La Usurpadora... a história continua

Nunca é tarde para tentar reparar os erros do passado


NO DIA SEGUINTE...

Paola liga para Paulina perguntando se ela e Douglas poderiam fazer uma visita para falar com os Bracho, Paulina concordou e a tarde Paola e Douglas chegaram a Mansão Bracho e tocaram a campainha.

– Boa tarde dona Paola e seu Douglas Maldonado. – Fala Lalinha sorridente ao ver Paola, por mais que Paulina sempre tivesse sido boa com ela, sentia falta de Paola, das maldades, dos presentinhos e principalmente das gorjetas que ganhava.

– Boa tarde Lalinha. – Respondem Douglas e Paola juntos.

– Os patrões estão lá na sala, eu vou avisar que vocês chegaram. – Diz Lalinha indo em direção a sala, Douglas e Paola a seguiam.

– Ok Lalinha, obrigada. – Diz Paola dando um sorriso e lembrando-se dos segredos e combinações que tinha com a fiel empregada que também era sua confidente, lembrou-se de quando fingiu estar inválida e Lalinha a flagrou levantando-se da cadeira de rodas e ela a ameaçou dizendo ‘– Lembre-se que os mortos... Não falam!’ Paola não aguentou e deu uma leve risadinha e Douglas a olhou e ela fez um sinal de que não era nada e continuaram caminhando em direção a sala.

Na sala, estavam Paulina, Carlos Daniel, Vovó Piedade, Lizete e Carlinhos. Paola e Douglas entraram depois de Lalinha avisar e deram boa tarde, todos responderam, menos as crianças.

– Crianças, cumprimentem a tia Paola e o namorado dela. – Pediu Paulina.

– Essa mulher não é minha tia, eu me lembro e sei o quanto mal ela fez para vocês e não sou obrigado a aturar ela aqui. – Fala Carlinhos olhando irritado para Paola e levantando-se do sofá.

– Carlinhos meu filho, não foi essa educação que seus pais te deram, eles que foram os mais prejudicados já perdoaram a Paola, porque ela mudou e provou estar arrependida de tudo que fez, então vai lá e pede desculpas para ela. – Diz vovó Piedade.

– Está bem bisvovó. – Diz Carlinhos se aproximando de Paola. – Me desculpa tia Paola, se meus pais te perdoaram eu te perdôo também. – Paola não diz nada apenas abraça o menino que corresponde e dá um beijo na bochecha dela.

– E você Lizete não vai me dar um abraço? – Pergunta Paola olhando para a menina.

Lizete vem correndo e dá um abraço em Paola que a pega no colo e lhe dá um beijo. Em seguida ela e Carlinhos vão brincar no jardim e deixam os adultos a sós.

– Desculpe pelo Carlinhos. – Fala Paulina sem graça.

– Não foi nada, sei que ele também sofreu muito por minha causa. – Diz Paola.

– Bom, mas então, queriam falar conosco? – Pergunta Carlos Daniel.

– Sim, na verdade queremos fazer um convite a vocês que se estende a todos os Bracho, mas em especial para você e para a Paulina. – Responde Douglas.

– E do que seria? – Pergunta Paulina curiosa.

– Primeiramente, quero anunciar em primeira mão o meu casamento com o Douglas Maldonado. – Conta Paola.

– Nossa que bom Paola, parabéns! Vocês formam um lindo casal e eu desejo de coração que sejam muito felizes. – Fala Paulina dando um abraço em sua irmã e em Douglas.

Carlos Daniel também cumprimenta os noivos, e vovó Piedade se levanta e diz: – Eu torço muito para a sua felicidade Paola, aproveite essa nova chance que a vida está lhe dando, livre-se desse rancor e dessa maldade que fazia de você uma pessoa ruim e malvada, se entregue ao amor e seja muito feliz.

– Obrigada Piedade. – Responde Paola emocionada. – Eu posso lhe dar um abraço? – Pergunta Paola um pouco receosa.

– Claro minha filha, vem aqui. – Responde Vovó Piedade puxando Paola para se abaixar e a abraça.

– Bom, mas deixando a emoção de lado, nós viemos aqui para convidar vocês para serem os padrinhos do nosso casamento. – Diz Paola.

– Nós ficamos com receio de vir fazer esse convite, mas você Paulina, me ajudou muito quando eu estava em um momento difícil e se tornou uma pessoa querida para mim e o Carlos Daniel também foi muito importante na vida da Paola, por isso decidimos criar coragem e vir falar com vocês. E então aceitam o convite? – Pergunta Douglas entusiasmado.

Paulina olha para Carlos Daniel dá um sorriso e volta a olhar para Douglas e Paola.

– É claro que aceitamos. – Diz sorridente.

– Será um prazer. – Completa Carlos Daniel.

– Obrigada. Era muito importante para nós que vocês aceitassem. Não sabem como fico feliz em depois de tudo, de todo o mal que causei a você minha irmã, e ao Carlos Daniel, e também a senhora, vovó Piedade, possamos estar aqui conversando como velhos amigos, e o melhor de tudo, será poder contar com a presença de vocês em nosso casamento. – Fala Paola sorridente.

– Imagina Paola, não tem que agradecer, e o que mais nos alegra é ver a sua mudança, saber que dessa vez você finalmente aprendeu com os seus erros e pôde se livrar desses sentimentos ruins que estavam em seu coração e abri-lo de vez para o amor. – Responde Paulina.

– Bom, não vamos mais tomar o tempo de vocês, ahh e antes que eu me esqueça, terá um jantar de noivado em minha casa na semana que vem, gostaria que vocês fossem também. – Convida Douglas.

– Iremos sim, conte conosco, não é meu amor? – Diz Paulina olhando para Carlos Daniel, ela não tinha certeza se ele aceitaria numa boa, já que sempre teve uma rixa com o Douglas, ela sabia que aceitar ser padrinho era uma coisa, ir em um jantar na casa dele seria outra.

– Claro meu amor, estaremos lá Douglas. – Responde Carlos Daniel.

– Obrigada mais uma vez por aceitarem nosso convite. Bom, nós já vamos. – Fala Paola se despedindo e em seguida Paulina os acompanha até a porta.

Paulina volta para a sala onde Carlos Daniel e Vovó Piedade conversavam.

– Filha, estava aqui comentando com o Carlos Daniel, quando você me falou que a Paola tinha mudado, juro que não pensei que fosse dessa forma. – Comenta Vovó Piedade.

– Pois é vovó, confesso que no início também não acreditava, afinal, o histórico da Paola não é dos melhores, mas aquele dia em que ela foi ao hospital falar comigo, foi quando eu realmente vi sinceridade nos olhar dela. – Fala Carlos Daniel.

– Sim, ela realmente mudou. Dessa vez, está amando de verdade, e isso a está tornando uma pessoa melhor, ela está deixando de ser egoísta e se preocupando com a felicidade de seu amado. – Diz Paulina, e os 3 seguem conversando.

No decorrer da semana, Paulina segue em casa cuidando de seus filhos, Carlos Daniel indo a fábrica normalmente, agora ele já estava 100% curado, Paola e Douglas estavam acertando os detalhes do jantar de noivado e fazendo os preparativos para o casamento.

Nisso, Donato (o pintor) vai ler o jornal e vê a notícia acompanhada de uma foto do casal: ‘ O milionário Douglas Maldonado, anuncia seu noivado com Paola Montagner, que todos pensavam estar morta, mas que voltou mais viva do que nunca. As informações que correm, são as de que ela foi obrigada pelas circunstâncias a se divorciar de Carlos Daniel Bracho, diretor e um dos proprietários da fábrica de Cerâmicas Bracho, com quem era casada, já que ele ao pensar que sua mulher estava morta, casou-se com a irmã gêmea dela, Paulina Martins... ’

– Não é possível, Paola está mesmo viva. – Diz Donato para si mesmo. – Eu preciso vê-la, apesar de no julgamento eu tê-la acusado para defender a Paulina, ela sempre mexeu muito comigo, sinto falta das nossas tardes calientes, onde nos entregávamos à paixão, onde ela posava nua e eu a pintava, para quando não estivesse com ela, poder admirá-la, ainda que fosse em um quadro. Vou descobrir onde ela está morando, tenho certeza que esse casamento com esse tal milionário, é só por interesse, Paola sempre foi de ter muitos amantes, tenho certeza que ela não vai me rejeitar. – Completa ele com um sorriso malicioso.

ENQUANTO ISSO NO OUTRO LADO DA CIDADE...

Paola resolveu investigar e descobriu em qual cemitério havia sido enterrada Elvira, sua ex enfermeira e cúmplice em algumas de suas maldades. Ela se deu conta de que Elvira havia morrido por sua causa, e que se não fosse aquele acidente, ela ia matá-la de qualquer maneira. Agora que estava mudando, resolveu tomar atitudes que a fizessem reparar um pouco o mal que tinha causado. No caso da enfermeira, não podia fazer mais nada, pois ela já estava morta, mas mesmo assim, se Paola comprasse umas flores e fosse visitar o seu túmulo, e diante dele pedir perdão por ter tirado a vida dela de forma tão trágica e cruel, ela se sentiria melhor, e foi o que fez. Passou em uma floricultura, comprou um vaso com rosas vermelhas e seguiu em direção ao cemitério.

Chegando lá, pediu informações a um funcionário do local para localizar onde Elvira estava enterrada, e ele a acompanhou até o local. Assim que viu o túmulo sentiu uma forte angústia, estava sujo sem flor nenhuma, uma lápide bem simples só com uma pequena foto que segundo o funcionário, havia sido tirada dos arquivos da clínica San Lorenzo onde ela trabalhava, apenas para o caso de algum parente querer reconhecer.

– A senhora é parente dela? – Perguntou José, um senhor simpático que cuidava do local.

– Não, sou só... Uma velha amiga. – Responde Paola se aguentando para não chorar.

– Ahh ta, pois desde que foi enterrada ai, ninguém veio visitá-la, lembro que na época, disseram que ela tinha morrido em um grave acidente provocado, parece que a moça tinha inimigos. – Comenta José.

Nesse momento, uma lágrima escorreu pelo rosto de Paola. – Será que ela não tinha parentes na capital? – Perguntou limpando seu rosto.

– Parece que não, o pessoal da clínica que ela trabalhava foi quem veio trazer o corpo dela aqui, foram eles que pagaram pelo enterro, e desde então, a senhora é a primeira pessoa que veio procurá-la. – Responde José.

– Obrigada pelas informações, será que eu posso ficar um momento sozinha aqui? – Pede Paola.

– Claro senhora. – Fala José e em seguida se retira.

Assim que José se afastou, Paola não aguentou e começou a chorar desesperadamente. Ela largou o vaso de flores em cima do túmulo enquanto falava em voz alta.

– De todos que eu causei dano, a mais prejudicada foi você Elvira, fiz sofrer muito meu ex marido, a família dele e principalmente minha irmã, mas hoje em dia, eles estão bem e felizes, mas você... – Ela não consegue se controlar e volta a chorar. – Você era uma ótima enfermeira e aliada, claro que não era nenhuma santa, porque ai não teria concordado em me ajudar a fingir que estava mal e inválida, mas mesmo assim, não merecia esse fim. Eu destrui sua vida e quando você viu que eu realmente não estava de brincadeira, e resolveu pular fora, já era tarde demais, eu não podia deixar você me entregar para os Bracho e também se a deixasse ir embora, seria uma testemunha contra mim e eu não podia correr esse risco na época.– Sempre há uma testemunha perigosa de nossas maldades, Lalinha, Elvira... Mas os mortos... Não falam. Hahahahahaha. – Lembrou-se Paola de quando disse isso jurando para si mesma que iria se livrar de Elvira e garantir que Lalinha não falasse nada, também lembrou de quando ameaçou Elvira mais diretamente.

FLASHBACK – ANOS ATRÁS

Elvira leva um chá para Paola e ao entregar, Paola pergunta – Não colocou veneno?

– Que isso senhora, disso eu não sou capaz! – Responde Elvira.

–Você não é mais leal comigo como era no princípio, Elvira. – Fala Paola tomando o chá.– O que quer? Que eu aumente seu salário para ser minha cúmplice? – Pergunta.

– Não senhora, e peço que a partir de agora, só me pague pelos meus serviços de enfermeira. – Responde Elvira.

– O que dá no mesmo, não vai ser mais a minha cúmplice, e não sendo, você vai me denunciar. – Diz Paola.

– Eu não disse isso senhora, e se acha que estou mudada, não é pelo dinheiro, eu garanto. – Fala Elvira.

– Então é pelo que? - Insiste Paola.

– Talvez porque eu a conheça melhor do que antes. – Responde Elvira.

– Se não tivéssemos alguns segredinhos em comum, mandaria você embora agora mesmo por sua insolência! – Fala Paola irritada.

– Talvez eu decida ir embora de qualquer maneira. – Retruca Elvira.

– Não me provoque Elvira, você não sabe ainda do que eu sou capaz! – Diz Paola.

– Eu não sei, mas eu imagino que seja capaz de tudo. – Fala Elvira com medo.

Paola dá uma olhada fatal para Elvira e calmamente fala: – Eu vou cortar a sua língua e arrancar os seus olhos... Acha isso suficiente?

FIM DO FLASHBACK

– Infelizmente só hoje eu consigo ver tudo o que causei, e não sabe como estou arrependida. Por isso peço para que de onde você tiver que possa me perdoar por ter tirado sua vida precocemente, mesmo sabendo que o que eu te fiz é irreparável, pelo menos isso vai ser um consolo já que o perdão de Deus, talvez eu nunca tenha. Eu trouxe flores para alegrar seu túmulo e vou pedir para o senhor que cuida daqui, pintar e fazer uma lápide como deve ser. Isso não te trará de volta, mas pelo menos sua memória e seus restos mortais estarão bem velados. – Completa Paola chorando desesperadamente, ela não conseguiu ficar mais tempo, arrumou o vaso de flores e foi em direção a portaria do cemitério, onde ficava o seu José.

– Já vai senhora? – Pergunta ele.

– Sim, já estou indo. Mas antes gostaria de falar com o senhor. – Responde Paola.

– Diga senhora...

– Paola, Paola Montagner e o senhor, como se chama?

– Me chamo José, ao seu dispor.

– Então seu José, eu gostaria de ver com o senhor para fazer uma lápide melhor para o túmulo da minha amiga, se o senhor pode pintar e mantê-lo limpo e bem cuidado, claro que eu vou pagar, só preciso saber se o senhor faz e quanto vai custar. Já que ela não tem ninguém, pelo menos nessa parte posso estar ajudando. – Fala Paola.

– Posso fazer sim senhora, e acho bonito seu gesto, mas eu não sei ao certo quanto vai sair, preciso verificar e depois entro em contato com a senhora novamente pode ser?

– Pode sim seu José, aqui está meu cartão, assim que estiver tudo acertado, pode me ligar. – Responde Paola entregando um cartão para ele e em seguida se despedem e ela vai embora.

Chegando em casa, Paola conta para Douglas o que fez, ele achou linda a atitude de Paola em tentar consertar pelo menos parte dos seus erros e diz que agora tudo será diferente, ele nota que ela ficou um pouco deprimida após a visita ao cemitério e a encheu de mimos e carinhos dizendo para ela esquecer o passado e focar no futuro. E assim, a semana passa sem grandes acontecimentos, até que chega sábado, o dia do jantar de noivado de Paola e Douglas, a festa seria na mansão deles. Paola estava nervosa, sempre foi anfitriã de várias festas, mas essa era especial, realmente importante para ela.

Enquanto se arrumava lembrou-se de sua festa de noivado com Carlos Daniel.

FLASHBACK – ANOS ATRÁS

Na mansão Bracho, estava acontecendo a festa para celebrar o noivado de Carlos Daniel com Paola, ela após terminar de se arrumar, vai descer para fazer sua entrada na festa, chegando ao topo da escada, olha a movimentação de todos e procura por seu noivo, que estava conversando com uns amigos, um deles a vê e cutuca Carlos Daniel, que imediatamente olha para a escada e encontra o olhar de sua adorada Paola, ela assim que percebe que ele a viu, abre um sorriso e desce um degrau, ele faz um gesto para ela parar, e logo pede a atenção de todos.

– Por favor, gostaria de apresentar a todos a minha linda noiva, a senhorita Paola Montagner. – Fala apontando para a escada.

Imediatamente, o olhar de todos os convidados voltou-se para Paola, que se sentia radiante, pois adorava ser o centro das atenções. A beleza dela encantou a todos na festa, principalmente aos homens, que mesmo sendo amigos de Carlos Daniel, não deixaram de olhá-la com cobiça e com desejo.

Depois de ser apresentada a toda família e amigos de Carlos Daniel, e após tomar alguns drinks, Paola vai para o jardim fumar, atrás dela vai Alejandro, um dos melhores amigos de Carlos Daniel, ele a viu sair e percebeu que ninguém mais havia notado. Chegando ao jardim, se aproximou dela.

– Oi Paola, o que veio fazer aqui fora no meio da sua festa? – Perguntou ele para puxar assunto.

– Olá queridinho, você é o Alejandro, né? Lembro de quando Carlos Daniel nos apresentou, e respondendo sua pergunta, a festa estava ficando chata, resolvi vir aqui fora pegar um ar e fumar, não estava aguentando toda aquela a gente da família dele perguntando sobre a minha vida e blá blá blá... Estava ficando entediada. – Responde Paola.

– Você é mesmo incomparável Paola, sabe que desde que te vi não consigo parar de pensar em você e não consegui parar de olhá-la durante toda a festa. – Confessa. Ele.

– Eu causo isso nos homens, não resistem aos meus encantos. Você não imagina quantos eu já conquistei só com o meu sorriso. – Fala dando uma risada.

– Eu imagino sim, você nem precisou sorrir para me conquistar. Estou pensando em uma coisa que pode deixar essa festa mais interessante para nós. – Diz ele se aproximando ainda mais de Paola.

– Ah é? E o que seria queridinho? – Pergunta ela acariciando o rosto dele.

– Isso! – Ele fala e em seguida a agarra pela cintura e a puxa para um beijo intenso e a vai levando para trás de um arbusto que estava ao lado, para que ninguém os visse, ele vai beijando e passando sua mão no corpo escultural de Paola, até que coloca sua mão debaixo do vestido dela e aperta o bumbum dela, que solta um leve gemido. Por mais prazer que estivesse sentindo, ela cai em si e o afasta rapidamente, ela sabia que aquilo era errada, apenas não resistia, mas ela não queria trair Carlos Daniel logo no noivado deles, apesar de tudo, era muito apaixonada por ele.

– O que foi, vai dizer que não estava gostando?! – Pergunta Alejandro estranhando a atitude dela.

– Gostei sim, mas alguém pode nos ver, e essa é a minha festa de noivado, não devia estar aqui. Ah e isso não vai mais se repetir. – Responde séria, e em seguida segue para o banheiro para retocar a maquiagem e volta para a festa.

FIM DO FLASHBACK

– Não acredito, como eu era burra meu Deus, trair o Carlos Daniel descaradamente na nossa festa de noivado, realmente eu era uma mulher muito fácil, me entreguei a tantos homens que nem consigo contar, mas agora tudo será diferente, me dedicarei exclusivamente ao meu Douglas e o farei muito feliz. – Dizia Paola para si mesma.

Os convidados começam a chegar para a festa, Douglas convidou apenas alguns amigos íntimos com quem tinha mais contato na capital, logo chegaram Paulina e Carlos Daniel e Douglas foi recepcioná-los, disse para ficarem a vontade e comentou que iria ver se Paola já estava pronta.

Douglas vai até o quarto, bate na porta e abre.

– Paola, está pronta meu amor? – Pergunta Douglas a procurando com o olhar e quando a encontra saindo do closet, ele paralisa com a beleza da amada.

– Estou sim amor. – Falou Paola indo em direção a Douglas e notou que ele estava parado a admirando. – Por que está me olhando assim queridinho?

– Porque você está deslumbrante minha rainha, não que nos outros dias não esteja, mas hoje você se superou. – Respondeu Douglas.

– Obrigada meu amor, eu sei que estou maravilhosa, porque se de uma coisa eu tenho certeza, é da minha beleza. – Falou rindo e dando um beijo em seu amado.

E os dois seguem para a festa que seguia animada, cumprimentam os convidados, até que chegam a Paulina e Carlos Daniel.

– Oi queridinhos, como estão? – Diz Paola cumprimentando os dois.

– Olá Paola, estamos bem e você? – Responde Paulina.

– Estou ótima, estão gostando da festa?

– Sim Paola, estamos nos divertindo muito. – Fala Carlos Daniel.

– Que bom, então continuem se divertindo, vou lá pegar mais um drink.- Disse Paola indo em direção a cozinha onde foi conferir se estava tudo certo com o bufê.

Após conversar com a organizadora, foi até a varanda ver se tinha algum convidado que ela ainda não tinha cumprimentado e não vê ninguém. Quando estava se virando para voltar para dentro, sente alguém agarrá-la por trás, tapando sua boca. O homem a vira de frente e continua segurando com força, mas destapa sua boca.

– Você?! – Diz Paola assustada ao ver de quem se tratava.

Era Donato seu ex amante, ele havia descoberto onde ela estava vivendo e soube da festa. Conseguiu pular o muro e ficou escondido no jardim, a espera de Paola.

– Sim sou eu, está surpresa em me ver queridinha? – Perguntou ele com deboche.

– Donato, o que está fazendo aqui? Como me achou?

– Eu sempre acho tudo que eu quero meu amor, e como sempre, eu continuo querendo você. – Falou agarrando ela mais ainda.

– Me solta, eu já disse faz anos que não queria mais nada com você, agora estou noiva e essa é minha festa de noivado. – Fala Paola irritada.

– Eu não desisti de você meu amor. Diz Donato e a puxa para um beijo ardente, ela não tinha como se soltar apesar de não estar correspondendo.

Nesse momento, Douglas aparece na porta da varanda, estava procurando Paola, ele vê a cena e incrédulo pensa: ‘– Não acredito, isso não pode estar acontecendo. ’