37 - "Andar proibido"

Rachel

Eu e a Santana conversamos por horas sobre ela e a Britt e sobre o que eu tinha decidido com o tio Will, e depois começamos a ler o diário da minha mãe.

Agora já era meia noite e eu estava me sentindo exausta, então subi para o meu quarto, e a Quinn subiu comigo.

Eu parei na porta do meu quarto e olhei para a escada no fim do corredor.

– Ta tudo bem Rachel? – a Quinn perguntou.

– Ta. – eu disse – Eu já volto Quinn.

– Aonde você vai?

– Subir.

– Eu pensei que era o “andar proibido”.

– E era. Meu pai nunca me deixou subir, mas lá estão os únicos quartos dessa casa que eu nunca vi.

– E daí?

– O tio Will disse que tem alguns aparelhos médicos aqui, então só podem estar lá em cima e eu vou usá-los de qualquer jeito.

– Você vai mesmo querer subir lá agora?

– E porque não?

– Rach você já passou por coisas demais hoje. Não acho uma boa idéia.

– Eu acho que não tem hora melhor.

– Então eu vou com você.

– Ótimo.

Eu subi e a Quinn me seguiu.

Olhei para o corredor na minha frente e sorri. Era idêntico aos outros da casa, porem menor e com menos portas: somente duas de cada lado e uma na parede da frente.

Depois de alguns segundos olhando para o corredor com a Quinn do meu lado, eu decidi abrir a primeira porta.

Era um quarto claro, com apenas uma cama de hospital em um canto e uma mesa de madeira com algumas gavetas em outro.

Os dois próximos quartos tinham maquinas que eu não sabia para que serviam e atrás da quarta porta tinha um quarto vazio e bem menor que os outros.

– Chega Rach. – a Quinn pediu quando eu ia abrir a ultima porta – Vamos descer logo.

– Você pode descer se quiser.

– Não vou descer e deixar você aqui sozinha.

– O que você acha que pode acontecer sua boba super-protetora? – eu disse rindo – Eu só vou ver essa ultima porta.

– Pra que?

– Deixa de ser chata Lucy!

– Rachel, você ta quase dormindo em pé.

– Eu não to não. – eu disse e bocejei – Tudo bem talvez eu esteja.

– Dez minutos? – ela perguntou rindo.

– É até muito. – eu disse e abri a porta – Caramba. – foi só o que eu consegui dizer e a Quinn só assoviou, nós duas encarando a sala na nossa frente com cara de bestas.