Eles chegaram no restaurante, que se chamava “Nam Thai”. Pedro saiu do carro e foi até o outro lado, abriu a porta para Alice, que saiu e lhe deu um selinho.

Eles entraram dentro do restaurante super elegante e com a decoração tailandesa. O restaurante era realmente lindo, tudo era perfeitamente decorado e iluminado. As velas perfumadas davam ao ambiente um ar exótico e até romântico.

Eles foram até a recepção e a recepcionista os atendeu.

–Boa noite, sejam bem vindos. Vocês fizeram alguma reserva? – Ela disse, educadamente.

–Sim, fiz uma reserva pra duas pessoas. Está no nome de Pedro Costa. – A recepcionista olhou para o monitor e checou para ver se o nome dele realmente estava ali. Viu o nome dele e sorriu.

–Tudo certo, ele vai acompanhá-Los até a mesa de vocês. Krah̄āy dī – A recepcionista disse e apontou para um homem parado ao seu lado.

–Por favor, me acompanhem.

O homem disse e foi andando pelo restaurante. Alice e Pedro o acompanhavam.

–Amor, o que aquela mulher disse lá na recepção? – Pedro sussurrou para Alice.

–É “bom apetite” em tailandês. – Ela riu.

–Jura? Parece mais um palavrão. – Pedro sussurrou de volta e Alice gargalhou.

O homem parou em frente a uma mesa, que deduziram que era a mesa deles.

–Fiquem a vontade e tenham uma ótima noite. – Ele disse, gentil. E voltou pra recepção, onde mais clientes os esperavam.

Alice e Pedro se sentaram e esperaram o garçom vir atendê-los.

–Você tá linda hoje, sabia? – Pedro disse e colocou sua mão em cima da dela, que estava sobre a mesa.

–Só hoje?

–Claro que não. Você está linda sempre meu amor, mas é que hoje você esta mais que linda.

–Awwn, brigada meu amor, você também está muito lindo. Meu lindo. – Alice faz carinho na mão dele e sorriu.


Uma garçonete veio até eles, estragando totalmente o clima do casal.

–Olá, você já pediu algo? – A tal garçonete disse, se dirigindo apenas á Pedro.

–Não, nós não pedimos ainda. – Alice disse enfatizando no “nós”. Ela percebia o jeito que a garçonete olhava pra Pedro.

–Quer dá uma olhadinha no cardápio? – Ela disse, novamente falando apenas com Pedro. Dava pra perceber que ela estava oferecendo mais que um simples e inocente cardápio.

–Não precisa, queridinha. Eu já vim várias vezes aqui com meu pai, sei o que tem no cardápio. Eu vou querer uma Singapura Laksa.

–Eu quero o mesmo que ela. – Pedro se pronunciou pela primeira vez. Ele tentava não rir da situação, mas era difícil. A garçonete anotou e foi providenciar os pedidos.

–Se você continuar rindo, eu vou embora e te deixo sozinho com a garçonetezinha! – Alice bateu no braço dele com sua bolsa. Ela tinha uma cara zangada.

–Desculpa amor, mas é que... – Ele não se aguentando voltou a rir. – foi muito engraçado!

–Engraçado vai ser quando eu pegar aquela mulherzinha pelos cabelos e arrancar fio por fio!

–Alice, se controla. – Pedro sussurrou.

–Pedro, ela estava dando em cima de você, e na minha frente! – Alice disse e Pedro a repreendeu com o olhar. Alice suspirou, se rendendo. – Tudo bem, vou me controlar...

Os dois voltaram a conversar normalmente e tinham até esquecido a garçonete oferecida, quando ela voltou, trazendo os pedidos deles.

Ela colocou os pratos sobre a mesa e logo foi servir as bebidas, que eram dois Keep Sober’s.

Enquanto ela servia a bebida para Pedro, derramou propositalmente a bebida nele, que ficou com a blusa toda molhada.

–Oh meu Deus! Me desculpe, é que escorregou da minha mão... – Ela tentava limpar com um guardanapo, se aproveitando da situação para passar a mão no peitoral definido de Pedro.

Alice logo percebeu o que ela estava fazendo, se levantou e foi até ela, tomando o guardanapo de sua mão.

–Pode deixar que eu faço isso. – Alice disse, com um sorriso irônico no rosto.

–Vem meu amor, vamos limpar isso lá no banheiro. – Pedro disse. Queria tirar logo Alice dali antes que ela partisse pra cima da mulher.

Eles foram para onde ficavam os banheiros. Pedro puxou Alice pela mão para dentro do banheiro masculino, ele agradeceu mentalmente por o banheiro estar vazio.

–Ai que ódio, que ódio, que ódio! – Alice disse. Ela andava de um lado pro outro, pisando forte.

–Alice, por favor... – Pedro foi até ela e a segurou, fazendo-a parar de andar. – Não aconteceu nada. Vamos limpar isso e depois vamos pra casa.

–Que raiva daquela mulherzinha! Dando em cima do meu marido! – Alice continuava falando, sem prestar atenção em Pedro.

–Alice... – Pedro falou, mas ela continuava falando sem parar. – Alice!

–Quê? – Ela perguntou, percebendo que Pedro falava com ela.

–Você ouviu o que eu falei?

–Você falou comigo?

–Alice, se controla. – Pedro disse, tentando acalmá-la. Alice respirou fundo, tentando ficar mais calma. – Tudo bem, agora você vai me explicar pra quê isso tudo. Eu vi que ela estava dando em cima de mim, mas eu não correspondia. Não precisa fazer esse “auê” todo. Eu sou seu, só seu.

–É, você tem razão. Não sei o que me deu, o sangue ferveu, e se você não tivesse me tirado de lá eu nem sei o que faria. Acha que eu exagerei no ciúme? – Alice perguntou, preocupada.

–Um pouquinho. – Pedro disse, mas logo sorriu. – Mas eu achei engraçado.

–Não começa Pedro... – Alice fez cara de brava.

–Ué, mas foi engraçado sim. – Ele sorriu de lado. Pedro se aproximou de Alice e a abraçou, e ela tentava se soltar do abraço, pois Pedro estava com a blusa molhada de suco.

–Ai, Pedro! Você tá sujando meu vestido... – Ela disse, tentando se sair, mas Pedro envolvia seus braços fortes e musculosos em volta dela firmemente. Ele gargalhou e a soltou, lhe dando um selinho logo depois.

–E então, melhor eu me limpar logo, né? – Pedro olhou pra baixo, viu sua blusa manchada e riu.

–Vem, eu te ajudo... – Alice puxou ele até uma das pias do banheiro.

Ela desabotoou a blusa dele, e a retirou. Ela mordeu os lábios ao ver o corpo sarado do seu marido. Ela pegou uma toalhinha que trazia na pequena bolsa e ligou a torneira. Alice umedecia a toalhinha na água e depois passava no corpo de Pedro, limpando a bebida que tinha “caído” ali. Ela fazia o contorno do peitoral e do tanquinho dele.

–Isso é muito sexy, sabia? – Alice disse e riu.

–Você não faz ideia. – Pedro também riu e a puxou para um beijo. O beijo que já começou quente se intensificava ainda mais. As línguas sincronizadas, pareciam dançar dentro de suas bocas, uma dança quente, intensa e sensual.

As mãos de Alice puxavam os cabelos negros dele, e as mãos de Pedro estavam na cintura dela, puxando-a e colando ainda mais seus corpos.

–É-é melhor a gente sair daqui antes que eu perca totalmente o controle. – Pedro disse, muito ofegante.

–Tem razão. – Alice disse e pegou a toalhinha que estava jogada no chão. Pedro pegou a blusa e eles foram saindo do banheiro masculino.

–Peraí, você vai sair assim? – Alice parou antes de sair do banheiro e apontou para Pedro, que estava sem camisa.

–Algum problema?

–Pra mim, absolutamente nenhum. Só que aquelas mulheres vão ficar olhando pra você e...

–Alice...

–Quê?

–O que eu disse agora á pouco? Eu sou só seu, e de mais ninguém. Deixa elas olharem, só você vai me ter. – Ele disse e deu um selinho nela.

Eles saíram do banheiro e como Alice tinha dito, todas ficavam olhando para Pedro. Eles conversaram com o gerente que se desculpou pelo “incidente” e disse que tudo sairia por conta da casa, afinal, eles nem haviam comido nada.

Eles saíram do restaurante e entraram no carro. Eles foram para casa, rindo do jantar que tinha ido por água abaixo.