Os dias na chácara passam. Laura e Edgar aproveitam ao máximo cada instante de sua lua de mel... fazem vários passeios pela cidade, visitam pontos turísticos e desfrutam da companhia um do outro...
Chega a última tarde que passam naquela casa, onde foram tão bem recebidos... Laura está na varanda lendo seu livro... D. Maria traz um suco
Laura: Obrigada Maria... sabe...você está me mimando demais... vou sentir saudade desses dias que passei aqui... e de todos vocês
D. Maria: Vocês ficaram aqui tão pouco... podiam ficar mais alguns dias...
Laura: Se eu pudesse nunca mais ia embora desse lugar.... mas precisamos voltar para nossa rotina... o Edgar tem de voltar para fábrica e eu para os meus alunos... por falar nisso, o Edgar onde está?
D. Maria: Eu o vi indo em direção ao lago... quando criança ele passava horas sob o caramanchão ou a beira do laguinho... lendo... acho que nem via o tempo passar...
Elas conversam mais um pouco... Laura levanta-se e sai a procura do marido... atravessa o jardim...vai até o caramanchão... vê o livro de Edgar sobre a mesa... continua a caminhar... nuvens pesadas se formam no céu... ao longe avista seu amado sentado a beira do lago.... o olhar de Edgar se perde no horizonte... chega pertinho e lhe diz suavemente ao ouvido....
Laura: Um vintém por seus pensamentos....
Edgar (sorrindo): Meu amor... não te vi chegar...
Laura (sentando-se a seu lado): Você parecia tão distante....
Edgar: É... eu estava... estava pensando nos dias felizes que passamos aqui... estou me despedindo desse lugar... amanhã vamos voltar a nossas vidas... só Deus sabe quando vamos voltar a essa chácara....
Laura: Espero que logo... e se a gente ficasse aqui mais alguns dias?
Edgar: Bem que eu queria... mas não podemos... você tem de retomar suas aulas e eu... tenho a fábrica (desanimado)
Laura: Desde que nos casamos tenho notado esse seu desapontamento com o trabalho...
Edgar: Laura...diferente de você, eu não gosto do que estou fazendo... eu me formei em direito... não tinha planos de virar administrador de uma tecelagem...
Laura: Mas... se você não faz o que te agrada, por que continua?
Edgar: Não pretendo fazer isso pelo resto da vida...mas se saisse agora estaria sendo irresponsável... a situação financeira que encontrei era caótica... várias pessoas dependem direta ou indiretamente daquela fábrica... não só a minha família... todos os funcionários da tecelagem... Mas, vamos parar de falar sobre isso... agora vem aqui...(puxa Laura para si e lhe dá um beijo)
Em pouco tempo, pingos de chuva começam a cair... uma forte tempestade se aproxima...
Laura e Edgar sentem a chuva caindo... levantam-se e correm para casa tentando fugir da tormenta que se aproxima... agora é tarde... a chuva aumenta... Laura para de correr... está ensopada... olha para o marido que também está encharcado e começam a rir... ambos brincam na chuva...Edgar pega Laura em seu colo e rodopia pelo gramado com ela de braços abertos... a deposita novamente no chão e eles se beijam...
Laura: Nunca pensei que pudesse ser tão feliz...
Edgar: Também não... te amo... (eles se beijam)...
Laura (rindo): Essa chuva está maravilhosa... mas...vamos entrar... vamos acabar pegando um resfriado...
Edgar: Tem razão... vamos
Eles entram na casa... estão aos beijos...
Laura: Eu vou preparar um banho morno pra você...
Edgar: Certo...
Laura retira suas vestes totalmente molhadas e coloca um robe... prepara a banheira... enquanto isso, Edgar também retira a roupa encharcada colocando um roupão... acende o fogo da lareira, e busca na adega um bom vinho e duas taças
Edgar entra no quarto de banho... vê Laura com o robe entreaberto e não resiste a tentação... a abraça por trás e tenta despi-la, mas Laura reluta... por fim acaba cedendo e ambos acabam entrando nas águas perfumadas e mornas daquela banheira..
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