Eu era uma típica garota de 16 anos, só que havia um problema eu estava num período de turbulência em minha vida, bom é melhor eu explicar...

Eu estava sentada na minha janela apreciando a bela vista, dava pra ver o cristo redentor da minha janela, era uma noite fresquinha eu escutava minha musica preferida em meu mp3 quando a minha mãe me mandou ir deitar:

-Donna, querida amanhã você viajará cedo e o vôo será cansativo então já pra cama garotinha! – Ela apertou minha barriga, bem na onde eu tinha cócegas eu fiz nela também ficamos um tempo rindo até que ela ficou séria e olhou em meus olhos, seu olhar estava muito fixo no meu e aquilo não era normal, ela ajeitou uma mexa do meu cabelo que estava no meu rosto e disse:

-Filha, eu sei que não fui a melhor mãe, mas eu tentei ser e eu vou sentir muita falta de você querida, eu realmente espero que seja feliz lá em Nova York com seu pai. – escorriam lagrimas pelos olhos dela, eu odiava ver minha mãe assim, mas também odiava meu padrasto e minhas novas irmãs, bem eles eram pessoas legais mais eu não sabia como dividir minha mãe então decidi que seria mais fácil ir para NY morar com meu pai, eu tentei acalmar minha mãe:

-Mãe, vai ficar tudo bem, eu... – ela não me deixou terminar, me abraçou e sussurrou:

-Donna eu te amo mais do que você pensa tenha certeza disso, durma bem. – ela beijou minha testa e saiu eu fui me deitar achando que ia ser mais uma noite só mais uma noite mais não era bem assim, nesta noite eu tive um sonho muito estranho eu estava no mar embaixo da água, e havia uma criança lá ela tinha cabelo castanhos pelo que dava de ver, tinha olhos verdes, um verde que eu jamais tinha visto, um verde perolado era o verde mais bonito que eu já conheci, ele estava com uma camisa branca revelando sua pele era branca era realmente uma criança muito linda, ele estendeu uma de suas mãos para mim eu me sentia ofuscada com toda sua beleza e eu estava apenas com uma camisola de cetim negra como uma noite sem lua, eu estendi minha mão mais já era tarde demais ele havia sumido e eu estava completamente perdida sem a luz emitida pelo brilho de seu sorriso encantador naquele oceano escuro e profundo a única coisa que percebi era que eu estava afundando, mais e mais quando serrei meus olhos sentindo que já não valia apena lutar contra a imensidão de água gelada que envolvia minha pele, minha meia-irmã Luzi me acordou:

-Donna tia Sarah mandou você levantar agora! – ela berrou no meu ouvido, quem aquela pirralha pensa que é pra me acordar aos berros? Que abusada! Pelo menos não eram como Susie e Samanta que chamavam minha mãe de MAMÃE ai já era de mais pra mim, era por isso que eu estava indo, se eu não fosse logo ia acabar degolando elas!

Levantei-me olhei para meu quarto soltei um bocejo e fui direto para a janela ia ser uma das ultimas vezes que eu iria poder desfrutar daquilo, meu padrasto entrou no quarto e me mandou tomar banho, eu obedeci entrei em meu chuveiro quente, e tomei um banho longo, sai do banheiro peguei meus jeans Levis e minha regata branca, para finalizar coloquei um colete de couro preto, fazia o maior sol então fiquei em duvida entre meus sapatos da Carmen Stéfens, ou minhas botas da Salvadore Ferragamo, coloquei as botas já que mamãe me disse que lá era inverno e tudo mais, por isso minha mãe me mandoueu colocar uma calça por baixo da minha jeans que já era super quente e me mandou levar na mão uns três casacos, peguei minhas malas olhei uma ultima vez para meu quarto e fui para a porta do apartamento, todos estavam lá Susie disse:

-Faça uma boa viajem, e não volte tão cedo baranga! – ela adorava me provocar, e estava adorando o fato de eu ter de ir embora, assim eu não era mais uma ameaça pra ele e seu grupinho de populares na escola, eu sem dó nem piedade retruquei:

-Volto quando eu quiser, porque sou mais bem-vinda do que você aqui, claro qualquer um é mais bem-vindo do que uma cobra, ah, e a propósito diz pras suas najas Junior que eu já providenciei outra concorrência pra vocês! Diz também que quando eu voltar aqui espero que vocês estejam mortas! – ela ficou quieta e abaixou a cabeça quando abriu a boca pra falar, Samanta, a que eu mais gostava apesar de chamar minha mãe de mamãe disse:

-Donna, eu vou sentir muita sua falta, minha irmãzinha! – okey, eu sei que ela tentou ser legal mais “irmãzinha” ai ela pego pesado! É claro que eu não disse isso pra ela eu só murmurei um também e a abracei. Luzi falou tchau e pediu um presente de NY, eu disse claro! E me abaixei para abraçá-la agora chegara o momento mais difícil: despedir-me da minha mãe... Já que meu padrasto ainda me levaria ao aeroporto, você deve estar se perguntando por que não é minha mãe que vai me levar não é? Bem eu pedi para ela não ir, acho que a machucaria mais me ver entrando naquele avião, minha mãe olhou pra mim, eu esperei ela dizer algo mais não disse, nós ficamos lá paradas por uns minutos, então eu disse:

-Mamãe, eu vou sentir muita falta tua, prometo que sempre que der eu venho te visitar eu te amo muito ta bom? –As lagrimas que estavam presas nos olhos de minha mãe escorreram por seu belo rosto, ta que minha mãe era uma coroa mais ainda dava um caldo! Ela passou a mão em minha bochecha e disse:

-Filha, eu ainda não entendo porque você tomou essa decisão, e o que me dói não é o fato de você ir morar com seu pai, porque se é isso que você quer pra mim tudo bem, mas o fato de ter de ver minha filha minha única garotinha ir embora, eu te esperarei ansiosa todas as férias minha querida, Donna a mamãe te ama muito, mas do que você pode perceber! –Depois que mamãe disse tudo isso, lagrimas, lagrimas de verdade escorreram por meu rosto, isso era incomum porque era meio difícil eu chorar, vocês vão me achar super cruel por isso, mas nem no enterro da minha tia Marielly eu chorei, todo mundo esgotando as lagrimas e as minhas não desciam, quando minha mãe percebeu me abraçou e sussurrou:

-Voe com deus e espalhe seu doce, abelhinha! –Abelhinha era um apelido que minha mãe tinha me dado quando eu era novinha, porque eu não largava os doces, se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria àquela época que minha família era junta, foi a melhor época de minha vida, eu e mamãe passamos algum tempo chorando abraçadas até que o meu padrasto interrompeu e disse:

- Vamos você não pode se atrasar! –Eu queria ter dado uma bofetada na cara dele ainda faltava 1 hora para o prazo de chegada no aeroporto, ta que tinha transito e tal, mas eu tinha ouvido no noticiário da teve que ficará ligada durante a despedida que o transito estava calmo hoje, minha mãe me soltou fez aquele típico gesto de adeus, e eu me virei para a rua, vi aqueles carros passando, e me passou uma coisa pela cabeça que ainda não tinha passado, quando eu veria a beleza do Rio de Janeiro de novo? Isso me assustou, mas não o bastante para me fazer desistir, me aproximei do sedan de meu padrasto, e quando ia colocar minha mala no bagageiro havia uma embalagem de presente com um cartão dizendo:

- Acho que você não pode se mudar para Nova York sem um Ray-ban não é mesmo? Boa-Viagem Abelhinha! – Minha mãe tinha me dado um Ray-ban de presente ela sabia o quanto eu era doida por um daqueles, eu peguei a embalagem, coloquei minhas malas no bagageiro, e me dirigi à porta da frente do sedan, quando sentei no banco abri meu presente, e fiquei o caminho inteiro admirando meus novos óculos, quando chegamos ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão, aproveitei para estréiá-los já que o sol estava de rachar, desci do carro e peguei minhas malas, prestando atenção em todo aquele barulho das turbinas dos aviões que apesar de estar bem longe de onde eu estava ainda dava de ouvir bem.