Laura

Move Forth


[Instrumental]

Wolverine.

Quando Logan acordou naquela manhã ensolarada de segunda feira, com os pássaros cantando na janela, a leve música tocando no rádio e o cheiro das torradas chegando em suas narinas, foi como se ele ainda estivesse dormindo, e ele deveria estar, pois sua vida não era assim, tão calma e... quase perfeita.

Pelo menos, por 10 segundos foi quase perfeita.

As batidas na porta e a correria pelo corredor logo soaram em seus ouvidos e ele rolou na cama, grunhindo contra o travesseiro.

Não tinha como não sair do quarto agora. Não tinha como continuar ignorando o que estava acontecendo. Não tinha como-

Mas ele gostava de fingir que sim.

— Logan! – Jean chamou do outro lado da porta, porque é claro que ela que tinha que chamar. –Logan, eu sei que está acordado. Levante ou eu faço o Scott levantar você.

Ele grunhiu novamente, pressionando o travesseiro contra os ouvidos.

Por que?

As batidas na porta continuaram insistentes e Logan sabia que não era Jean, o perfume dela já estava longe.

— Vai embora, Summers!

As batidas continuaram.

Ele as ignorou o quanto pode, mas acabou cedendo, levantando-se da cama irritado.

— SUMMERS, SE VOCÊ PENSA QUE- – ele parou, chocado.

Não era Scott, mas pela expressão tediosa podia muito bem ter sido.

Era... era a garota. Ela tinha cadernos em mãos e ainda vestia a mesma jardineira de antes, dessa vez com sapatos cor de rosa e uma camisa amarela dos X-men.

— Bom dia.

— Err... bom dia.

— Sabe que dia é hoje?

Ele fechou os olhos, pensando. O fim de semana havia acabado e não havia nenhum pirralho no corredor agora... é, segunda feira. Realmente, o pior dos inimigos.

— Segunda.

— Não. – ela continuava sem expressão e Logan não estava intimidado, não mesmo. – Hoje é o meu primeiro dia de aula.

— Uhm...

— Se arruma. Eu vou esperar.

— Okay... – automaticamente, ele fechou a porta, apenas para abri-la novamente um segundo depois. – Espera aí, me arrumar? Tá maluca, guria?

— Você vai me levar na minha sala.

— Eu?!

Laura ergueu as sobrancelhas.

— Por que eu?!

— Porque... eu não sei aonde fica.

— Eu não sei se notou, mas a mansão é a escola, então a sua sala deve ser... sei lá, siga as outras crianças e-

— Eu vou esperar.

Logan piscou, não, não, não. Ele não ia fazer isso.

— Eu digo, – ele cruzou os braços e ergueu a voz. – Eu não vou te levar a lugar nenhum! Vai sozinha.

— E eu digo, – ela cruzou os braços, o imitando. – Vai se arrumar! Eu vou esperar.

— Escuta aqui, garota-

— Não, você escuta. – ela ergueu a voz, a expressão tediosa quebrando-se, mostrando sua fúria. – Acha que eu sou perigosa? Eu sou. Assim como você. Pode não gostar da ideia de que eu sou sua filha, mas eu salvei a sua vida.

— Olha, eu não pedi por isso!

— Você acha que eu pedi?! Acha que eu gosto de ter os seus poderes?! O seu sangue nas minhas veias?! Você foi arrancado de mim e eu ainda podia te ouvir!

Logan franziu o cenho, sem entender.

— O que-

— Depois de tudo isso, essa merda toda, – ela desviou o olhar, tremendo ao respirar fundo. – Eu não ‘tô nem aí se você quer me ignorar ou responder mal. Mas você me deve isso.

Ele piscou, confuso.

Filha.

A ideia não entrava em sua cabeça, ele nunca permitiu entrar, e ainda assim, lá estava a garota. Bem na sua frente.

Precisou que ele colocasse os olhos em um documento de outra dimensão para comprovar o óbvio.

— Okay, garota.

Ele fechou a porta, e pediu à Deus que não estivesse cometendo um erro.

— Não pega na minha mão.

A garota o encarou feio, e foram segundos antes que tentasse segurasse seu pulso novamente.

Caramba, aquilo era um grande erro! Logan pensou ao chegar no corredor das salas de aula. Os alunos estavam começando a entrar e, era impressão sua ou estavam lhe mandando mais olhares que o normal? Será que eles já sabiam? Será que ela havia contado? Será que-

— Ei. – Ela o cutucou. – Também odeio mudanças, tá?

Ele a ignorou.

— Sua primeira aula é de quê?

— Não sei.

— Não sabe? Eles não deveriam te dar um papel com as aulas ou algo assim?

— Deveriam?

A verdade era que nem ele mesmo sabia, mas quando substituiu o professor de História por um tempo, ele tinha um papel com horários. Será que os alunos também tinham? Que vergonha. Viver em uma escola não o ensinou nada aparentemente.

Aaaaah, aquele papelzinho com uma lista de matérias?

— Sim!

Aaaaah.

— Aonde está?

— Eu... joguei fora.

— Você o que?!

Ela deu de ombros e ergueu os grandes olhos, inacreditavelmente inocentes, e naquela luz, eles eram um tom quase mel. Pareciam ver a sua alma.

— Para com isso!

A garota nem mesmo se mexia, o olhando fixamente, buscando algo que ele não poderia a dar, nunca.

O mutante nunca se sentiu tão desconfortável.

E entããããoo?— uma voz cantarolou próximo a eles. – Como estão se saindo?

— Jean, ainda bem! Você pode-

— Não.

O alívio foi preenchido por frustração. Por que ele ainda se surpreendia?

— Aquela ali é a sala da Laura, pode deixar ela na porta.

— Que conveniente você saber!

— Eu mesma cuidei dos horários das crianças. – ela continuou, sorrindo inocentemente. – Laura é a única da idade dela que está no sétimo ano, sabia?

Logan abaixou a cabeça, vendo a garota estufar o peito orgulhosa.

— Que lindo. – ele ironizou.

— É um dia muito especial. É bom ela não se atrasar.

Sob os olhos atentos de Jean Grey, ele a deixou na porta da sala.

Laura.

Então Laura havia decidido que gostava da Dra. Grey. Ela era diferente de Charles, parecida com Erik, mas não tanto, e ao contrário de Logan... ela tentava. De verdade.

E Laura percebeu isso ainda no domingo, após conversar com Erik, quando decidiu passar o resto da tarde entre os jardins e o quarto, se esquivando dos outros alunos o máximo que podia. No dia seguinte, ela tentaria fazer amigos. No dia seguinte, ela se esforçaria para sorrir. No dia seguinte, talvez até se entender com Rictor- oh, espere, talvez não.

Mas no momento, ela só queria estar longe da multidão.

E foi quando ela se lembrou que não era a única se isolando.

A pequena Megan ainda estava com os olhos inchados quando Laura bateu na porta do quarto, achando injusto que a menina tivesse que dividi-lo com Siryn. Nada contra a senhora, mas Megan precisava da companhia dos amigos também.

— Sinto falta do acampamento. – Megan suspirou, ambas deitadas sobre a cama e fitando o teto sem nenhuma razão. – Sinto falta da minha mãe.

— Também sinto.

— Da sua mãe?!

— Não, – Laura franziu o cenho. – Sinto falta da sua mãe, da Grace.

— Oh.

— E do acampamento.

— Humrum.

— E do meu pai.

Megan suspirou novamente, virando o rosto em sua direção. Era estranho como uma feição tão infantil carregasse olhos tão tristes. Quase velhos.

Quase como os meus, Laura pensou.

— Mas seu pai está aqui. Siryn me contou.

— Ele não quer me ver.

— Não entendo.

Laura sorriu, tocando no nariz da pequena. – É que as vezes algumas pessoas precisam de espaço pra pensar um pouco.

— Pensar sobre o que?

— Sobre... querer... me conhecer.

— Por que ele não ia querer te conhecer?

Porque ele não me ama como eu o amo.

Porque eu ainda sou X-23.

Porque talvez eu não valha a pena.

— Não sei.

O nariz dela se contorceu em uma careta confusa e Laura sorriu, sentindo os olhos começarem a marejar e voltando a fitar o teto, na esperança que a menina não percebesse.

— Se eu encontrasse o meu pai de novo, eu não ia largar do pé dele. – Megan murmurou após um tempo. – Eu nunca ia o soltar, nunca...

Laura suspirou, sentindo o peito tremer.

Talvez fosse a hora de sair do quarto e comer um pouco, só porque sim, para se distrair, só para não se perder em memórias novamente.

— Meninas, – uma voz ecoou pelo quarto, fazendo as duas se levantarem assustadas. – Oh, desculpem. Eu não queria...

Laura piscou, acalmando a respiração. Podia sentir as garras quase pulsando contra sua pele, implorando para sair.

— É a Dra. Grey. – Megan murmurou, tocando a mão de Laura. – Tá tudo bem.

Ela arregalou os olhos para Megan; ela era tão pequena, ainda em luto por causa dos pais... e ainda assim, tentando ajuda-la.

Aquilo era...

Vergonhoso.

Laura puxou a mão contra o peito.

— Eu sei disso.

— Meninas, – a ruiva repetiu, fechando a porta. – Não as vi a tarde toda!

— Estávamos aqui. – Megan respondeu. – Já estão jantando?

— Sim, seria noite dos filmes, mas todo mundo tá um pouco cansado. Siryn disse que ia trazer o seu jantar depois.

— Oh.

— E eu levei o seu pro seu quarto, Laura.

— Não estou com fome.

— Eu deixei lá mesmo assim.

Houve um momento.

— Sabe, eu também fiquei ansiosa no meu primeiro dia, – ela disse se aproximando devagar. – mas amanhã vai ser melhor. Sempre fica com o tempo.

— Eu também vou pra escola? – Megan perguntou.

— Eu não sei ainda querida, Siryn está resolvendo isso com o Professor, acho que vai dar tudo certo.

— É mesmo? – Laura desafiou, erguendo a sobrancelha. – Eu nunca estive numa escola antes.

— Não é tão difícil, Laura.

— Não, é complicado.

— Não precisa ser se não quiser. Os alunos vão ficar curiosos e, pode deixar que eles controlem a situação por você. É mais fácil assim.

Laura fechou a cara, a encarando. Mesmo assim, a Dra. Grey sorriu. Ela era a única pessoa que não se intimidava com aquilo, não realmente.

— Não gosto de não estar no controle.

— Acredite, eu também não, – Dra. Grey disse, sentando-se na cama hesitante. – por isso que não pode deixar que eles controlem muito. Já estive na situação de vocês, não se preocupem, aos poucos, a atenção deles vai estar em outra coisa. Vai ficar bem, Laura.

Sentindo os ombros relaxarem, a mexicana assentiu.

— Por que está me dizendo isso?

— Porque alguém deveria.

Tipo o seu pai, mesmo não dizendo, Laura podia ver o significado por trás das palavras e desconfortável, ela desviou o olhar.

Respirar. Esperar. Contar.

Por quanto tempo?

— Aliás, eu acho que tenho uma ideia...

Podia dizer que o plano da Dra. Grey de parar de esperar estava dando certo, pelo menos, lhe deu coragem o suficiente para enfrentar seu pai... mas Laura sequer viu quando Logan foi embora, as últimas palavras dele sendo:

— Pronto. Está entregue.

Humpth! Que se dane, ela também não se importava!

Com o coração acelerado, ela ignorou o breve e cortante silêncio que os rostos novos fizeram, e foi direto para o fundo, se encolhendo em uma cadeira.

Houve um momento.

E todos voltaram suas atenções para o que estavam fazendo antes.

Laura observou tudo quietamente.

Uma sala de aula não era exatamente o que ela acreditava que seria. Para começar, os alunos não calavam a boca; falavam sobre o passeio do fim de semana, sobre algo que passara na TV, sobre si mesmos, sobre seus amigos, sobre ela... era cansativo de ouvir. E haviam as bolas de papel. Muitas bolas de papel. Nos livros de história da Trasigen, as fotos em preto e branco sempre mostravam um ambiente mais rígido e sério.

Laura já não sabia qual era o mais assustador.

— Eu sei, também não acredito que vou passar o resto da manhã aqui. – Lance resmungou ao seu lado, suspirando. Automaticamente, Laura o respondeu:

— Há lugares piores.

— Pois é.

A mexicana franziu o cenho, finalmente se tocando do que estava acontecendo.

— Espera aí, o que tá fazendo aqui?

— Estudando?

— Não aqui, idiota. Aqui, na minha turma. – Lance não respondeu, e Laura ergueu as sobrancelhas. – Não vai me dizer que não passou no teste?

— Algum problema?!

— Você é tipo, uns cinquenta meses mais velho do que eu.

— Primeiro que não é meses, é anos! Meu Deus, de todos, você é a mais maluca mesmo!

— Aaaaah cala a boca!

— Cala a boca você! Posso não ser inteligente o suficiente pra saber o que é um x e y, mas aposto que ninguém aqui esteve numa briga de verdade! – ele resmungou, e a olhou. – É minha querida, tá pensando o que? Com uma avalanche eu salvei todo mundo!

Laura rolou os olhos, o ignorando.

— Não vai falar nada não? Greve do silêncio de novo? Tudo bem por mim, essa algazarra consegue ser pior do que você e os seus amiguinhos discutindo em espanhol. Fala sério, não acredito que estou preso com pirralhos de novo, eu mereço!

Ele passou a reclamar em tom mais baixo quando uma mulher loira bem vestida e sorridente entrou na sala, fazendo todos se calaram subitamente, se ajeitando nas cadeiras. Laura rolou os olhos para isso também.

— Olá, pessoal. Como devem ter notado, temos alunos novos! E eu sei que vocês já conversaram bastante ontem, mas eu não! – Ela riu e olhou diretamente para onde os dois estavam sentados. – Oi! Sou a professora de literatura, Tandy Johnson. Como vocês se chamam?

— Lance, e essa é a X-23.

Laura.

— Uaaaaau! Admirem-se todos! É o máximo de palavras que vão arrancar dela.

Eu vou arrancar uma coisinha sua, Laura o encarou fixamente.

— Só brincando, é claro.

A professora assentiu, sem perceber ou ignorando a tensão.

— Bem-vindos! Agora por favor abram os cadernos, vamos fazer uma lista!

Para a frustração de Laura, todas suas aulas pela manhã foram acompanhadas de Lance Alvers. Como se não fosse difícil o suficiente estar entre tantas pessoas e sorrir, ela ainda teve que aguenta-lo a seguindo para cima e para baixo, sem calar a boca nem por um minuto.

Nem mesmo as presenças de Gideon, Jonah e Charlotte entre os intervalos das aulas a ajudaram a ignora-lo completamente.

Portanto, quando se viu livre, ela praticamente correu para cozinha.

Infelizmente, ele continuou a segui-la.

— ...e só acho estranho o modo que eles ficam me olhando, quer dizer, eles não olham assim pra você!

Nisso, Laura parou, impaciente.

— Olha, a Dra. Grey me disse ontem que é normal tá? Vai ser assim por um tempo, então se acostuma. Não pode culpa-los por estarem curiosos.

— Você não- não entende né?! Ao menos ouviu o que eu falei?!

Laura deu de ombros, depende.

— Fala das últimas quatro horas ou dos últimos quatro segundos?

— Estou falando dos professores, sua maluca!

— Professores?

— O jeito que eles me olham! Como se eu fosse uma bomba ou sei lá, não olham assim pra você.

— Deveriam?

— Qualquer um com juízo deveria!

— Deve ser porque eu tenho um rosto bem amigável. – Laura sorriu cinicamente, e Lance bufou. Implicante, ela continuou: – Ou talvez seja porque você sempre age que nem um babaca.

— Obrigado por notar! Eu me esforço bastante!

Ela parou de sorrir, curiosa, pela primeira vez realmente o dando atenção.

— Por que você age assim, hein?

— Porque eu odeio pessoas.

— Oh.

Eu também, ela se sentiu tentada a dizer, mas uma coisa era dar atenção a Lance, outra completamente diferente era concordar com ele.

Lance não a seguiu até a cozinha, o que foi um alívio. Nas palavras dele, uma manhã entre pirralhos já era o suficiente. Laura não poderia se importar menos.

— Aí Tamara, – se servindo junto da amiga, a filha de Logan a chamou. – A Dra. Grey te parece familiar de alguma forma?

— Familiar, tipo como?

— Tipo, lembra se ela está nos quadrinhos ou algo assim?

Tamara murmurou para si mesma, pensativa.

— Acho que não, quer dizer, gente lembraria se ela estivesse, certo?

— É, tem razão.

Terminando de pegar seu almoço, as duas se encaminharam para sala de estar onde os outros as esperavam. Sentando-se entre eles, elas apoiaram o prato cheio sobre a mesa e começaram a comer, atentas ao que diziam.

— Como foi o primeiro dia de vocês? – Rictor perguntou para todos.

— Legal.

— Nada demais.

As respostas se misturaram, um silêncio não natural se pondo sobre todos. Laura encarou Rictor e retrucou:

— E como foi o seu primeiro dia?

Ele a imitou, erguendo as sobrancelhas.

— Bom.

— Bom.

Boba.

Cínico.

Jonah riu subitamente, cortando a tensão.

— Então, – ele tossiu. – vai ter aula de educação física de tarde né? Eu estou ansioso!

— Sério?! – Tamara continuou, com uma falsa animação. – Ah cara, pras meninas só vai ter amanhã!

— Né! Que pena!

— Só não vale roubar que nem antes, Jonah! – Delilah cutucou, lembrando-o das atividades do acampamento.

— Eu nunca roubei!

— Roubou sim!

— Roubei não!

— Roubou sim!

— Alguém viu a Charlotte? – a voz de Rictor ressoou sobre a dos amigos, que continuavam a discutir.

— Deve estar com a Erica. – Jamaica resmungou.

— E onde está a Erica?

— Eu não sei, Rictor! Quer que eu olhe nos meus bolsos?

— Relaxa, J – Joey colocou o braço sobre os ombros da morena. – Sabemos que não nasceram grudadas. Rictor só fez uma pergunta.

— E eu respondi.

— Que bicho te mordeu hoje? – Gideon perguntou, e Jamaica deu de ombros.

— Só cálculos estranhos pela manhã que acabaram com meu humor.

— Oh.

— Qualquer coisa acaba com o seu humor. – Jonah cutucou.

— Ah cala a boca!

— Cala a boca você!

— Ei, sem brigas!

— Ai que vergonha, ‘tá todo mundo olhando. – Rebecca murmurou, se escondendo atrás de Laura, que continuava a comer sem se abalar. Prioridades eram prioridades.

A discussão subiu para o nível três rápido quando Jamaica gritou em espanhol contra Joey, que se levantou e saiu, fazendo Jonah se irritar com a amiga.

— POR QUÉ LE GRITASTE? ES MI CULPA! HÁBLAME A LA CARA!

— HABLARÉ EN TU CARA, ESTÚPIDO!

Tamara segurou Jamaica de um lado enquanto Bobby e Gideon seguravam Jonah, os dois gritando insultos um contra o outro.

Tomás se colocou entre os dois, estalando os dedos e fazendo uma pequena chama dançar no ar de modo ameaçador enquanto Rictor tentava contê-lo dizendo que aquilo não era necessário.

Delilah sorria entretida.

E então Siryn adentrou a sala com um olhar assustado. Coitada. Alguns professores também estavam na porta, sem entender o que acontecia e Laura estava surpresa por não ver nenhum X-men presente.

— EI, EI, EI! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! – Siryn gritou, batendo palmas para chamar-lhes atenção.

Todos pararam por um segundo-

—e voltaram a discutir ardentemente.

Suspirando, Laura se levantou, todos que observavam abrindo passagem quase que imediatamente para ela sair.

Era mais um dia comum em sua vida.

Poderia ser pior.

Muito, muito pior.

[Instrumental]

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.