- Nikki balançou as pernas- Não precisava repetir mais cinquenta vezes.

Laito apertou mais a corrente no braço de Victoria.

—Que horror.- Lua gemeu de frustração.

—Não precisam me tratar como se eu fosse de vidro.- Victoria riu. Eu vou ficar bem.

—Claro, acreditamos que você vai ficar bem levando terapia de choque.- Shu ironizou- Confiança 1000%.

—Ah, eu já pari. Acho que aguento uns choques.- Victoria arqueou a sobrancelha.

—Eu posso falar o que todo mundo está pensando?- Kanato estendeu a mão.

—Como se você fosse deixar alguém te impedir.- Ayato revirou os olhos.

—Victoria. Deixa de ser burra.- Kanato disse de repente.

Victoria pareceu ofendida:

—Com licença?

—Você e suas irmãs são super honestas e dignas e tudo. Mas receber tortura pra salvar o Reijii?- Kanato deu de ombros- Não sei, parece uma decisão estúpida.

—Eu tô tentando salvar seu irmão!- Victoria cerrou os olhos.

—Eu sei. E acho isso "legal". Sei lá.- Kanato apertou o ursinho- Mas sinceramente, todo mundo aqui sabe que odeia o Reijii. Nunca estaria disposta a morrer por ele.

—E qual a sua ideia genial?- Nikki questionou.

—Por que só não tentar achar outra solução?- Kanato desceu do balcão onde estava sentado- Acho desnecessário arriscar a vida de alguém pra isso.

—A vida de Reijii que está em risco.- Victoria retrucou.

—Não, eu acho que o Kanato está certo.- Lua respondeu.

Todo mundo olhou meio assustada pra ela.

—Todos nós temos alguma relação com o Reijii. Negativa ou positiva. Ou os dois.- Lua parecia estar falando sem pensar.- Talvez nem seja essa a maior prioridade, sabe?

—É verdade. Temos que achar a Sofie. Ayato respondeu- Pelo menos eu sei que essa é a minha prioridade.

—Achei que matar os Rosemary fosse sua prioridade.- Nikki opinou.

—Isso é um bônus.- Ayato respondeu.

—Ok, isso não é sobre a gente. Eu posso odiar o Reijii.- Victoria fez um gesto pedindo pra Laito a libertar- Isso não significa que eu odeie o suficiente pra querer que a Cordelia fique no corpo dele.

—É, nem eu.- Nikki reclamou- As minhas costas ainda estão cheias de hematomas.

Laito libertou Victoria das correntes, e ela se levantou da cadeira. Seus braços estavam cheias de marcas de aperto.

—Se vocês todos concordam. Ok. Sem terapia de choque.- Victoria limpou as roupas- Mas se não acharem outra solução, eu vou fazer isso. Nem tentem me impedir.

—Como se conseguíssemos fazer isso.- Subaru revirou os olhos.- Vocês são tão teimosas que deve ser mais fácil jogar vocês pela janela do que realmente impedir de fazer o que querem.

—Depende de quem for.- Nikki riu- Se for a Lua, realmente é mais fácil jogar ela pela janela.

—Há. Muito engraçado.- Lua revirou os olhos, mas riu.

Lua se deitou no ombro da irmã, todos observando em silêncio.

—Por que todas as vezes que algo acontece, tem a ver com vocês?- Shu suspirou.

—Acredite, me pergunto a mesma coisa a 4 anos.- Victoria sorriu.

—Eu acho que vou dar uma checada na Marie.- Laito suspirou meio tristemente.

—Manda uns beijos pra ela por mim.- Lua sorriu- Ainda não consegui ir ver ela. Mas jajá devo ir.

Todo mundo se entreolhou discretamente.

Lua não notou.

Ninguém ousou falar algo.

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Kino estava entediado.

Talvez entediado não fosse a melhor expressão. Mas era algum sentimento parecido.

Bem, se aquelas pessoas pudessem ajudar a achar Mun, quem era ele pra julgar o que pareciam ser ou o que faziam?

Kino estava andando pelo lado de fora da fortaleza e sorriu ao ver Haruka sentada numa espécie de lago congelado.

Bem, ele poderia usar diversão.

—Bom dia, Ariel.- Kino cantarolou antes dele se sentar ao lado da menina.

Ela ja automaticamente revirou os olhos.

—O que você quer, Kino?- Haruka cruzou os braços.

—Te dar o prazer da minha companhia.- Kino debochou, sabendo que isso a irritaria ainda mais.

Haruka bufou, mas não respondeu nada.

—Só não me sinto á vontade. Você e Lua são as únicas que não me odeiam aqui.- Kino deu de ombros.

—Nada garante que eu tenha parado de te odiar.- Haruka respondeu rapidamente.

—Bem, eu estou vivo até agora. Considero isso um bom sinal.- Kino riu.

Haruka nem conseguia resmugar sobre isso.

—Você teve sorte.- Haruka respondeu depois de alguns segundos.- De estar vivo até agora.

—Você não me deixa ter um momento de paz e felicidade sem estragar, né?

—Estou te quebrando da ilusão, pobrezinho.

Kino riu.

Haruka segurou a risada.

—Boa tarde!- Eliza surgiu.- Ah, desculpa! Tô atrapalhando alguma coisa?

—Nunca.- Kino disse, em nem totalmente ironia.

—Não esperava que o lago estivesse congelado.- Eliza colocou as mãos nos bolsos.

—Acho que aqui é mais frio que o normal.- Haruka opinou.- Ou só seja o inverno chegando.

—E eu achando que o inverno lá em casa era o mais frio.- Eliza sorriu.

Seu olhar pareceu meio distante.

—Eliza?- Haruka notou- Tudo bem com voc…

Ela não teve tempo de responder, pois caiu dura no chão.

Kino a impediu que batesse a cabeça. Os olhos de Eliza estavam escancarados.

A irmã havia empalidecido.

Eliza tossiu em seco várias vezes.

Kino olhou pra moça de cabelos azuis.

—Endzeit.- Foi tudo o que Haruka sussurrou.