- Isso foi uma cantada? - Riu.

- Depende do modo que você interpreta. - Disse Connie.

- Hm... - O moreno ajeitou-se na cadeira desleixadamente, pensativo, formou com tuas duas mãos uma pirâmide.

Connie, transbordando curiosidade murmurou:

- E então...? - Enquanto encarava a morte, não pôde conter um sorriso mais que malicioso.

- Eu aceito tua proposta! - Falou o rapaz, rindo da garota - Mas...

- Mas...? - Disse Connie, entusiasmada.

- Mas... Você não irá morrer. -

- Porra! -

- Uou, achei que queria minha companhia, e... -

- EU QUERO MORRER. A MORTE. MOR-TE. - \'\'Falou\'\', Connie, alterando a voz para a própria morte.

- Eu sou a morte, meu amor - Riu, em um tom debochado.

- Ok, ok. Tudo bem, eu aceito. Você venceu. Nós iremos aproveitar a vida. Tu, morto. Eu, vivinha da silva. Mas... A morte não tem nome? - A menor se acalmou, encarando os olhos negros e firmes do outro.

O mais velho, se levantou levemente, pegando na mesma mesa de vidro, uma carteira de cigarros Black. Sentou-se novamente, pegou o isqueiro em teu bolso, e o acendeu.

- A morte se chama Bill Kaulitz - Disse este, levando o maço até os lábios, e tragando de seu cigarro.


‘’Vazios eles dizem,
Morte, escute-me chamar por você.
Chamo por você...
Suicídio...
Eu já morri
Você é apenas o funeral
Que estive esperando’’
Cianeto – Metallica


Connie ficou ali, contemplando Bill e teu cigarro, até o mesmo soltar toda a fumaça em teu rosto. O maior riu.

- Sabe de uma coisa? – O mesmo disse.
- Diga -
- Você não quer morrer. -
- Oi!? Está falando sério? Por que achas que eu estou aqui? – Connie se irritou novamente.
- Connie, você é tão fraca! Se quisesse mesmo morrer, teria o feito por conta própria. E não me esperaria como está fazendo agora.

A menina abaixou o olhar, enquanto as mãos se entrelaçavam.
- Existe algum outro motivo, pelo qual você me procurou?