–... Can you dance like a Hippogriff,Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma,Flyin' off from a cliff,Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma,Swooping down to the ground,Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma... – Eu ri revirando os olhos enquanto adentrava no quarto do David e encontrava o mesmo sentado em sua cama, que por acaso era bem grande para estatura dele, enquanto balançava a cabeça sem cessar e usava uma das mãos como um tipo de microfone (?).



–Oi meu cantor de Rock favorito – eu disse e ele sorriu parando de cantar



–Bom dia mana – ele disse feliz enquanto se deitava se espreguiçando gostosamente na cama – gosta da música? – ele perguntou cantando o refrão baixinho.



–Claro! Ela era um sucesso nos meus tempos em Hogwarts sabia? Mais ainda prefiro Magic Works.



–Mas Do The Hippogriff é um clássico! – eu ri e ele me acompanhou



–E desde quando você fala palavras como “clássico” Dav? – perguntei achando graça



–Desde que a mamãe falou que temos que nos “portar” bem e disse que devemos começar pela linguagem... Quero deixa-la orgulhosa! – eu reprimir o desejo de bufar e assim o fiz. - vamos sair hoje? Não quero mais ficar trancado em casa – ele disse fazendo um biquinho e aquilo fez minha raiva de dissipar... Aos poucos!



–Vou falar com a mamãe ok?



–Ah ta, como se a mamãe te impedisse de fazer alguma coisa né Asty? – desde quando aquele garoto havia ficado tão esperto?



–Ah é seu pestinha?– eu disse descontraída ouvindo suas gargalhadas ecoarem pelo cômodo graças ao “ataque de cosquinha” que eu havia acabado de começar



–Pa-para M-mana – ele tentava dizer mais estava ofegante, seu rosto pálido estava vermelho de tanto que riu por isso decidir parar – Ah... Ah sua... Sua chata – ele disse fazendo biquinho novamente foi a minha vez de rir. Ele pegou uma almofada e jogou em mim! Eu fui rápida e me afastei – Hum! Da próxima vez eu vou acertar



–Ah, claro! – ironizei – eu sou muito mais rápida que você!



–Besta – ele disse bufando, quantos anos aquele garoto tinha mesmo? – Sabe? Papai falou que eu vou pra Hogwarts? – ele finalmente olhou pra mim agora me encarando e eu pude ver suas orbes peroladas... Não os olhos dele não eram como o de qualquer outra criança cega que na maioria das vezes era em um tom de azul e branco, os olhos eram perolados e aquele era mais um dos motivos para minha mãe “esconde-lo” pelo menos eu acho...



–Seus olhos estão mais claros que o normal – eu disse mais pra mim do que pra ele, e foi tão baixo que o mesmo nem pareceu escutar, por isso indagou sua perguntar anterior novamente.



–Asty? Você escutou? Papai falou que irei a Hogwarts! – ele disse feliz da vida, seus olhinhos chegaram a brilhar.



–Que bom amor. – eu disse o abraçando forte e ele retribuiu do mesmo jeito – Mas, ainda acho que vai demorar um pouco pra sua carta chegar – eu disse e ele fez uma careta



–É... Eu sei! Ele também falou que era para eu ir me preparando... Por que mesmo eu tendo “Magia no sangue” – ele disse como se ainda não ente desse bem aquilo – Eu não sou uma criança... Muito normal – ele disse abaixando a cabeça deitando a mesma em meu colo como noite passava enquanto eu acariciava seus cabelos enroladinhos, parecia um anjinho.



–pare de dizer que não é normal ok? Você é a criança mais normal do mundo! Só é especial. E isso é uma coisa boa.



–Não acho que não enxergar seja uma coisa boa! – ele disse num sussurro eu suspirei pesadamente



–Eu... Eu não quis dizer isso! – eu falei perto do seu ouvido dando um beijo em sua bochecha, ele riu fraca manete



–Tudo bem, Sem problemas... – ele disse levantando a cabeça pra me encarar como os olhos perolados, Ele ia falar mais alguma coisa mais um barulho fez o mesmo parar e ficar com as bochechas coradas enquanto eu ria vendo a face vermelha do garoto – Vamos almoçar? – ele disse ainda envergonhado enquanto me puxava para sairmos do quarto indo em direção à cozinha para fazermos seu estomago parar der “roncar”.


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–Não foi bem assim não! – eu dizia emburrada com os braços cruzados e um bico formado nos lábios, sim, eu admito era bem infantil da minha parte, porém, eu não ligava. Via David gargalhar alto assim como Dafne.



–Foi sim Astoria! – ela afirmou – você tinha que ver a cara dela Dav, foi realmente hilário quando ela viu a foto dela no jornal pulando a janela. – eu bufei alto cobrindo o rosto com as mãos tentando me segurar ao resto de paciência que eu tinha para com aqueles dois enquanto escutava suas estrondosas gargalhadas



–Ta bom, já chega! – eu disse pegando uma das almofadas que estavam perto de mim no sofá jogando nos dois que estavam sentados no chão.



–Dafne! – vi a loira fechar os olhos com força quando a voz bastante conhecida soou atrás da mesma, nem um de nos havia até aquele momento notado a presença de nossa mãe que estava no pé da escada olhando para sua primogênita com uma cara nada boa.



–Sim, mamãe? – Dafne perguntou virando a cabeça para visualizar a loira parecidíssima consigo mesma



–O que está fazendo ai? Já deveria estar pronta! temos que estar na casa dos Nott daqui à uma hora. – Dafne bufou baixo, para que nossa mãe não escutasse, eu suponho.



–Já estou indo! – afirmou enquanto se levantava. Eu odiava ver o quanto ela era submissa, Será que ela não podia uma vez se quer dizer um misero “Não”? Era tão difícil assim pra ela?



–Quem são os Nott? – meu irmão perguntou inocente



–A família do cara que nossa irmã vai se amarrar. – eu disse sorrindo descontraída enquanto ele gargalhava.



–Será que você poderia falar como uma pessoa normal? É esse o exemplo que da ao seu irmão?



–Bem, seus exemplos com certeza devem ser melhores não é mãe? Quem sabe o David também esconda os filhos dele também, não é? – vi o rosto dela ficar vermelho



–Ora, sua insolente... – eu a ignorei levantando o sofá e pegando David nos braços



–Ih, você ta pesado em garoto – eu disse com dificuldade enquanto andava até a porta com ele rindo baixinho enquanto minha mãe praguejava minha “insolência” .



–pra onde agente vai? – ele perguntou com a voz abafada encostando a cabeça em meu ombro



–Não sei – falei escutando seu risinho baixo – eu só queria sair daquela sala



–Bem, eu tenho uma sugestão! – Arregalei os olhos surpresa enquanto me virava para ver a figura do loiro que estava escorado em uma das árvores do extenso jardim – Achei que não sairia mais...



–O que você ta fazendo aqui? – perguntei atônita



–Sinceramente? Não sei! – eu ri minimamente



–Já notou que a maioria das vezes você me responde assim?



–Na verdade sim! – eu ri mais e ele me olhou estranho – O que? – ele apontou pra David que ainda tinha a cabeça encostada no meu pescoço e as pernas em volta da minha cintura ele parecia desatento à conversa. – Own - eu murmurei entendendo e revirei os olhos – Vem aqui. – O chamei e ele se afastou da árvore vindo em nossa direção. – Você pode ficar meio chocado com o que eu vou dizer mais... Bom, é a verdade você acredita no que bem entender – eu disse dando de ombros enquanto ele se postava a minha frente sorrindo minimamente.



–Direta como sempre hãm? – disse divertido eu revirei os olhos também rindo



–David? – O chamei e ele se remexeu em meus braços parecia ter... Sei La... Cochilado? – Dav?!



–Hum... – ele murmurou levantando a cabeça


–tem uma pessoa que quero que você conheça ok? – perguntei olhando pra ele, eu via os olhos de Draco atento sobre nos enquanto David assentia. O Pus no chão segurando sua mão, ele por sua vez a apartou com força como se estivesse inseguro, Draco nos olhava de um jeito estranho como se não estivesse entendendo nada e ele não deveria estar mesmo. – Draco, Esse é David Greengrass meu irmão caçula.



–Ah, ta bem agora pode falar sério. – ele disse sorrindo sarcástico mais ao notar minha expressão que permanecia seria ele pareceu começar a acreditar – O que?... Como... Quer dizer... Ele é seu irmão? – perguntou apontando para o garoto que apertou mais minha mãe engolindo em seco, eu sabia que David sabia onde o loiro estava como eu já havia citado os sentidos dele eram realmente impressionantes mais com certeza deveria ser desconfortável não poder ver a pessoa a sua frente inclusive uma que você está “conhecendo”.



–É, é estranho eu sei – eu disse compreendendo a confusão que tomou conta da sua expressão – Mais ele é mesmo meu irmão, E não sou que vou contar isso pra você – eu disse sorrindo e olhando para Davis que olhava pra frente com os lábios finos pressionados um contra o outro enquanto ajeitava seus óculos escuros rapidamente – E acho que o David não se importaria de fazer isso não é? – perguntei enquanto me abaixava para ficar da autora do garoto colocando uma de minhas mãos em seus ombros. Eu queria passar confiança e pareceu funcionar por que ele sorriu mostrando os dentinhos brancos e alinhados.


–Ok mana – ele disse abrindo um sorrisinho malvado – Mais tem certeza de que é uma boa ideia? Sabe, não quero chocar seu amigo – eu ri alto enquanto via a expressão incrédula no rosto do loiro



–Sentiu o desafio Malfoy? – perguntei me levantando e voltando a encarar os olhos metálicos – e ai vai amarelar? – Sim! Eu estava me divertindo muito com tudo aquilo.



–você é corajoso garoto. Eu admito! Eu aceito o desafio e não se preocupe eu não ficarei chocado. – ele dizia confiante entrando na brincadeira, David riu ele pareceu ter gostado no loiro e aquilo me deixou realmente satisfeita.



–Hum, então o que estamos esperando? – ele disse e sem demora agarrou minha mão já que eu estava mais próximo e em um movimento rápido se aproximou do loiro cautelosamente como se não tivesse certeza de que aquela era a direção correta para se tomar , Mas não demorou muito e ele conseguiu pegar a mão de Draco, ele parecia estar esperando que nos dois o guiássemos até onde ele pudesse contar sua “grande e chocante história” e foi o que eu fiz quando sai puxando os dois em direção ao jardim. Draco pareceu ter estranhando o ato do garoto afinal ele quando agarrou nossas mãos parecia estar disposto a nos guiar e não o contrario, tava na cara que ele não sabia a situação de David. Eu não o culpava! Os óculos ajudavam bastante a esconder, mais ele logo saberia... Era só uma questão de tempo.



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David Greengrass:


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