Just a Dream

Forgiving is not forgetting


– Vamos?

– Sim, vamos. Você também irá com a gente. – respondeu Leonard, dando um largo sorriso.

– Não me lembro de ter concordado em ir nessa viagem. – disse Sheldon, tentando entender onde seus amigos queriam chegar. – E, olha que eu tenho memória eidética.

– Qual é, Sheldon. – disse Penny, dando de ombros. – Que mal pode haver?

– Ela está certa. – enfatizou Bernadette. – Por que não? Você já está de férias mesmo.

– Partiremos na segunda. – disse Leonard, em resposta da primeira pergunta do amigo.

– Já temos tudo organizado para as viagens. – Amy sussurrou timidamente.

Sheldon não sabia com o quê ficava mais frustrado, se era por ele não ter vontade própria na decisão da viagem ou por terem escondido e armado tudo pelas suas costas.

– Como assim “as viagens”? – perguntou Sheldon, começando a alterar o tom de voz.

O grupo se calou ao notar que ele estava começando a ficar alterado, e em seguida, desviaram os olhares.

*Cof Cof Cof* (tossida)

Leonard tosse expressando um olhar para Amy de: conte a ele. E ela ao captar a mensagem, falou:

– Não viajaremos para apenas um lugar, Sheldon.

Logo, ele olha para ela sentindo que a mágoa e raiva estavam voltando, mas não apenas dela e sim de todos naquela sala.

– Iremos nos hospedar em uma casa na primeira cidade. – disse Howard, agora olhando para Sheldon.

– Na verdade, são duas casas. Se for contar com a casa na praia. – comentou Penny sutilmente.

– Mas, pelo menos podemos contar com a ajuda da amiga de Emily, na primeira cidade. – complementou Bernadette.

– E, ainda poderei levar Cinnamon comigo! – exclamou Raj sorridente, como se fosse a melhor coisa da viagem.

Era muita informação de uma vez só para processar, e Sheldon se sentia cada vez mais frustrado, porém sabia que se eles esconderam isso tudo dele, poderiam estar escondendo muito mais.

– Esperem aí! – exclamou Sheldon, levantando-se abruptamente do sofá. – Quer dizer que, vocês planejaram passar o mês de Dezembro inteiro viajando como hippies, para não apenas um lugar, mas sim para vários. Sendo que, um deles será em uma casa de praia, e ainda levar um bicho extremamente perigoso junto. Isso tudo e por cima, quererem me levar contra a minha vontade?

Todos olhavam para o seu amigo exaltado, com olhares bem singelos como se fossem crianças inocentes, e em seguida, Howard balançou a cabeça confirmando, dizendo:

– É isso aí!

Logo, Sheldon arqueou as sobrancelhas e esclareceu o seu lado:

– Pois, fiquem sabendo que eu não irei nessa viagem!

Dito isso, ele saiu da sala em disparada, indo em direção do corredor de seu quarto.

– Sheldon! – Amy chamou, e em seguida, o seguiu.

Com a saída dos dois no cenário, os amigos ficaram em silêncio por um momento, pois a reação dele foi além do que esperavam. Até quando, Raj declarou:

– Cinnamon não é perigosa. Porque uma dama não deve se exaltar.

E, todos os olhares voltaram para o amigo indiano e a sua paixão pela cadela.

~ No corredor ~

Sheldon estava chegando perto da porta de seu quarto, e quando ele pôs a mão na maçaneta, ouviu uma voz atrás de si, dizer:

– Sheldon, espere!

Então, ele virou-se para a voz, e viu que pertencia a sua morena.

– O que foi, Amy? – ele questionou, encarando-a em seus olhos esmeralda. – Será que ainda há mais alguma coisa que não sei?

Ela suspirou de cansaço com aquelas palavras, sem notar que seria o inicio para uma discussão.

– Por que protesta tanto sobre uma viagem, Sheldon? – argumentou Amy. – Isso poderia lhe ajudar com suas ideias.

– Como que ir a uma casa de praia pode me ajudar com a matéria negra? – ele perguntou diretamente.

– Não sei, mas as melhores ideias vêm quando menos se espera. – ela tentava convencê-lo. – E, a viagem seria quando menos esperaria.

– Hum... – murmurou Sheldon pensativo, mas voltou a argumentar. – E, como você acha que conseguirei viajar com um bicho assustadoramente feroz? Você sabe que tenho medo de cachorros.

– Eu darei um jeito. Pedirei ao Raj que mantenha a Cinnamon longe de você. – respondeu Amy.

– Eu não confio em um bicho que pode a qualquer momento pular em mim, e cravar suas presas em meu pescoço. – ele disse, voltando a alterar o tom de voz.

– Faremos o possível para que ela não lhe morda. – ela disse, sentindo que não acabaria bem.

E, na verdade o que Amy sentiu estava correto, pois foi quando ela viu que Sheldon já não iria mais lhe escutar, mostrando o lado egocêntrico dele.

– Isso não se trata de uma casa na praia, ou de uma criatura que irá me matar com suas presas sedentas de sangue. – Sheldon esclarecia. – E, sim sobre planejarem tudo isso sem meu consentimento e ainda decidirem algo por mim contra minha própria vontade.

Foi quando Amy voltou a se sentir culpada por não ter contado tudo logo de uma vez para Sheldon.

– Sheldon, nós sabemos que foi errado. – ela se defendeu.

Mas a ira e mágoa dele já haviam excedido um pouco os limites.

– Então, só agora sabem que foi errado, não só eles como você também, esconder tudo de mim? – indagou Sheldon fortemente.

– Mas, eu já pedi desculpas! – argumentou Amy, correspondendo no mesmo tom.

Então, Sheldon abre a porta de seu quarto, e ao entrar, apenas se vira, e em um ato de fúria, diz:

– Eu posso ter perdoado, mas não esquecido!

E, assim ele bate a porta, encerrando a discussão.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.