Jonh abriu a porta, como de costume, violentamente. A mãe do loiro havia saído e o pai do mesmo estava no trabalho. Ross olhava para fora, vendo Dexter e Hector andarem até a casa.

— Gente, o Dexter e o Hector tão vindo pra cá! - Disse o ruivo.

— Esconde os papéis! - Jade exclamou.

O líder do grupo largou-os em cima da mesa e sentou em cima. O irmão de Jonh chegara junto do amigo, ambos suados e cansados. A dupla ria um pouco enquanto tomava alguns goles d'água e encaravam os outros três.

— Ô Ross, que tal parar de segurar vela? - Comentou o loiro de olhos pretos.

— Mas eu não tô com vela. - Ele retrucou, olhando as próprias mãos.

Os amigos do ruivo coraram, enquanto os maiores riram de tal cena. Ao saírem, Jonh praguejou algumas palavras baixinho e pegou os papéis. A ruiva tentava planejar algo de bom para que conseguissem dinheiro.

— Que tal vendermos aquele negócio do seu pai Jade?

— Não! Está louco?! - Ela disse.

— E por que não? - Perguntou Ross. - É bonitinho!

A ruiva revirou os olhos, pegando a criação de Dudu e foi levá-lo para casa, porém, foi impedida por Jonh. O menino sorriu de canto, pegando e levando para fora. O que era a tal criação? Simples, um raio-x detector de metais, o que facilitava o trio.

— Eu tive um plano… - Disse o loiro.

— E o que é? - Questionou a menina prodígio.

— Podemos fazer todos nos pagarem uns trocados só para verem a invenção!

— Ok, mas por favor, só tomem cuidado…

— Relaxa laranja, vai dar tudo certo! Né Ross?

O maior assentiu. O trio foi para o centro da rua do beco e o loiro dera um assobio alto, chamando a atenção de todos.

— R$0,25 pra darem uma olhada por cinco minutos nessa invenção! - Exclamou Jonh.

— E o que é isso? - Kiara perguntou.

— É um binóculo que te faz ver metais através de bolsos, construções… - Jade explicava.

Todos arregalaram os olhos, pagando para ver tal invenção. Layla foi a última a ver, deu o experimento para a ruiva do trio e a mesma foi guardar no laboratório que ficava em sua garagem.

Os três amigos sorriram, indo para a loja de doces comprar balas de caramelo. Foi só comprarem e começarem a comer que viram o carro de Edu chegar. Ele ofereceu carona para o trio, que topou na hora e de bom grado.

— Vou deixar cada um de vocês em suas devidas casas, ok?

— Certo tio! - Jade e Ross disseram.

A primeira a ser deixada foi a ruiva, em seguida, foi a vez do ruivo. Foi só ele descer que fora atendido pela mãe. Quando adentrou o lar, deparou-se com Louise mexendo no computador e Michael assistindo futebol americano na TV. O pai da família ainda não havia chegado, sairia às 18:30 do serviço, coisa que preocupava um pouco Clair. A loirinha revirou os olhos, encarando a mãe.

— Acha mesmo que o papai está te traindo?

— Claro que não! Apenas fico preocupada por conta dos assaltos que tem por lá!

A esposa de Du estava, de fato, preocupada com os assaltos daquela região. Tanto que uma das colegas do ruivo mais velho da família havia falecido o reagir num roubo.

Não tardou muito para o pai da família chegar e abraçar todos. Quer dizer, apenas metade da família. Dois dos trigêmeos, no caso Louise e Michael, continuaram fazendo o que estavam antes da chegada do pai, ou seja, assistindo à TV e mexendo no computador.

— Nem pra cumprimentar nosso pai vocês…

— Quieto Ross! Tô vendo beisebol! - Exclamou Michael.

O ruivo dos olhos pretos abaixou a cabeça e apenas foi para seu quarto, ler algum gibi, jogar videogame, achar algum chiclete mascado para sua coleção… Faria de tudo para não ficar com seus irmãos que não o suportavam de nenhuma forma.

Enquanto lia O Monstro do Esgoto - Parte IV, Du entrou, indo ver o único filho que se importava com ele de verdade. O maior queria saber mais sobre o dia do filho. Du e Ross sempre se deram bem,talvez por terem jeitos muito parecidos de ser.

— Pai, você acha que o tio Dudu e o tio Edu ficam bravos com a Jade e o Jonh?

— Claro que não! Sabe, eles tem é muito orgulho dos filhos deles!

— E você? Tem orgulho de mim?

— Claro que tenho! Mas vê se melhora essas notas esse ano hein!

O ruivo menor piscou, tendo seus cabelos afagados pelo pai.

Na casa de Dudu, Jade estava no seu quarto, mexendo em algumas de suas experiências. Ouviu os passos acelerados de Marie passarem no quarto da ruiva e parar por lá mesmo. A menina fitou a mãe seriamente, sem querer conversa com a mesma.

— Como conseguiu o doce?

— De forma justa. - Ela respondeu.

Marie deu de ombros e continuou a andar para o quarto do filho. Foi só a ruiva menor ouvir a porta de entrada abrir que ela escorregou pelo corrimão e foi abraçar o pai. Ele retribuiu o carinho da filha, afagou os cabelos do menor que assistia à TV na sala e deu um selinho na esposa que desceu rapidamente.

— O que vamos jantar? - Perguntou Dudu.

— Arroz, feijão e batatas-fritas. - Respondeu a de cabelos azuis.

Na casa de Edu, Dexter e Jonh estavam na sala, jogando Mortal Kombat II, o mais novo com Kung Lao e o mais velho com Mileena. Era possível ouvir Elizabeth conversando no telefone com Clair sobre algo aparentemente importante, principalmente para os jovens.

— Eu sei que é meio longe, mas será a única solução. Se o Peach Creek Jr. High não tivesse fechado…

O loiro escutava tudo que era dito, bem preocupado. Que história era essa de seu colégio ter fechado? E para onde ele iria? Afinal, a escola mais próxima além daquele era o John F. Kennedy High, que ficava há uma hora do beco.

— Provavelmente eles nem ficarão juntos, sabe, o John não é lá muito inteligente… E sem querer ofender, mas o Ross é bem pior.

O garoto preferiu parar de ouvir aquilo e voltou a prestar atenção no jogo, porém, o Fatality veio antes dele continuar a luta com seu irmão mais velho. O pai da família desceu pouco tempo depois, chamando os filhos para jantarem e conversarem.

— Meninos, acho que estão sabendo que a escola de vocês fechou. - Começava Edu. - Estamos decidindo matricular vocês no John F. Kennedy High, a boa notícia é que a maioria do pessoal provavelmente vai pra lá.

— Jade e Ross também vão pra lá?

— Acho que não filho… Eles provavelmente irão para uma escola mais forte.

O garoto arregalou os olhos, iria se separar de seus únicos e melhores amigos? Ficaria sem poder fazer trabalho com eles, sem falar besteiras ou brincar durante o intervalo, pior ainda, sem montarem planos para quando chegassem em casa.

Jonh terminou seu jantar, levou o prato e o copo até a mesa e subiu, mandou uma mensagem para os amigos lhe encontrarem na frente de sua casa. Não demorou muito para o loiro descer pela janela e encontrar os ruivos, que tinham expressões severas.

— Estão sabendo? O Peach Creek Jr. High fechou! Eu vou para o John F. Kennedy High! - Disse o líder, alterado.

— E-eu vou para o Albert Einstein High… - Comentou a menina, trêmula.

— Vou estudar no Frederich Lamm. - Disse o maior.

O trio arregalou os olhos, indignados com aquilo que estava acontecendo. Deitaram-se na grama e ficaram observando as estrelas como quando eram crianças. A preocupação e o medo estavam estampados em seus rostos.

Ross colocou mão no centro da rodinha que formaram no chão, John e Jade colocaram as suas por cima da do maior. Este ato, no fundo, significava que nunca se separariam, não importava a distância.

Eles continuaram observando os astros com um certo brilho nos olhos, não queriam sair de lá de forma alguma, entretanto, tiveram de ir embora quando perceberam que era uma e meia da manhã.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.