Depois de descansar por algum tempo, Paulina recebeu em seu quarto, seus filhos, que estavam com fome e precisavam se alimentar, primeiro foi a vez de Gabriela, Paulina pegou a filhinha em seus braços a ninou e depois deu de mamar, ela olhava a pequena e acariciava seu rostinho, quando Gaby terminou, Carlos Daniel, que estava com Fernando troca com Paulina e agora a vez de fazer um lanchinho é de Fernando, ela faz o mesmo que com Gaby, e repara ainda mais como ele era a cara de seu pai, parecia o Carlos Daniel em miniatura. Quando os dois já estavam alimentados, foram levados pelas enfermeiras de volta ao berçário, para que Paulina pudesse descansar mais um pouco, mas antes recebeu a visita dos Bracho que estavam ali para vê-la. Por precaução ela passaria mais aquela noite no hospital, para garantir que estava tudo bem tanto com ela como com os bebês.

Carlos Daniel havia deixado Paulina no quarto e ido dar uma olhada nos filhinhos, já não aguentava ficar muito tempo sem ver se eles estavam bem, quando voltou, deu de cara com Leda entrando no quarto de Paulina sem que ninguém percebesse, ele acelera o passo, e sem ela o ver, ele a pega pelo braço e afasta da porta...

– Leda como ousa vir aqui?

– Ai Carlos Daniel, eu soube do nascimento dos seus filhos e vim parabenizá-los, trouxe até um presentinho. – Ela fala entregando a ele um pacote.

– A sua presença não é bem vinda aqui! E eu não quero você perto da Paulina muito menos dos meus filhos, agora pode ir embora! – Diz ele irritado devolvendo o pacote.

– Nossa, mas que grosseria. Fiquei muito chateada com você queridinho. – Ela sai fazendo cara de emburrada.

–É muito cara de pau mesmo, como teve coragem de vir aqui? – Carlos Daniel pensa alto, e entra no quarto, onde Paulina já dormia.

Leda por sua vez, aproveitou que Carlos Daniel estava no quarto, e não sairia de lá tão cedo, e também que os Bracho já tinham ido embora, para ir até o berçário, lá do lado de fora, ela viu os bebês, além de Gaby e Fer só tinha um outro bebezinho, ela tinha um plano em mente, então depois de olhar bem as crianças, foi até o banheiro e vestiu uma roupa de enfermeira igual as do hospital, que ela havia comprado. Assim voltou até o berçário que só tinha uma outra enfermeira fazendo algumas anotações, ela se aproxima da incubadora onde está Fernando e pensa: - Carlos Daniel deve estar todo bobo por ter mais um filho homem, o que ele sentiria se ele 'puff', desaparecesse?!'

Ela pega Fernando no colo, e vai em direção a porta, quando a enfermeira que também estava no berçário, fala: – Ei, aonde você está levando ele? Ele e a irmã vão ser levados pro quarto agora.

– Era isso que eu ia fazer, levá-lo pro quarto! – Responde Leda um pouco nervosa.

– Pode deixar eu mesma vou levar. Tenho que fazer mais alguns exames neles antes de irem. – Fala a enfermeira um pouco desconfiada, enquanto se aproxima e pega o bebe do colo de Leda que para na levantar suspeitas não reage.

– Está bem, eu vou ver se outro paciente precisa de ajuda. – Diz Leda saindo dali o mais depressa possível, ela não podia ser reconhecida, então volta ao banheiro, troca sua roupa e vai embora irritada.

No berçário, a enfermeira estranhou a atitude dela e disse para si mesma: – Essa mulher era muito estranha, eu nunca a vi por aqui. Deve ser nova, mas mesmo assim não é bom arriscar, ainda mais o bebê sendo filho dos Bracho. Depois, ela levou os bebês até o quarto, para ficaram um tempo com os pais, Carlos Daniel e Paulina apesar do cansaço estavam radiantes, eles na se cansavam de olhar e admirar os pequenos frutos de seu amor tão lindo e intenso.

Já no outro lado da cidade quem não estava nem um pouco feliz era Leda que não tinha conseguido finalizar seu plano, ela liga para a cadeia para avisar Laura do que aconteceu.

– Eu não vou desistir, irei roubar aquele menino deles de qualquer jeito, Carlos Daniel precisa sofrer por tudo que me fez passar, e Paulina ainda mais! – Fala para si mesma em voz alta.

Paulina passou mais aquela noite no hospital, Carlos Daniel ficou ao seu lado, e também dos bebês que ficaram ali no quarto com eles. No outro dia, logo cedo, o doutor Varella foi avisar que Paulina já estava de alta e podia ir pra casa, falou também que com as crianças estava tudo certo, e poderiam levá-los para casa também. Enquanto eles se arrumavam para sair do hospital, na Mansão Bracho está tudo preparado para receber os mais novos membros da família, a alegria era total. As crianças estavam eufóricas com a chegada dos novos irmãozinhos, e com o restante da família não era diferente, todos estavam muito felizes e radiantes.

Vovó Piedade que foi avisada por Carlos Daniel que logo eles chegariam em casa, ajudou Cacilda a fazer um almoço especial para recebê-los. Carlos Daniel fez os acertos que faltavam lá no hospital, e em seguida foram para casa, Pedro estava ali para levá-los. Carlos Daniel levava Fernando no colo, enquanto Paulina levava Gabriela.

Quando chegaram, foi aquela alegria, todos estavam paparicando os mais novos herdeiros da família Bracho. Rodrigo, Patrícia e Felipe, filho do casal, tinham ido almoçar lá também, assim como Estephanie, Miguel e Raimundinho. Um pouco antes do almoço, Paulina foi até o quarto para amamentá-los com mais tranquilidade, em seguida os colocou para dormir a desceu para almoçar com a família.

No almoço todos conversavam e brindavam por toda a felicidade, mas Paulina mesmo radiante estava com um aperto no coração, como se fosse um pressentimento de que aquela felicidade toda poderia acabar a qualquer momento.

Após o almoço e a sobremesa, Paulina foi dar uma olhada nos bebês, que continuavam dormindo, ela então aproveitou para descansar também. Depois de tomar um banho, foi se deitar. Carlos Daniel ficou um pouco conversando com os irmãos, mas também estava cansado e resolveu juntar-se a Paulina. Ao entrar no quarto, viu sua amada dormindo ternamente, e para não acordá-la deitou-se ao seu lado com todo o cuidado possível. Se aproximou e a aconchegou em seus braços, e assim eles passaram o restante da tarde, descansando. Paulina só acordou ao ouvir o choro de Gabriela e fui correndo para o quarto da filha, lá Adelina tentava acalmar a menina que só parou de chorar quando estava no colo da mãe. Paulina acalmou a filha e logo percebeu que o choro era de fome então se acomodou no sofá e deu de mamar a Gaby. Quando Carlos Daniel acordou viu que Paulina não estava mais ao seu lado, levantou-se rápido e foi procurá-la no caminho encontrou Lalinha que disse que ela estava no quarto das crianças, ele então foi para lá, ficou parado na porta olhando sua amada toda atenciosa com sua filhinha.

– Carlos Daniel que susto! Não vi que estava ai. – Diz Paulina que ao se levantar para colocar Gaby no berço percebeu a presença do marido.

– Desculpa meu amor, só estava admirando vocês, meus amores, minhas princesas. – Carlos Daniel fala e se aproxima de Paulina dando um beijo terno, e depois acaricia Gaby que estava dormindo como um anjinho.

– Ela é linda não é?– Diz Paulina toda derretida olhando sua filhinha dormir.

– Linda como a mãe. – Fala Carlos Daniel acariciando o rosto de sua amada.– É melhor irmos e deixá-los dormir, Fernando também está num sono profundo.– Completa.

Rodrigo, Patrícia, Estephanie e Miguel já tinham ido embora. Carlos Daniel e Paulina estavam na sala conversando com Vovó Piedade, quando a campainha toca! Lalinha vai atender, ao abrir a porta não conhece o homem que estava ali, ela então pergunta: – O que o senhor deseja?

– É aqui que mora a Paulina Martins? – Responde o homem.

– É sim senhor, quer que eu vá chamá-la?

– Sim, por favor!

E então Lalinha avisa Paulina que tinha um homem na porta que queria falar com ela, Paulina estranha e vai ver quem é, ao chegar lá, vê o homem em questão.

– Você? – Pergunta Paulina assustada.