P.O.V. Henry.

Hoje pela primeira vez, vou sair nas ruas.

—Onde estão os cavalos? Uma família tão bem quista quanto a sua, deve ter muitos.

—Nós temos trezentos e sessenta e cinco cada um.

Trezentos e sessenta e cinco? Por pessoa?

—Vem comigo.

Paramos em frente a uma coisa.

—O que... é isso?

—Isso é um Audi Q7 com trezentos e sessenta e cinco cavalos de potência. Bancos de couro, direção hidráulica, air-bags, câmbio com automático de sete marchas. E um porta-malas enorme.

Ela apertou um botão e o Audi piscou. Ela abriu a porta para eu entrar.

—É uma carruagem!

—Algo assim. É um automóvel. Um carro.

Me sentei e o banco era macio, mas havia algo me incomodando.

—É cinto Henry. Você tem que passar o cinto de segurança, assim.

Ela fez em si mesma. E olhou para mim me encorajando.

—Ouviu o clique?

—Sim. Fez um clique.

—Então, estamos prontos pra ir.

Medusa colocou a chave numa espécie de fechadura que havia dentro do carro e quando girou ouvi um barulho. Como um rosnado.

—Ah, o som de um ronco de motor. Senti falta. Quer ouvir música?

—Isso é possível?

—É claro que é.

Ela apertou um botão e a melodia começou a ser tocada.

—Isso é magnífico!

Então começamos a nos mover e pensei que fossemos colidir com o portão, mas ele abriu-se sozinho e saímos numa estrada. Nos movíamos tão depressa que as árvores pareciam borrões.

Para minha surpresa havia uma enorme cidade, com edificações que alcançavam o céu.

—Bem vindo á Seattle.