Corri o mais rápido possível para dentro do enorme cativeiro, fui acompanhado pela policia, passava pelos cativeiros onde tinha varias pessoas presas, mas eu não abi pra elas, a policia fria isso, só procurava por Giane, cheguei no ultimo cativeiro que tinha ali, sabia que era o Del pois era o único que a janela dava para fora, mas... a porta já estava aberta e...parei de correr caminhando lentamente para a porta, com medo do que eu iria ver, com medo de ela não estar mais ali, mas preferia que fosse assim, preferia ter entrado ali e não a encontrar, do que entrar e ver o que vi. Giane estava caída no chão, ensanguentada e com os olhos ainda abertos, ela estava cm a mão na lateral de sua barriga, um pouco a baixo da costela, e parecei ser dali que saia todo o sangue.

-GIANE!

Corri desesperado até ela, caindo ajoelhado ao seu La.

-Meu Deus, o que aconteceu? Giane olha pra mim, olha, eu to aqui, cheguei, por favor não morra, por favor, por favor.

Repetia enquanto as lagrimas rolavam pelos meus olhos sem eu tentar impedir.

-Fabinho...

Ela sussurrou tão baixinho e fraco que eu quase não ouvi. Peguei em sua mão gelada.

-Tudo bem, você vai ficar bem ta, vai ficar tudo bem, você não vai morrer, eu não vou deixar.

Os policiais entraram no local, anunciando que a ambulância estava chegando.

-Vai ficar tudo bem.

Eu disse.

Os paramédicos chegaram e logo estávamos na ambulância a caminho do hospital, segurava a mão dela enquanto os médicos estava tentando amenizar o sangramento.

-Fabinho...

Ela tentou dizer.

-Xi... não fala, vai ficar tudo bem.

Disse, mexendo em seus cabelos tentado acalma-la.

Ela parecia respirar com dificuldade. Seus olhos começaram a pesar lentamente, percebi que ela iria perder a consciência.

-Giane! Giane, aguenta ai por favor, não pode me deixar, aguenta ia.

Finalmente chegamos no hospital, Giane já tinha desmaiado e eu estava completamente desesperado, eles me separaram de Giane, fazendo eu esperar na sala de espera. Corri até o telefone e disquei os números de Malu, eu poderia ligar para Silvério, mas eu não saberia dizer que a filha dele tinha levado um tiro e agora estava no hospital.

“Fabinho!”

Malu atendeu ao telefone já torcendo para ser eu.

“-Sou eu.”

“-Meu...meu celular estava com pouca bateria.’

“-Você...esta chorando? Pelo amor de Deus Fabinho o que aconteceu?”

Novamente eu pude ouvir vozes ao lado dela querendo informações.

“-Malu... eu encontrei a Giane novamente, ela estava em um cativeiro com varias outras pessoas presas, e...”

O medo caiu mais forte sobre mim e não consegui terminar de falar.

“-E o que Fabinho?”

“-Giane levou um tiro e eu estou aqui no hospital esperando por noticias.”

“-O QUE? Fabinho, mas... Ela vai ficar bem?”

“-Não sei Malu, estou esperando, me deixaram aqui e... você pode avisar Silvério e o resto do pessoal?”

“-Claro claro, estamos indo pra ai e...vou ligar de novo daqui a pouco para saber de mais noticias.”

“-Ta bom.”

Desliguei o telefone e voltei pra sala de espera.

FGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFG

Horas Já haviam se passado, Giane estava fazendo cirurgia para retirar a bala e estávamos todos esperando, metade da casa verde estava ali, e meus pais, Malu, e os jornalistas que tentavam entrar.

-Oi.

Todos nós olhamos para ver quem era e ali estava Amora e Bento, Amora tinha apenas alguns arranhões, os médicos já tinham a avaliado.

-Como ela esta?

Bento perguntou.

-Fazendo cirurgia para retirar a bala.

Disse Plínio.

-Da pra nos explicar o que aconteceu todo esse tempo?

Perguntei a Amora.

-Eu... não tenho muito o que contar, fiquei pouco tempo presa, mas... vou contar pelo tempo que estive lá.

Ela contou, falou falou e falou, tudo nos mínimos detalhes, a policia chegou La e ela cotou e contou para eles também. Não tudo, mais tarde ela iria a delegacia dar seu depoimento, e Giane também, quando saísse do hospital.

-Com licença, senhor Fábio Campana responsável por Giane de Sousa.

O médico chamou.

-Sou eu!

Todos nós cercamos o médico.

-Como ela esta?

Silvério perguntou antes de mim.

-A cirurgia foi um sucesso, ela esta no quarto ainda inconsciente por causa da neste zia.

-Podemos vê-la?

Perguntei.

-Podem,mas não todo mundo, vão aos poucos, ela precisa descansar

FGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFG

Todos já tinham ido embora, estava tarde e eu e Silvério estávamos no quarto de Giane para passar a noite ao seu lado. Silvério tinha aparentemente finalmente conseguido dormir, mas eu não conseguia, toda vez que fechava os olhos imaginava Giane acordando e eu dormindo.

Mas depois de um tempo o sono e o cansaço me venceram e acabei cochilando.

FGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFGFG

Abri os olhos lentamente percebendo a pouca claridade no local, pisquei algumas vezes e lentamente comecei a me lembrar de todo o ocorrido, fui verificar o ferimento mas percebi que estava enfaixado e que eu estava deitada em uma cama de hospital, a minha frente meu pai ressonava calmo, e ao meu lado tinha Fabinho que parecia cochilar, olheiras e uma expressão preocupada, me mexi na cama tentando não acorda-lo, já que ele segurava minha mão, senti um pouco de dor com o movimento e tomei mais cuidado, mas parece que consegui acordar Fabinho.

Ele se sobressaltou e me olhou aliviado.

-Você acordou, graças a Deus.

-Acordei com você roncando, metade do hospital deve ter acordado.

Brinquei.

-Exagerada, eu não ronco, e se roncasse seu pai também teria acordado.

-HÁ, você ronca por você e ele ronca pelos dois, estavam competindo pra ver quem ronca mais.

Ele riu.

-Pivete. Você...esta bem?

-Estou, dói um pouco quando me mecho, mas estou bem.

-Vou acordar seu pai e chamar a enfermeira.

Ela assentiu e se ajeitou novamente sobre os travesseiros.