Ligados Pelo Destino

82 - Preparar. Apontar. Ultimo disparo.


Quinn

- Para Lucy! – o Sam pediu, pelo menos, pela terceira vez – Ver você andando de um lado pro outro ta me deixando tonto.

Estávamos todos, com exceção da Santana, no hall do hotel esperando a Rach, o Kurt, a Rach, o Mario, a Rach, o Will e a Rach chegarem do aeroporto. Pra mim, só importava que a Rach chega-se logo.

- Eles deveriam estar aqui há dez minutos atrás. – eu disse os encarando.

- Quinn, aviões atrasam, e carros podem parar no transito. – Demi revirou os olhos.

- Tanto faz. – respirei fundo – Cadê a Santana?

- No quarto. Disse que estava com dor de cabeça, mas já deve estar descendo. – a Britt respondeu.

- Eu disse que iam estar todos aqui. – eu ouvi a voz do Kurt e me virei.

Sorri para Rachel, parada ao lado dele com uma criança no colo.

Franzi a testa e a olhei seria.

- O que você acha que estava fazendo? – perguntei.

- Podemos ter essa conversa depois, por favor. – ela me abraçou ainda segurando a criança, e eu retribui – Eu estava com saudades.

- Eu também. É a filha do... como é mesmo o nome dele?

- Sim. É a filha do Dwayne.

- Rachel, precisamos levá-la. – o Mario disse entrando no hotel com algumas malas, e as colocando no chão – Já conseguimos um orfanato.

- Pai... – ela suspirou – Tem certeza que é o melhor para ela?

- Pode não ser o melhor Rachel, mas é o que temos que fazer.

- Tudo bem. – ela murmurou e entregou a menininha a ele. No mesmo segundo ela começou a chorar – Ta tudo bem pequena. – murmurou passando a mão na cabeça da menina – Tudo bem.

Quando a garota começou a se acalmar eu olhei para o Kurt, abraçado ao Blaine, e ele balançou a cabeça positivamente. E eu entendi. Era desse problema que ele falava.

- Cadê a Santana? – Kurt perguntou.

- No quarto. – respondi.

- Eu vou falar com ela. – Rachel falou e subiu as escadas quando o Mario saiu, levando a criança.

Kurt

- Ela se apegou a menina. – Quinn suspirou se aproximando de mim e Blaine.

- E a Harmony a ela. – respondi.

- Harmony?

- Foi o nome que Rachel deu. O orfanato o faria de qualquer jeito, então... – suspirei – Rachel tentou encontrar nela a filha que perdeu.

- Foram só dois dias. – Quinn murmurou.

- Foi o suficiente.

Rachel

Parei em frente ao quarto em que a Sant estava e suspirei antes de bater.

- Quem é? – ela perguntou com a voz tremula.

- Sou eu. – respondi abrindo um pouco a porta, e me assustei com o que vi.

- Entra. – ele mandou.

- O que...

- Entra e fecha a porta, ou ela morre.

Fiz o que ele mandou, sem desviar o olhar dos dois por nem um segundo.

- Abaixa essa arma. – pedi.

- Dessa vez não Berry. Sou eu quem manda.

- Brody, abaixa isso.

- Fica quieta. – ele deu um sorriso doentio – É bom estar do outro lado Rach? É bom estar com medo? Eu sempre me senti assim. Agora, é a sua vez. O que acha de ver alguém que você ama morrendo?

- Brody, se acalma. Vamos conversar.

Ele riu.

Olhei para Santana, parada na frente dele, chorando, com uma arma apontada para a cabeça, que era puxada para trás, pelos cabelos.

- Me ajuda. – ela murmurou sem realmente falar

- Agora você quer conversar? Faz melhor. Se despeça dela.

Ele empurrou a Santana para cima de mim e eu a segurei.

- Eu vi pessoas que eu amo morrem Rachel. É a sua vez de provar esse gostinho.

- Quem você viu morrendo Brody? – perguntei apenas para distraí-lo.

- Meus pais. Aqueles que se diziam meus pais. – ele riu – Eles morreram pra mim. Dês de que descobri que eles mentiram.

- Se abaixa quando eu te empurrar. – murmurei no ouvido da Santana enquanto ele falava, e peguei a arma na minha cintura.

Assim que ele parou de falar eu o encarei.

- O que você ganha com isso?

- Não sei. – ele deu de ombros – Talvez vingança pelo fato do seu pai ter me separado da minha mãe.

- Isso não é verdade. – eu disse – E você sabe disso.

- Não me importa.

Percebi que ele pretendia se preparar para atirar e agi rápido.

Empurrei a Santana, levantei a arma, e disparei dois tiros.

Mesmo que apenas duas balas tenham saído da minha arma, sabia que pelo menos três tinham sido disparadas naquele quarto. A dor que eu sentia provava isso.

Kurt

Estávamos no hall do hotel conversando quando eu ouvi tiros serem disparados.

Nos olhamos, e corremos escada acima.