La Reine En Lambeaux

A little fall of rain


–Marius! - Gritou, e uma grande dor no abdômen a a fez se encolher.Ela caíra.

E ele já havia saído.

–Éponine! - O belo rosto de Marius era um remédio.Uma anestesia. - O que houve com você?

Marius segurou sua pequena e magra cintura.

–Oh!Éponine! - Disse el ao ver o ferimento

–Não se preucupe,M'sier Marius. Eu não sinto nada.E essa é só um chuvinha tola.Nada pode me machucar agora.

– Por deus 'Ponine!Por deus!Se pudesse lhe curar com palavras de amor...

–Não seriam verdadeiras. - Sua voz saiu em um sopro. - Mas você me manterá aquecida e segura agora,não?

Ele se sentou no chão frio.Éponine em seus braços e seu sangue entre ele.

–Você irá viver, Éponine!Lhe digo que sim! Se há um bom Deus acima,que me leve em seu lugar!

–Não se preocupe,M'sier.Logo,logo seu pânico irá acabar.Logo a chuva me levara consigo! - Sua voz era um suspiro.E naquele momento Éponine era criança.Era feliz.A felicidade mais intensa traz as lágrimas,que marcavam o rosto da menina.

Marius fechou os olhos.A maior prova de negação.

–Mas você me manterá aqui.

–E lhe manterei segura.

–E a chuva me levara de volta para casa.E a chuva fará as flores crescerem.

–E a chuva lavara sua dor,cara 'Ponine. - Respondeu Marius.

–Eu ficarei aqui.

– E seremos eternos! Pois o senhor está aqui e isso é tudo que importa. - Sua voz era o canto de um anjo.Agonizante,feliz.

–Eu lhe protegerei do frio.

– Eu nunca mais o terei...E a chuva... - Sua voz agora era um fio,a felicidade em seu rosto chegou a seu ápice. Éponine tirou um pacote de perto do peito e entregou para Marius.

–Crescerem... - Marius sorriu e acariciou o jevem rosto,mas a luz havia ido,só sobrara um sorriso na face magra e encovada.

...

As lágrimas marcavam o belo rosto de Marius Pontmercy.Éponine morrera por ele.E vivera inteiramente por ele também.

A carta de Cosette a ele tinha o sangue da menina.E algo estava enrolado junto a carta.

Uma letra levemente infantil,traçada em frases confusas,mostrava-se ali Éponine por dentro.

M'sier Marius,

Você não percebe meu amor.Não percebe o quanto luto.Ó deus!Ninguém percebe o quanto luto.O tanto que faço para sua felicidade.

Mas para você!Meu coração é de papel!Tão fácil de ser rasgado!

Tão pouca dor a você é concedida.E por isso agradeço.Vê-lo sofrer é como uma morte lenta para mim.

E toda dor que eu sinto!Eu a tiro de você!Mesmo sem perceber.Eu sinto!Por deus!Sinto tanta dor,por você,que chega a me rasgar,me perder, recosturar!

A chuva corre por meu corpo,com a dor e o sofrimento.E todo amor que sente por Cosette,que deveria ser meu,é apenas dor,M'sier!É a dor e o sofrimento que voltam,cospem,rasgam e choram por mim!Não é você!

Não é você que bate em minha porta,mas é seu reflexo que vejo nas poças da chuva.Mas a chuva é tão tola!E o rio é apenas um rio.E eu volto outra vez,todo dia para olhar a chuva tola,que faz você aparecer a mim.

Cosette, é apenas uma criança!Eu lutei por seu amor.Mas seu coração é dela.E o meu é de papel.Papel que molha chuva tola do verão.Que morre ao chegar ao rio.Que não vive para ver a poça.

Éponine é papel,pois papel nada custa.Pois papel nada vale.Pois papel apenas faz,mas não sente!

Não sou má,não pense isto de mim.Sou apenas o bem de outro lado.Pois estou do seu lado,M'sier.Eu protegi seu coração,me o senhor rasgou o meu e nunca fiquei tão feliz por chorar!

Mas não o culpo.Não sou bela ou inteligente e delicada.Não o culpo de mais nada,pois o amor e o ódio são coisas tão passageiras.Mas não me mpessa de chorar,pois quero que o senhor seja apenas...Feliz.Nem que me custe lágrimas ou o sangue.

E eu seria sua.Apenas e inteiramente.E sempre irei ser.Mesmo que aja chuva,sol ou um rio.

Eu o amarei se ela não o amar e também se amar,o amarei em dobro!

Não sinto mas nenhuma dor,mas ainda sinto por você.Ainda sinto nesses versos confusos e cheios de inconsciente ódio.E no meu coração só cabe amor,pois ele é pequeno.A felicidade ainda virá até mim,mas antes que venha até o senhor!

Uma pequena citação estava abaixo,a mesma letra infantil,mas as palavras pareciam de um poeta.Aquelas palavras eram ouro.

"Pobre Éponine,agora voa,Mas sem as asas,pois quer cair.Pobre 'Ponine.Está traçada a nunca ter um fim feliz."

Ali a letra de Éponine se tornava manchada de sangue.Mas ele conseguiu ler:

Com mais amor que alguém deve sentir,

Éponine.

Em seu nome e no resto da carta,o sangue havia manchado.Mas todos os francos que ele havia dado a menina estavam ali.

Marius chorava,soluçava,ao ler a carta.Ele se arrependia de ter apenas a notado quando precisou.Pois Marius queria sentir tanta dor quanto ela sentira.

E a chuva parecia ter piorado,ao ver aquele corpo,estendido na calçada.

Éponine.Pobre fada!A miséria tira-la sua beleza.A morte a trouxera.A trouxera a perfeição e felicidade.Ele sempre a veria nas chuvas de verão,ou no frio gélido do inverno.Em Marius,Éponine fez as flores crescerem e elas nunca mais morreram.

"E você me manterá perto

E a chuva fará as flores crescerem"

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.