-Hm... Posso te pedir um favor? – Minha voz saiu entre cortada por conta dos beijos que ainda trocávamos.

-Claro. – Ele disse se separando um pouco. – Quanto você quer? – dei uma tapa em sua cabeça bagunçando um pouco os fios loiros.

-Idiota! Por que acha que as pessoas sempre vão pedir o seu dinheiro?

-E o que mais eu poderia proporcionar de bom a elas? – O encarei seria assim como ele também estava.

-Odeio quando faz isso sabia?

-O que?

-Bem, alem de estragar o clima, me olha com esse olhar culpado. Como se não se perdoasse com algo. – Ele riu pelo nariz enquanto eu me levantava da cama hiper mega grande dele.

-Me desculpe por estragar o clima. E, bem não é como se eu não me culpasse por algumas coisas, mas... Não se preocupe eu já estou superando! Você está me ajudando com isso. – Sorri pra ele e logo depois voltei a olhar o quarto. Sim, eu ainda estava curiosa sobre ele. Cara era muito grande eu não duvidaria nada que se alguém puxasse algum livro a parede se abriria.

-Não se preocupe! Meu quarto pode ser chamativo mais não tem nem uma “câmara secreta” nele. – Ele riu e eu olhei pra ele assustada. Que merda era aquela? Ele lia pensamentos agora?

-Isso se chama “legilimência” querida.

-Como ousa? Isso é falta de educação sabia? – ainda estava pasma. Quer dizer que ele “entrava” na minha mente doentia a hora que quisesse e eu nem sequer percebia?

-Não! Essa foi à primeira vez se serve de consolo.

-Pare de fazer isso!

-Tudo bem me desculpe...

-Certo! Mas... Depois você terá que me ensinar isso. – rimos juntos.

-Pensarei no seu caso! Mas, antes me diga qual era o favor que você queria?

-Vá comigo até a minha casa? – joguei tudo em cima dele de uma vez. – É que como você sabe as coisas não estão nada bem com a minha mãe e com os preparativos do casamento da Dafne e meu pai praticamente afundado no trabalho não acho que estejam dando a atenção merecida ao David... Não posso deixar ele só...

-Ei, calma. Eu te entendo! Claro que eu vou com você. – Sorri novamente enquanto me aproximava da cama em que ele jazia sentado.

-Obrigado! Você é o melhor! Sabe disso não sabe? – Ele me puxou pela mão fazendo com que eu caísse em cima dele e inverteu rapidamente nossas posições o fazendo ficar por cima.

-Claro que sei! Eu sou Draco Malfoy afinal... – Ele disse pomposamente com o tom de falsa arrogância.

-E o seu pai irá saber disso. – ele riu alto e me deu um selinho.

-É... E o meu saberá disso! Então, tome cuidado para que eu não me irrite com você.

-Oh, claro! Me de um exemplo do que eu posso fazer para que isso não aconteça nunca vossa majestade.

-Se manter afastada do Davis seria um bom começo. – revirei os olhos.

-Eu entendo que você não goste do Enzo, Draco e assim como eu não posso pedir para que você passe a “gostar” ou “conviver” com ele, você não pode pedir para que eu me afaste. Ele é meu amigo. – O loiro bufou e saiu de cima de mim se colocando ao meu lado enquanto olhava fixamente o teto de seu quarto. – Ei... Qual é? Não precisa ficar assim. – Eu disse apoiando meu braço na cama ficando de lado para poder olha-lo melhor. – O Enzo é só um amigo. Apenas um amigo! E eu não tenho nem um tipo interesse “amoroso” para com ele.

-Eu sei disso Astoria! O problema é que ele tem interesses “amorosos” para com a sua pessoa. – disse e continuou sem me encarar.

-Isso não importa! Eu já deixei bem claro que ele é só um amigo! Você não confia em mim? – Perguntei e ele finalmente voltou seus orbes acinzentados para mim.

-Claro... É claro que eu confio em você. – frisou bem o “você” e eu me aproximei dele me aconchegando em seu peito ele me abraçou e mais uma vez eu me surpreendi, mesmo com todo aquele tempo de convivência era difícil acreditar que esse cara que estava comigo era realmente aquele Draco Malfoy metido e que tirava sarro de todos principalmente dos nascidos trouxas, ou sangues ruins como o mesmo costumava dizer.

-As pessoas mudam. – eu grunhi enquanto batia nele, que riu um pouco.

-Se você não parar, eu realmente ficarei com raiva de você.

-Tudo bem, me desculpe mais é que quando você está muito concentrada fica com uma ruguinha na testa o que me deixa muito curioso. – eu revirei os olhos. E quando eu me concentrava ficava com uma “ruga” na testa? Desde quando isso?

-Tudo bem... Está desculpado, novamente.

-Ótimo! Agora vamos dormir que amanhã temos que buscar o meu cunhado. – foi a minha vez de rir, porém, o riso não durou muito tempo e a dura realidade tomou conta de mim. Como assim eu iria dormir na mansão dos Malfoy?

-Draco tenho que ir para casa. – Ele me olhou descrente.

-O que? Não! Mas, é claro que não.

-Você esta maluco? Já pensou se seus pais me pegam aqui? Nem pensar que eu vou correr o risco. Vou pra minha casa. – tentei me levantar mais o loiro me impediu e eu bufei inutilmente tentando me levantar de novo.

-Qual é Asty? Estamos no processo reconciliação. Tenha dó. Você não vai me deixar aqui sozinho. – Tive vontade rir mais a irritação e o receio misturados com certo medo dos meus... Heee... Sogros? Não me deixou fazer isso.

-Se seus pais me pegarem aqui e eu aparecer na coluna de fofocas da Rita Skeeter por sua casa... Eu vou te matar! Você entender?

-Claro Tori... É claro que eu entendi. – Ele disse com a voz entendida e eu novamente me aconcheguei em seu peito enquanto ele cobria nos dois. Não adiantava, mesmo quando eu tentava ficar fora de confusões elas me puxavam para elas novamente. Era como a porcaria de um imã. Mas, o que eu poderia fazer? Acho que estava destinada a correr riscos sendo eles de todos os tipos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.