P.O.V Yata

" Kuso... como a Anna pode errar? O cara não estava por lá, em parte alguma. " Eu pensei.

Após o encontro com Mizore *corando* conseguimos entrar, só para descobrir que ninguém o conhece.
Oi! Meninos! Como foi lá?— Kusanagi-san perguntou.
Ninguém nunca viu ele por lá.— Rikio respondeu.
Eu fui me sentar em um sofá.
Não pode ser. Anna-chan! Ouviu? Ele não estava lá! - Kusanagi gritou para Anna, que estava em seu quarto.
Ele começou a limpar uma taça e Rikio sentou-se do meu lado.
Segundos depois Kusanagi-san parou e olhou para mim.
O que aconteceu com aquela menina?— Ele perguntou.

" É mesmo... Ele saiu antes do fim, porque pensou ter visto o cão negro. " Eu pensei.

Ela deu uma surra em Saru. - Eu respondi. - E encontramos ela hoje também, ela estuda na ilha escolar. Ela assustou Rikio até a morte. - Eu disse, com uma gargalhada.
Isso é verdade Rikio? — Kusanagi, perguntou tentando não rir.
Bom, sim. Mas ela estava cantando uma música sinistra. Algo como: incendeie e queime intensamente .... Não deixe nenhum rastro e queime todas as almas rapidamente... Enfim, era simplesmente sinistro.— Ele respondeu, encolhendo os ombros.
Sim. Mais ela disse que estava zombando de você.— Eu disse.
M-Mais, ela é assustadora! - Ele exclamou, fazendo-nos rir. - Não contem a ninguém! — Ele gritou, constrangido.
Tudo bem não contamos.— Nós respondemos juntos.
De qualquer forma. Venha aqui Yata.— Kusanagi disse.
Eu fui até ele e ele me deu um pedaço de papel.
De isso para a menina de ontem quando a encontrar.— Ele disse, e voltou a limpar a taça.
Eu assenti com a cabeça e voltei ao sofá.
Sugoi!— Alguém do lado de fora exclamou, e o sino da porta tocou, anunciando clientes.
Duas meninas entraram e uma arrastou a outra atá o balcão.
Kusanagi olhou para a menina de vestido creme e disse:
Ah! Ai está a famosa menina que venceu Fushimi e ainda por cima assustou Rikio.— Ele disse, com um sorriso no rosto. - Meu nome é Kusanagi Izumo, mas pode me chamar de Izumo ou Kusanagi se preferir.— Ele disse.
O-oi! Kusanagi-san! Você disse que não ia contar a ninguém!— Rikio gritou.
Ela não é ninguém, certo?— Ele disse, não tirando o olhar de Mizore.
Ela ignorou os dois e olhou em volta.
Com isso, eu olhei para o que ela estava vestindo.
Um vestido creme com detalhes dourados, uma sandália trançada de salto baixo rosa e uma bolsa cor de vinho. Ela usava batom cor de cereja e tinha blush fraco no rosto. Seu cabelo estava... hm... semi-preso eu acho. Tinha uma coroa de trança e estava preso atrás.
Eu senti meu rosto aquecer, porque eu cheguei a conclusão final.

" Bonita. " Eu pensei, meu rosto se aquecendo ainda mais.

Gosta do que vê?— Kusanagi perguntou.
Sim. Lembra-me de Londres. A arrumação... a madeira.— Ela disse e deu de ombros, voltando a olha-lo.
Os olhos de Kusanagi-san estavam brilhando enquanto ele olhava para ela.

" Estranho. " Eu pensei, como eu sabia que ele ia começara se gabar.

— Isso é porque a madeira é importada direto de Inglaterra e eu me inspirei nela também quanto a arrumação.— Ele disse, um pouco animado.
Ela lhe deu um sorriso.
— Você parece mais amigável agora. É seguro chegar perto?— Rikio perguntou.
Claro, por que não?- Ela replicou.
Rikio sentou-se do seu lado direito enquanto eu sentei-me do seu lado esquerdo e , só para constar, eu estava mais vermelho do que um tomate.
Você é tímido. Que gracinha!— Ela disse para mim, fazendo-me corar mais ainda , se isso era possível.
Ela riu de leve e virou-se para Kusanagi.
— Tem algum tipo de bebida não alcoólica além de água? - Ela perguntou.
Claro. Vou trazer assim que terminar com o pedido de sua amiga.— Ele disse, andando até a outra menina que pareceu se animar.
— Então... como foi a investigação de vocês? Algum progresso?— Ela perguntou.
Não conseguimos nada. Disseram que o cara nem estava matriculado.— Rikio disse.
Puxa, que barco.— Ela disse.
Hã? Você fala gozado as vezes.— Rikio comentou.
— Aprendi com, uma gangue de rua. Eu passei um tempo com eles quando fiquei sem teto.— Ela disse sorrindo.
A-ah! Como assim? Quer dizer... Você não tem pais?— Rikio perguntou.
Não. A única família que tive foi meu mestre e os monges do templo. Depois que meu mestre sumiu, eu comecei a entrar em encrencas e brigas de todos os tipos e os monges tiveram que me expulsar do templo. Eu roubei algumas joias e vendi na loja de penhores e aluguei uma casa. Quando percebi o que fiz, tentei procurar um emprego, mas ninguém queria empregar uma criança de 11 anos. Eu morei nas ruas por um anos. Dois anos atrás, um senhor me deu abrigo e comida e disse que eu podia frequentar as escolas públicas. Então ,pela sua idade, o senhor morreu de infarto no ano seguinte, enquanto eu continuei a estudar. Consegui uma bolsa de estudos e aqui estou eu. Uma pessoa quase mudada.— Ela murmurei de forma que só nós pudéssemos ouvir.
Isso é muito triste querida.— Kusanagi disse.
Então ela começou a rir.
— O que foi? Qual é a graça?— Kusanagi perguntou, confuso e preocupado.
Ela me controlei e sorriu.
Nada realmente. Só que eu vou acabar morrendo por falar demais. - Ela terminou. - Obrigado.— Ela disse, tendo um gole da bebida.
Claro que não vai. - Rikio disse.
As coisas na rua funcionavam assim. - Ela comentou e ele se encolheu, parecendo arrependido.

" Ela passou por muita coisa... Vou colocar o papel na sua bolsa agora. " Eu pensei, inclinando o braço para por a nota.

Izumo? Quanto custa?— Ela perguntou, pronta para pegar a carteira.

" Kuso! Kuso! Kuso! Kuso! " Eu gritei na minha cabeça.

Nada.— Ele respondeu sem olhar para nós.

" Obrigado! " Eu agradeci mentalmente.

Nada? Como assim? Eu vou pagar de qualquer forma.— Ela disse .

" Yatta a!(consegui!) " Eu pensei.

Se fizer isso, eu tranco você e Yata em um quarto.— Ele disse, sorrindo vitorioso como eu e ela coramos em tons absurdos.
Pervertido. - Ela sussurrou, tomando um gole da bebida.
Trocamos conversa fiada até dar 05:22 pm.
Acho melhor eu ir, está escurecendo. - Ela disse, se levantando. - Você vem Evy?— Ela perguntou.
Não.— "Eby" respondeu com mau humor.
Ok. Tchau meninos. -Ela acenou, andando para a porta.
Tchau Mizore. - Nós respondemos juntos.
— Conseguiu?— Kusanagi sussurrou.
Hai.— Eu respondi.
— Muito bom. - Ele disse.

" O que será que estava escrito lá? " Eu pensei, reparando que ela não tinha terminado a bebida.

Eu sorri de leve.

" O quanto ela passou... ela realmente mudou muito. " Eu pensei, me apoiando no balcão.