Capítulo 8 - A melhor sensação

Seu pai estava totalmente amarrado à cama, tubos o faziam respirar, ela ouvia aquele aparelho que indicava seus batimentos, os olhos de seu pai estavam fechados, estava em um sono totalmente profundo.

- ei garota, eu disse que não era para entrar! – disse a mulher finalmente agarrando o braço de Adele.

- ele está bem? – perguntou a garota.

- Filha venha aqui! –disse sua mãe

- eu quero saber se ele está bem? – perguntou ela novamente.

- Bom... – começou a enfermeira -vamos entrar rápido! – terminou ela jogando Adele e Mary para dentro do quarto - a saúde de seu pai não está muito boa, afinal ele levou um tiro no peito, é muita sorte ele ainda não ter morrido minha querida, isso com certeza foi Deus! – informou a mulher.

- mais ele vai ficar bem não é mesmo? – perguntara Mary

- Senhora eu não posso afirmar, mas estamos fazendo de tudo... - e uma vós anunciara o nome da enfermeira. – bom, estão me chamando! – disse ela saindo do quarto.

- Vamos sair filha! – disse sua mãe a puxando.

- Não, eu quero ficar um pouco com ele! – respondeu ela. Adele não convivia muito com seu pai por causa do trabalho, mais ela o amava muito.

- só mais um pouco! – exclamou Mary saindo do quarto.

Adele aproximou-se de seu pai, olhando fixamente para ele, suas mãos encostaram-se à dele a fazendo sentir pela primeira vez á anos o calor da mão de seu pai, a melhor sensação do mundo subiu pelo seu corpo, ela pegara uma cadeira e sentara ao seu lado:

- Pai se você estiver me ouvindo, eu quero que saiba que eu te amo muito, eu sei que eu não fui uma filha boa... – disse ela dando uma risadinha abafada - e eu me arrependo muito... – lagrimas começaram a escorrer sobre seu rosto -... ah, e eu fiz uma musica eu vou cantar pra o senhor! – disse ela secando suas lagrimas.

Cada palavra da musica a fazia sentir todas as sensações do mundo, sua pele se arrepiava cada vez mais:

- “someone like you I wish nothing but the best for you too… - o aparelho de batimentos cardíacos começou a fazer um único barulho, um barulho que fez Adele se desesperar.

Vários médicos e enfermeiras entraram as presas no quarto, alguém agarrou o braço da menina que estava desesperada, chorando- ME SOLTA , ME SOLTA! – berrava Adele, mais a pessoa que a segurava era bem mais forte.

- Senhora Blue, precisamos que fiquem na sala de espera! – ouviu uma voz feminina.

Foi assim tão rápido que Adele não percebera, um minuto ela corria para ver seu pai, no outro ela cantava para ele e depois ele estava morto. A ficha meio que não caiu para ela, seu pai morto como assim?