Algumas semanas já haviam se passado desde que Laura e Edgar haviam assumido o compromisso do namoro. As visitas de Edgar à amada eram constantes, porém agendadas, se viam três vezes por semana: sempre às quartas, aos sábados e aos domingos, como Assunção combinou com o rapaz. Dias marcados em que Laura e Edgar mal podiam esconder tamanha ansiedade para que chegassem. Laura escrevia religiosamente todos os dias em seu diário sobre Edgar. Era uma forma de se sentir mais perto do amado e fazer com que os dias em que não podiam estar juntos passassem mais rápido. Edgar por sua vez sempre contava com o carinho e a cumplicidade da mãe, se possível passava horas a falar da amada para sua progenitora. Mas como todo amor, ainda mais um amor adolescente, o primeiro é urgente! Laura e Edgar não conseguiam passar um dia sequer sem se verem. Edgar todas as tardes antes do Sol se por, fazia questão de cruzar a Rua São Clemente em Botafogo, onde ficava o casarão dos Assunção e acenar para Laura que já se encontrava sempre na hora marcada à sacada de seu quarto esperando o aceno do namorado. Poderia isto ser apenas um gesto simples e bem distante, mas em um namoro formal aos moldes da época era suficiente para que os dois conseguissem vencer os dias em que não lhes era permitido o encontro e ainda ser capaz de deixar seus corações mais tranquilos, como se um simples aceno entre duas pessoas apaixonadas fosse capaz de transmitir todo o sentimento e a segurança de um amor completamente forte, simples e sincero.

Edgar em um desses sábados em que as visitas à amada eram feitas no período da tarde, chega como sempre pontualmente à mansão dos Assunção.

Edgar: - Boa tarde Dr. Assunção. Como está? Eu vim ver a Lau...

Laura que mal podia se conter tamanha a espera e a ansiedade de estar ao lado de Edgar, ouve sua voz e desce as escadas correndo e abre um belo sorriso ao se deparar com Edgar, impedindo que o rapaz termine sua fala.

Edgar sorrindo olha encantado para ela completa: - Ver a minha namorada. (diz Edgar estendendo um ramo de flores para Laura)

Laura recebe as flores e sente perfume presente nelas: - São flores de alecrim? (Sorrindo)

Edgar: - Sim. Elas são como você. Simples delicadas e sinceras.

Laura os olhos brilhando: - Que lindo, Edgar. Meu namorado (diz ela aproximando os ramos de alecrim do rosto para sentir o aroma das flores mais uma vez. Em seu rosto podia-se ver as feições de um largo sorriso de felicidade e os olhos emocionados)

Edgar sorrindo: - Vamos? (Lhe estendendo o braço)

Laura: - Vamos aonde? (Sem entender nada)

Edgar: - Dar um passeio, nosso primeiro passeio como namorados. Já combinei tudo com seu pai, dessa vez pedi a permissão antes. (rindo)

Assunção também ri: - Já que é um local público concordei em deixá-los ir sozinhos. Mas exijo muito respeito para com a minha filha. Nada de declarações e beijos apaixonados, ouviu Edgar?!

Edgar: - Prometo respeitar a Laura, Dr. Assunção. Muito obrigado por confiar em mim.

Assunção: - Eu sei que posso confiar em vocês. (diz Assunção apertando a mão do rapaz e logo dando um beijo na testa da filha)

Laura ansiosa: - Vocês dois vão ficar conversando por códigos? Eu não estou a entender nada. Aonde vamos, Edgar?

Edgar: - Surpresa!

Laura dengosa – Ah isso não vale eu quero saber aonde vamos.

Edgar: - Não confia em mim?

Laura sorri: - Como não confiar em você Edgar, como?

Os dois então tomam um coche e durante o caminho o entrosamento entre os dois é visível: riem, brincam um com outro. alternam brincadeiras com olhares apaixonados, comentam sobre a paisagem da cidade. Laura tenta a todo o instante descobrir o rumo do passeio.

Edgar descendo da carruagem e auxiliando Laura:

– Bem vinda ao Passeio Público senhorita minha namorada.

Laura encantada: - O Passeio Público Edgar, esse lugar é lindo. (diz ela maravilhada ao olhar para o grande portão que dava entrada para o lugar de natureza tão acolhedora, árvores frondosas e frutíferas, lago com a exibição de lindos cisnes e um grande terraço que proporcionava a melhor vista da Baía de Guanabara com vista direta para o morro do Pão de Açúcar, um dos pontos da capital brasileira que desde os primórdios se tornara um dos cartões postais da cidade por melhor transmitir a beleza natural única que só a cidade do Rio possui.

[Foto: O Passeio Público do Rio de Janeiro no final do século XIX]

Laura: - Já fiz alguns piqueniques aqui em família, mas há tanto tempo não venho aqui.

Edgar: - Mas é a primeira vez que faz um piquenique com o seu namorado! (sorri). Mamãe preparou essa cesta especialmente para nós dois. Você gosta?

Laura: - Amo! Como não vou gostar de um piquenique ao seu lado em um lugar maravilhoso como este Edgar, como?! (Sorrindo Laura dá um rápido beijo no rosto do rapaz)

Então vamos ao nosso piquenique neste sábado à tarde senhorita Assunção?! (Oferecendo o braço esquerdo para ela).

Os dois então caminham para o interior do Passeio, de braços dados. Laura usava sua sombrinha para se proteger do forte Sol carioca, usava um lindo vestido branco e uma fita azul nos cabelos. A menina estava radiante. A felicidade do casal era visível a todos que visitavam o Passeio naquele dia. O local que era extremamente frequentado sobretudo nos finais de semana por crianças, senhoras, famílias inteiras e que em uma época ainda tão recatada era refúgio para jovens casais apaixonados. Local nenhum proporcionava a chance aos enamorados de conseguirem driblar as regras de namoro tão rígidas e diminuir as distâncias físicas entre dois apaixonados como o Passeio Público. Além da extrema beleza natural, proporcionar um clima muito agradável, o local também recebia apresentações de ditos artistas populares que se reuniam frequentemente para fazerem música e tornar o ambiente ainda mais agradável.

Laura: - Eu amo natureza, Edgar. Não haveria melhor lugar para você me trazer no nosso primeiro passeio como namorados. (ela sorri pra ele, Edgar faz carinho em seu rosto)

Os dois dão um passeio pelo jardim, se colocam à ponte que se sobrepõe ao lago onde os lindos cisnes do Passeio, apaixonamente se divertem e desfrutam ao máximo a companhia um do outro que pela primeira vez podia ser feita de forma livre, sem olhares atentos das famílias. Logo uma encantadora música começa a tomar conta do ambiente e desperta a atenção de Laura:

– De onde vem essa música, Edgar?

– Devem estar tocando no Café-Concerto! Alguns músicos costumam se reunir por lá para demonstrarem seus trabalhos aos frequentadores buscando assim conseguir alguns trocados.

– E algum reconhecimento também (os dois riem).

Laura extremamente animada e curiosa: - Ah Edgar, me leva até lá?!Eu quero poder ouvir a música mais de perto, ver o conjunto também.

Edgar mais uma vez tirando uma das mechas de cabelo que insitia em cobrir o rosto de Laura, diz: - Como eu posso dizer não a um pedido desses, vindo da namorada mais linda, inteligente e moderna que alguém pode ter?

Edgar então atende ao pedido da amada e de braços dados seguem rumo ao Café-Concerto do Passeio. Os dois se deparam com um ambiente agradável, no elevado piso de madeira mesas de café são ocupadas na maioria por senhores e casais de namorados. De frente a essas mesas se encontrava um palco onde um conjunto de rapazes visivelmente oriundos de classes menos abastadas se apresentavam tocando flauta, violão e cavaquinho. A música melodiosamente deliciosa aos ouvidos se tratava do chorinho, o primeiro ritmo urbano tipicamente brasileiro no final do século XIX ainda buscava se firmar diante de ritmos musicais europeus tão apreciados na época.

Laura: - Ouça Edgar eles estão tocando choro, eu não acredito! Acredito que este estilo musical um dia ainda será uma das grandes representações do nosso país. Genuinamente brasileiro e delicioso aos ouvidos.

Edgar: - Pena que nossa sociedade ainda não o vê com bons olhos.

Laura: - Ou com bons ouvidos (diz Laura divertida fazendo Edgar rir). Dona Constância mesmo é uma que acha absurdo a criação de estilos musicais nacionais afinal: “Nada pode ser superior aos costumes europeus” (diz ela tentando imitar a mãe, fazendo Edgar cair na gargalhada).

Edgar: - Sabia que eu amo esse seu lado divertido, dona baronesinha? (diz ele dando um beijo no rosto da namorada) Venha, fique aqui pra você ver melhor.

Laura e Edgar se colocam de frente para o palco. O conjunto começa então a tocar “Flor Amorosa” e Laura começa a se mexer acompanhando a música com palmas. Flor:

[A música pode ser ouvida aqui: "Flor Amorosa"]

Laura: - Ai Edgar, o som da flauta é lindo. Eles começaram a tocar “Flor Amorosa” composição de Joaquim Callado não é?

Edgar: - Vejo que tenho uma namorada que entende muito de música e também se informa bastante. Acertou mocinha.

Confiante Laura diz: - Eu sempre acerto tudo. E sou uma moça moderna.

Edgar: E linda, inteligente, encantadora. (Ele segura seu queixo fazendo um carinho a fazendo sorrir.)

Laura: - Ai Edgar, o som da flauta é sempre tão lindo.

Edgar: - Não mais que você. (sorrindo)

Edgar reverencia Laura: - Dá-me a honra desta dança senhorita?

Laura: - Claro que sim encantador cavalheiro (sorrindo)

Os dois então começam a dançar animados. Os dois riem e conversam enquanto dançam:

Laura: - Ai Edgar eu nunca me senti tão livre, tão feliz como hoje. Nunca imaginei poder estar em um lugar lindo como este me divertindo tanto, com um namorado arrumado pela dona Constância. (Diz ela caindo na gargalhada).

Edgar também ri: - Com certeza achou que eu era mais um almofadinha que buscaria te reprimir ainda mais não foi?!

Laura brinca com Edgar: - Almofadinha você é, mas um almofadinha inteligente,moderno e extremamente encantador por quem eu sou completamente apaixonada.

Edgar: Sabe Laura, poder conduzi-la numa dança mais uma vez me deixa muito feliz e emocionado. Me faz lembrar de quando nos conhecemos, nosso primeiro contato foi uma valsa em minha casa. Naquele momento eu já estava completamente encantado por você. Foi simplesmente mágico tudo o que aconteceu. Acreditava estar sendo obrigado a conhecer uma moça tão comum quanto as outras e encontrei a mais bela e encantadora das moças, da qual daquele dia em diante não consigo imaginar a minha vida sem ela.

Edgar encosta sua testa na de Laura enquanto ainda dançavam, mas neste momento transforma os passos da dança em movimentos bem lentos nada condizentes com o ritmo da música que dançavam, mas que neste momento já nem mais a ouviam, estavam mais uma vez hipnotizados com a presença um do outro e praticamente em um sussurro Edgar diz:

– Eu te amo Laura.

Laura olhando profundamente nos olhos do amado

–Eu também te amo Edgar, você me faz muito feliz como nunca pensei que pudesse ser um dia.

Depois da dança, os dois seguem de braços dados pelo jardim e logo escolhem a sombra de uma das frondosas árvores para estenderem a toalha do piquenique. Colocam a cesta com pães, bolo, sucos, frutas, doces...

Laura: - Mas isso não é um piquenique Edgar. É um banquete. (rindo)

Edgar: - Ainda falta uma coisa...

Laura: - O quê?

Edgar estende um pequeno ramo de alecrim que trouxera guardado na cesta.

Laura: - Alecrim! (Sorrindo com um lindo brilho no olhar)

Edgar: - É o perfume do nosso amor. (Edgar dá um rápido beijo no rosto dela)

Vamos ao piquenique senhorita? (Edgar estende a mão à Laura para ajudá-la a se sentar sobre a toalha.)

Laura curiosa: - Nossa Edgar, onde conseguiu tanto alecrim? Levantou cedo para ir a uma floricultura? (Rindo)

Edgar ri e confessa: - Não. Na verdade roubei de um vizinho indo no caminho pra sua casa.

Laura ri: - Roubou Edgar? Nossa meu pai não vai gostar nada de saber que eu namoro um criminoso.

Edgar: - Pratico crimes por amor.

O dois riem. Edgar faz cócegas em Laura, mas que logo é paralisada pelo olhar penetrante do rapaz que dispara:

Edgar: - Queria te dar flores, mas não queria uma flor qualquer e comum. Tinha que ser especial como você e o alecrim me lembra você: é tão simples e ao mesmo tempo tão forte, revolucionária. E como todas as tardes faço questão de cruzar a rua de sua casa só para acenar para você, te ver cada vez mais linda naquela janela, me deixando cada vez mais seguro do quanto nosso amor é forte e pra sempre, acabo encontrando alecrim por todo o caminho e este perfume me faz lembrar você. Já que não posso estar perto de você todos os dias, todos os dias carrego um ramo de alecrim pra sentir você sempre perto de mim.

Laura emocionada: - Que lindo Edgar. De agora em diante essa florzinha tão linda e perfumada será o símbolo do nosso amor. Quero também ter o perfume e a presença do alecrim todos os dias em minha vida, como também quero que seja você na minha vida: pra sempre!

Edgar se aproxima para beijar Laura e é delicadamente interrompido por ela:

– Nada de beijos rapaz e declarações de amor. Não lembra o que meu pai recomendou a você?! Exijo ser respeitada. (diz ela provocando Edgar)

Edgar contrariado: - Ai quanto sacrifício para obedecer o pai da senhorita. (fazendo Laura cair na gargalhada fazendo um carinho no rosto do rapaz)

Laura: Posso dizer ao meu pai que você é um namorado exemplar, muito respeitador. (Laura beija o rosto de Edgar)

Edgar se levanta estendendo a mão para Laura:

– Venha quero lhe levar em um lugar. Os dois caminham de mãos dadas para o terraço do Passeio Público.

Laura deslumbrada: - O terraço Edgar?

Edgar: - Dá pra ver o mar batendo nas pedras daqui.

Laura: - Eu amo o mar, Edgar.

Edgar: - E eu amo você. Não há nada melhor que poder ver este sorriso lindo no seu rosto, Laura.

Os dois estão próximo ao gradil observando a Baía de Guanabara.

Edgar segura as mãos de Laura e olha profundamente em seus olhos. Queria tanto poder ficar sozinho com você Laura, sem que ninguém pudesse nos atrapalhar. Nunca pensei que pudesse gostar tanto de alguém como eu gosto de você. Desde o dia que lhe conheci que nos tornamos amigos e agora namorados minha vida tem se enchido de alegria e você é a responsável por isso Laura, sempre tão linda, com um sorriso meigo e contagiante, basta eu olhar pra você que tudo, absolutamente tudo se transforma na melhor das coisas... se transforma em amor, no nosso amor. Você me faz tão feliz, Laura.

Edgar então a beija. Ele prende Laura pela cintura com um de seus braços e com a outra mão segura seu pescoço se perdendo entre os lindos cabelos soltos da moça. Edgar puxa Laura mais para si e aprofunda ainda mais o beijo, deixando Laura pender um pouco para trás. Laura por sua vez segura com uma das mãos no pescoço do amado e a outra segura em seus ombros, está completamente envolvida pelo abraço de Edgar, completamente entregue ao seu beijo. Os dois terminam o beijo e sorriem. Uma lágrima escorre pelo rosto de Laura. Edgar delicadamente busca secá-la com uma das mãos e se preocupa:

– Está chorando meu amor? O que houve?

Laura: - É de felicidade, Edgar. Por ter você comigo.

Edgar: - E por eu estar com você é preciso chorar?

Laura: - Claro que não, você só me dá motivos pra sorrir, é que fiquei emocionada. Nós dois aqui, neste lugar lindo, este beijo, estar com você estar nos braços. Ah Edgar eu tive tanto medo. Eu tenho tanto medo.

Edgar: - Medo do que Laura?

Laura: - Você sabe da vontade de nossas mães de nos unir em um compromisso. Quando dona Constância disse que tinha me arranjado um pretendente, eu fiquei furiosa, indignada por ela querer resolver a minha vida, achava que se ela havia pensado em você, você no mínimo teria as mesmas ideias que ela, mas não Edgar você é tão diferente, da minha mãe, de todos os outros rapazes dessa idade, você chegou na minha vida tão complicada e solitária e transformou tudo em coisas tão simples, eu não me sinto mais nem um pouco sozinha. Eu tenho você Edgar, pra me ouvir, pra conversar, pra me dar atenção sem que julgue bobagem as coisas que eu penso, pra me fazer companhia aquela solidão toda se desfez desde o dia em que nos conhecemos, mesmo o dia que não podemos nos ver eu te sinto tão próximo de mim Edgar, tão próximo. E eu tenho tanto medo, mas tanto medo de te perder um dia. Eu te amo Edgar e eu não sei mais o que seria da minha vida sem você.

Edgar sorri emocionado: - Eu também te amo Laura. Quero te fazer a pessoa mais feliz deste mundo. E você nunca, nunca vai me perder, ouviu? (segurando no queixo dela e erguendo o rosto de Laura para que ela olhasse em seus olhos)

Laura: - Promete?

Edgar: - Prometo. Nós ficaremos juntos para sempre eu também não sei mais viver sem você.

Laura sorri e Edgar faz carinho no rosto dela: - Esse sorrindo lindo no seu rosto é o que me faz feliz. Você me faz muito feliz.

Edgar segura no queixo de Laura, depois retira com cuidado uma mecha do cabelo dela que lhe cobria o rosto, toca suavemente os lábios dela com os seus e diz bem baixinho: - Eu te amo Laura. E então a beija mais uma vez, um beijo intenso carregado de emoções de dois jovens que se viam descobrindo o amor.
Laura interrompe o beijo colocando uma de suas mãos no rosto de Edgar o afastando um pouco. Ela sem graça diz:

– Edgar, está todo mundo olhando pra gente, que vergonha. (diz ela procurando se aconchegar em um abraço dele, tentando esconder o rosto).

Edgar: - Deixe que olhem. Quero que todos saibam o quanto EU TE AMO (tonifica).

Laura sorri sem graça: - Mas estou um tanto quanto envergonhada.

Edgar cuidadoso com ela: -Venha cá então, vamos olhar um pouco a paisagem, já que você adora o mar. Vamos observar um pouco o cair da tarde aqui observando a Baía. Olhe dá pra ver o morro do Pão de Açúcar lá no fundo, é lindo não é?

Edgar coloca Laura de frente para o gradil do Terraço do Passeio e se coloca ao lado dela. Ele passa um de seus braços pela a cintura dela a trazendo para perto dele. Com a outra mão ele acaricia a mão esquerda de Laura que se encontrava apoiada no gradil.

Laura: - Que vista linda Edgar. E se torna tudo ainda mais maravilhoso porque eu tenho você aqui comigo. (Deslumbrada)

Edgar: - Não mais linda do que você.

Laura: - Eu quero que nosso amor dure pra sempre.

Edgar: - É pra sempre Laura.

Laura: - Eu te amo sabia?

Edgar sorrindo: - Uhum. Sabia sim.

Laura ri: - Seu bobo convencido.

Edgar: - Tenho a namorada mais linda do Rio de Janeiro, tenho como não ser convencido? Eu te amo namorada linda.

Os dois sorriem encantados com tudo o que acontecia desde os últimos dias. Como a presença de um fazia bem para o outro e agora estavam os dois pela primeira vez sozinhos em um local onde a natureza unida a intervenção do homem desenhava a mais linda paisagem. O amor dos dois jovens crescia cada vez mais, se tornava mais intenso, mais confiante, a vontade de se descobrir e estar sempre e cada vez mais próximos, a descoberta de mais afinidades os deixavam cada vez mais certos de que foram feitos um para o outro e que queriam mais do que queriam na verdade precisavam um do outro e isso seria para o resto de suas vidas.

Laura e Edgar se beijam mais uma vez e permanecem por minutos abraçados, esperando o entardecer admirando a paisagem e aproveitando a presença um do outro.