Lies.

Capítulo 26- Our entire life can change in seconds


Leiam as notas inicias!!!

Todo o silêncio que antes permanecia na cidade, agora havia dado espaço para barulhos de carros e as sirenes. Sirenes estas que poderiam ser ouvidas do centro da cidade. Carros de policiais seguiam até o local do acidente, junto com as ambulâncias, indo de encontro com outros que já estavam no local.

Mesmo sendo tarde da noite, da madrugada, algumas pessoas assustadas com tamanho número de pessoas indo prestar socorro, entravam em seus carros e também dirigiam-se ao local. Local este que já estava totalmente preenchido de pessoas, umas curiosas, preocupadas e outros tentando ajudar. Todos estavam abismados com tal acontecimento.

Crianças, adultos e adolescentes cercavam o carro tentando ver os dois jovens que estavam dentro do carro, estes estavam desmaiados e presos às ferragens do carro. Policiais tentavam afastar os curiosos, enquanto bombeiros tentavam salvar aqueles dois, mesmo parecendo algo impossível. Como o carro havia ficado naquele estado?

Após alguns minutos, os bombeiros continuavam tentando fazer seu trabalho. O jovem garoto de no máximo 27 anos já havia sido retirado do carro, enquanto a jovem garota permanecia lá, desacordada.

O grupo de pessoas já havia aumentado, consequentemente, mais policiais estavam no local tentando controlar a multidão, que em mesmo as circunstâncias tentavam de toda forma chegar mais próxima do carro. A cidade inteira, e provavelmente, o país inteiro já sabia do acidente.

E então se foi ouvido um grupo próximos ao carro comemorando, eram os bombeiros comemorando o fato de ter tirado a menina do carro. Depois de bastante esforço, eles haviam conseguido. Embora seus batimentos cardíacos estivessem mais lentos, ainda sim batia! Logo os homens trataram de coloca-la de forma correta naquela tábua, levando-a para ambulância e encaminhando-se ao hospital mais próximo dali.

Ao estacionarem no hospital, médicos e várias pessoas do hospital já estavam ali prontas para ajuda-los, colocaram a rapidamente em uma levando-a para dentro do hospital enquanto os bombeiros passavam o relatório dos primeiros socorros que haviam sido prestados.

Depois de receber a notícia de que sua filha estava envolvida no grande acidente que todos falavam, Cláudia fez questão de ir até o hospital que ela estava e encaminhar sua filha e o jovem garoto para o hospital mais caro de Atlanta, onde tinha os melhores médicos do país, segundo a população.

Já haviam se passado 13 dias, 13 dias de tortura para aquela bela senhora que mantinha o semblante preocupado. A manga de seu suéter mantinha-se molhada, devido as lágrimas. Olheiras profundas podiam ser vistas abaixo do seu rosto, um rosto que aparentava cansaço e tristeza. Ela apenas queria sua garotinha de volta, apenas queria poder abraça-la e nunca mais deixa-la sair de perto de si.

Pattie também estava ali, na verdade, ela estava ali há 13 dias também, junto com Cláudia. Tentando manter sua amiga calma e não permitir que lhe acontecesse algo. Ela também estava acabada, mas não podia simplesmente passar para a amiga que ela sentia o mesmo nervoso que ela, o mesmo medo de perder aquela menina, que em pouco tempo já era como uma filha.

Todos os médicos diziam estar fazendo o possível e o impossível pela garota mas não parecia, já que ela permanecia naquele quarto branco que chegava doer a vista, deitada naquela cama com todos aqueles aparelhos ligados a seu corpo. Era simplesmente torturante assistir a aquela menina sem poder fazer nada, nada que pudesse reverter o que estava acontecendo.

Seus amigos a visitavam quase todos os dias, na esperança de que no dia que fossem recebessem a maravilhosa notícia de que sua amiga estava acordada e sorrindo novamente, coisa que ela não fazia, até mesmo desde antes do acidente. Ela não era a mesma.

Até mesmo o garoto dos cabelos bagunçados e olhos castanhos estava ali, o garoto que havia quebrado o coração de Julie estava ali. Justin se sentia culpado, e quem em seu lugar não se sentiria, oras? Ele desejava que sua mãe não a tivesse chamado para o jantar, desejava não tê-la magoado, desejava apenas poder ficar com ela sem que o mundo todo fossem os julgar, naquele momento ele queria apenas ser um garoto normal, não queria precisar dar explicações para tudo que fazia, não queria ter várias pessoas observando cada passo que ele dava.

Jason, o Justin do futuro, talvez, também já havia visitado o hospital algumas vezes desde que teve sua alta, que foi um tanto rápida, aliás. Em 3 dias no hospital ele já havia tido alta. Por mais que ele tenha desmaiado primeiro, o que aconteceu com ele, foi menos trágico do que com ele. O fato de ele ter desmaiado é por que ele havia batido forte com a cabeça no volante do carro, e então as consequências foram apenas 6 pontos na testa e uma perna quebrada. Sim, um apenas foi dito, já que ele poderia ter perdido a vida. Risco esse que Julie estava correndo a cada segundo que passava.

A menina respirava com a ajuda de aparelhos, e mesmo assim, aquilo parecia não funcionar. Todos os medicamentos pareciam não fazer efeito, a garota não tinha reação nenhuma. A qualquer momento eles poderiam receber a notícia de que a garota não havia resistido.

Pattie após certo esforço conseguiu tirar a amiga daquele hospital, e leva-la para casa para tomar um banho e comer algo. Coisas que ela não fazia direito há bastante tempo. Apenas Justin havia continuado no hospital, ele e sua culpa.

Justin’s POV

Meu corpo era dominando por dois sentimentos. Culpa e arrependimento, eles se interligavam. Culpa, claro que era a culpa era minha, se não fosse por mim ela não teria corrido feito uma louca, nunca teria entrado no maldito carro desse maldito cara que cisma em vir vê-la. Quem é ele afinal? Eles já se conheciam? Balancei a cabeça tentando afastar todas as perguntas sobre o tal Jason. Arrependimento, me arrependia mil vezes de ter pedido a Selena em casamento. Isso era absurdo! Nós somos novos de mais, eu não a amo, isso é tudo por causa de mídia, uma mentira.

Já não sabia quem entrava ou saía do hospital, qual médico cuidava da Julie ou qual apenas queria mostrar a pena que sentia de mim e de todos os familiares que ali se encontravam. Não sabia o que faria quando ela acordasse, tentava criar mil possibilidades, mas nunca chegava em um final certo. Mas isso não importa, o que importa é só ela acordar. Nem que ela nunca mais queira olhar na minha cara, não ligo, tá bom eu ligo e muito, pois eu preciso dela, mas isso resolveríamos depois, eu daria um jeito, só queria ela viva e saudável novamente.

Todo o tempo no hospital fez com que eu percebesse que precisava acabar com isso, voltar atrás, ou seja lá como falam. Não iria haver casamento, não mesmo! Nem que me obriguem. Dane-se a mídia, dane-se a Selena, dane-se todos.

Olhei pelo espelho que dava para o quarto da Julie e ela continuava ali, na mesma, imóvel. A cor da sua pele era mais clara que o normal, sua boca parecia estar com pequenos cortes e sem sangue. Resolvi parar de olhá-la pois acaba mais comigo do que qualquer outra coisa, e fui ao banheiro.

Bati na porta seguidas vezes, tendo certeza que não havia ninguém. Entrei e ascendi a luz, logo virando meus rosto ao pequeno espelho que tinha ali. Acabado, essa era a única coisa que me definia. Eu estava totalmente acabado, e não era só por fora. Vestia uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca que estava toda amassada, um boné para não verem o estado que meu cabelo se encontrava e os óculos que tapava todas as olheiras e meus olhos vermelhos. Eu parecia um daqueles homens sujos que não tomam banho há dias, “mas tomei banho logo de manhã!”, pensei.

Tirei o boné e os óculos ligando a torneira e molhando minhas mãos levando a água até o rosto, tentando me animar um pouco, ou pelos me acordar, ou qualquer que seja o que aconteceria. Sequei meu rosto, e passei a mão pelo cabelo tentando arrumar, o que foi uma operação sem sucesso, obviamente. Voltei a colocar o boné e os óculos.

Saí do banheiro indo em direção ao corredor em que eu estava minutos atrás. Mas ao me aproximar percebi que havia uma movimentação diferente, bem diferente, do normal. Alguns enfermeiros e médicos passavam correndo, e eu fiz o mesmo, seguindo eles. Todos estavam indo para o quarto dela. Eu não estava entendo. O que estava acontecendo afinal??

Leiam as notas finais!!!