Marinette

No dia do baile, acordei com os sinos. Como sempre, foi muito irritante, mas naquele dia nada tiraria o meu bom humor. Chat Noir praticamente me pediu em casamento, melhor que isso, ele era o príncipe Adrien.

Isso queria dizer que, se eu casasse com ele, seria um passaporte para longe daqui e olá vida chique! Sem falar que Chloé e Audrey iriam se ajoelhar perante mim e pedir perdão. Todavia, não era por isso que eu casaria com ele, eu o amava, não se engane.

O meu sonho daquela noite foi sugestivo. Acho que eu estava mais animada com o baile do que pensava, porque foi com essa festa que eu sonhei. Eu estava dançando com Chat Noir e todos prestavam atenção em nós. Existiam outras pessoas dançando em nossa volta também, porém nem prestei atenção nelas. Havia umas mulheres desesperadas para dançar com ele só para ter a chance de conseguir a coroa. Dentre elas estava Chloé, eu sorri para ela como se dissesse: “Ele é meu e está totalmente na minha. Perdeu.”

Quando eu estava nessa parte do sonho, aquelas porcarias de sinos tocaram. Interessante como elas não me pediram nada o dia inteiro. Ficaram as duas, Audrey e Chloé, trancadas no quarto se arrumando para o príncipe. Tal fato poderia ser uma folga aparente, mas não era. Segui os procedimentos padrões. Ou seja, limpar, cozinhar, lavar, secar, guardar, arrumar, coisas assim. Se fosse impecável, elas não me cobrariam depois. Se eu não fizesse, depois seria condenada a chibatada.

Por isso, fiquei arrumando a casa enquanto elas preparavam-se no quarto de Chloé. Só saíam para comer e, nesse meio tempo, eu entrei para limpar o quarto e ajeitar uma possível bagunça. Essa na verdade não existia porque as duas eram muito organizadas.

Quando entrei, vi minha irmã postiça já com o vestido. Realmente tinha ficado muito bom, era um vestido amarelo com listras pretas, como uma abelha. Graças a Chat Noir e nossa pequena brincadeira, comecei a ter várias inspirações com animais.

Aliás, depois precisava escolher um dos vestidos rasgados dela para usar. Um bonito que esteja pouco estragado, poderia remendar se fosse pouco.

Quando acabei de limpar a casa, ainda percebi que elas estavam indecisas na roupa. Eu havia costurado alguns modelos de vestidos para Chloé poder ter opção, achei que ela tinha escolhido o da abelha… Credo! Tudo bem que hoje eu fiz tudo em metade do tempo, porém como elas podem demorar tanto para aprontarem-se? Tudo bem que elas querem ficar perfeitas para o príncipe Adrien, mas… Se bem que eu também quero ficar perfeita para ele.

Eu corri, precisava achar algo legal muito rápido. Logo elas ficariam prontas e começariam o plano diabólico para conquistar Adrien. Peguei um vestido que estava manchado. Era uma mancha grande, porém em uma parte que mal era possível enxergar. Achei também um arco de cabelo com as miçangas meio quebradas e coloquei minhas sapatilhas velhas. Eram 16 horas quando elas e eu ficamos prontas ao mesmo tempo.

O baile começava às 17 horas, entretanto o castelo era longe. Então não estávamos tão adiantadas assim.

—Audrey, Chloé! Eu acabei de arrumar a casa, fiz todos os serviços e tudo o mais. Eu posso ir ao baile do príncipe Adrien? - fiz uma carinha de cachorro pidão

—Com essa roupa?! - Chloé zombou

—Achei que você já soubesse que não iria. - afirmou Audrey

—Mas eu estou pronta, o que custa me levar?

—A honra da família Bourgeois! - disse Chloé

—Dupain-Cheng! Sua mãe se casou com meu pai, vocês vivem na casa da minha família, querendo ou não, todos nós somos Dupain-Cheng!

Audrey me puxou e começou a me bater, depois de muita pancada, elas começaram a rasgar o vestido velho de Chloé, a ponto de mostrar mais do que o necessário e torná-lo inutilizável. Depois, saíram puxando a pessoa toda dolorida que era eu até o banheiro, onde me trancaram dentro. Após isso, foram embora.

Eu comecei a chorar porque ficaria presa ali o baile todo e não veria meu amado Adrien, nem conheceria o rei ou me casaria com o filho dele. E ele seria obrigado a casar com aquela tal da duquesa Lila, talvez essa fosse a parte que mais entristecia-me.

De repente, uma luz forte apareceu lá dentro do banheiro e uma fada apareceu.

—Não chore, Marinette. Adrien gosta de você e lutará por você. Ele não aceitará a duquesa tão facilmente. - disse e depois me abraçou, limpando minhas lágrimas. - Olá, eu me chamo Tikki.

Eu parei para olhá-la, não sei como fadas se vestem, mas para as pessoas ela tinha um visual meio estranho. Seus cabelos, olhos e pele eram de cores vivas que não eram encontradas entre pessoas.

—Olá, Tikki. Por que está aqui? - perguntei confusa, mal acreditando no que via

—Vou te ajudar a ir ao baile ver seu amado Chat Noir. - disse com empolgação

—Mas por que você faria isso? Eu não tenho como pagar você.

—Porque além de eu ver amor nos olhos de vocês, - eu corei ao lembrar dos lindos olhos que Adrien possuía. - sua mãe me ajudou na jornada do sucesso entre as fadas. Sou uma atriz muito boa, e ela me ajudou na carreira. Após sua morte, achei que nunca conseguiria encontrar uma forma de agradecê-la. Agora eu achei.

Ela pegou algo parecido com um graveto, provavelmente a varinha mágica dela, e destrancou o banheiro. Me levou até o quintal e transformou o vestido manchado e rasgado em um novo, vermelho com bolinhas pretas. Consertou a sapatilha, que se transformou em um salto alto brilhante. A tiara foi substituída por uma nova, com antenas, e eu ganhei uma máscara, assim como um par de brincos, que subitamente apareceu nas mãos de Tikki.

—Está vendo que são pretos? Ficam vermelhos quando forem postos na sua orelha, mas só na sua. Não diga seu nome ao príncipe, nem nada que seja uma pista de como achá-la. Dê um dos brincos a ele, como um desafio: achar a mulher que faz o brinco ficar vermelho.

—Mas por quê? - nada disso parecia fazer sentido para mim

—Porque fica mais divertido e ele tem a chance de provar o seu amor por você. Programei a magia para acabar na décima segunda badalada. - ela parecia empolgadíssima

—Tudo bem então…

Eu achava que aquela fada estava atuando em peças demais… Fazer o quê? Não está em condições de contrariar.

Ela fez seu último feitiço: usou uma das abóboras que eu tinha plantado e transformou em uma carruagem, deixando-me boquiaberta. Logo a fada entrou e começou a guiar o cavalo. Eu sentei ao seu lado e apreciei a vista. Fui conduzida até o castelo e deixada perto da porta de entrada. Pude ver os guardas olhando cheios de inveja a linda carruagem mágica.

—Quando for dez para meia-noite estarei aqui novamente à sua espera. Não esqueça, a magia acaba meia-noite. É melhor pular fora antes que as pessoas comecem a olhar.

—Obrigada Tikki. - fui sincera

—Não agradeça, dance e seja feliz. E de nada pela máscara, Audrey e Chloé não vão nem sonhar que é você.

Eu entrei e logo vi Adrien recebendo as damas solteiras do reino. O baile tinha acabado de começar. Em vez da roupa despojada que eu geralmente via-o usar, ele portava um belo terno. E estava sem máscara, eu era a única que usava uma ali. Ele cumprimentava alguma mulher que acabava de chegar, mas então viu-me e pediu licença.

—Olá, My Princess. Sabia que não resistiria a mim. Afinal, como isso seria possível se eu sou tão gato? - brincou

—Eu fiquei com medo de ninguém mais querer vir e você não achar ninguém para substituir Lila. - ele sorriu e nós começamos a dançar

Os musicistas daquele baile eram muito espertos. Assim que Adrien e eu entramos na pista, eles começaram a tocar. Os candelabros foram acesos, focando em nós, mostrando quem o príncipe tinha escolhido para o ato. Ao fim da festa ele anunciaria a esposa e futura rainha do país, o triste é que já estaria em casa quando isso acontecesse.

E lá ficamos nós, eu e Chat Noir bailando. Nenhuma palavra foi pronunciada, nós só aproveitávamos a sensação perfeita que aquele momento nos proporcionava. Outras pessoas também dançavam alguma coisa à nossa volta, todavia eu e ele tínhamos um ritmo próprio. Passamos por vários cantos do castelo, até que chegarmos ao lado de fora.

Nem percebemos o tempo passar e quando vi já eram dez para meia-noite. Correção, não vi a hora, vi Tikki.

—Adrien, tenho que ir. - disse nervosa

—Mas já? - perguntou ele fazendo cara de cachorro pidão

—Eu vim aqui com a ajuda de uma fada, e fugi da minha madrasta e sua filha. Se eu demorar, a magia acaba e elas me pegam.

—Mas você nem viu o rei ainda…

—Tenho que ir.

—Me fale seu nome.

—É Ma… não posso. Faz parte do jogo. - dei um dos meus brincos a ele e voltou a ficar preto – Esse brinco só muda de cor quando está na minha orelha. É assim que me achará. Quando o fizer, poderá casar comigo. São as regras de Tikki. Tchau. - eu me virei para ir embora quando ele fez algo imprevisível: me beijou

—Me espere, My Bride. - esse foi o melhor tchau do mundo!

Eu saí e fui em direção a Tikki, nós entramos na carruagem e partimos. Chegamos em minha casa bem na hora que a magia foi desfeita e minhas roupas voltaram ao normal. Pouco tempo depois, Sabina e Chloé chegaram. A última chorava.

—Não chore Chloé. Nem aquela Ladybug teve alguma chance, era tudo uma piada. A duquesa ganharia a coroa de qualquer forma.

Eu tenho que admitir que ver Chloé chorando me fez sorrir, e isso me fez me sentir culpada.

—Como assim “Nem aquela Ladybug teve alguma chance, era tudo uma piada. A duquesa ganharia a coroa de qualquer forma”? - perguntei

—Na festa apareceu uma mulher mascarada desconhecida. O príncipe ficou o baile todo com ela, dizem que alguém ouviu-o chamando-a de Ladybug. Porém, o rei Gabriel anunciou que a esposa do filho seria a duquesa Lila Rossi. O príncipe ficou protestando, mas nada mudou a decisão dele. - explicou-me Audrey

Adrien

Fui acordado de madrugada. Sentia que mal começava a dormir quando Nathalie apareceu.

—É o seu pai, ele teve um mal súbito.

Isso foi o bastante para me manter alerta.

—O que houve? Ele está bem? - perguntei preocupado

Meu pai nunca passou muito tempo comigo e queria fazer-me casar com aquela duquesa da desgraça. Mas eu amava-o e queria o bem dele. Por isso, pensar que ele partia desse mundo arrasava meu coração.

—Todos têm a sua hora. Essa é a minha, adeus. Mas antes, há uma coisa que eu quero dizer: Não precisa casar com Lila, case-se com quem quiser. - disse meu pai, comovendo-me

Talvez a proximidade com a morte tenha feito ele querer realizar um último ato de bondade comigo depois de tanto jogar-me para escanteio. Eu sorriria e agradeceria, porém não fui rápido o suficiente e, para minha dor, ele apagou e eu soube que meu pai estava em lugar melhor.

—Pai! Não! - eu o abracei em desespero

Marinette

Eu acordei sem esperança nenhuma no dia seguinte. Estava longe de ter uma saída dali e mais longe ainda de ter aquele que amo em meus braços. Os sinos foram os responsáveis pelo meu despertar, como sempre. Naquele dia eu estava morrendo de fome, não tinha comido nada no baile, muito menos antes de ir para ele já que Audrey e Chloé não deixavam.

Hoje eu nem queria tanto assim que a noite chegasse para encontrar Chat Noir, o príncipe, na floresta. Ele estava noivo, e não era de mim. Eu fui até a cozinha sem me preocupar com minha higiene pessoal ou se estava arrumada ou não. Só comecei a preparar o café e esperei elas chegarem para comer. Afinal, nada mais parecia fazer sentido. Eu sentia-me presa em um mundo cinza terrível.

—Chloé, corre para cá, olhe o que está no jornal! – anunciou Audrey

Eu corri para sala, onde mãe e filha estavam brigando por espaço para ler a coluna que saiu na primeira página do jornal:

Após um mal súbito no meio da noite, o rei Gabriel morre e deixa o trono para seu filho, o agora rei, Adrien. Ele anuncia que não casará com Lila e sim com Ladybug. Quando foi perguntado como ele descobriria quem era a misteriosa Ladybug, ele respondeu que aceitaria o jogo da fada e encontraria aquela que faz o brinco ficar vermelho. Ninguém sabia do que ele falava, mas ele afirmou que ela entenderia. Declarou também, que passaria em todas as casas para achá-la. Portanto, não se surpreenda se a comitiva real bater à sua porta.

—Você precisa experimentar o brinco minha filha, eu vou ver o que posso fazer para ele mudar de cor. Acho que tenho um velho livro de feitiços aqui… Minha filha, vá lá na biblioteca por favor? - pediu minha madrasta

Chloé foi atrás do livro. Isso não era um bom sinal, se Audrey fizer alguma magia, eu perderia para sempre a minha chance. Mas antes precisava arrumar-me, o rei não podia ver-me assim, com uma roupa velha de dormir. Quando percebi os pensamentos que cruzavam minha cabeça até me surpreendi com presença da vaidade que nunca tive.

Eu saí de fininho para não ser notada. Infelizmente, não funcionou e fui pega no pulo.

—Maridiota, onde você pretende ir? - indagou firme minha madrasta

—Preciso me arrumar, Audrey.

—E por que precisaria?

Eu precisava pensar rápido, elas não podiam descobrir que era a Ladybug e queria tentar a sorte com o brinco.

—Porque… porque o rei não pode me ver assim. Estragaria o nome da família Bourgeois. Ele pensaria que vocês só têm empregados maltrapilhos e não vai querer casar com a Chloé. - inventei no momento

—Você tem razão. Diga a Chloé que você pode escolher um dos vestidos dela, tem a minha autorização.

Eu sorri para Audrey. Tinha conseguido! Enganei-as! E ainda vou poder usar um vestido da Chloé, os vestidos dela são lindos… Eu comecei a ir embora sorridente, quase saltitando. Mas então algo aconteceu.

—Pare! - disse Audrey autoritária – Desde de quando você tem autorização para usar joias?

—E-eu não t-tenho. - o medo transparecia em minha voz

—Então como pode explicar o brinco vermelho em sua orelha? Tire-o agora e dê-me, o par.

Eu não acredito! Esqueci de tirar os brincos que a fada me deu. Um está com o Adrien, mas o outro está na minha orelha. Que descuido! Eu não possuía escolha, fui obrigada a entregá-lo.

—É um só. - virei o rosto para ela ver que eu estava certa e dei a ela o que eu usava

Quando tirei o brinco da orelha, ele voltou a ficar preto. Gelei, esperando que ela não tivesse notado. Mas dei azar, como sempre na vida. Só me restava ser firme e aguentar as chibatadas que viriam a seguir. Entretanto, firme era tudo que eu corpo não conseguia ser naquele momento.

—Aquela que faz o brinco ficar vermelho… É você. Você é quem o rei procura! - concluiu

Eu estava tentando sair de fininho entes que fosse notada, entretanto não deu certo. Audrey pegou o chicote e começou a me deter. A dor invadiu meu corpo e eu caí. Ela só parou quando teve certeza de que eu estava incapacitada de reagir. Depois me puxou até o meu quarto, e lá me trancou.

O único lado bom foi que pude ouvir de lá tudo que acontecia, incluindo o urro de fracasso de Chloé e Audrey quanto ao feitiço.

Adrien

Já era quase noite e eu ainda não tinha achado Ladybug. Mais de um mês vagando por toda a capital em busca da minha amada Ladybug, afinal não fazia muito sentido ela morar longe se todos os dias encontrávamos. Faltavam só mais três casas e minhas esperanças estavam lá em baixo. Talvez a madrasta e a irmã postiça dela tenham descoberto a verdade e tentaram detê-la. Não, eu precisava pensar positivo. Eu conseguiria achá-la.

Fui a cavalo para cada uma das casas, o objetivo era não chamar tanta atenção como o faria caso fosse com toda a tropa real. E estava com uma roupa simples, como aquelas que usava quando estava de Chat Noir. Até efetivamente me apresentar aos cidadãos, ninguém diria que era o rei.

Deixei o cavalo perto da entrada da próxima casa e bati à porta. Uma senhora me recebeu junto de sua filha, que provavelmente era a candidata a Ladybug, e eu tinha certeza de que não era ela.

—Me chamo Audrey. Deseja um chá, majestade? - perguntou ela

—Não, por favor acelere as coisas com sua filha. - respondi

—Chloé! - ela chamou – Não seja tímida.

Por algum motivo eu não fui com a cara dessa tal Chloé. Senti como se ela tivesse feito algo muito ruim para alguém que eu amava, mesmo nunca tendo visto-a antes. Eu não gostei nem dela nem da mãe, não sei o porquê, contudo meu desejo era sair dali o quanto antes.

Eu peguei o brinco e coloquei nas orelhas de Chloé. Como eu imaginei, não mudou de cor, já estava indo embora, quando de repente ouvi alguém me chamando.

“Chat Noir!” era quase um sussurro

Só existia uma pessoa que poderia me chamar assim, e essa pessoa era Ladybug… Não demorou para eu entender toda a situação. E pegá-las no flagra.

—Ouviram isso? Alguém disse Chat Noir. - afirmei

—Deve ser meu marido treinando francês. - disse Audrey com uma atuação precária

—Estranho, posso jurar que era uma voz feminina… - encurralei um pouco mais

—Vai ver é a minha avó então. - Chloé disse nervosa

—Eu já sei de tudo, não adianta fingir. Cadê ela? Cadê Ladybug? - perguntei já sem paciência

Elas tentaram me segurar, mas eu me soltei e fui seguindo o som até chegar em um quartinho. A porta estava trancada, mas como ambas estavam vindo atrás de mim, tive fácil acesso à chave. Assim que pude entrar, o fiz.

Vi My Lady com muitos machucados ao redor do corpo, isso partiu meu coração. Era tudo culpa delas! Elas pagariam. Eu corri para abraçá-la.

—Ladybug!

—Chat Noir!

Eu peguei o brinco e coloquei em suas orelhas e a cor mudou de preto para vermelho. Peguei um anel.

—Demorou para achar você, mas agora que o fiz, você aceita passar de minha Ladybug para minha rainha? Casa-se comigo? - perguntei emocionado

—Você ganhou o jogo, é claro que sim. - respondeu ela

Logo após coloquei o anel em seu dedo, sorrindo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.