Rachel


Eu olhei para trás mais uma vez e respirei fundo.

– Ta todo mundo com sinto? – perguntei.

– Ta sim mamãe. – a Santana respondeu rindo – Deixa de frescura Rachel.

– Se segurem. – eu disse, ignorando o comentário da Sant e “joguei” o carro na frente do que passava na outra pisa. Por pouco não batemos.

– Ta louca Rachel? – o Sam gritou.

– Liga pro meu tio. – eu mandei quando vi o volvo preto fazer o mesmo.

– O que? – a Quinn perguntou.

– O volvo preto ta seguindo a gente. – respondi – Liga pro meu tio. – quando vi a Quinn pegar o celular eu olhei para trás de novo – Blaine, você ta armado?

– To.

– Então se prepara para atirar.

A Quinn colocou o celular perto de mim e eu percebi que estava chamando.

– Alo? – meu tio disse do outro lado da linha.

– Tio, estão nos seguindo. – fui direto ao ponto.

– Quanto tempo para chegarem ate aquela rua sem saída perto de casa?

– Aquela que esta praticamente abandonada?

– Exatamente.

– De quarenta minutos à uma hora.

– Vá o mais rápido que puder. Estaremos esperando.

– Ok.

Nós desligamos e eu voltei a “jogar” o carro para o outro lado da pista, voltando pelo caminho que havia acabado de fazer.

Pelo retrovisor, pude ver um dos dois homens dentro do outro carro pegar uma arma e acelerei o máximo que pude – graças a Deus a pista estava vazia.

– Atira Blaine! – gritei e em poucos segundos estávamos no meio de um tiroteio.

Eu voltei a acelerar, deixando o volvo um pouco para trás, e em alguns minutos eu não ouvia mais o barulho dos tiros. Me afastei mais um pouco e parei o carro.

– Estão todos bem? – perguntei, virando para trás e respirando fundo. A minha resposta foi o grito que a Britt deu entre as lagrimas – Deitem ela no banco e se abaixem. – gritei – Quinn você também. – ela ainda encarava a Britt espantada e eu pus a mão no ombro dela – Quinn, o tiro só pegou no ombro dela. Ela vai ficar bem. – eu vi o volvo preto no final da rua e respirei fundo – Blaine, não atira na roda. Quero que eles nos sigam.

Eu tentei ligar o carro e me apavorei quando ele não pegou.

– O que aconteceu Rachel? – o Blaine perguntou – Eles estão se aproximando.

– O carro não quer pegar. – gritei, girando a chave pela terceira vez.

Eu olhei para trás e entrei em desespero. Eles estavam perto demais.

O Blaine voltou a trocar tiros com o outro cara e girei a chave com certa violência. O carro foi para a frente e parou por dois segundos, antes de voltar a pegar.

Eu dirigi rápido o bastante para que, seja lá quem for que estivesse naquele volvo, não nos alcança-se, porem, também não nos perdesse de vista.