Like A Suicide

Um completo idiota


Passei o resto da manhã na casa de Matt,nada de mais aconteceu,apenas algumas vitorias minha enquanto jogávamos vídeo game.
Em casa,passei um tempo conversando com minha mãe. Ela perguntou sobre a festa,se eu havia ficado com algum garoto e tudo mais,respondi que não,que apenas tinha dançado muito. Assim que anoiteceu,fui pro meu quarto,li um pouco e fui dormir...

(M. Shadows Pov’s)
Acordei com a merda do meu celular tocando.

– QUE FOI?!
Gritei atendendo o celular.

– É assim que você me trata depois do que tivemos,Matt?
Ouvi a voz enjoada de Tracy.

– Hey,Tracy. Me desculpe,não sabia que era você... eu estava dormindo e achei que fosse um dos garotos tentando me acordar.
Disse eu rindo sem graça e me sentando na cama,tentando melhorar a voz de sono.

– Tudo bem,entendo que é horrível ser acordado. – ela riu – Então,vai fazer algo hoje a noite?

– Ahn... não sei,por enquanto não tenho nada marcado.

– Gostaria de sair comigo?

– Adoraria,vou ver se não vou ter que ajudar um amigo como da ultima vez,e te aviso. Okay?
Disse,ela riu e eu a acompanhei.

– Tudo bem então,até depois Matt.

– Até.
Desliguei o telefone e o joguei em qualquer lugar no meio das cobertas,voltando a dormir.

(Ariel Pov’s)
Acordei um pouco atrasada e... MENTIRA! Acordei super atrasada,levantei da cama catando cavaco e correndo pro banheiro. Tomei um banho rápido sem lavar meu cabelo,pra que a tinta colorida não saísse e eu ficasse com o cabelo mais rosa do que roxo em cima.E loiro ao invés de branco,nas pontas. Vesti uma calça jeans e uma camiseta qualquer,calcei um All Star vermelho e sai de casa ajeitando meu cabelo e tentando não deixar a mochila cair do meu ombro. Porra,como eu odiava ter que ir pra escola a pé. Não vejo a hora de minha mãe confiar o suficiente em mim,ao ponto de me dar um carro.
Quando cheguei na escola,corri logo pro meu armário pegando meus livros e enfiando a mochila lá dentro. Quando fechei o armário dei de cara com Denis e levei um susto.

– AI! BICHA BANDIDA,ME MATA DO CORAÇÃO!
Falei colocando a mão no coração.

– Ai desculpa amiga,não queria te assustar.
Disse Denis,parecendo realmente se sentir culpado por ter me assustado.

– Tudo bem.Mas e ai,que papel é esse?
Perguntei apontando para um papel que Denis segurava.

– Ah,você não vai querer saber...
Ele disse suspirando.

– Como não? Denis,meu gay preferido... ME DA ESSE BANGUE AQUI!
Gritei,ele arregalou os olhos e me estendeu o papel,ri da reação dele.Olhei para o papel,assim que li a primeira palavra no panfleto,tirei meu sorriso do rosto,amassei o papel e joguei-o no chão.

– Não! Ficou louca?!
Perguntou Denis.

– Ai Denis,serio? Esse negocio é estúpido,clichê e... ah,sei lá mais o que!

– Pra você né,Ari. Eu gosto,acho romântico e divertido.

– Romântico? A maioria das pessoas só vai nesse negocio planejando perder a virgindade,é ridículo!

– Ariel Silver Sullivan! Baile de formatura é sim,uma coisa romântica,e mesmo sendo clichê como você diz,é importante pra mim. Então preciso que você vá,para eu ter coragem de ir!
Denis disse me segurando pelos ombros e com um olhar de suplica.

– OKAY! – me dei por vencida,eu realmente preciso começar a ser mais persistente. – Mas eu não tenho par e nem vestido.

– Oh,isso se resolve rapidinho amiga!
Denis disse feliz me puxando para a sala de aula.

(...)

Peguei uma bandeja do refeitório e caminhei pela fila.Enquanto pegava a comida,conversava com Denis. Quando fui andar em direção a uma das mesas,uma ruiva falsificada se enfiou na minha frente.

– Hey,miss freak. Parece que sua testa está melhor.
Disse Amber,a ruiva falsificada.

– Está sim. Você não tem a força do tamanho do seu cérebro,ou seja,quase nada.
Sorri sínica.

– Acho melhor medir suas palavras,ou eu arranco seu coração pela boca!
Disse Amber,irritada. Cheguei bem perto do rosto de Amber,e abri a boca esperando que ela arrancasse meu coração,até parece. Ela ficou me olhando alguns segundos,levantou a mão... e depois abaixou,desistindo de fazer qualquer coisa.

– Como eu pensei.
Disse e puxei Denis até a mesa onde nos sentávamos sempre.

– Ainda não entendo exatamente o que ela tem contra você.
Disse Denis.

– Nem eu,Denis.
Suspirei e comecei a comer.

– Vai fazer alguma coisa hoje depois da aula?
Denis perguntou ajeitando sua comida do jeito que fazia todos os dias,ele tinha TOC. Não era exatamente grave,até por que ele fazia tratamento,mas mesmo assim ele vivia arrumando as coisas de um jeito todo certinho.

– Não pretendo.
Falei com a voz estranha por estar de boca cheia.

– Quanta falta de classe,nem parece uma dama.
Amber disse passando pela nossa mesa,peguei a azeitona que estava em cima do sanduiche de Denis.

– Enfia no cu a sua classe!
Disse jogando a azeitona na ruiva falsificada. Pensei que Amber iria gritar,fazer um escandalo,querer me bater e tudo mais... só que a única coisa que ela fez foi me olhar com desprezo e sair andando com as amigas metida dela.

– Continuando o assunto... que tal a gente sair depois da aula?
Denis disse sem nem dar importancia ao que havia acabado de acontecer,me sentei de novo e voltei a comer.

– Não to muito afim de sair,ta muito calor hoje.

– Ah qual é Ari – Ele choramingou – Eu não quero ir pra casa,meu irmão voltou de viagem,e você sabe que ele não é uma pessoa agradavel nem de longe.

– Com certeza não. Bom,quer ir lá pra casa então? Se quiser pode até dormir lá.

– Serio?!

– Uhum.

– Eba! É por isso que eu te amo Arizinha do meu coração.
Denis me abraçou por cima da mesa.

– Eu também te amo Denis,mas agora para de dar pinta e de me chamar de “Arizinha”,ta?
Denis riu.

– Okay.
Ele voltou a comer.

(...)

– MÃE! CHEGUEI! TROUXE O DENIS COMIGO!
Gritei entrando em casa e jogando minha mochila no sofá.

– BOA TARDE SENHORITA SULLIVAN!
Denis gritou e colocou sua mochila no sofá junto com a minha.Minha mãe nada respondeu.

– Mãe?
Chamei olhando na cozinha,ela não estava lá. Foi então que ouvi algumas risadas vindas da porta que havia abaixo da escada,a porta que dava direto para o estudio.Puxei Denis pela mão até o estudio.Quando entramos,estavam Matt,Brian,Zacky,Johnny,Gena,Michelle e minha mãe,todos sentados,cada um em um canto do estudio e rindo enquanto bebiam.

– ARIEL!
Johnny gritou se levantando do chão e vindo me abraçar.

– Também te amo gnomo,mas você ta me esmagando!
Disse com o pouco ar que me restava,todos riram e Johnny me soltou.

– Filha,que bom que trouxe o Denis!
Minha mãe disse andando até Denis e apertando as bochechas dele.

– Pois é,ele pode dormir aqui essa noite?
Perguntei.

– Claro que pode!

– Obrigado senhora Sullivan.

– Ah,que isso Denis,me chame de Leana,já disse.
Minha mãe sorriu para Denis.

– Bom... então,se precisarem da gente,vamos estar no meu quarto,okay? Okay.
Disse apressada subindo as escadas do estudio,Denis logo atrás de mim. Sai correndo do estudio com vergonha de encarar Matt,não sei direito o por que. Não sei se era pelas coisas que eu fiz quando estava bebada,se era pelo jeito que ele me olhava naquela hora,ou pela raiva que ele encarava Denis. Só sei que eu queria sair dali logo e não ter que ficar vermelha assim que meus olhos se encontrassem com os dele.

(M. Shadows Pov’s)

– Você deixa ela ficar sozinha no quarto com aquele garoto?
Perguntei para Leana assim que Ariel saiu correndo escada a cima.

– Deixo.
Leana deu de ombros.

– E não tem problema nenhum?
Gena perguntou um pouco espantada.

– Eu tenho certeza absoluta de que eles não vão fazer nada demais,o Denis não... como eu posso dizer? Ahn,não é desse tipo.
Ela disse.
Uma raiva tomou conta de mim,não entendi bem o por que,mas eu estava com raiva de saber que Ariel estava trancada no quarto dela com aquele garoto fazendo sei lá o que.

– Vou ao banheiro.
Menti e terminei com minha garrafa de cerveja. Subi as escadas e fui direto até a porta do quarto de Ariel,tocava uma musica dentro do quarto. Eu não conhecia direito,mas tenho quase certeza que era Modanna,ou algo do tipo. Eu sei lá,não entendo desse tipo de musica! Dava pra ouvir a cama de Ariel fazendo um barulho... estranho,como se as molas da cama tivessem balançando. Mas o que me irritou de verdade,foi ouvir um gemido de dentro do quarto,era um gemido masculino e isso eu tinha certeza. Deixei a raiva tomar conta do meu corpo e entrei no quarto fazendo a porta bater na parede com força.

– MAS QUE DIABOS TA ACONTECENDO... aqui.
A cena que eu vi fez eu me sentir um completo idiota.