Just a Dream

Tell me the truth


– Galera, eu tive uma ótima ideia.

~ No dia seguinte ~

Leonard estava preparando o café da manhã no balcão da cozinha. Quando vê o amigo saindo do corredor do quarto, já pronto para o trabalho.

– Bom dia! – cumprimentou Leonard.

– É... – disse Sheldon meio cabisbaixo e sentando-se no banquinho.

– Se anime, amigão! – disse Leonard, tentando levantar o humor do amigo.

Em seguida, ele ofereceu um prato com duas torradas e um copo com achocolatado Yoo-hoo.

– É apenas um mês. – complementou Leonard.

– Apenas?! – exclamou Sheldon indignado. – São 31 dias, sem poder ir à Universidade para desenvolver sobre o meu trabalho sobre a matéria negra.

– Apenas coma e vamos logo ao trabalho, que o grupo terá boas notícias para te dar.

Então, assim que terminaram de comer, saíram do apartamento e entraram no carro.

– Você disse “boas notícias” ? – perguntou Sheldon ao colocar o cinto de segurança.

– Sim. Porém, prometemos que só lhe contaríamos quando todos estivessem juntos. – respondeu Leonard, ligando o carro.

~ No refeitório da Universidade ~

Raj e Howard já estavam sentados na mesa habitual. Enquanto, eles comiam, Sheldon e Leonard se aproximaram da mesa e sentaram-se começando um diálogo.

– Ei, o plano ainda está de pé? – perguntou Leonard aos dois da mesa.

– Pode ter certeza que sim. – Howard disse confiante, em seguida ele e Raj se entre olharam concordando com algo.

– Que plano? – perguntou Sheldon confuso.

– Deu certo para vocês? – Leonard perguntou, ignorando a pergunta de seu amigo.

– Deu certo para nós, pois disseram que por ser fim de ano não haveria problemas. – respondeu Raj.

– Deu certo o quê? Não vai haver problema, por quê? – perguntou Sheldon ficando cada vez mais confuso.

– Não vai haver problema, porque é fim de ano. – Raj voltou a explicar.

– O quê? Como assim? Do quê estão falando? – Sheldon indaga querendo saber o verdadeiro motivo da conversa.

– Relaxa, Sheldon. – disse Howard.

– Eu te disse que contaria quando todos estivessem juntos. – comentou Leonard.

– E quando vai ser isso? – perguntou Sheldon indignado.

– Hoje à noite iremos nos reunir no jantar. – respondeu Leonard, enfiando o garfo em uma rodela de cenoura.

Então, Sheldon inconformado por não saber do que se tratava o assunto e sem ter paciência para esperar até o jantar. Quando terminou o almoço se direcionou a única pessoa que ele poderia adquirir as informações que desejava. Amy.

~ No laboratório da Amy ~

Amy estava sentada em uma cadeira olhando através do microscópio, analisando as reações de um cérebro de um rato.

Logo, a porta estava aberta e Sheldon apareceu com uma sacola na mão.

*Toc Toc Toc*

– Amy.

*Toc Toc Toc*

– Amy.

Sheldon continuou batendo e chamando, mesmo que a porta estivesse aberta e ela tenha olhado para ele desde a primeira batida.

*Toc Toc Toc*

– Amy.

– Entre, Sheldon. – ela disse, dando um leve sorriso.

Em seguida, ele se aproximou em passos lentos e sutis que demonstrava querer algo, como se fosse um gato em direção da sua presa.

– Não vi você no refeitório na hora do almoço. Então, presumo que não tenha comido, e trouxe algo para você almoçar. – disse Sheldon, colocando a sacola na mesa que Amy está sentada.

– Muito obrigada, Sheldon. – disse Amy, que estava agora olhando para o namorado. – Fiquei tão envolvida em minha nova pesquisa que perdi a hora.

Amy se levanta da cadeira, se posiciona ao lado de Sheldon e em seguida olhando o conteúdo dentro da sacola.

E, nesse meio tempo, Sheldon aproveitou o momento para saber o que queria.

– Sério? E sobre o que se trata sua nova pesquisa? – ele perguntou, tentando parecer interessado.

– É sobre como as células do cérebro gera mudanças de humor, hábitos e comportamentos, quando está em processo de reprodução. – ela disse sem levantar a vista da sacola. – Por enquanto, estou vendo em ratos.

– E, por falar em ratos, os nossos amigos estão escondendo algo e que não querem me contar. – ele comentou.

Ao levantar rapidamente a cabeça, Amy estava com as sobrancelhas franzidas e fazia uma expressão confusa para o namorado.

– O quê que ratos têm haver com os nossos amigos? – perguntou Amy.

– Este não é o ponto! – exclamou Sheldon.

– Com certeza, não. Até, porque não é sobre ratos que se tratava o assunto. – Amy disse, e em seguida, voltando a olhar dentro da sacola.

– Amy! – protestou Sheldon.

– Ok, desculpa! – disse Amy, apenas olhando de relance para ele sem desviar atenção da sacola.

Ainda determinado a saber do que seus amigos falavam, Sheldon decidiu ser mais convincente no jeito como falava.

Então, ele se aproximou sutilmente por trás de Amy. Chegando perto o suficiente para se curvar lentamente sem que ela percebesse aos ouvidos dela e sussurrar:

– Você, por acaso, está escondendo algo de mim, my Dear?

Ele estava tão perto, que Amy sentia a respiração dele acariciar seus ouvidos, e em suas costas sentia o calor do corpo de Sheldon. Ah! O tão desejado calor... E, tão perto.

Quando ela o ouviu sussurrando, imediatamente seu coração acelerou, sentindo arrepios pelo corpo e suas pernas ficarem bambas. Logo, começou a ficar ofegante, e em seguida, mordeu o lábio inferior em um louco desejo, pensando:

Hooo.

– Escondendo algo? – perguntou Amy entre uma respiração e outra. – Eu não sei do que está falando.

Mas, na verdade ela sabia. E, Sheldon sabia que ela estava mentindo.

– Amy... – disse baixinho, e ela estremeceu. – Me diga a verdade.

Ela não conseguia mais se segurar, e confessou rapidamente:

– O grupo está planejando uma longa viagem.

Logo, Sheldon se afasta e se posiciona ao lado dela, podendo olhar em seus olhos.

– Longa? Quão longa? – perguntou Sheldon.

– O mês de dezembro inteiro. – Amy disse, soltando um leve suspiro.

– E, por que ninguém me contou? – voltou a indagar.

– Porque queríamos te contar quando todos estivessem juntos. – ela respondeu, desviando o olhar. – E temíamos a sua reação.

Então, ao notar que ela desviou o olhar, ele lentamente dá dois passos para trás e vira o rosto.

– Ok... – ele disse, em seguida, virando as costas e indo em direção da porta.

– Sheldon! – chamou Amy, mas já era tarde demais.