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Quando eu era criança eu fui raptada por uma corporação que se denominava G.O.D, eles estavam fazendo experiências com crianças, eles nos diziam que seriamos o futuro, que estávamos ali para ajudar as pessoas, mas não era bem assim. Eu me chamo Akarui Sora e essa é a minha historia.

–-x--

–Como está sendo os resultados com o paciente 240? – Perguntou um cientista.

–Ele não suportou a droga! – Afirmou seu ajudante. –Ele Faleceu!

–Puft! – Falou o cientista com desprezo e colocando um pirulito na boca. – Pega o próximo, são muitos, por isso são descartáveis!

–S-Sim Dr. Alan. – O doutor Alan era o melhor cientista do mundo ele havia vindo dos EUA para ajudar com as pesquisas no Japão, ele era muito dedicado por isso era muito cogitado em muitos projetos científicos.

–Traga a paciente 666. – Disse o Alan. – E vá rápido, quero acabar com isso logo.

–Certo senhor! – Disse o seu ajudante ele aparentava ser muito novo, e parecia se importar com as crianças, mas havia nada que ele pudesse fazer.

Então o ajudante se retira do laboratório e vai em direção ao dormitório, desta vez era o dormitório feminino, quando ele abriu a porta todas entraram em pânico, menos uma, era uma menina de cabelos roxos, seus olhos estavam fundo parecia que ela não estava ali, deveria ser sua forma de escapar desta triste realidade. Ela já havia passado por muita coisa, um grande acidente havia acontecido em sua cidade natal, todos haviam morrido menos ela, então todos a culpavam pelo ocorrido, ela era taxada de demônio, mas parecia que o “ajudante” não se importava com isso parecia que ele se importava mais com ela do que com qualquer outro daquele lugar, e teria que leva-la neste momento ao Alan.

–Sora, vamos é a sua vez! – Disse ele com um ar de tristeza. – Não queria que isso acontecesse tão cedo!

–Ah! Shu, nem vi você chegando! – Falou Sora com um doce sorriso em seu rosto. – Não se preocupe, eu ficarei bem!

Uma lagrima caiu do rosto do Shu, como ela poderia estar sorrindo era sua vez, ninguém sabia o que iria ocorrer com ela e ela que estava reconfortando ele, ela era muito inocente para isso.

Chegando ao laboratório, Alan segurou a Sora pelo braço, muito forte que deixou marcas de sua mão no seu braço.

–Ai! Está me machucando! – Falou Sora fechando os olhos de dor. – Não me aperte!

Então ele a deitou na maca e a prendeu, então era o momento decisivo, mas Sora não tirava o doce sorriso de seu rosto e isso deixava o Dr. Alan irritado, ele gostava de ver o desespero das crianças naquela hora, ele gostava de ver elas implorando, ele queria que aquele sorriso desaparecesse foi então que ele injetou a droga, denominada Ten no wanpīsu, que significava Pedaço do Céu. Então a Sora desmaiou , seus olhos foram fechando lentamente, seu sorriso foi se desfazendo, como o Dr. Alan queria, isso deixou o Shu preocupado, uma lagrima caiu de seu rosto o que fez o Alan rir, mais rir muito.

–HAHAHAHAHA. – O Dr. Alan riu histericamente até ver os olhos de Sora se abrindo da mesma forma que eles se fecharam, lentamente. – M-Mas o que?

– Ah! - Os olhso de Shu brilharam. – Ela é a sexta paciente que se adapta ao Ten no wanpīsu! Você deveria ficar feliz!

–É deveria! - Disse Alan com raiva.

–O-Onde eu estou? – Perguntou Sora. – Estou me sentindo fraca!

–É efeito da droga, é só você descansar que ficara bem! –Disse Shu.

Então o Shu a levou para um dormitório especial, onde ela teria um quarto só para ela e teria mais mordomia do que as outras crianças. Sora passou mais de três dias dormindo, mas aquele era um dia especial era um dia para comemorar, ela havia sobrevivido e ninguém queria isso mais que ela, ela acordou pôs seu melhor vestido e saiu de seu quarto, mas notou que não havia ninguém para comemorar com ela, ali era vazio e só três quartos aparentavam ter alguém. Sora queria aproveitar para conhecer seus novos colegas de quarto então bateu em uma das portas e um garoto a abriu.

–O-Oi, eu sou Sora. – Disse Sora esticando a mão para cumprimentar. O garoto mal deu atenção.

–Meu nome é Kazune, bem-vinda ao grupo. – Disse ele com um sorriso forçado. – Mas não ache que aqui é um bom lugar!

–Obrigada, mas grupo de que? – Perguntou Sora confusa. – E porque eu não acharia que aqui é um bom lugar, temos nossos próprios quarto e temos mais mordomia e luxo aqui do que lá, e o melhor, estamos vivo!

–Não vá achando isso, aqui é o inferno! - Disse Kazune. Neste momento uma garota com flores estava saindo do quarto e quando os viu foi em sua direção.

–Olá, você é a nova garota eu suponho. – Disse a garota dando as flores para Sora. – São para você!

A garota era encantadora, ela usava um traje de freia branco com dourado e estava com um grande sorriso sincero no rosto.

–Não assuste a garota Kazune. – Disse ela sorrindo. – Não tente assusta-la como fez comigo!

–Só estou sendo sincero! – Disse ele virando o rosto.

–Mas cadê os outros? –Perguntou Sora. –As únicas pessoas que eu vi até agora foram vocês!

–Ah! Os outros devem estar lá fora, venha eu vou lhe apresenta-los. – Disse ela estendendo a mão. – Ah, quase me esqueci, eu me chamo Yume.

–Prazer! – Disse Sora com um sorriso. – Eu me chamo Sora!

–Vamos Kazune, você vai com a gente!- Disse ela. Kazune apenas fez uma cara feia e foi elas.

Então eles caminharam por dentro dos dormitórios da corporação, até chegarem a um pátio lindo, cheio de flores, tão colorido quanto o arco-íris. Desde que Sora tinha ido pra lá que ela não via mais o céu, o sol ela não via mais nada, era sempre trancada dentro do dormitório. Logo quando chegou ela avistou mais duas pessoas, um era um garoto loiro de olhos verdes, ele parecia alegre, diferente da garota ao seu lado, ela era mais baixa do que ele, tinha cabelos ruivos e olhos negros, parecia uma princesa gótica.

–Gente, gente! – Disse Yume chamando a atenção. – Essa é a novata, seu nome é Sora!

–Prazer! –Disse Sora. – É bom ver que tem varias pessoas além de mim aqui.

–Prazer! – Disse o Loiro. – Meu nome é Yuji. E o da calada ali é Yukari!

–Ah! Prazer. – Disse Sora levantando a mão para cumprimenta-la. A ruivinha só olhou sua mão com um ar de superioridade, virou e saiu.

–Não se preocupe, ela é meio anti-social! – Disse Yume dando uma risada fofa. – HiHi.

Voltando para seu quarto ela encontra o Shu, ele está segurando um buque de rosas, então Sora vai em direção a ele, mas quando ela está chegando perto dele uma bomba estoura. Era o exercito. No meio dos destroços a Sora não conseguia encontrar o Shu. Pelo barulho os outros vieram correndo, Yume vendo que os soldados estavam mirando em Sora logo a tirou de lá.

–O que vamos fazer? –Perguntou Kazune.

–Yuji vá chamar a Yukari! Kazune pegue o Kit de primeiro socorros, a Sora está machucada! – Disse Yume.

–Mas e o outro de nos? – Perguntou Sora.

–Que outro? – Perguntou Yume.

–Eles disseram que eu era a sexta a... –Sora foi interrompida por um puxão da Yume.

–Tenha cuidado, eles estão atirando! – Disse Yume. – Eles devem ter errado, somos só nós!

Depois que todos voltaram, Yume cuidou dos ferimentos da Sora. Yukari tinha um plano, ela pensou em fugir de lá, e todos concordaram.

–Essa é nossa chance! – Disse Yukari. – Vamos sair logo daqui!

–Eu não posso deixar o Shu... – Disse Sora chorando. – Ele sempre cuidou de mim!

–Não dá tempo temos que... – Yuji foi interrompido por Yukari.

–Ele morreu tá? Não tem mais como ele sair dai com vida.

–Yukari! – Disse Yume.

–Oque foi? – Falou Yukari com raiva. – É a verdade!

–Vamos logo! –Disse Kazune.

Depois de tudo isso eles saíram pela saída de ar, todos do laboratório estavam ocupados com os soldados que nem perceberam que eles haviam fugido. Mas não foi tão fácil, no final eles tiveram que se separar. Para que eles não fossem pegos eles se dividiram em grupos e a Sora acabou ficando sozinha. Sora via um cenário caótico, com pessoas mortas, prédios destruídos e...

–Pare! Levante as mãos! –Falou um soldado para Sora, ela havia corrido para a estufa o soldado devia ter a seguido. Então ela viu um jarro, ela pôs o capuz de seu casaco, pegou o jarro e jogou para cima. O jarro quebrou telhado de vidro da estufa e quando o soldado se protegia dos cacos ela correu.

Finalmente Sora havia saído do território da corporação G.O.D, ela já estava bem longe. Era bom rever o Japão outra vez, era bom estar livre, mas a liberdade teve um preço, o Shu. E essa liberdade poderia ser provisória, eles poderiam a caçar, e oque fizeram com a Sora?

–Vamos ter que capturar todos os fedelhos de volta, vivos ou mortos!