Lies.

Capítulo 20- Happy New Year


"Girl, 2012 is the to be better, stronger and closer to the people around you, so grab someone special, and just, you know... 5,4,3,2,1 kiss me, kiss me..." - Happy New Year, Justin Bieber ft. Jaden Smith

Até hoje me pergunto, por que a semana entre o natal e o ano novo passa tão rápido? Até parece que o natal e o ano novo é um dia logo depois do outro, de tão rápido que passa!

Durante a semana não fiz praticamente nada. Ryan viajou com os pais pra algum lugar que eu não lembro o nome, já que era um nome esquisito. Mas lembro que é um lugar que eles vão todo o final de ano. Eles me chamaram pra ir, mas preferi ficar em casa, quer dizer, até a véspera de ano novo.

Na véspera de ano novo, amanhã, eu e minha mãe vamos bem cedo para Nova York. Pois é, tia Pattie e o Justin nos chamaram para passar o ano novo com eles e com um pessoal da equipe do Justin e blábláblá. E minha mãe aceitou de primeira, sem nem antes perguntar o que eu achava. Ótimo.

Estou achando que essa festa de ano novo vai render.

- Julie! Já arrumou sua mala? – minha mãe me encarou e riu. Eu estava toda desajeitada na cama.

- Sou palhaça agora, né? – vi ela revirar os olhos. – E já, já arrumei.

- Que bom então. Ah, e se arruma, vamos jantar fora hoje.

Ela saiu do meu quarto e eu pulei em direção ao closet pra escolher alguma roupa logo. Minha mãe demora um ano pra se arrumar, mas não admite ficar esperando alguém. Então, se eu quiser ir com ela, é melhor eu me arrumar bem rápido.

Eram oito horas da noite quando terminei de me arrumar. Desci as escadas e encontrei minha mãe ao telefone com alguém da empresa, já que ela falava de negócios. Cruzes nem no ‘feriado’ ela se livra disso.

- Estou pronta, falei. E ela se despediu do alguém que estava com ela no telefone.

Peguei a chave de seu carro e saímos.

Chegamos no restaurante e estava devidamente vazio, parecia até uma cidade pequena, estilo Rosewood (Pretty Little Liars).

Durante o jantar conversamos sobre algumas coisas. Minha mãe falava o que eu devia e o que eu não devia fazer enquanto estivéssemos em Nova York, parecia que eu tinha uns 5 anos de idade.

- Mãe, chega. Eu já entendi, tá?

- Só quero ter certeza de que a gente não vá incomodá-los.

- Nós não vamos. Aliás, eles convidaram a gente por que quiseram. Mas tá, a gente não vai incomodar eles, pode ter certeza, pelo menos da minha parte. – sorri e ela sorriu de volta.

Minha mãe pediu a conta, pagou e logo saímos do restaurante.

Ao chegar em casa, dei boa noite pra minha mãe e fui logo pro quarto. Eu não contei, mas ela já devia ter falado que eu tenho que dormir cedo umas 10 vezes, ou mais.

Troquei de roupa, escovei meus dentes e me atirei a minha cama, pegando meu notebook que estava na cômoda.

Assisti a terceira temporada de Pretty Little Liars até ficar com sono.

- Acorda. – minha mãe falou calmamente puxando o meu lençol.

Sem mais delongas eu me levantei, não iria adiantar nada ficar reclamando, pedindo mais 5 minutos e tal.

Fui tomar banho já com a roupa separada, quando acabei o banho, me vesti e desci pra tomar café.

- Que rapidez hoje, hein?

- É, respondi sem animação.

Tomamos café e nos dirigimos até o aeroporto.

Fizemos toda aquela coisa, entramos no avião e quando menos percebi já estávamos em NY. E por que foi tão rápido? Eu havia dormido, essa a razão de ter sido tudo muito rápido.

Kenny estava nos esperando no aeroporto, e quando nos viu abriu aquele sorriso colgate que está sempre estampado em seu rosto. Querido!!!

- Ei, que saudades! – falei o abraçando.

- Também. – ele nos ajudou com algumas malas e fomos em direção aos carros.

Entramos em um carro que eu não conheço, aliás, eu não conheço modelo de carro nenhum, então, podemos relevar o primeiro comentário.

Chegamos ao hotel era meio dia. Isso pra ver como nós havíamos acordado cedo.

- Justin e Pattie estão esperando por vocês no quarto da Pattie. O 513. – assentimos e entramos no elevador.

Ao chegar na porta do quarto, batemos e logo Pattie veio atender.

- Tiaaa!! Nossa, que saudades. – falei pulando na frente da minha mãe e abraçando a Pattie.

- Também, querida. – Logo ela falou com a minha mãe e nós entramos no quarto.

Justin estava deitado numa cama de casal que havia no quarto assistindo a algum programa que passava na televisão. Ele usava uma calça, uma camiseta e boné. Sexy, isso é tudo. Ri com meu pensamento e ele me olhou.

- Ei! Quanto tempo! – ele disse se levantando e indo me abraçar.

Parecia que aquela conversa no telefone do dia do natal tinha feito todo o ‘mal entendido’ sumir, pelo menos ele agia assim.

- É. – o abracei e me joguei na cama, já me sentindo em casa.

- Nada abusada. – Justin comentou rindo e voltou a se deitar na cama depois de ter falado com a minha mãe.

- Essa sou eu. – nós rimos.

Idiota e lindo. Esse é o Justin, e seu efeito sobre mim. Não importa, mesmo que eu esteja chateada ou meio que magoada com ele, ele vai falar alguma palhaçada e vai me fazer rir e esquecer qualquer coisa.

Passamos a maior parte do dia no quarto. Conversando, assistindo televisão e rindo. Às 6 horas da tarde/noite, minha mãe foi pro quarto dela e eu para o meu, tínhamos que nos arrumar para a ‘festa’.

Tomei meu banho e me arrumei. Minha roupa já estava separada então foi só vestir, o cabelo iria ficar natural, e a maquiagem seria muito pouca.

Dei uma última olhada no espelho que havia no banheiro e desci até o hall do hotel, onde havíamos marcado de nos encontrar às oito horas. Peguei meu celular que estava na bolsa de mão, e vi que o mesmo marcava 7 horas e 59 minutos. E ao que parece ninguém é tão pontual quanto eu, já que eu era a única ali.

Guardei o celular e fiquei esperando pelo povo. Logo o Kenny chegou seguido pela minha mãe, a Pattie e o Justin. A equipe do Justin não estava ali, concluí quando o Justin disse “vamos”.

Chegamos ao local da festa e fiquei boquiaberta. Era uma mansão e haviam vários carros bonitos e caros em frente a mesma. Pessoas saiam e entravam do casarão muito bem vestidas, roupas que provavelmente custavam mais do que tudo que eu tinha, tá, eu exagerei.

- Nossa. – deixei escapar e Justin riu.

Entramos e fiquei ainda mais encantada. Era 10x mais lindo e maravilhoso do que parecia ser. Estava totalmente lotado e tinha um pequeno palco, se pode chamar assim, onde tinha uma banda desconhecida, por mim, tocando algumas músicas.

- Sintam-se em casa. – ouvi Justin falar e rir.

Quando olhei pra trás não vi mais ninguém, nem minha mãe, a tia Pattie, o Kenny e muito menos o Justin. Legal. – estou sendo irônica, claro.

Fiquei ali parada pensando no que faria até que vi minha mãe e a tia Pattie conversando com um grupo de pessoas, então fui até elas.

- Bonito senhoras, muito bonito me deixarem lá sozinha. Adorei, viu? – eu estava com a mão no ombro da minha mãe e elas riam de alguma coisa que uma senhora loura havia acabado de falar.

- Desculpa. – minha mãe falou sem dar muita atenção para o que eu falei e voltou ao assunto com as outras.

Kenny passou por mim me puxando. O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ESSE PESSOAL???

- Que foi? – perguntei de olhos arregalados o encarando.

- Vou te apresentar ao Team Bieber já que o Justin não fez isso. – ele deu o sorriso colgate de sempre e eu ri.

Meu Deus, eu vou conhecer o Team Bieber, é isso? Sério. Surtando estou, por dentro, claro. Sorri de canto enquanto Kenny me levava para outro grupo de pessoas que estavam perto de uma escada, haviam alguns ‘bancos’ ali, e tinha uma boa visão para o pequeno palco.

- Pessoal! – Kenny chamou a atenção deles. Todos sorriam, parecendo muito felizes. – Essa é a Julie, ela que é a vizinha do Justin.

- E aí, Julie? Sou o Alfredo! Esse é o Dan, o Scooter, a Alisson, o Brad...- o Fredo me apresentou à todos, como se eu não os conhecesse. Nem todos estavam ali, e outros já iriam embora.

Ficamos conversando durante muito tempo, o Justin, a Pattie e a minha mãe já haviam se juntado ao grupo, o pessoal que tinha que ir embora já havia ido.

Eles haviam me apresentado a alguns famosos que estavam ali. Do nada o pessoal começou a se juntar em frente ao pequeno palco e David Guetta começou a tocar, sim, O DJ estava ali. Todos começaram a pular e dançar, inclusive a gente.

Justin me puxou pra mais perto do pequeno palco, deixando os outros perto da escada. Justin dançava igual um idiota só de palhaçada, me fazendo rir.

- Você é um bobo! – falei rindo.

- O que? – ele fez uma cara de desentendido, chegando mais perto de mim.

- Você é um bobo! – ‘gritei’ perto do ouvido dele. Ele não havia ouvido por causa da música, concluí.

- Talvez. – ele fez uma careta, me fazendo rir mais ainda.

Ficamos dançando mais um pouco e voltamos até o pessoal. Não demorou muito e o David parou de tocar. E o Justin sumiu.

- E aí, galera? – eu estava de costas para o palco, mas reconheci a voz, era o Justin. Me virei para olha-lo. – Sei que vocês preferem o David do que eu, mas... – todos riram. É um palhaço mesmo.

- ... mas isso estava programado. Então, já é quase meia noite, se preparem para a contagem regressiva, ein?

Justin começou a cantar umas musiquinhas, partes delas, na verdade. Ele também falava algumas palhaçadas.

- 1 minuto! – ele falou e um telão clareou, passando o cronometro.

Daí todo mundo começou “10, 9, 8 ... 2, 1, 0.” E o Justin começou a gritar “FELIZ ANO NOVO, GALERA. SWAGGY”. E uma música começou a tocar de fundo e o Justin saiu do palco.

- Feliz ano novo. – falei cumprimentando a todos.

Ficamos conversando mais um pouco e eu, minha mãe e a Pattie decidimos ir embora. O Justin ainda não tinha ido falar com a gente, mas a tia Pattie já tinha falado com ele quando ele desceu do palco.

Chegamos ao hotel e eu estava morta, meus pés doíam mais que tudo. Cada uma foi para o seu quarto. Ao chegar ao meu, fui tomar um banho rápido pra tirar a poeira e o suor, coloquei um pijama e pulei na cama, apagando as luzes.

Aqui vamos nós a mais um ano, TUDO novo. Um ano para ser melhor, mais forte e pra ficar mais perto das pessoas que realmente se importam comigo. Esse vai ser um ano pra fazer tudo melhor, dar o meu melhor em tudo, me superar. Este ano vai ser melhor do que todos os outros anos. Esse vai ser O ano.

Fui interrompida dos meus pensamentos, do meu momento filosofo, por batidas nas portas. Quem iria querer alguma coisa a essa hora? – me questionei indo até a porta.

- Meu Deus. – pensei.

Justin estava parado a minha porta. Sem camisa, mostrando suas tatuagens e seu abdômen, com uma calça larga vermelha e supras. Seu cabelo estava totalmente desarrumado, o que o tornava mais sexy.

Ele deu um sorrisinho de canto e passou as mãos no cabelo.

- Feliz ano novo. – ele disse, e mordeu os lábios.