Will

- Tio? – a Rachel disse entrando.

- Oi Rach.

- Precisamos conversar.

- O que aconteceu?

- Como esta a casa que eu e meu pai morávamos?

- Seu pai voltou a morar lá.

- Preciso que ele saia.

- Por quê?

- Tio, hoje de manha, a Quinn, ela... Bom, você sabe que a gente ta namorando e... Bom... – ela parecia com vergonha de dizer o que queria, e isso foi o suficiente para que eu entendesse – É que... Assim... Hoje de manha, como ela... Bem... Como ela... Bom, tipo assim... É que...

- Eu já entendi Rachel. O que aconteceu quando vocês acordaram? – ela corou.

- Bem, eu acordei com o telefone tocando e, basicamente, quase mataram a Quinn.

- Ela ta bem?

- Ta sim. – Droga! – Só que eu tava pensando e, acho que, pra garantir, como a casa é protegida e tal, seria uma boa ficarmos lá.

- Você e quem?

- Eu, a Santana, a Quinn, os irmãos e uma cunhada dela.

- E qual seria a diferença de vocês ficarem entrando e saindo de lá...

- Não tio. – ela me interrompeu – Eu quis dizer ficar lá dentro, sem sair. E sem telefone ou redes sociais.

- Ou seja, isolados.

- Não necessariamente. Eles conseguiram meu numero então, acho que podem conseguir o deles também. E eu já estou fazendo isso para não saberem o que estamos fazendo e, enquanto a gente ta lá dentro, você pode dar um jeito nisso aqui fora.

- Eu vou mandar o seu pai sair de lá.

- Valeu tio. Eu vou falar com o pessoal.

- Você trouxe eles?

- Qual o problema?

- Se você trouxe...

- Eles já sabem tio. Desculpa.

Ela saiu da sala e vários pensamentos me passaram pela cabeça.

Primeiro: eu definitivamente não ia contar a história pro Mario do jeito que a Rachel me contou. Ele mataria a coitada da Quinn. – tudo bem que agora não me parecia uma má idéia, mas mesmo assim... – Eu teria que pensar no que dizer.

Segundo: a Rach não era mais... Ah! Eu mesmo queria matar essa garota.

E por ultimo: a Santana estava ali. Minha sobrinha que eu não conhecia. E essa podia ser a minha chance de conhecê-la.

Eu respirei fundo e liguei para o Mario.