Jornada aos Colossus

Capitulo I - Uma Lenda Escondida


Em Helaryn, uma calma e pequena vila, vivia Wander, um rapaz jovem de cabelos castanhos. Ele morava com sua família, que não era muito grande. Seu pai, Yvrain, era um rígido fazendeiro, que teve o seu sonho de se tornar guerreiro destruído por uma doença crônica. Já Synae, sua mãe, era uma senhora simpática que adorava sua filha mais nova, Darine. Juntas, elas ajudavam Yvrain na colheita, por ficar debilitado com o tempo pela doença. Wander, apesar de ser um simples fazendeiro ajudante de seu pai, era um excelente cavaleiro e arqueiro, treinando todos os dias com o seu cavalo, Agro.

Yvrain, Wander, venham jantar! — chamou Synae.

Já estamos indo, mãe! — respondeu Wander, cansado por mais um dia de trabalho duro. —Vamos, pai, você precisa descansar. — disse a seu pai, um pouco preocupado.

Sim, claro, meu filho, obrigado mais uma vez por me ajudar com isso, eu já não sou o mesmo. — disse Yvrain, com um tom triste.

Wander apenas sorri e entra em casa com seu pai.

Todos sentaram à mesa e começaram a comer, até que Darine para e diz:

A mãe do meu amigo morreu ontem, ele disse que queria que o pai dele a levasse para uma “Terra Encantada”, onde tem um deus que pode reviver as pessoas.

Yvrain e Synae se olham preocupados.

Isso é só uma lenda, minha filha, não acredite nessas besteiras. — disse Synae, com a intenção de mudar o assunto.

Mas ele disse que é verdade, e que é preciso daquela espada que o Lorde Emon guarda no santuário. — falou Darine, chateada com sua mãe.

Lenda ou não, é bem interessante, não acha? — disse Wander, tentando animar sua irmã.

Wander, esse assunto não é muito agradável, o lugar se chama Terra Proibida, não incentive ninguém. — disse Yvrain, irritado com a conversa.

Então o lugar existe? — perguntou Wander, meio espantado.

Synae olhou para Yvrain desapontada e se vira para Wander:

Sim, existe, mas esse lugar é amaldiçoado. Apenas um tolo iria pra lá.

Conte pra gente a história, mamãe! — pediu Darine

Synae hesitou, porém, depois de refletir, revelou a história toda para os filhos.

Isso é... assustador... Eu nunca irei pra esse lugar! — exclamou Darine, imaginando como Dormin seria.

Bom, já está tarde, vou descansar no quarto, boa noite. — disse Yvrain, sonolento.

Também vou, hoje foi bem cansativo... Boa noite. — falou Wander, já se levantando.

Wander foi para cama, mas não conseguia dormir, pois só pensava na história que sua mãe havia contado.

No dia seguinte, Wander saiu cedo de casa e foi andar um pouco pela vila com Agro. Como estava com sono por não ter dormido direito na última noite, resolveu sentar no pé de uma árvore para cochilar. Até que ele acorda com uma doce voz:

Olha só quem tá aqui dormindo no chão.

Era Mono, uma linda garota de cabelos escuros e olhos bem claros, a qual Wander era apaixonado.

Ah... Oi! — disse Wander, esfregando os olhos.

Dormindo aqui a essa hora? — perguntou Mono.

Eu não dormi direito noite passada e resolvi passear hoje de manhã, mas não aguentei de sono. — respondeu, um pouco sem graça. — E você, o que faz por aqui?

Eu vim pegar umas frutas — disse apontando para a árvore — Você está embaixo da macieira da minha família — sorriu.

Wander olhou para a árvore e para a casa que estava perto e levantou.

Me desculpe, eu não tinha percebido, desculpe. — disse, envergonhado.

Mono riu.

— Tudo bem, meus pais até gostam de você, eles não se importariam. — disse sorrindo —Bom, eu tenho que levar essas frutas pra casa, então... Tchau, Wander. — ela se virou e deixou duas maçãs caírem.

Quer ajuda? — perguntou Wander, com um leve sorriso no rosto.

Não, obrigada, eu me viro. — pegou as frutas caídas no chão e foi pra casa.

Ah, tudo bem então, tchau Mono! — disse Wander, falando um pouco alto por causa da distância em que Mono já estava.

Wander montou em seu cavalo e foi para casa ajudar seu pai.