Verônica está agitada em sua cama, está tendo um pesadelo com os pais, o que faz tempo que não acontecia, sonha com eles indo embora e ela ficando perdida em uma floresta escura e densa, está correndo entre as árvores procurando uma saída, não conseguindo encontrar ela pára, chorando e com medo se ajoelha, vai se deitando e adormece em um lugar perdido de uma floresta do Platô, quando acorda com uma mulher loira, robusta, forte a pegando no colo. Verônica era apenas uma criança ainda. Nesse momento ela acorda, e várias lembranças vêm à sua mente, um pouco confusas como geralmente vêm, às vezes até parecem visões, então Verônica começa a se lembrar de sua infância, logo após o período que seus pais sumiram e ela foi acolhida pelas Amazonas, depois de vários pensamentos e lembranças vindo à sua mente, após alguns minutos, ela consegue voltar a dormir.

Na manhã seguinte é mais uma manhã comum no Platô, Roxton e Challenger estão na cozinha preparando algumas coisas para o café da manhã, Marguerite está dormindo ainda, como de costume acorda um pouco mais tarde, Verónica ainda abalada com o sonho conversa rapidamente com os dois com a cabeça baixa e vai em direção ao elevador dizendo que quer tomar um ar fresco, quando Challenger à pergunta:

C- Está tudo bem?

V- Sim, só estou um pouco indisposta. -Ela respondeu, demonstrando que quer ficar sozinha, desce o elevador. Então Challenger volta ao seu laboratório e Roxton continua sentado à mesa tomando um café quando Marguerite aparece na cozinha com uma expressão não muito amigável e olha para Roxton, ele não evita e dá uma risadinha.

R-Bom dia senhorita Krux, dormiu bem?

M- Oi, me sirva uma xícara de café por favor? -Antes de mais nada ela precisava de seu café, rsrs.

R- Ai está.

M- . Onde estão todos?

R- saiu pra dar uma volta e Challenger está no laboratório. Agora é uma boa hora pra discutirmos como será nossa próxima viagem, não?

M- Sim, o que você teme mente? -Ela deu um sorrisinho por trás da xícara de café e Roxton percebeu pelos seus olhos. Os dois planejaram partir após o almoço para mais uma viagem em busca de alguma pista da saída do platô. Após terminarem o café e os planos pra saírem, se levantam para arrumar suas coisas.

Verônica passa algumas horas fora, quando chega, Roxton e Marguerite já estão de saída, estão se despedindo de Challenger e a avisam que já vão indo e que voltam daqui dois ou três dias. Eles descem o elevador e começam a caminhada, após algumas horas caminhando percebem que está anoitecendo e resolvem se acampar em um local mais seguro, acendem uma fogueira se acomodam.

De volta á casa da árvore Verônica está na sacada, está com a cotovelo apoiado na madeira, com punho fechado apoiando o queixo e olhando para o horizonte, vendo o sol se pôr. Pensativa ela se lembra de Malone, ele partiu á alguns meses para sua jornada enquanto ela estava tentando voltar para a casa após o incidente com o balão, começa a lembrar de momentos juntos e bate uma forte saudade dele nela, ela também começa a se lembrar do sonho e momentos de sua infância passam pela sua mente, quando Challenger chega e põe levemente a mão no seu ombro perguntando o que houve, e porque ela está aparentemente angustiada desde manhã, ela levantando o corpo, olha pra ele de lado, dá um pequeno sorriso e conta á ele sobre o sonho e que memórias sobre os pais não param de vir á sua mente.

Os dois conversam por alguns minutos e Challenger tenta consolá-la um pouco, dizendo que entende a falta dois pais, mas que ela ainda os iria encontrar, e que eles estariam lá para ajudá-la no que precisasse, abraçando-a de lado, ela encosta sua cabeça no ombro dele e diz obrigada, ele dá um beijo na sua cabeça e diz que vai voltar ao laboratório.

C- Se precisar de algo me fale. -Ela consente com a cabeça e ele vai.

Verónica vai para seu quarto se ajoelha ao lado de sua cama procurando um baú que guarda com várias coisas importantes para ela, lá tem pinturas de seu pai de quando pintavam juntos, um anel da sua mãe, um medalhão com as fotos de seus pais, um lenço, algumas anotações sobre plantas de seu pai, algumas fotografias e um diário dela, que escrevia quando era criança. Ela começa a folhear o diário, e como sempre as lembranças de sua infância vem confusas à sua mente, e vê que as últimas escritas dela foram antes de seus pais desaparecerem. Ela lê as últimas folhas e memórias dela vivendo com as Amazonas surgem em sua mente, ela continua mexendo no baú e acha algumas fotos, em uma delas ela está com seus pais e segurando seu ursinho de pelúcia que tanto gostava, e se lembra que levou esse ursinho quando foi pra aldeia das Amazonas, lá foi a última vez que o viu. Em outra foto ela a vê com o uniforme das Amazonas, ainda criança, ao lado de Hipólita e Selena, essa é a única foto que foi tirada dela lá, logo após ter chegado à aldeia, Verónica pega o baú, se levanta e vai para a mesa da cozinha olhar as coisas com mais calma.

Challenger estava de costas bebendo água, se virou e à perguntou:

C- O que você tem aí?

V- São algumas coisas importantes que guardo da infância. Não mexia nelas há tempos.

Challenger puxa uma cadeira e se senta para ver junto com ela. Verônica estava olhando a foto dela na aldeia das Amazonas, Challenger e ela começam uma conversa sobre como foi a infância dela lá.

C- Ah é verdade, você viveu parte de sua infância com elas certo? Disse Challenger olhando a foto.

V- Sim, logo após meus pais desaparecerem, mas algumas lembranças minhas de como cheguei lá são um pouco confusas, vivi um tempo com elas à partir daí. Elas tinham diversos costumes e princípios, e quando cheguei à uma certa idade percebi que não concordava com alguns princípios e tradições delas, mas quando pequena os costumes das crianças eram só trabalhar no plantio e colheita, estudar os costumes e tradições, e desde pequenas são treinadas, aprendem a lutar, a saber se defender, cuidar de si mesmas, a serem fortes. E à não confiar em homens, Verônica dá uma risadinha, mas quando mais velha eu entendi o porquê. Como você sabe, quando tivemos na aldeia delas vimos o que faziam com os que capturavam, mas fico feliz pelo acordo de paz que fizeram após aquela batalha que ocorreu entre eles, na aldeia delas. Não vivi muito tempo lá, pois além de discordar com as tradições, tudo que queria era encontrar meus pais, então voltei à casa da árvore. Mas devo a elas o fato de ter me tornado uma mulher destemida e guerreira.

Marguerite e Roxton estão se ajeitando para irem dormir, Roxton arrumou suas camas pertinho uma da outra, Marguerite olha e dá um sorrisinho, ele se senta e olha pra ela, logo após ela também se senta, eles conversam alguns minutos e depois se deitam. Roxton se aproxima um pouco mais dela e à olha com um olhar convidativo e ela termina de se aproximar dele, deitando em seu braço, os dois olham para o céu, olhando para as estrelas Marguerite diz:

M- Que Imensidão não?

R- Sim, nos leva a pensar não é mesmo?

M-Roxton por algum instante você já se arrependeu de estar aqui?

R- Não. Ele responde rapidamente.

M- Apesar de tudo eu também não. Você acha que as coisas têm um propósito especifico pra acontecerem, e estão interligadas?

R- Bom, eu acho que talvez elas tenham sim. Como por exemplo, não acho que seja à toa nós dois estarmos aqui nesse momento, tendo essa conversa. Iria imaginar á alguns anos que isso poderia estar acontecendo?

Ela dá um sorriso e diz:

M- Não. -Feliz de estar lá com ele.

Roxton à abraça, ela se aconchega em seu peito se sentindo segura, e adormece rapidamente. Roxton como sempre está alerta com seu rifle ao lado, atento a qualquer perigo. Faltando algumas horas pra amanhecer ele acorda com um barulho estranho entre as árvores, preocupado fica acordado o resto da madrugada. Ao acordar Marguerite abre os olhos e o vê bebendo água em um riacho ali perto, ela se levanta aos poucos, ainda com sono, ele vê que ela acordou e se aproxima.

R- Bom dia bela adormecida. -Ela com uma cara um pouco séria ainda responde:

M- Bom dia. -Ele já estava acostumado com seu mau humor matinal.

Sabe que ela só melhora após tomar o seu café.

Roxton arruma as coisas pra eles partirem enquanto ela está tomando água no riacho. Ele escuta barulhos novamente e quando se vira percebe raptors rondando-os, ele pega seu rifle rapidamente, preocupado com Marguerite que está à uma certa distância, e grita seu nome.

R- Marguerite!

M- O que foi Roxton?

R- Venha pra cá, rápido! -Ele percebe que dois raptors estão se aproximando dela e corre o mais rápido que pode em outra direção chamando a atenção deles, os dois vão atrás de Roxton, Marguerite corre ao acampamento e pega um rifle, quando ela se vira vê que um deles está em cima de Roxton, em desespero ela grita:

M- Roxton!! -E consegue atirar em um deles, o outro se assusta e se afasta rapidamente. Ela corre até Roxton e vê que ele está com o braço ferido, faz um torniquete, apesar da ferida não ter sido tão profunda ele estava perdendo sangue. Ela o levanta e o leva até o acampamento a após fazer um curativo nele os dois se levantam e partem dali preocupados, pois os raptors ainda poderiam estar por perto.

Roxton tonto ajuda Marguerite a carregar as coisas e vão. A casa da árvore estava bem longe dali, eles haviam avistado fumaça no horizonte, decidem ir para lá imaginado ser uma aldeia aonde poderiam conseguir ajuda. Eles adentram uma trilha fechada, e vão caminhando devagar, Roxton está se apoiando nela. Após se passar mais de uma hora eles percebem que se perderam, não acham o final da trilha que dá na aldeia que avistaram, e depois de andarem algumas horas Marguerite percebe que já está entardecendo, e diz:

M- Roxton o que faremos? -Eles param, Roxton começa a pensar, e partem por outro caminho, quando finalmente saem em uma aldeia, que não é a que avistaram, olhando de uma distância eles reconhecem aquele lugar percebendo que é a aldeia das Amazonas.

Marguerite achou uma boa idéia eles irem para lá, pois Roxton estava precisando de ajuda urgente, e continuaram caminhando até lá.

Ao chegarem á aldeia das Amazonas, elas os recebem com um pouco de receio, Hipolita chega e pergunta o que querem ali, Marguerite explica e Hipólita um pouco hostil, chama Selena, e ela os levam ao seu aposento para cuidar da ferida de Roxton.

*Após a batalha que foi travada dos homens contra as Amazonas, depois deles terem escapado de sua aldeia, ambos resolvem fazer um acordo de paz, no entanto os canibais após perderem sua fonte de alimento que recebiam das Amazonas, começam a atacar as aldeias vizinhas, então os homens resolvem pedir ajuda pois os canibais estão massacrando seu povo.

Na manhã seguinte, Roxton e Marguerite ainda estão nos aposentos, ele está um pouco recuperado após tratarem de sua ferida, mas ainda em repouso. Quando dois homens chegam á aldeia aparentemente pedindo ajuda às Amazonas.

Selena não fica surpresa ao saber do pedido de ajuda, imaginava que isso iria acontecer após o acordo de paz com os homens. Algumas Amazonas ainda ficam relutantes em ajudá-los, mas aceitam, elas sabiam que os canibais às temiam então imaginaram que seria fácil enfrentá-los, mas o ataque deles estava sendo pior do que elas esperavam. Selena diz sim ao pedido, e os homens retornam a sua aldeia, como ela era próxima dali eles combinaram de às mandarem um sinal quando acontecesse o próximo ataque, mas assim que voltam á aldeia ela já estava sendo atacada, então mandaram o sinal e Selena, Hipólita junto com algumas Amazonas mais fortes foram de encontro à eles para ajudarem na batalha, deixando a sua aldeia desprotegida. Passando algumas horas alguns canibais que estão rondando a aldeia delas percebem isso e a atacam. Roxton e Marguerite ainda nos aposentos percebem o alvoroço e Marguerite sai, vendo o que estava acontecendo volta rapidamente e avisa Roxton que levanta bruscamente, mas Marguerite diz para ele ficar deitado, pois ainda estava ferido, e ela pega seu rifle para os proteger. As Amazonas conseguem derrotá-los e eles recuam, preocupadas, imaginam que eles irão atacar novamente.

Já se passaram dois dias desde a saída de Marguerite e Roxton, Verônica começa a ficar preocupada e fala com Challenger sobre ir atrás deles se não voltarem até o entardecendo próximo dia.

Na manhã seguinte as Amazonas voltam á aldeia e percebem como está intenso o ataque dos canibais e como eles massacraram as aldeias vizinhas. As que ficaram informam Selena sobre o ataque deles na noite anterior o que a deixa preocupada pois está percebendo que as canibais juntaram grande força contra elas, ficando assim de prontidão esperando qualquer sinal de outro ataque.

E como elas desconfiaram os canibais estavam planejando outro ataque naquele dia, ficando a espreita esperando por uma oportunidade de invadirem a aldeia delas.

Na casa da árvore Challenger e Verônica arrumam as coisas após o almoço e vão atrás de Marguerite e Roxton, seguindo pelo caminho que os dois foram acham o lugar aonde acamparam, percebem sinais de luta e seguem os rastros pela trilha que eles foram, à aldeia das Amazonas. Chegando lá Verônica percebe que os canibais estão invadindo a aldeia e ela e Challenger vão por um outro lado, entram por uma passagem que Verônica conhecia, que dava em um depósito e ficam escondidos esperando pra agir assim que devessem. Lá elas guardam várias coisas desde roupas velhas, coisas antigas, suprimentos.., por coincidência, Verônica sentada, à espreita, vê uma coisa familiar em um canto do depósito, ela vai se aproximando lentamente e vê que era seu urso de pelúcia que tanto gostava quando pequena, vindo várias lembranças à sua mente se recorda que havia levado ele para lá quando foi morar com elas assim que seus pais sumiram, ela vivia grudada nele pois era a única coisa que sentia familiarizada e segura após perder os pais e estar vivendo com aquelas mulheres desconhecidas. Ela fica um pouco atónita por alguns minutos quando Challenger à chama a atenção dizendo que deveriam entrar na batalha para ajudar as Amazonas, Verônica volta em si, deixa o urso aonde estava e vai com o Challenger. Procurando por Marguerite e Roxton vêem Marguerite

com seu rifle na porta de um aposento e vão até ela, quando Verônica percebe que um canibal à iria atacar por trás joga uma faca salvando Marguerite por pouco, Challenger com seu rifle, entra e vê Roxton ferido, quando Marguerite se vira vê dois canibais entrando pelos fundos do aposento levantando uma lança contra Roxton e atira neles os matando, Challenger sai e junto com Verônica ajuda as Amazonas na batalha. Marguerite continua protegendo Roxton.

E após vários minutos a batalha acaba, infelizmente com a morte de várias Amazonas, mas os canibais foram derrotados e recuam os poucos que sobraram, terminado assim a batalha.

Eles passam a noite lá e planejam voltar à casa da árvore ao amanhecer, mas antes de partir Verônica fala com Selena sobre o que achou no depósito, Selena não havia percebido que o ursinho de Verônica ainda estava lá, Verônica o pede de volta, Selena a entrega, e junto com as outras Amazonas se despede deles agradecendo-os, e eles partem. Na casa da árvore já entardecendo, Marguerite e Roxton conversam na sacada, sobre quão intenso foi a viagem, e ele a agradece por protegê-lo e salvar sua vida, dá um beijo em sua bochecha, perto dos lábios e entra, ela sorri e continua lá olhando o pôr do sol. Verônica e Challenger estão pondo a mesa do jantar, para que todos eles jantem juntos, conversam e após algumas horas vão para cama, Challenger passa pelo seu laboratório antes, Verônica passa lá antes de dormir e o agradece por estar com ela naqueles dias e consolá-la após o sonho e as lembranças da infância tê-la perturbado, ele a abraça dando um beijo em sua cabeça e eles dizem boa noite um ao outro. Verônica vai para seu quarto, senta em sua cama com seu urso em mãos, fica alguns minutos observando-o, depois o guarda em seu baú e se deita, pensativa sobre tudo que aconteceu nos últimos dias, imagina se terá mais sonhos com seus pais e se lembranças que ela não tinha de sua infância virão novamente à sua mente, e após alguns momentos adormece.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.