Jornada aos Colossus
Capítulo IX - O Juramento
Depois de ter descoberto que o corpo de Mono havia sido roubado, Lorde Emon lembrou-se de Wander e do quanto eles eram próximos e foi até a casa dele perguntar sobre o corpo ao amanhecer.
— Wander, você está aí? Abra. É o Lorde Emon. — disse Emon batendo à porta da família de Wander.
A porta então se abriu.
— Ah, olá Darine, seu irmão está? — perguntou Emon.
— Não, ele... — Darine foi interrompida pelo seu pai.
— Olá Lorde Emon, prazer em vê-lo. Wander saiu para coletar algumas frutas. Ele deve demorar um pouco para voltar. — disse ele, empurrando de leve Darine para que voltasse a seu quarto.
— Hmm, entendo. Há quanto tempo ele saiu? — disse Emon.
— Há pouco tempo. — respondeu Yvrain.
— Bom, posso entrar?
— Bom... ahm... Claro, sinta-se a vontade.
Lorde Emon entrou e se sentou.
— Ah, Lorde Emon, que surpresa você por aqui a essa hora, o que te trás em nossa casa? — disse Synae, carregando uma cesta de frutas.
— Eu à procura de seu filho, Wander, eu queria perguntar algumas coisas a ele.
— O Wander?... — disse preocupada.
— Sim, seu marido disse que ele foi coletar frutas há pouco tempo, mas pelo visto vocês não parecem estar precisando de frutas. — respondeu suspeito.
Yvrain olhou para Synae com um olhar de preocupação.
— Então, onde exatamente o seu filho está? — continuou.
— Ele fugiu para a vila ao leste, Konoshira. — disse Yvrain, demonstrando desapontamento.
— Yvrain...? — disse Synae preocupada.
— E por que ele fugiu para lá? — Emon perguntou curioso.
— Ele entrou em depressão depois que Mono foi sacrificada.
— Hmm, mas o que ele faria lá?
— Não sei...
— E vocês apenas aceitaram essa decisão dele? — perguntou desconfiado.
— Sim, por que ele... — vendo que isso não daria certo, Yvrain resolveu mudar um pouco a história. — Ele levou o corpo de Mono para lá, pois ouviu histórias de uma curandeira que poderia trazer pessoas de volta à vida.
— Onde ele ouviu essas histórias? Aquela curandeira é perigosa e não é confiável! — gritou Emon.
— Nós tentamos dizer isso a ele, mas... — Yvrain foi interrompido.
— Com licença, tenho que ir para lá imediatamente, obrigado pela informação. — Emon se levantou e saiu da casa em poucos segundos.
A casa se acalmou novamente.
— Por que você mentiu para ele, Yvrain? — perguntou Synae.
— Eu prometi a ele que sempre o ajudaria, não importa o motivo. Se eu contasse a verdade para Lorde Emon eu estaria quebrando essa promessa que fiz. E mesmo não concordando muito com o que Wander está fazendo, não vai ser por isso que eu vou quebrá-la. Além do mais, eu não acho que aquela doce jovem esteja amaldiçoada, eu não confio muito no Lorde Emon.
Emon reuniu seus guardas para ir à vila Konoshira e montou em seu cavalo branco.
— Eu juro que irei consertar isso tudo, não decepcionarei vocês, deuses. — disse Emon com voz baixa.
Ao ouvir uma risada, Wander acordou e viu novamente silhuetas em volta dele, dessa vez quatro, e a quarta estátua se quebrou. Ele olhou para o altar e lá estava Agro, olhando para o corpo sem vida de Mono, onde juntamente haviam quatro pombos brancos.
Wander se aproximou do altar, acariciou Agro, e olhou para Mono. “Eu cumprirei a promessa que te fiz Mono. Eu vou te salvar.” Pensou.
De repente apenas pôde-se ouvir a voz de Dormin no Templo.
— Teu próximo inimigo é... Ele lança uma sombra colossal através de um nebuloso lago... Assim como ele eleva-se através do céu... Alcançá-lo não é uma fácil tarefa...
E então Wander beijou a testa de Mono e subiu em Agro, em direção ao do próximo colosso.
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