Era de manhã no beco. Todos estavam se levantando para mais uma manhã das férias de verão, pelo menos das crianças. Haviam se passado 20 anos mais ou menos desde que conhecemos os Dus e todo o pessoal. Cada um havia tomado um rumo na vida, mas sem deixar de morar no local da infância.

Edu havia se casado com Elizabeth Royal, uma mulher que estudou com ele o primeiro colegial. Eles tiveram dois meninos: Dexter, um jovem que tinha 14 anos, cabelos pretos e olhos pretos, assim como o pai, e Jonh, um menino de 12 anos que tinha cabelos loiros e olhos azuis escuros como a mãe. O ex-líder dos Dus agora era dono de uma empresa de turismo.

Dudu tinha se casado com Marie Kranker, ambos tiveram dois filhos: A jovem Jade de 12 anos. Ela, assim como a mãe, tinha cabelo ruivo (a cor que ela tinha antes de tingir), porém esse era liso e comprido, e olhos pretos. Já seu irmão, Ryan, tinha 9 anos, possuía cabelo preto e olhos pretos, assim como o pai. O inteligente do trio de 20 anos atrás havia se tornado cientista e escritor.

Du casou-se com Clair Rosswald, uma garota que conhecera na faculdade. Eles tiveram trigêmeos: Ross, um jovem de cabelos ruivos e olhos pretos, assim como o pai, de 12 anos. Michael era parecido, porém, tinha os olhos verdes da mãe e também tinha 12 anos. Por último, a única garota dos trigêmeos, Louise, a menina de cabelo loiro curto e liso que usava óculos.

Jimmy e Sarah haviam se casado. Ela virou uma professora de luta livre enquanto ele era gerente de uma fábrica de bichos de pelúcia. O casal teve uma garotinha: Layla, de 9 anos. A filha do casal era loira como o pai e os olhos pretos iguais os da mãe.

Johnny tinha se casado com Aurora Baker, uma mulher que conheceu no segundo colegial, porém, se separaram há 6 anos. Tiveram um menino chamado Victor, de 10 anos. O menino é moreno como o pai, tem cabelos pretos cacheados e olhos azuis como os da mãe. Aurora abandonou a família.

Kevin e Nas também se casaram, tiveram três filhos: Hector, um garoto de 14 anos loiro de olhos pretos. Kiara, uma jovem ruiva de cabelo cacheado e comprido, de olhos pretos e que tinha 12 anos. E Kara, irmã gêmea não idêntica de Kiara, já que ela era loira de olhos pretos. Kevin tornou-se narrador de futebol americano e Nas uma professora de dança.

Rolf se casou, por incrível que pareça, com May Kranker. Eles tiveram duas meninas: Lizzie, uma garota de 15 anos de cabelos azuis naturais como os do pai e olhos pretos. Já Suzy nasceu loira de olhos pretos como a mãe e tinha 11 anos. May era dona de uma padaria enquanto Rolf infelizmente viera a falecer há 1 ano após ser convocado para servir uma guerra ao seu país.

Por último, Lee Kranker, que tornou-se uma bandida e estava presa havia 3 anos. Depois do casamento de Kevin e Nas ela havia fugido do beco e tentou procurar uma vida melhor.

Voltando às crianças, naquela manhã, na casa de Edu, os meninos dormiam tranquilamente cada um em seus quartos. Naquele momento, o pai da família tomava café com a esposa enquanto seu filho mais velho ia até a cozinha.

- Bom dia… - Murmurou Dexter pegando um pouco do cereal.

- Bom dia filhão! E cadê o John?

- Ainda dormindo…

No mesmo momento uma figura humana de cabelos loiros, vulgo Jonh, apareceu na porta da cozinha. O garoto andou se arrastando até a cadeira mais próxima e pegou algumas panquecas que a mãe fizera.

- Nossa Jonh, você tá pior que eu cara. Foi dormir que horas? - Perguntou Dexter.

- 03:40… Da manhã… - O mais novo dizia bocejando.

Elizabeth logo se sentou com os rapazes, pegando torradas e um suco de laranja. Enquanto tomavam café, Edu falava sobre as confusões na empresa e de que teria de despedir um dos empregados. O garotinho loiro apenas pensava no que faria para juntar dinheiro para comprar balas de caramelo com os melhores amigos, Jade e Ross.

Os Dus poderiam não existir mais como “ladrões”, mas haviam seus herdeiros. Jonh e Edu eram parecidíssimos com o requisito liderança, Jade tinha a inteligência herdada de seu pai, Dudu, e por fim, Ross e Du eram iguaizinhos no jeito atrapalhado e bobalhão de ser.

- Bem, acabei o café, vou indo… - Comentou o loiro.

- Ok, até mais tarde filho! - Disseram os pais do garoto.

Ao sair da casa, foi direto para o meio da rua, onde esperaria os amigos para planejarem algo. Não deu nem três minutos que a ruiva apareceu arrastando o maior do grupo que estava quase dormindo.

- Demoramos? - Ela perguntou.

- Não… Melhor irmos… Andando…

Jade notou que Jonh estava praticamente dormindo em pé. Deixou os amigos lá e voltou para casa com um carrinho de mão. A ruiva pegou Ross, colocou-o no carrinho e o levou para perto do terreno baldio, em seguida, fez o mesmo com o líder do grupo.

- Garotos, acordem!

- Mais cinco minutinhos mamãe… - Comentou o maior enquanto dormia.

Ela apenas revirou os olhos, indo pegar um pouco de água para jogar nos amigos. Ao abrir a porta, o pai da jovem estava de saída. Dudu se despediu da filha e logo foi para a garagem pegar o carro. Jade apenas foi para a cozinha e pegou dois copos d’água, porém, foi barrada por sua mãe na hora de sair.

- Onde vai com esses copos Jade? - Marie perguntou.

- Acordar o Ross e o Jonh. Tchau mãe.

Mãe e filha não tinham o melhor relacionamento do mundo, isso era nítido. Geralmente a mulher dos cabelos azuis dava mais atenção ao filho, Ryan, por ele quase ter vindo a falecer numa cirurgia, porém, precisava dar atenção também à jovem prodígio da família.

A ruiva voltou para o local correndo e jogou água na cara dos meninos. O loiro e o moreno se entreolharam e logo voltaram os olhares para a menina, que batia o pé no chão e tinha uma expressão de raiva.

- Oi Jade! Tá tudo bem? - Perguntou Ross.

- Não, não tá! Eu não disse pra começarem a dormir mais cedo?!

- Calma aí Laranja. - Disse o líder chamando-a pelo apelido e fazendo a menina corar. - Eu fiquei até quase 04:00 acordado pra fazer o melhor plano de todos!

- E seria? - Ela perguntou.

Logo Jonh explicou. Ross e Jade se entreolharam pensando se seria a melhor das ideias do garoto loiro ou se seria uma loucura. A garota sentiu um frio percorrer sua espinha, não queria quebrar nada e tinha 67% de chances daquilo ocorrer.

- Vai Jade, você pode fazer isso né? - Pediu o maior.

- Ok… Mas se quebrar a culpa vai ser de vocês!

Eles seguiram até a casa da garota, todos na rua brincavam alegremente de suas coisas favoritas. Quando estavam para abrirem a porta da garagem foram interrompidos pela irmã de Ross.

- Oi Louise! O que tá fazendo irmãzinha fedorenta?

- Calado! O Ryan disse pra vocês não entrarem! - Disse a garota.

- Meu irmão é um tanto quanto desprovido de inteligência, com licença.

O maior empurrou a própria irmã e o trio entrou, deparando-se com Ryan comendo uma bala de caramelo. Todos ficaram de queixo caído, afinal, não havia uma forma lógica do menino ter recebido o doce.

- RYAN! ONDE RAIOS VOCÊ CONSEGUIU ESSA BALA?! - Jonh perguntou, sendo segurado pelos amigos.

- Ora, minhã mãe me deu por eu ter arrumado meu quarto.

Jade arregalou os olhos e ficou de queixo caído, afinal, tudo que recebia por ter arrumado o quarto era sua mãe dizendo que ela não fez mais que a obrigação dela. A menina fez uma expressão de raiva e logo foi para o laboratório do pai, que ficava na garagem.

- Ei! O papai disse que não podemos entrar aí!

- Se você falar algo vou usar minha nova experiência em você seu…

- J-já deu vocês dois né? - Comentou o líder do trio.

O irmão da jovem saiu, indo brincar na rua. Ross e Jonh desceram e foram seguindo Jade, que pediu para eles não mexerem em nada, Obviamente não há obedeceram, sendo que o garoto de cabelos ruivos pegou um frasco com um líquido amarelo e tomou.

- AH! ROSS!

- É gostosinho. - Disse o maior, que começou a inchar.

- Droga… - Murmuraram o loiro e a ruiva.

Jonh correu, fechou a porta do porão e segurou o amigo, enquanto Jade preparava um antídoto para aquela experiência. Depois de juntar algumas coisas como nitrogênio, gás carbônico e ferro, misturou tudo como aprendera com o pai e deu para o maior.

- Acho que isso resolve… - Ela murmurou. - Toma Ross.

O maior bebeu tudo num só gole, arrotando e desinchando. A dupla “normal”prendeu o nariz e abriu a porta, correndo para fora dali praticamente num pulo. Ao chegarem na rua, Jonh deu um sorriso de canto maldoso.

- Jade, pegou o que pedi?

- C-claro.

- Certo… Que a caça ao tesouro comece…

- Eu gosto de caça ao tesouro! - Gritou o ex-balão.