Justiça: O Pergaminho de Rei

9 - O mais belo homem de Tanzaku


Arco 2 - País da Geada



No surgir do amanhecer, em uma modesta pensão na região nordeste do País da Geada…

As equipes lideradas por Toushirou Hitsugaya Yuki e Silvanna Senju descansaram o bastante para despertarem neste dia com energias renovadas. Conforme o combinado do dia anterior, as duas equipes se unem para levantar a maior quantidade possível de informações nos arredores da pequena pensão em que estão hospedados. Para tal, se dividem da seguinte maneira: Toushirou e Tadashi; Rei e Amaterasu; Silvanna e Akaemi; Haruki e Zaku.

Como era de se esperar, a investigação começa na própria pensão com os ninjas sondando todos os funcionários a respeito de Kamui Yato Uzumaki. Depois, o mesmo ocorre com os hóspedes instalados nas dependências deste local. Em ambas as sondagens, no entanto, nenhuma equipe tem muita sorte… Exceto com uma funcionária específica.

A mesma relata para Toushirou e Tadashi que viu parte da batalha travada entre Kamui e os dois ninjas da Aldeia da Nuvem, dias atrás. Ela ficou pensativa sobre tudo aquilo até se recordar de ter visto o Nukenin do clã Uzumaki tempos atrás. Embora seja incapaz de precisar há quanto tempo isso aconteceu, a mulher afirma que viu Kamui Yato Uzumaki conversando com um homem de pele escura e cabelos supostamente prateados quando visitou a região central do País da Geada. Ao pedir mais detalhes sobre a descrição do tal homem, Toushirou chega à seguinte conclusão:

— Shihou Emiya… – e, enfim, cruza o seu olhar com o silencioso Tadashi dos Apátridas. – O segundo Nukenin mais procurado da Aldeia da Chuva…

Horas e horas de missão chegam ao fim em uma noite na qual todos se sentem bem cansados pela tarefa. Nenhum deles tarda a dormir quando se deslocam para seus respectivos quartos. No dia seguinte, logo ao amanhecer, Silvanna Senju se separa do grande grupo e inicia uma jornada individual rumo à Aldeia da Nuvem. Enquanto os Gennins dela permanecem nas redondezas da pensão, advertidos para se manterem longe de qualquer problema, Toushirou e seus Gennins se deslocam rumo ao centro do País da Geada.

Desse modo, a missão se ramifica em três frontes distintos: Toushirou, Rei, Amaterasu e Tadashi focados em obter informações no submundo do crime na região central; Haruki, Akaemi e Zaku focados em encontrar outros possíveis informantes nas redondezas da pensão; Silvanna, por fim, rumo ao País do Relâmpago para obter reforços.

Durante o trajeto rumo ao centro do País da Geada, os garotos guiados por Toushirou se deparam com diversas casas humildes espalhadas ao longo do território da nação. Pouco a pouco, Rei e seus colegas vão entendendo um pouco do contexto político do país. É implícito para todos que Kamui Yato Uzumaki se aproveitou da situação vulnerável da região para agir nas sombras e inspirar rebeldes. A questão é…

— Eles estão errados…? – questiona Rei, em determinado momento da viagem, atraindo para si os olhares de Amaterasu à direita e Tadashi à esquerda.

— Quem? – Amaterasu busca ter certeza, embora já suspeite do que o colega está falando.

O grupo deixou a velha pensão há mais de uma hora. Toushirou, por sua vez, permanece em silêncio a alguns metros de vantagem dos menores de idade. Rei, por outro lado, completa a própria fala:

— As pessoas que o Kamui está tentando convencer. Bem… Eu sei o quanto a Aliança Shinobi foi e é importante. Mas… – o loiro abaixa o rosto, deixando seu olhar repousar sobre a neve que seus pés desbravam incessantemente. – Nem mesmo isso é capaz de alcançar todo o mundo, de resolver todos os problemas. Essas pessoas… Será que não se sentem abandonadas? Será que estão erradas ao acreditar nas palavras dele…?

— Não estão – afirma Toushirou, de costas para eles, surpreendendo-os com a sua afirmação tão convicta e inesperada. – Nosso mundo não é perfeito. Talvez uma sociedade utópica seja apenas isso… Utopia. Mesmo assim…

Os punhos do espadachim se cerram com rigidez. Rei ergue seu rosto, olha na direção do mais velho, percebe isso e fica ainda mais curioso para ouvir as próximas palavras do seu tutor. Instantes depois, o Jonin da Névoa retoma:

— A visão de mundo de Kamui é radical demais. É claro que pessoas sofrem com as falhas do sistema político vigente, ninguém pode negar. Mas o que deveríamos fazer? Derramar mais sangue? Derrubar aquilo que mantém a ordem e a menor taxa possível de sacrifícios…?

— Eu… – articula o filho de Halibel, engolindo seco. – Gostaria de pensar que é nosso dever alcançar um modelo de sociedade mais justo, mais…

— Vocês se assustam com o fato de que há pessoas com muito pouco nessas casas pequenas? Se assustam com o fato de que nem todos sabem o que comerão no próximo dia… Ou se de fato vão comer? – o líder do clã Yuki os provoca, realmente interessado nas respostas.

Nenhum dos três respondeu. Afinal, qual é a resposta para isso? Existe mesmo uma resposta possível…? Em seus íntimos, é sobre isso que Rei Hoshigaki, Amaterasu Terumi e Tadashi Uzumaki pensam.

— Neste mundo, enquanto algumas pessoas sorriem, outras choram de agonia. Enquanto algumas se fartam de comida, outras contam migalhas para tentar estancar a fome. Enquanto há nascimentos em alguns lugares, também há morte em outros. Todos nós, parte deste mundo, nos perguntamos em algum momento de nossa vida qual o sentido de tudo isso. Por que estamos aqui? Por que certas pessoas precisam sofrer tanto? Sinceramente… Eu não tenho a resposta para absolutamente nada disso… – articula o homem, mantendo uma expressão séria ligeiramente melancólica. – É por isso que o simples fato de existir pode se mostrar uma tarefa difícil, árdua… Temos de viver cada dia de nossas vidas sustentados pelos sacrifícios dos outros. Isso é ser humano…

Desse momento em diante, todos seguem o trajeto no mais absoluto silêncio. Dentro de mais algumas horas, o grupo de Toushirou chega a uma região com casas relativamente mais vistosas e com comércios chamativos em pontos espalhados. Reduzindo a velocidade dos seus passos, o Jonin logo para e se vira na direção dos menores de idade. Por consequência, eles também param.

— Ouçam bem, eis o que iremos fazer – afirma ele, alterando o seu olhar entre cada um dos três.

Com poucas palavras, o líder do clã Yuki explica o que será feito. Todos deverão utilizar a Técnica de Transformação para que possam se passar como civis comuns nas redondezas. Toushirou, por sua vez, se transformará em um suposto bandido para se infiltrar em um velho bar que está vendo ao longe. Os garotos deverão recolher informações dos civis nos arredores do estabelecimento enquanto o Jonin, se passando por alguém do submundo do crime, irá direto na fonte mais rica de informações.

Logo… Toushirou está transformado em um homem branco, alto, corpulento e de vestes escuras e os Gennins em três jovens de pele parda muito parecidos entre si. Dessa forma, o trio facilmente convence qualquer um em um primeiro olhar de que são apenas irmãos viajantes. É assim que a operação na região central do País da Geada tem início…

…/–/–/…

Algum tempo depois, no interior “secreto” do estabelecimento…

Trata-se de um gigantesco salão vermelho com muitas mesas, cadeiras, estilo e alternativas de bebidas. Os adereços denotam luxo, os funcionários se vestem bem e até mesmo os mais humildes dos clientes possuem seus pertences. Nesta área, caminhando sem o interesse de chamar atenção desnecessária, o transformado Toushirou segue rumo ao balcão de bebidas ao norte do salão.

— O que vai querer? – pergunta o atendente, limpando um copo enquanto olha na direção do “transformado”.

— Qualquer coisa bem forte – afirma, observando seus arredores com certa atenção.

Ele percebe que todas as pessoas presentes são homens de 30 a 50 anos, aproximadamente. Há uma presença considerável de indivíduos, mas curiosamente todos estão olhando para um pequeno palco à direita de Toushirou. Antes que o mesmo pergunte sobre isso, o atendente percebe sua curiosidade e responde:

— Você não sabe? É dia de apresentação.

— Apresentação…? – corresponde Toushirou, focando seus falsos olhos escuros nos verdadeiros olhos acinzentados do atendente. – De quem?

— Adoniz Cavillare, a sensação da cidade de Tanzaku – explica, dando-lhe as costas para servi-lo com “a bebida mais forte da casa”.

Toushirou é servido com um copo cheio. Em seguida, as luzes do ambiente se enfraquecem ao mesmo tempo em que os holofotes do modesto palco se intensificam. É nesse momento que o Jonin da Névoa, mantendo o seu disfarce, percebe uma espécie de barra de aço conectada do piso do palco até o teto do local. Arqueando a sobrancelha direita, ele se pergunta internamente a respeito do que diabos está para acontecer…

— Saudações… – articula uma voz masculina, vindo de trás das cortinas.

Os espectadores, embora pareçam de índole duvidosa, se exaltam em animação por ouvirem a voz de quem estão esperando. As palmas são acompanhadas por berros que alegam diversos elogios voluptuosos ao sujeito que sequer apareceu. Tudo isso instiga ainda mais a curiosidade de Toushirou.

As cortinas se abrem e revelam o homem conhecido como a mais bela figura da cidade de Tanzaku, no País do Fogo. Adoniz Cavillare está vestindo trajes de enfermeiro ninja, surpreendendo apenas Toushirou porque todos os demais presentes já sabiam o que estava para acontecer. Os cabelos do sujeito estão bem alinhados em um topete que apenas adorna a sua já fascinante presença.

— Não pode ser o que estou pensando… – imagina o Jonin da Névoa, com dificuldades para disfarçar a sua expressão de incredulidade.

No entanto, é o que ele está pensando. Nos próximos minutos, Adoniz se apresenta em uma exibição adulta, retirando pouco a pouco as suas peças. No decorrer da sua apresentação de dança e acrobacias com o apoio da barra de metal, ele fica cada vez mais despido. Suas peças de roupa vão sendo atiradas para a plateia até que a última delas – a calça branca – é atirada no rosto de Toushirou, enfurecendo-o. Por outro lado, ele suspira fundo, tenta passar despercebido e apenas tira a roupa do seu rosto com um rápido movimento da mão direita.

— Olha onde eu fui me meter… – pensa enquanto observa o tal Adoniz dançando seminu para os seus inestimáveis fãs.

É quando uma certa ideia brota em seus pensamentos. Se tantos criminosos pequenos e provavelmente até médios o conhecem e o idolatram, Adoniz certamente está bem integrado a esse “submundo”. Melhor do que sondar um por um desses homens… É ir direto na melhor fonte, aquele que certamente sabe um pouco sobre cada um dos presentes, assim como de várias outras pessoas por aí. Forçando a sua memória, o Jonin logo se lembra de que já ouviu falar de ninjas independentes que atuam com certa presença em países com aldeias ninjas pequenas. Este é o caso do País da Geada…

— Apesar de tudo, talvez seja mesmo uma excelente oportunidade… – Toushirou mentaliza, suspirando brevemente conforme o show de Adoniz segue a todo vapor.

Após mais alguns minutos de apresentação, o ninja independente e mestre dos espetáculos desce do palco e caminha em direção à bancada. O pequeno show chegou ao fim e, aparentemente, ele está disposto a tomar alguma coisa. Porém, as verdadeiras intenções de Adoniz são outras…

— Consigo enxergar através desse seu disfarce, garoto prodígio do clã Yuki… – ele pensa, alvejando o “transformado” com um olhar fixo enquanto Toushirou nem mesmo percebe por estar focado em beber um pouco. – Fiz muito bem mesmo em esperar o ratinho vir atrás do queijo…

Logo, Adoniz se senta ao lado direito do seu alvo. Toushirou já esperava por isso e se manifesta assim que a pele do quase totalmente despido homem toca a madeira do banco:

— Bela apresentação.

— Obrigado – articula o sorridente ninja independente. – Nunca o vi por aqui. De onde você é?

— Do País do Relâmpago. Estou de passagem – afirma o “transformado”, tomando um último gole da bebida em seu copo.

Já ciente do que Adoniz bebe, o atendente o serve com “o de sempre”. Agradecendo brevemente, o ninja independe foca o seu olhar em Toushirou logo na sequência. Imediatamente, percebe um certo volume no dorso do seu observado.

— Como eu imaginei, ele está usando essas roupas longas na transformação para deixar a espada em suas costas escondida – pensa, atento por dentro, mas sorridente e despreocupado por fora. – Afinal de contas, uma espada como aquela não passa despercebida… Enfim… É hora de começar o verdadeiro show.

Um homem aleatório dá um berro razoavelmente perto dos dois, chamando para si toda a atenção de Toushirou. É neste momento em que ele olha para o bêbado que Adoniz ativa um rápido selo manual, despistando bem logo depois. Tudo dura meros instantes, pois o Jonin da Névoa imediatamente redireciona o próprio olhar para o copo vazio.

— Não vai beber mais? – pergunta o ninja independente na companhia do mais velho.

— Não, eu… – quando seus olhos cruzam com os de Adoniz, Toushirou parece congelar.

Pela primeira vez, o disfarçado líder do clã Yuki repara em toda a beleza e charme do homem tão próximo diante de si. Seu coração parece bater razoavelmente mais rápido enquanto suas “falsas pupilas” se dilatam em seus olhos arregalados. Em seu âmago, Toushirou tenta entender o que está acontecendo, pois a hipótese que lhe cerca é absurda. Afinal, como alguém como ele poderia simplesmente estar tentado pelos atributos e presença de um homem qualquer? Não importa o quão charmoso, atraente ou singular, Adoniz deve ser visto apenas como uma fonte de informações… Em tese, ao menos.

Embora relutante, para obter as informações que precisa, Toushirou se vê no dever de acompanhá-lo na bebida. Assim como Adoniz lhe oferece determinadas respostas sobre as questões do Jonin disfarçado, o inverso também ocorre. O porém é: quais as verdades e quais as mentiras nesse diálogo de pura encenação?

Logo, os minutos avançam e Toushirou se vê cada vez mais imerso na “magia” ao redor do ninja independente. Há uma força atrativa quase irresistível, como se fosse impossível não manter o olhar fixo sobre a belíssima face do mestre de espetáculos. Sorrindo por fora de forma afetuosa, mas ardilosa por dentro, Adoniz se vê cada vez mais próximo do seu objetivo. Afinal de contas, o roedor já está preso na ratoeira…

…/–/–/…

Quase uma hora depois, nos arredores do estabelecimento…

— Ai, chega. Já procuramos o suficiente… – articula Rei, ainda transformado, sentando em um banco próximo ao bar onde Toushirou está.

— Concordo – diz Amaterasu, se sentando ao lado direito do loiro.

Em silêncio e transformado como ambos os colegas, Tadashi se acomoda ao lado esquerdo de Rei. Por momentos, o trio reflete sobre tudo o que ouviram até então. Poucas informações lhes foram úteis, mas um morador ou outro admitiu já ter visto o tal homem por aí. Alguns demonstraram receio demais para falar e afastaram os três. A conclusão possível é que, de fato, Kamui esteve agindo de alguma maneira no País da Geada. Por outro lado, ainda é difícil pensar para além disso.

— Ei, gente… – Rei se manifesta novamente ao avistar uma pessoa de trajes brancos, parecendo um funcionário de hospital ninja, carregando uma espada para fora do bar.

Os colegas do loiro imediatamente olham na mesma direção. Sem dificuldades, avistam Adoniz Cavillare, que ainda não conhecem, carregando o que claramente é a Espada Lendária utilizada por Toushirou Hitsugaya Yuki. Sem demora, o trio chega à evidente possibilidade: o Jonin líder da equipe está sendo roubado!

— Aquele patife está roubando o professor Toushirou! – exclama Amaterasu, se levantando do banco.

Caminhando para uma direção diferente, Adoniz olha para eles por um breve instante após ouvir a manifestação da garota. É nesse momento em que o mais velho fixa a espada sob a faixa vermelha presa em sua cintura e começa a correr, disposto a se afastar daqui o quanto antes. Sem precisar dizer mais nada, cada um dos três Gennins começam a correr para acompanhá-lo enquanto desativam a Técnica de Transformação.

— Quem será esse maldito!? – pergunta a garota do trio.

— Não sei, mas ele é rápido – observa Rei, acompanhando-a com facilidade, mas percebendo que o alvo que estão perseguindo está gradativamente adquirindo vantagem em distância.

Tadashi Uzumaki, por sua vez, quase entrefecha os seus olhos em atenção ao perseguido. Estudando a capacidade de locomoção do desconhecido, ele suspira e imediatamente dispara em uma velocidade superior à dos seus aliados. Tanto Rei quanto Amaterasu se surpreendem com isso, mas não se manifestam.

Ao longe, olhando vez ou outra para trás, Adoniz se dá conta de que o ruivo está conseguindo reduzir a distância entre eles a cada novo segundo. Sorrindo, o “afanador de espadas” parece se divertir com o empenho do sujeito desconhecido.

— Não sei quem é esse moleque, mas parece ser muito bom para correr – imagina, voltando a olhar para a frente.

O ambiente possui alguns estabelecimentos e moradias nos arredores, além de árvores relativamente cobertas por neve. Desviando de alguns obstáculos pelo caminho, como rochas e plantas aos seus próprios modos, Adoniz e Tadashi seguem correndo enquanto Rei e Amaterasu se esforçam para pelo menos não perdê-los de vista. Em poucos instantes, Tadashi já está tão próximo do seu alvo que…

— Estilo Fogo… – mentaliza Adoniz, ativando três selos manuais de maneira discreta, parando de correr do nada e se virando contra seu perseguidor. – Pilha Ardente de Cinzas!

Tadashi se surpreende, parando de correr também. Adoniz exala da boca uma grande quantidade de pólvora como uma cortina de fumaça de grande alcance no campo de batalha. Como a pólvora é composta inteiramente de cinzas, se espalha no ar com facilidade ao redor de Tadashi. Em instantes, forma-se uma nuvem de fumaça razoavelmente densa, mas o ruivo tenta fazer os seus próprios movimentos. O Gennin dos Apátridas magnetiza seis kunais com o toque da mão direita, pega três delas com a mão esquerda e gira sobre o seu próprio eixo, atirando cada projétil para uma direção distinta.

— Tadashi! Em cima! – exclama Rei, correndo ao lado de Amaterasu para tentar se aproximar, percebendo que o inimigo saltou para cima da nuvem de cinzas, passando longe de todos os projéteis atirados pelo garoto ruivo.

— Tarde demais – articula o mais velho ativando selos manuais, inspirando e mentalizando: – Estilo Fogo: Técnica da Grande Chama!

Ele amassa o chakra em seu estômago e expele uma onda de fogo que se alarga como um lança-chamas na direção de Tadashi. O alcance do fluxo de chamas se expande progressivamente até a técnica entrar em contato com a nuvem de cinzas ao redor do Gennin. Quando isso acontece, uma tremenda e impressionante explosão ocorre em grande escala no campo de batalha, espalhando neve e cinzas por todos os lados… Enquanto Rei e Amaterasu observam a tudo incapazes de fazer qualquer coisa a respeito…