Liebe Ist

The Beauty of Grace - 1


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- Vocês estão aqui há 10 minutos, e ainda não se decidiram?! – Falava impacientemente o garçom.

- Eu vou querer apenas um waffle. – Respondi.

- Não temos waffle, será que você olhou o cardápio? – Ele disse cruzando os braços.

- Então batata frita - falei ainda sendo indiferente a grosseria dele - e uma coca-cola. – Não costumo comer essas coisas no café da manhã, mas não estava afim de olhar no cardápio, e se ele não tivesse batata frita seria o cúmulo.

- Pode trazer pra mim apenas 5 donuts. – Gustav pediu.

- Eu não sei o que é um MegHamburger, aqui não tem foto. – Meu irmão começaria as brincadeiras idiotas.

- Você sabe ler, não é? Logo embaixo tem dizendo o conteúdo. – respondeu o homem.

- Hey cara, o que é um “Cheddar Queen? – Continuou Georg.

- O que? – o cara perguntou com um olhar cético, que logo se transformaram em fúria.

Por sorte, uma garota de uniforme escolar parecendo ter saído do clipe “Baby One More Time”, resolveu se intrometer, e cessando aquela possível discussão.

- Hey! Por que vocês não pedem um “Jingle Stars”? – Ela parecia nervosa.

Os babacas aceitaram o conselho e pediram. Devo dizer que aquilo tinha uma aparência horrível, mas eles gostaram.

Bom, após nos saciarmos, os garotos ainda quiseram dar uma volta por aquela cidade homogênea, só que eu definitivamente estava cansado da viagem e queria me deitar. Principalmente pelo fato daquelas pessoas nos olharem como se fossemos E.Ts. De primeira achei que tivéssemos sido descobertos, mas logo percebi que aquele era apenas o comportamento de uma pacata cidade onde tudo que é novo as pessoas estranham.

Wimpenshare eu poderia dizer que era um lugar bastante refinado, com suas casas de arquitetura medieval.

O lugar parecia privar qualquer tipo de som, pois o silencio era absurdamente notável. Não acontecia nada, as pessoas não saiam de suas casas e nenhuma senhora bateu em nossa porta para nos entregar uma torta saída do forno. Coisa típica que mostra no filmes americanos, e que eu ficava intrigado para saber se aquilo era costumeiro. Bem, pelo menos eu tive a resposta.

Tom ficou logo com o melhor quarto, como sempre. Não estava afim de discutir, a primeira porta que vi abri, pena que era a porta do banheiro.

- Vai dormir na banheira, Acquaman? – Brincou Georg.

Respirei fundo e fui procurar qualquer outra porta. Eu não sei como conseguiria ficar numa mesma casa com eles. Tudo bem, o Tom era meu irmão, mas ele não sabia cozinhar tão bem quanto minha mãe. Até sentia falta do meu padrasto Gordon. Na verdade, sentia falta até da minha própria bagunça que era uma característica típica dele. Nem tinha meus cachorros para poder afagar.

O Tom e o Gustav sabiam como se divertir até se déssemos dois palitos de fósforo. Eles achavam graça em tudo. Gustav sempre intocado em seu próprio mundo literário bucólico. Eu estava realmente desprovido de qualquer distração. Certo que eu disse que estava cansado das agitações, mas para se fazer algo, não precisa necessariamente ser algo desgastante. Na verdade eu sabia que tudo isso era apenas abstinência de algo que eu não sentia a muito tempo.

Usando os termos do Tom, eu “hibernei”. Dormi da hora que cheguei e só acordei no dia seguinte. Acordava diversas vezes, mas não tinha forças para me levantar, então acabava voltando a dormir. Eram 9:55 am, e Gustav já estava acordado. Tomei um banho, arrumei as coisas que ainda estavam na mala e desci para tomar café. Os outros dois ainda não haviam acordado. Suspeitava de terem passado a noite em algum bar, mas honestamente, achava difícil.

- Tem planos pra hoje? – Perguntou-me Gustav, sentando na cadeira.

- Acredito que não há nada para se fazer aqui.

- Não estamos no fim do mundo.

Não o respondi.

- Por que não vamos naquela cidade de novo?

- Qual? A que nós tomamos café ontem? Péssima idéia, muita gente.

- Sabia que você é um ser muito contraditório?

- Aham, sei.

- Bill... – Ele respirou fundo. – Vou te dá um pau na cara, se você continuar me respondendo assim.

- Ah, desculpa Gustav. É que... Eu só queria estar na minha casa e com minha mãe. Sinto saudades dela.

- Você acha que eu também não sinto? Aposto que os outros também.

- Não, o Tom não. – Disse sarcasticamente.

- Tsc, até parece que você não o conhece.

- Ta bom, não quero mais falar disso. O que você pretende fazer?

- Ahh, assim que se fala! Okay, eu quero primeiro ir naquela cidade vizinha.

- E eu achava que só o Tom para me forçar a fazer as coisas...

- Eu tenho um pequeno poder de persuadir as pessoas.

- Hunf, ta bom...

Terminamos de comer e pegamos a estrada para ‘Stars Villas’. Devo dizer que o Tom e o Georg não exageraram tanto assim.

- O que viemos fazer aqui mesmo, Gustav? – Dizia impaciente.

- Conhecer o lugar.

- Olha só, eu vou pegar um café. Você quer?

- Não, estou satisfeito. Estarei na praça.

Para a minha infelicidade, assim que abri a droga da porta, derrubei alguém do outro lado.

- Será que eu sou invisível ou é você que não enxerga?

Era só o que me faltava.

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Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.