Capítulo 7 - Feiticeiro das dimensões

“neste mundo existem muitas coisas estranhas e esta loja é uma delas, esta é uma loja que realiza desejos cujo o dono, que parou o seu próprio tempo e herdou o segredo de mantê-la, a loja realmente existe mas não está aberta para todos. Somente quando possuírem conexões as pessoas poderão conhecer, visitar e se reunir com o dono da loja, enclausurado.

A loja vai realizar qualquer desejo, desde que seja um desejo que o dono da loja possa realizar... e o mais importante se você puder pagar o preço!”

Subaru havia conseguido entrar na loja e conhecer o atual dono dela, Watanuki, agora basta saber qual será o desejo que ele quer ver atendido.

– Maru, Moro tragam um chá por favor.

– Ok – as duas saíram correndo e cantando

– Então Subaru, como está sua avó? – perguntou Watanuki

– Ela está bem, eu acho, mais como você conhece ela?

– Digamos que é difícil não conhece-la, afinal ela é muito famosa no mundo das entidades magicas.

– Hum – Subaru estava pensativo.

– Então, se você entrou aqui é porque você precisa dessa loja, me diga qual o seu desejo.

– Meu desejo, bom eu quero... eu... não sei ao certo o que eu quero, quer dizer tem muitas coisas no momento e eu não sei dizer se de fato é um desejo.

– Interessante – Watanuki olhava fixamente para Subaru – você está nessa loja, mas não sabe o que realmente deseja, sabe normalmente os clientes vem aqui com o deseja na ponta da linga, mas você nem ao menos sabe o que quer!

– Desculpe – Subaru estava um pouco envergonhado.

– Não se desculpe, eu acho isso interessante, quer dizer isso foge um pouco do convencional do qual eu estou acostumado, – Watanuki sorria gentilmente – porque você não dorme aqui essa noite, assim você pode pensar sobre o que realmente quer, afinal você conseguiu achar essa loja.

– Não foi muito difícil encontra-la, afinal eu tinha o endereço – disse Subaru mostrando o papel com o endereço.

– Hum... você não entendeu Subaru, essa loja é exclusivamente para pessoas que precisam dela, se você não precisa-se você não a encontraria, mesmo possuindo esse endereço, bom agora vamos tomar um chá?

– Certo.

Subaru permaneceu na loja por mais algumas horas, ele estava confiante que dessa vez ele tinha encontrado a solução para os seus problemas, mas ele ainda estava tentando manter uma certa distancia de Watanuki, pois ultimamente Subaru estava com um certo medo de criar laços com as outras pessoas, porque depois que a Hokuto se foi ele ficou com um certo medo de perder as pessoas do qual ele gosta, então seria mais fácil simplesmente não se aproxima de ninguém

– Você bebe? – perguntou Watanuki com uma garrafa de Sake na mão.

– há, não, a Hokuto não gostava de bebidas, então eu decidi que não deveria beber – disse Subaru.

– Entendo, você gostava muito da sua irmã

– .Sim, tudo que eu quero é poder me encontrar com ela novamente e abraça-la, quer dizer eu sempre gostei dela, ela era minha irmã e acabou morrendo por culpa minha.

– Você disse que foi o Seishiro quem matou ela certo? – perguntou Watanuki.

– Foi isso mesmo, na época eu estava em estado de choque, quer dizer eu era muito frágil e quando eu soube da verdade sobre ele, eu acabei ficando muito abalado, então ela tentou ir enfrenta-lo para fazer com que eu voltasse ao normal, mas ai ela morreu.

– Você estava na hora em que ele à matou?

– Não, mas de alguma forma a imagem de tudo que estava acontecendo apareceu na minha cabeça então foi como se eu estivesse lá – falou Subaru.

– Ou seja provavelmente para te tortura, o Seishiro te mandou o momento exato em que ele matou sua irmã.

– Isso mesmo, para o Seishiro que é um mestre em ilusões seria fácil entrar na minha mente e fazer com que eu observasse ele matando a Hokuto, e é por isso que eu acho que ela está viva. – Subaru sorriu

– Como assim, se ele te mandou a hora em que ele matou a Hokuto, porque você pensa que ela esta viva exatamente por causa disso? – Watanuki estava um pouco confuso.

– Como eu disse, o Seishiro é um mestre em ilusões ele poderia muito bem ter criado uma falsa cena em que ele matava a Hokuto, fazendo com que eu acreditasse que ela estivesse morta.

– Mas, e no momento do velório dela, o corpo deveria estar no caixão.

– Na verdade o caixão era apenas simbólico, pois nós não conseguimos encontrar o corpo dela, e levando em conta que o Seishiro é um Sakurazukamori, depois de matar a vitima ele a enterra em baixo de uma cerejeira então não foi possível confirmar se ela estava morta, o fato é que na época eu não tinha esse pensamento que eu tenho hoje então eu não percebi que o assassinato dela era tudo uma provável grande farsa, eu ainda não sei o porque que ele fez isso, mas acho que foi isso que aconteceu, ainda mais quando ele me disse isso no mundo dos sonhos – concluiu Subaru.

– Interessante... sabe Subaru eu acho que já sei qual é o seu desejo, e só há uma pessoa que pode te ajudar, o seu nome é Kakyo.

– Kakyo? Kuzuki Kakyo? Se for ele eu já tentei encontra-lo, mas na ultima vez eu acabei sendo preso pela magia do Seishiro, e eu tenho a impressão de que ele não quer que eu me encontre com ele.

– Eu sei de uma forma segura para te levar até Kakyo, mas isso terá um preço, se você estiver disposto a pagar eu posso te levar até lá – Watanuki mantinha seu olhar misterioso sobre Subaru.

– E qual seria esse preço? – perguntou Subaru.

– Eu quero os óculos do Seishiro Sakurazukamori que você tem guardado desde o dia em que ele perdeu um olho no hospital.

Subaru se espantou por Watanuki saber de uma coisa que ele não havia contado para ninguém, com isso ele concluiu que de fato Watanuki não era uma simples pessoa que possuía poderes sobrenaturais, ele era mais, um provavel ser de poderes e inteligência superiores.

– Então vai aceitar pagar o preço.

Subaru manteve-se pensativo.

– Tudo bem, amanhã mesmo eu vou pegar o óculos – disse Subaru com firmeza.

– Sabe Subaru, eu me pergunto, se você odeia tanto o Seishiro, porque você ainda guarda os óculos dele? Ainda mais como se fosse algo especial, como se fosse um tesouro precioso, eu me pergunto se de fato você o odeia? – Watanuki falou em tom sarcástico.

Amor ou ódio, a relação estabelecida entre Subaru e Seishiro ficava sempre entre esses dois sentimentos, e como já foi dito por Yuuko Ichihara “ uma vez que se cria laços com uma pessoa, se torna muito difícil corta-los”, ainda mais quando são laços de amizade, ódio e paixão.