Paulina preparava-se para dar de mamar ao Fer que ainda estava chorando por ter acordado assustado e Gabriela acorda e começa a chorar também.

Paola olha para Paulina como se esperasse uma aprovação para pegar Gaby no colo e Paulina faz um sinal positivo com a cabeça. Paola então pega sua sobrinha e a fica ninando, ela fica olhando para a menina que era muito parecida com Paulina e fica se perguntando se sua filha se pareceria com ela também, ou se fosse menino, se seria parecido com Douglas, como Fer era com Carlos Daniel. Em questão de minutos, Gaby se acalmou e Paola sentou-se e ficou brincando com ela enquanto Paulina terminava de alimentar seu outro bebê.

– Você tem jeito com bebês. – Falou Paulina sorrindo ao ver sua irmã brincando com sua filha.

Digamos que eu nunca tive muita experiência nem paciência com bebês. – Paola deu uma risada. – Mas agora tudo mudou, e é bom eu ir treinando. – Completou.

As duas passaram o restante da tarde juntas, e Paulina foi para sua casa. Douglas ainda estava em seu escritório. Quando Paola estava indo até a cozinha falar com Bráulio, ouviu a campainha tocar e foi atender. Ao abrir a porta ela se deparou com uma senhora muito elegante.

– Quem é a senhora? – Perguntou intrigada.

– Sou Carmem, a mãe de Douglas Maldonado.

Paola ficou um pouco assustada, Douglas não havia comentado nada de que seus pais estavam no Brasil, o que ela sabia é que eles viviam há anos na Inglaterra, e nunca foram muito próximos do filho.

– Prazer, eu sou Paola Montagner, noiva do seu filho. – Falou Paola estendendo a mão para Carmem.

– Noiva? – Disse Carmem olhando Paola de cima em baixo e claro, reparando sua beleza. – Ele não nos falou nada sobre o noivado.

– Ah, é porque foi recente. Mas entre, vou avisar o Douglas que a senhora está aqui. – Falou Paola se afastando da entrada da porta para que Carmem pudesse entrar.

– Obrigada querida, vou esperar meu marido, que também veio, ele estava estacionando o carro. – Respondeu Carmem apontando para fora, onde Elias, pai de Douglas fechava a porta do carro e caminhava em direção a entrada da casa.

Paola foi até o escritório de Douglas e falou sobre a visita surpresa de seus pais.

– Eu não acredito, o que será que eles vieram fazer aqui? – Se perguntou Douglas irritado, andando de um lado para outro.

– Meu amor, assim como eu, você também nunca me falou muito sobre seus pais, a única coisa que eu sabia, é que eles viviam no exterior há alguns anos e que vocês não tinham muito contato. – Disse Paola tentando entender à revolta de seu amado com a chegada dos pais.

– Não é nada de tão ‘grave’ digamos assim, como sua história, o fato é que nós sempre fomos muito próximos, até eu virar adulto e querer tomar minhas próprias decisões. Meu pai queria que eu seguisse os passos dele na empresa, mas eu nunca quis, eu queria investir em outras empresas, de ramos diferentes, que eu achasse interessante, e ele nunca aprovou. Até que ele fechou um contrato com sócios na Inglaterra, transferiu a sede da empresa para lá, e se mudaram, e eu fiquei aqui. No começo tive medo de ele querer me tirar tudo, afinal eu tinha meus 20 e poucos anos, e não tinha tanta experiência assim no mundo do trabalho, mas o contrato que ele fechou era tão milionário que ele me deixou aqui, com a minha fortuna, e então eu passei a fazer o que acreditava e só fui prosperando em meus negócios, sempre que eu ia a Europa, os visitava, inclusive, na viagem em que nos encontramos eu tinha passado lá, por isso estou estranhando a visita deles aqui. – Contou Douglas.

– Entendi, mas então eles não são tão ruins. – Falou Paola.

– Você não os conhece, só ligam para dinheiro, status social e a principal preocupação deles é se os negócios estão indo bem. Quando eu estava doente, não falei nada para eles, mas Bráulio como sempre pensando em mim, os avisou e sabe o que eles fizeram? Nada! Não que eu esperasse algo, mas poxa, eles eram meus pais, podiam ao menos ter se preocupado comigo, mas só deram um simples telefonema para reclamar sobre o fato de eu ter escondido deles a minha doença. – Explicou Douglas.

– Nossa meu amor, imagino como você sofreu por estar doente e não ter o apoio de sua família. Temos mais uma coisa em comum, nossos pais não são os mais fraternais do mundo. – Brincou Paola dando um beijo, tentando acalmar seu amado.

– Tem razão. – Disse Douglas dando um leve sorriso. – Depois conversamos melhor, agora vamos ver o que meus queridos papais querem. – Completou pegando na mão de Paola e indo em direção a sala onde seus pais o aguardavam conversando com Bráulio.

Na fábrica Bracho...

Após sair da casa de Douglas e Paola, Paulina resolveu fazer uma surpresa e foi buscar seus filhos na escola, depois que os gêmeos nasceram, eles iam e voltavam com o Pedro. As crianças ficaram contentes, já sentiam falta de sua mãezinha indo buscá-los.

Paulina estava inspirada e decidiu surpreender também a seu amado, ela foi com as crianças até a fábrica Bracho. Chegando lá, Paulina pediu a Branca que não avisasse seu marido de que estavam ali, ela então bateu na porta, e de dentro da sala ouviu um ‘- pode entrar’ e assim o fez, entrou na sala empurrando o carrinho com Gabriela e Fernando, e logo atrás vieram Lizete de mãos dadas com Bernardo, que já estava andando e Carlinhos, que estava com Paulinha.

– Meus amores. – Falou Carlos Daniel abrindo um enorme sorriso ao ver sua amada entrar acompanhada de seus filhos.

Ele foi até ela, lhe deu um beijo, e em seguida deu um beijinho em cada um de seus filhos. As crianças foram sentar-se no sofá e Paulina colocou o carrinho dos bebês na frente deles, para que pudessem brincar com os irmãos menores.

– Adorei a surpresa minha vida. – Disse Carlos Daniel puxando Paulina para um cantinho da sala, dando-lhe um beijo apaixonado.

– Fico feliz que tenha gostado meu amor. – Falou Paulina limpando a marca de seu batom que havia ficado nos lábios de seu amado. – À tarde eu fui visitar a Paola, e quando sai de lá fui buscar as crianças na escola e resolvemos vir aqui ‘te buscar’ também.

– Que ótimo meu amor, e eu tive uma ideia. O que acha de irmos todos juntos jantar fora hoje? – Perguntou Carlos Daniel.

– Acho perfeito. – Respondeu Paulina sorrindo e em seguida deu outro beijo em seu amado. – Vamos contar para as crianças.

Eles contaram a ideia para as crianças que adoraram e ficaram bem empolgadas. Paulina seguiu para a mansão Bracho para já ir arrumando eles para saírem e Carlos Daniel teve que ficar resolvendo umas pendências na fábrica e foi logo depois.

Enquanto isso na Mansão Maldonado...

Douglas chegou sério a sala onde seus pais o aguardavam.

– O que vieram fazer aqui? – Perguntou.

– Isso é jeito de falar com os seus pais? – Falou Carmem.

– E esperavam o que? Como se vocês se importassem muito comigo. – Respondeu Douglas debochando.

– Meu filho, nós viemos em paz, tínhamos que visitar um fornecedor aqui na capital e passamos aqui para saber como você estava. – Falou Elias.

– Claro, se não tivesse negócio no meio, vocês não viriam. – Disse Douglas inconformado.

– Filho, nós também viemos para fazer as pazes com você, vamos deixar esse mal entendido para lá e tentar recomeçar, você é nosso único filho e por mais que não pareça, nós te amamos e queremos te ver feliz. Você nem tinha nos contado que estava noivo. – Falou Carmem.

– Ok mamãe, vamos tentar sim nos entender. E sobre o meu noivado, eu não comentei porque faz pouco tempo, mas o casamento é para daqui a um mês. – Contou Douglas olhando para Paola e dando um sorriso.

– Nossa que rápido, se estão noivos há tão pouco tempo, porque casar assim tão depressa? – Perguntou Carmem intrigada.

– Nós estamos noivos há pouco tempo sim, mas nos conhecemos há anos, só que nosso amor foi desabrochar agora digamos assim. – Explicou Douglas.

– Entendi. – Disse Carmem desconfiada.

– Sendo assim eu o parabenizo filho, sua noiva é muito bonito, e vocês fazem um belo casal. – Falou Elias cumprimentando Douglas.

– Obrigado pai. E o melhor vocês não sabem, eu e Paola vamos ter um filho. – Contou Douglas sorridente.

– Um filho? – Perguntou Carmem assustada. – Então está explicado à pressa para o casamento. – Falou olhando para Paola.

– Sim mamãe, um filho ou filha, ainda não sabemos. E o casamento vai ser logo por escolha minha, a Paola queria que fosse depois que ela tivesse ganhado o bebê, mas eu a convenci para que fosse o mais breve possível. – Disse Douglas.

O pai de Douglas ficou feliz com a notícia e cumprimentou novamente os dois, mas Carmem ficou desconfiada, porém, não demonstrou, eles seguiram conversando e Douglas os convidou para o jantar.

No Restaurante...

Carlos Daniel e Paulina jantavam com seus filhos Carlinhos, Lizete, Paulinha e Bernardo, os gêmeos tinham ficado em casa, pois ainda eram muito pequenos para saírem à noite. O clima era de festa, eles riam e se divertiam, fazia tempo que não saíam todos juntos.

– Poxa papai estou bem feliz de a gente ter vindo jantar fora hoje. – Falou Carlinhos.

– Eu também paizinho. – Disse Lizete.

– Que bom meus amores, depois da surpresa que me fizeram, achei que iriam gostar de passearmos mais um pouco. – Respondeu Carlos Daniel.

– Nada melhor do que um jantar em família. – Disse Paulina sorridente.

Na mansão Maldonado...

Douglas, seus pais e Paola jantavam em clima de paz, colocavam o assunto em dia e assim que terminaram, foram até a sala para conversarem mais um pouco. Paola foi ao toalete e quando estava voltando, se surpreendeu com Carmem que a esperava no corredor.

– Eu quero falar com você Paola. – Disse Carmem séria.

– Pode falar senhora. – Respondeu Paola.

– Eu só quero te avisar que não irei deixar você enganar o meu filho, pode até estar grávida e o filho ser dele, mas isso não o obriga a ter que se casar com você. – Falou Carmem com olhar de desprezo para Paola.