34 - pen drive

Rachel

Eu abri os olhos e respirei fundo varias vezes.

- Você ta bem? – eu ouvi a Quinn perguntar e me virei para olhá-la, parada na porta, enquanto me sentava na cama.

- Eu que pergunto. Ele te machucou?

- Não. Eu to bem.

- Desculpa Quinn, eu...

- Rach, esquece isso ok? – ela disse, se sentando do meu lado.

- Mas Q...

- Rachel você já ficou nervosa demais. Não to a fim de sair daqui para te levar no hospital. Você ia ficar brava.

- E porque você faria isso?

- Se você não reparou Rachel, você meio que desmaiou e teve de que ser carregada.

- Eu já percebi Quinn. – eu disse, irritada.

- Calma Rach. – ela disse e me abraçou – Você ainda não me disse se esta bem.

- Eu to bem.

Ela deu um beijo na minha cabeça, eu deitei de novo e a Quinn pegou o edredom no pé da cama e me cobriu.

- Obrigada – eu disse.

- De nada. Você precisa de alguma coisa?

- Não Q. Eu to bem.

- Posso ficar com você?

- Não só pode como deve.

Ela deitou do meu lado e me abraçou.

- Você e o seu tio decidiram alguma coisa?

- Tudo o que era preciso. – eu a olhei por um segundo – E o que o meu pai te disse?

- Esquece isso Rachel.

- Por favor, Q. Eu preciso saber.

- Ele só me xingou e me ameaçou.

- Por mais de uma hora? – eu perguntei pasma.

- Por mais de uma hora. – ela respondeu rindo.

- Ele não tinha esse direito.

- Rachel, por favor, não se estressa. Não faz bem pro bebe.

- Você tem razão. – eu disse, sentei e peguei a corrente que meu pai tinha deixado com a carta.

- O que é isso? – a Quinn perguntou, sentando.

- Uma corrente que meu pai me deu. O ultimo presente que ele deixou para mim. Um presente de um pai que não existe. – eu disse e joguei a corrente na parede com toda a minha força.

A Quinn olhou para a corrente no chão, levantou, a pegou e se sentou do meu lado.

- Você sabia que é um pen drive? – ela perguntou.

- O que?

- O pingente da corrente.

A Quinn mexeu na corrente por alguns segundos e depois me entregou um pen drive: a metade do pingente.

- O que será que tem aqui? – eu perguntei.

- Quer descobrir? – ela disse e foi ate a porta – O escritório é ali em baixo.

Eu levantei, respirei fundo e nós duas fomos em direção ao escritório.