Kyoko deu alguns passos para trás. Ela não poderia fazer isso. Não deveria.

— Não, Ren.

Ele foi se aproximando aos poucos.

— Porque não?

Mais perto.

— Não devemos, Ren. – Respirou o perfume dele. – Você está confuso.

Deu mais alguns passos e parou de frente pra ela. Roçou um pouco nariz com nariz, segurou firme em sua cintura.

— Tem certeza? - Perguntou roçando seus lábios nos dela.

Ela queria, não dava mais pra negar. Queria muito beijar aquela boca, se jogar em seus braços, e repetir aquela noite que pra ela fora inesquecível. Mas não deveria fazer isso. Se o fizesse ele iria acreditar que ainda tinham chances, que ele poderia continuar tentando, e ela queria destruir todas as suas esperanças.

Mas ali estava ele, roçando seus lábios enquanto apertava-a contra seu corpo, e por Deus, ele já estava duro, ela pôde sentir quando ele a apertou ainda mais.

‘Puta que pariu!’

E com isso eles deram o beijo mais ardente que poderiam, mais até que primeiro.

~

Ele estava sentado na cama do hospital, com uma Kyoko muito excitada sobre si. Beijavam-se enquanto ela se esfregava levemente contra sua ereção, que por sinal não poderia estar mais dura.

Ren colocou suas mãos na parte de baixo de suas costas, e puxou-a pra mais perto dele, como se fosse possível ficar mais perto.

~

Trocaram vários beijos apaixonados, e como se por um sinal de Deus, - ou do diabo mesmo- ela voltou a si.

— Não, Ren! – Empurrou-o de leve. – Não podemos mais fazer isso. Isso é errado, você está confuso só porque estou grávida, e você não sabe o que deve fazer.

Ele fingiu que não tinha ouvido. Só por hoje ele seria um ‘homem mal’.

Colocou-a sobre a cama e deitou por cima dela. Beijava seu pescoço enquanto apertava sua ereção nela. Puxava-lhe as roupas, apertava seus seios, e dava algumas tapas leves em seu bumbum.

~

Ela não aguentou por muito tempo. Não pôde fazer nada, era fraca demais, e o Ren é muito quente pra resistir a seus poderes de sedução.

No momento ela estava - apenas de calcinha- sentada sobre seu pau duro, rebolando, e rebolando.

Ren estava completamente nu, louco pra se enterrar naquele lugar apertado e aconchegante. Puxou a calcinha dela, e gemeu quando a sentiu esfregar seu sexo no pau duro dele. Ela estava se masturbando, se masturbando com o seu pau.

Ele levantou-a um pouco, e depois desceu-a sobre seu pau duro.

~

Kyoko ‘cavalgava’ como uma louca sobre o pau quente e grosso do Ren, enquanto ele dava leves tapas em seu bumbum, e mordiscava os bicos de seus seios.

— Isso é errado. – Kyoko disse ofegante.

— Eu não penso assim.

~

Era tarde da noite, Kyoko estava em seu quarto, no novo apartamento, já fazia uma semana que ela havia se mudado. Ela não queria pensar no que havia acontece, o que nem deveria ter acontecido. Tinha sido muito fraca, não conseguiu resistir o suficiente, e agora ‘ele’ iria acreditar que ainda tinham chances.

Também não deveria aceitar presentes do Shoutaro, muito menos um apartamento. Agora além de ter o Shoutaro irritando-a o tempo todo, indo e vindo, pra lá e pra cá falando e falando. E agora também tinha o ‘Senhor pau doce’ – apelido que ganhou depois de conseguir mais de uma vez transar com ela. –

O apartamento novo tinha três quartos, uma sala, uma cozinha, e dois banheiros. Um dos quartos era do bebê, ela logo iria começar a organiza-lo, o maior é seu, e o outro é do Shou, já que ele dorme lá quase todos os dias.

Já perdera a conta de quantas vezes o ‘Senhor pau doce’ tinha ido visita-la, afirmando que queria notícias do bebê. E hoje não era diferente, ele estava batendo em sua porta, e pra piorar o Shoutaro ainda dormia tranquilamente na sua enorme-cama-para-pessoas-preguiçosas. O Ren ainda não sabia que ele dormia na casa dela, e não seria nada bom que ele descobrisse.

— Ren, eu já te enviei uma foto hoje, você viu que está tudo bem, então o que você faz aqui? - Perguntou mesmo sabendo que ele daria mais uma de suas desculpas nojentas.

— Eu sei, mas eu tive um tempo livre hoje, e queria conversar com o meu filho. Será que posso? - Fez carinha de santo. Desde aquele dia no hospital eles evitavam falar de outro assunto senão o bebê.

— Tudo bem, mas seja breve. Eu tenho que ir a alguns lugares hoje. – Disse revirando os olhos.

— Ok. – Ajoelhou-se na frente dela, e colocou a mão sobre sua barriga. – Oi, bebê, como você vai hoje?

— Ele anda um pouco rebelde. Não quer me deixar comer nada que eu gosto, sempre me fazendo vomitar. – Já sabendo que o Ren não receberia resposta do bebê, decidiu falar.

— É mesmo? Talvez você devesse parar de comer esses hambúrgueres. – Olhou pra ela e percebeu que ela não gostou do que ele havia dito. – Eu já lhe disse antes, Kyoko, talvez isso não faça bem ao bebê, você precisa parar de comer isso, e chocolates também. Você anda comendo chocolates demais.

— Agora eu não posso comer mais nada? - Suspirou. – Isso é culpa sua, Ren, se você não tivesse me engravidado isso não precisaria estar acontecendo.

Ele olhou pra ela confuso.

— Você se arrepende? Você não quer mais o nosso filho?

Ela o olhou irritada.

— Claro que o quero, quero essa criança mais do que tudo, Ren. Você sabe disso, então, por favor, não fale mais essas coisas.

Ficaram em silêncio por alguns segundos.

— Desculpe, Kyoko, eu não queria magoar você.

— Não a mim que você magoou, foi ao bebê. – Suspirou, e colocou a mão sobre a de Ren. – Nos desculpe, meu amor. O papai não queria dizer essas coisas, e a mamãe nunca pensaria em fazer uma coisa dessa. Nós te amamos muito, ok?

— É verd-

Não pôde terminar pois nesse momento ele ouviu uma porta abrir, e logo depois passos, que cessaram na porta da sala onde ele viu um Shoutaro apenas de cueca.

— Que barulheira é essa, Kyoko? - Caminhou até onde eles estavam, e perguntou. – E aproposito, o café está pronto?