Loreto que estava cochilando no sofá deu um salto ficando de pé, ali estava o par de inimigos de uma vida toda, Victoriano bufava como um animal raivoso preste a devorar a sua presa, Loreto sorriu cinicamente sabia perfeitamente o porquê de ele estar ali, não iria se mostrar com medo, tinha sua arma na cintura mais resolveu esperar para ver qual era a primeira reação dele. Victoriano simplesmente o agarrou pela camisa o encarando.

Loreto sorriu cinicamente e bateu nas mãos dele para que Victoriano o soltasse e Victoriano o soltou mais o soltou dando um uma seqüência de soco em sua cara e outro em sua costela que o fez ir ao chão sentindo uma dor horrível, respirou com dificuldade se retorcendo diante dos olhos de seu maior inimigo.

— Levanta covarde! Levanta e me enfrenta, porque se não, eu vou te socar ate te ver morto ai no chão. – Chutou ele cuspindo fogo.

Loreto sorriu mesmo sentindo dor.

— Veio defender a minha mulher? Veio defender a mulher que te trocou por mim? Que me deu uma família que era pra ser sua. – Sentou encontrando no sofá. – Eu não fiz nada com aquela safada, só o que ela pediu. – Riu mais limpando o sangue de sua boca.

Victoriano perdeu os estribos e avançou nele sego de ódio, mas Loreto foi uns segundos mais rápido e chutou sua cocha com o bico de sua bota e ele se afastou sentindo uma dor pior ainda, ele olhou Loreto que levantou rindo, era uma cobra criada em que se deveria ter cuidado. Loreto seguiu falando.

— Acha mesmo que ela te conta a verdade? Ela só fez a cena porque chego gente e ela não quis ser dividida, apenas queria a mim que sou mais macho que você! – Segurou o membro entre as mãos desdenhando dele.

Victoriano sorriu.

— Você. – Apontou o dedo se recompondo. – Não passa de um asqueroso que acha que com a força consegue tudo o que quer. – Se aproximou. – Você é tão pouco homem que ela se deitou comigo por prazer e contigo porque você a forçou, porque é baixo e não aceitou que ela me amava e por isso fez o que fez. Então Loreto, eu sou mais macho que você!

Os dois iniciaram uma luta de socos em que Loreto levava a pior mais ainda conseguia acertar alguns golpes em Victoriano, Alejandro que estava do lado de fora apenas conseguia ouvir a briga deles, estava com medo de se meter e ser pior ainda, mas seu instinto falou mais alto e ele entrou na casa e os viu.

Um socando o outro, como dois búfalos soltos, Loreto o viu e sentiu mais ódio ainda, saco sua arma e num descuido de Victoriano que olhou Alejandro ali parado com um medo estampado no rosto, ele o acertou em cheio no rosto o que fez Victoriano cair no chão sangrando.

— Implora pra que eu não te de um tiro no meio de sua testa. – Victoriano olhou em seus olhos.

— atira logo bundão! – Riu sentindo dor.

— Não, pelo amor de Deus padrinho, você não precisa fazer isso, ele só esta defendendo a mulher dele. – Se colocou na frente da arma.

— Me traiu por duas vezes hoje, vai me pagar! – Guardou a arma. – Tem um anjo da guarda! – Sorriu cínico.

Alejandro olhou Loreto com medo, mas foi ate Victoriano e o ajudou a levantar, ele estava meio tonto pelo golpe que levou. Victoriano o olhou.

— Covarde, ainda vamos nos ver, só nos dois e nesse dia nem sua arma vai te salvar, porque eu não tenho medo de um bosta como você! – Como ele estava perto conseguiu dar mais um soco na cara dele.

Alejandro se desesperou e puxou Victoriano, puxou como pode o homem era enorme e estava arredio. Loreto estava no chão novamente e dessa vez seu nariz sangrava.

— Por favor, vamos sair daqui! Pensa em sua mulher. – Alejandro falou puxando ele.

Victoriano o olhou e suspirando decidiu que ali por hora havia terminado seu trabalho e saiu apoiando em Alejandro, foram para o carro e Alejandro não o deixou dirigir, Victoriano entrou no banco do passageiro e Ale frente ao volante. Ele arrancou e seguiu para a fazenda.

Loreto dentro de sua casa sorriu furioso, estava todo quebrado mais mesmo assim sorria, sabia muito bem qual era o seu próximo passo e não desistiria ate possuir Inês.

[...]

LONGE DALI...

Cassandra sorria com um grupo de amigos, estavam todos no shopping comemorando o novo emprego dela que seria na construtora dos Mendonça, ela ria mais seus pensamentos estavam longe mais especificamente em seu chefe que havia lhe chamado bastante atenção.

Ela sorriu e seus pensamentos foram cortados quando ela ouviu uma voz grossa atrás de si.

— Comemorando o novo emprego? – Ela se virou e o olhou sorrindo.

— Sim, eu contei a eles e eles decidiram comemora e eu aceitei. – Sorriu. – Quer se juntar a nos? – Ele sorriu.

— Estou com dois amigos se não for incomodar! – Aceitou prontamente e ali seu plano seria iniciado.

— Claro que não, vem senta com a gente vamos se divertir! – Falou alegre.

Eduardo chamou seus amigos e todos se sentaram a mesa e comemoraram junto a ela seu novo emprego, Cassandra e Eduardo trocavam muitos olhares e sorrisos enquanto estavam sentados ali e conversando.

[...]

NA FAZENDA...

O caminho ate a fazenda foi silencioso, nenhum dos dois falaram nada e ao chegar Victoriano foi o primeiro a descer e esperou por Alejandro. Alejandro parou frente a ele e estendeu a mão.

— Obrigada! – Alejandro pegou sua mão.

— Não por isso! Aconselho um banho antes de ver sua mulher! – Sorriu e saiu indo de encontro a Diana.

Victoriano suspirou e entrou em casa, fez exatamente o que Alejandro falou, foi para seu quarto e entrou direto para o banho. Débora que havia visto os dois sair ficou intrigada e curiosa do porque deles terem saído tão apressadamente e ao ver eles voltarem, ela foi direto em Alejandro.

— Ei rapaz. – Sua voz tinha uma sensualidade a mais.

Alejandro parou e a olhou, Débora o chamou com um dedo e ele se aproximou.

— Algum problema senhorita? – Ele a olhou com educação.

— Aonde foi com Victoriano? – Perguntou direta.

— Nos fomos resolver um problema da mulher dele que não estou autorizado a dizer, deixa um beijo pra dona Inês! – Sorriu lembrando-se dela. – Mais alguma coisa? – Débora negou e ele saiu.

Débora bufou e entrou em casa como assim um problema de sua esposa se ela estava bem? Ela pensou andando por toda a sala ate que em sua cabeça só vinha o nome de "Inês". Débora bufou mais ainda e subiu para o quarto atrás de seu marido e Victoriano já não estava ali no quarto.

[...]

Victoriano depois do banho desceu, tomou um trago amargo e seguiu para o quarto de sua Morenita, queria ver ela, saber se estava bem mesmo sabendo que tinha algumas pequenas marcas no rosto e um belo machucado na testa pela coronhada da arma que o maldito havia dado nele.

Ele entrou com cuidado "achando" que ela dormia, mas estava redondamente enganado, Inês o sentiu e olhou em direção a porta e seus olhos se cruzaram e ela viu o rosto dele e seu coração bateu desesperadamente sabendo bem onde ele havia ido.

Inês pulou da cama quase caindo por se enroscar nos lençóis e o tocou no rosto...

— Pelo amor de Deus Victoriano, olha como você esta. – Tocou mais o rosto dele acariciando levemente. – Eu falei pra não ir! – O coração saltava em seu peito.

— Calma, eu estou bem isso não é nada! – Tocou o rosto dela tentando a acalmar.

— Como calma? Olha isso. – Ela o fez sentar na cama. – Você não deveria ter ido! – O repreendeu.

Inês tocou perto de seu machucado da testa e ele gemeu baixinho, ela se afastou dele e foi ate o banheiro pegou uma caixinha com primeiros socorros e voltou, colocou em cima de sua cama e abriu, pegou uma gase e álcool, borrifou na mesma e o olhou, queria rir porque sabia que ele iria reclamar dava pra ver em seus olhos.

— Vai doer, mas é para seu bem! Quem mandou ir brigar. – Parecia mãe falando e ele riu segurando a cintura dela.

Ela aproximou mais dele e começou a cuidar e ele resmungou muito a fazendo rir dele, cuido de sua testa e de seus lábios com cuidado o tocando com todo seu amor. Victoriano depois de acostumar com a dor a olhava com admiração e não pode evitar segurar ela com um pouco mais de firmeza entre seus dedos.

— Pronto! – Sorriu. – Quase no... – Victoriano não a deixou terminar e a beijou.

Inês não se negou em momento algum aquele beijo era desejado, ansiado por ela sempre, depois que ela havia provado de seus lábios novamente, sempre, sempre que o via queria que ele a beijasse, queria que Victoriano a amasse como há anos atrás, como em sua primeira vez e em todas as outras entregas que tiveram de amor.

Victoriano a trouxe para sentar em seu colo e Inês sentou de pernas abertas para ele o enlaçando no pescoço com seus braços o beijou mais e mais, havia perdido o juízo naquele momento e somente queria sentir o amor dele por ela. Inês roçou seu corpo em chamas nele e gemeu quando ele agarrou seu traseiro apertando com suas unhas.

Era luxuria, desejo, paixão e amor tudo misturado naquele momento, Victoriano subiu suas mãos pelas costas dela por dentro do vestido sentindo sua pele quente em seus dedos, gemeu e levantou a deitando na cama e se colocando entre suas pernas, agarrou uma e a beijou com a fome de uma vida.

Só que eles não estavam sozinhos naquele momento Débora havia decido e como não o havia encontrado em lugar algum, ela deduziu onde ele estaria e foi ate lá, a porta estava entreaberta e ela empurrou lentamente e a cena que viu a deixou com mais ódio ainda dele.

Ela os observou por alguns longos segundos ali agarrados naquela cama e respirou alto, ele nunca havia tocado nela como estava tocando aquela "criada", Victoriano beijava onde conseguia e a segurava em seus braços com tanto carinho que ela sentiu uma inveja sem igual e dali saiu.

Débora esperou por dois minutos quando voltou chamou...

— Victoriano... Amor... – Chamou do corredor e esperou.

Victoriano dentro do quarto soltou os lábios de Inês no mesmo instante e ela o olhou. Sussurrou.

— Débora...