O dia estava claro, o sol brilhava forte. De dentro de um ônibus saiu uma mulher cantarolando uma melodia, que saia suavidade dos seus lábios.

I torture you/Take my hand through the flames/I torture you/I'm a slave to your games/I'm just a sucker for pain.

Suas madeixas cor de rosa caiam em cascatas nas suas costas, um fone azul vibrante com estrelas coladas em cada ‘caixa’, um sorriso brilhava nos seus lábios que estavam coloridos com um gloss rosa chiclete... Logo após ele desceu um homem todo de verde, segurando um arco. As suas feições mostravam irritação, raiva... Ódio! Mas ela não ligava, não, tanto que o encarou e cantarolou novamente.

I torture you…

Bastava olhar para a cara do homem que veria o quanto ele queria avançar na mulher, mas algo na sua mente o avisa que não era algo sábio a se fazer, não, não, não, era suicídio. Logo o ônibus estava vazio. No grande terreno estava parado um grande helicóptero de carga. Megan observou Roy olhar com curiosidade.

—Esse é o CH-47 Chinook, Roy. –Disse. O garoto se repreendeu por se sentir entusiasmado.

Joker tomou a frente.

—Meus amigos. –Disse com entusiasmo para equipe do arqueiro. –O que vocês faram é bem simples. Vamos entrar num asilo.

Todos pareciam aliviados.

—Não comemorem antes do tempo... –Cantarolou Megan.

Joker abriu um grande sorriso.

—O asilo não é apenas um asilo, é uma prisão de segurança máxima, lá ficam todos os tipos de aberrações que vocês possam imaginar. –Um dos homens com mascara de palhaço se aproximou com um mapa. –Por isso precisam ter absoluta certeza do que vão fazer, de como vão fazer e se poderão fazer. Cada movimento. E cada erro pode custar a sua vida. –O olhar psicopata brilhou ao dizer a ultima frase.

Durou uma hora, todos viram o mapa e recarregaram os seus carregamentos de arma. Logo subiram no helicóptero e o mesmo decolou. Megan se alongava de um lado e fazia posições que era até difícil de acreditar. O helicóptero pousou a vários metros do Asilo, um ônibus com um logo de uma empresa de limpeza os esperava. No meio do caminho Thea observou Megan tirar um par de patins de dentro de uma bolsa preta, ela os calçou com uma felicidade aparente.

Entrar foi fácil, lá dentro... Nem tanto. A equipe do arqueiro fazia seu trabalho; Sara, Thea, Oliver e Roy eram os responsáveis por ‘excluir’ os policiais que estavam ali, e não eram poucos. Roy se distraiu e quase foi atingido, mas Megan foi mais rápida e atirou no policial.

—Não precisa agradecer. –Piscou.

Aquela foi a ultima vez que o Arsenal a viu. Durante todo o caos, um dos ‘palhaços’ acabou causando um incêndio, que distraiu muitos e apressou o plano. A cela de Harley foi encontrada rapidamente e Joker estava lá para abraça-la, foi uma bela cena, um casal de loucos matando... A saudade.

Todos partiram rapidamente, a equipe do arqueiro foi num helicóptero separado para Starling City.

—Onde está a Cupcake? -Perguntou Harley com grande sorriso no rosto.

Joker franziu a testa.

—Ela não está aqui?

Hayley negou... Algo estava errado.

¥

Dentro do asilo o caos estava instalado, "pacientes" gritavam em meio ao fogo e alguns se queimavam. Megan não sabia o que estava acontecendo, procurava por seus tios em meio ao caos e não os via, também não via nenhum dos homens... Ela parecia está sozinha e o fogo estava aumentando. Ela olhou para os lados e constatou que aquela não era uma boa forma de morrer, onde estava a glória? Ou a graça? Morrer queimada era totalmente sem graça! Seu glorioso corpo não iria sair em nenhum jornal, morreria sendo uma desconhecida! Seu sorriso mochou. Ela não queria morrer... Então ela sentiu uma forte pancada na cabeça e pensou que aquela era a dor da morte, aos poucos seus sentidos foram sumindo e o caos deu lugar ao mais profundo silêncio, sem gritos, sem risos.

—Adeus Megan. -Pensou antes que seus olhos fechassem por completo.

¥¥¥¥¥ Um mês depois ¥¥¥¥¥

Gotham, um mês após o incêndio.

A cidade toda dormia, quase não havia carros nas ruas, famílias descansavam no aconchego de suas casas, sem o medo dos pavorosos crimes que antes assombravam a noite. Há algumas semanas Gotham estava experimentando a tão sonhada e desejada paz. A notícia saiu nos jornais um dia após o incêndio, de acordo com as autoridades tinha acontecido um grande incêndio no Asilo, eles colocaram a culpa em alguém que esqueceu o gás ligado, o fogo foi aumentando e em pouco tempo tomou de conta de todo o local, foram poucos os sobreviventes, inúmeros mortos... Poucas vítimas.

Nem todos acreditavam nessa explicação, mas não contestavam, era o melhor a ser feito. Alguns, como Bruce Wayne, estavam de olhos bem abertos, sempre preparados para se defender.

—Deve haver algum engano!-Exclamou uma jovem moça na secretaria das empresas Wayne. -Tenho certeza que marquei uma entrevista com o Senhor Fox. Pode olhar novamente, por favor?

—Sim senhorita, pode repetir seu nome?

—Felicity, Felicity Smoak.

Alguns podem dizer que ela teve sorte, outros podem concluir que foi um presente divino. Quando o fogo foi controlado os agentes de Amanda Waller encontraram muitas coisas dentro do Asino, mas algo os surpreendeu. No lado de fora do jardim uma moça, jovem e bela, estava deitada na grama, ela parecia dormir calmamente, chegando mais perto eles perceberam que ela estava ferida. Um grave ferimento na cabeça, que trouxe uma grande sequela: Perda de memória. Não todas, mas as mais importantes, foram duas semanas internada, inúmeras visitas de Amanda Waller e uma única conclusão. No seu cérebro tinha se passado uma borracha, que apagou muitas coisas importantes.

Na mente de Felicity Smoak, ela nunca tinha conhecido os "tios", ela não tinha um ego maligno, nem tinha ido parar em Staling City, ela não conhecia os Queen's, ou Barry, ou Sara e Laurel... Não, na mente de Felicity Smoak, ela era uma menina que a mãe tinha dado duro para que ela tivesse um futuro e ela teve. Formada com méritos no MIT, uma perfeita hacker, uma mulher de coração bom.

—Sinto muito senhorita, a senhorita não tem hora marcada.

Ela respirou fundo. Aquela era a grande oportunidade da sua vida, trabalhar numa empresa tão grande e famosa no mercado, com tanta tecnologia ao seu dispor era seu sonho.

—Ok, obrigada. –Quando ela ia se virando um homem de terno e gravata, com a pele escura e uma aparência cuidado saia da sala.

—Senhorita Smoak! –Exclamou surpreso. –Pensei que não viria.

—Senhor Fox! Bom, eu tentei, mas a secretaria disse que eu não tinha hora marcada. –O homem olhou para a funcionaria e Felicity a viu engolir em seco e abaixar a cabeça.

—A senhorita pode me seguir?

—Claro.

Eles adentraram uma sala grande e arejada.

—Sinto muito pelo incomodo.

—Não, não se preocupe.

Ele se sentiu na sua cadeira de ‘chefe’ e Felicity na frente dele. Sr.Fox abriu uma gaveta e de lá tirou uma pasta, o currículo de Felicity.

—Posso ver que é uma das melhores na sua área. –Disse com os olhos no currículo. Ela assentiu. -Como chegou a Gotham senhorita Smoak?

—Oportunidades, senhor.

—Fez uma ótima escolha, porque as empresas Wayne ficariam felizes em ter a senhorita como parte da nossa equipe.

Felicity abriu um belo sorriso.

—É um prazer.

Os meses foram passando e a cada dia Felicity se destacava mais na empresa, atraindo a curiosidade de vários, incluindo o dono. Ela era agradável, inteligente e simpática. Logo foi convidada para ser a chefe do departamento de TI, foi assim que ela conheceu Bruce Wayne.

—Felicity! –Exclamou o sr.Fox. –Preciso que me faça um favor. –Ela assentiu. –Entregue esse relatório na sala do senhor Wayne.

Ela assentiu. Pegou o relatório

Não era um dia bom para confrontar Bruce Wayne, há muitos anos atrás ele tinha perdido as duas pessoas que mais amava, seus pais. O ódio que cresceu dentro dele era tão grande, o desejo de vingança o fez sucumbir. Quando Bruce ouviu aquelas duas batidas na porta ele contou até dez mentalmente, buscando calma. Não veio.

—Entre. –Disse friamente.

As portas se abriram rapidamente, ele observou uma mulher entrar por lá. Loira, estatura média, toda de branco (O que era? O dia da paz? Ironizou mentalmente), olhos azuis, nariz proporcional... Bruce fez uma rápida descrição.

—Senhor Wayne, o Sr.Fox me mandou aqui para o senhor avaliar o relatório semestral dos recebidos. –Ela estendeu a mão, com o tablete para ele. -Espero ou o sen...

Antes que pudesse completar a frase, Bruce começou a falar.

—Não precisa esperar nada, eu me encarrego de devolve para Fox, pode se retirar. –Disse friamente. Felicity engoliu em seco, envergonhada. –E por favor, se você me ver novamente aqui na empresa trate de colocar uma roupa sem ser essa. Não é o dia mundial da paz.

—O que? –Sussurrou para si mesma se perguntando mentalmente se aquele homem tinha mesmo dito aquilo. –Como?

Bruce levantou os olhos.

—Disse algo?

Felicity sentiu uma fúria crescer. E um estranho dejavú.

—Desculpe, mas o que o senhor disse? –Bruce levantou o rosto por completo, com a feição fria e se preparou para responder, mas antes que alguma palavra pudesse sair da sua boca Felicity levantou a mão, gesticulando que ele não deveria falar. – 56... 57... 58... 59... 60. –Contou os segundos e o encarou. –Bom senhor Wayne, eu não ligo muito se o senhor é ‘sombrio’. –Fez as aspas com as mãos. –E gostaria de ressaltar que quando assinei o contrato, confirmando minha contribuição nesta empresa, não havia nenhuma clausulo que especificava minha vestimenta. –Bruce estava estático, Felicity não esperou nenhuma reação, abriu um belo sorriso. –Tenha uma boa noite, senhor.

E saiu.

Quando Alfred viu seu patrão com aquela carranca, ele sabia que algo estava errado.

—Teve um bom dia na empresa, senhor?

Bruce se virou.

—Aquela... Ahrrr, aquela mulher, ela, ela, ela...

—Ela o que senhor?

—ELA ME RESPONDEU!

—Lhe respondeu? De que maneira?

—Não importa! Ela me respondeu! –Disse irado, se virou e subiu as escadas em passos pesados.

Alfred, curioso, foi até a caverna, invadiu as câmeras de segurança da empresa e assistiu com entusiasmo. Alfred sorriu, aquela mulher era especial, talvez única. Sua patrão precisa dela.

Os meses foram passando, Alfred observava seu patrão chegar cada vez mais irritado, até do Batman ele esquecia.

As reclamações aumentaram, ele reclamava da roupa da moça, do modo que ela falava, até reclamava que ela fazia o trabalho ‘bem demais’. Bruce Wayne não percebia, mas todos os seus pensamentos estavam se voltando para uma certa loira.

O expediente estava acabando, Bruce entrou no elevador pronto para deixar a empresa, mas o elevador fez uma parada, no 6º andar, o andar em que a equipe de TI se localizava. Felicity esperava o elevador, consigo levava apenas uma bolsa, quando o elevador chegou ela tratou de entrar sem se dá conta de quem estava com ela.

É muito azar. –Disse Bruce com ironia.

—Não acredito.

—Boa Noite senhorita Smoak.

—Boa Noite Senhor Wayne.

—Vejo que resolveu seguir meu conselho e usar uma roupa mais escura... Mas, devo lembra-la que ninguém morreu.

—Oh, o senhor está equivocado. O meu dia acabou de morrer. –Devolveu. –E a minha capacidade mental também...

—O que disse?

—Nada!

O elevador parou e eles saíram rapidamente, chovia em Gothan, no instante em que colocaram os pés para fora da empresa foram atingidos por um jato de agua, que veio de um carro que passou em alta velocidade, ambos estavam encharcados. Eles se olharam, descrentes, mas algo os fez mudar o olhar, talvez os lábios deles, ou a forma com que respiravam, mas algo os atraia. E era tão difícil segurar. A tensão cresceu.

De repente parecia que o mundo conspirava para juntar Bruce e Felicity. Surgiram reuniões, jantares, festas que ambos eram requisitados. Tudo pela empresa. Mas, tudo mudou num jantar com os acionistas.

Flashback

Quando Felicity entrou pela porta ela não sabia porque todos estavam a encarando, pior, não compreendia porque seu chefe chato e mal amado a olhava fixamente. E não entendia porque estava gostando. Ela caminhou decidida até a mesa onde alguns acionistas conversavam entre si.

—Boa noite senhores.

—Senhorita Smoak. -Exclamou Sr.Fox.

Felicity se sentou e fez o seu pedido ao garçom que logo apareceu. Bruce ainda estava impressionado.

—Devo dizer que a senhorita se encontra deslumbrante.

Felicity corou.

—Obrigada, senhor Dawiin. Como está a sua esposa? E a pequena Anne?

Os olhos do velho senhor Dawiin brilharam, com fervor ele descreveu a atual situação em que as duas mulheres da sua vida se encontrava. Bruce observou atento o modo como Felicity interagia com os seus acionistas. Eles não a olhavam com malicia, mas com carinho.

—Senhor Wayne, o que acha dessa jovenzinha promissora?

Bruce levantou o olhar.

—As indústrias Wayne tem grande sorte por ter a senhorita Smoak.

—Obrigada. – Agradeceu, na sua voz tinha uma ponta de ironia, Bruce percebeu.

O jantar transcorreu, eles falaram de negócios na maioria do tempo. Sem que perceberem todos saíram, sobrou apenas Bruce e Felicity, ambos estavam sentados em lados opostos do bar. Bruce pediu uma dose de Vodca, Felicity ficou com um coquetel de maracujá. Eles se ignoravam e continuaram assim por um longo tempo. Até que Felicity, curiosa, olhou para ele e se surpreendeu ao ver que ele a encarava. E os seus olhos, eram tão ferozes e desafiadores, pareciam um imã, que a atraia mais e mais.

Flashback

A partir dai as coisas começaram a mudar, Bruce começou a olhar Felicity com outros olhos, eles já não trocavam farpas e até se cumprimentavam quando se esbarravam no corredor ou pegavam o mesmo elevador.

¥ 5 meses depois ¥

O parque estava coberto por uma fina camada de neve, que também caia em pequenos flocos. Algumas crianças brincavam de guerrinha jogando bolas de neve umas nas outras. Felicity olhava para elas animada, assim que seu expediente acabou ela saiu rapidamente da empresa e decidiu andar para esfriar a cabeça e tentar tirar a imagem do seu chefe. Estava funcionando.

—Ao ver a senhorita assim posso entender que gostaria de entrar na brincadeira.

Felicity se virou e encontrou Bruce Wayne, seu casaco preto tinha alguns flocos de neve, assim como no seu cabelo. Ela pensou que nem todos poderiam se dar ao desfrute de ser tão belo.

—O que faz aqui Sr.Wayne?

—Sou apenas um homem livre aproveitando o fim do expediente.

Felicity levantou as sobrancelhas e sentiu um sorriso começar a crescer nos seus lábios.

Ele se sentou ao lado dela, continuaram a observar as crianças. Cada um concentrado em algo. Bruce tentava parar de pensar no quanto Felicity era bonita. Já Felicity se ordenava a não olhar para o homem, falhando miseravelmente.

—O que olha tanto senhorita Smoak?

—Você fica muito bonito em contraste com a neve. -Felicity não pôde conter a própria boca, ela arregalou os olhos e suas bochechas adquiriram uma cor rosada. -Eu... Não... Eu não quis...

Bruce se divertia vendo ela se embolar.

—Não se preocupe, você também fica linda em contraste com a neve. Encantadora, devo ressaltar.

Felicity não sabia se estava num sonho ou alucinação, mas ela realmente gostou de ouvir aquilo.

A mulher se levantou e olhou para ele.

—Tenho um bom fim de tarde senhor Wayne.

Ela não o deixou dizer nada e começou a andar, Bruce começou a pensar num modo de fazê-la ficar, ouviu um menino gritar e jogar uma bola de neve numa menina, e fez o mesmo.

—EI!- Gritou, Felicity se virou e sentiu o impacto de algo gelado sobre sua barriga. Abaixou a cabeça e viu que era neve. Levantou e viu um sorriso maroto nos lábios dele. Não disse nada e caminhou até onde os garotos tinham feito estoque com diversas bolas de neve, pegou duas com as mãos, de onde estava atirou ambas contra Bruce. O homem procurou se defender, quando acabou levantou a cabeça e viu um sorriso brincalhão nos lábios dela.

No fim estavam ambos encharcados e com marcantes sorrisos nos rostos.

Quando Bruce chegou à mansão, ele pingava Alfred logo correu ao seu socorro com uma toalha.

—O que aconteceu senhor?

—Uma guerra, Alfred.

O mordoma se sobressaltou.

—Guerra? Estive durante um bom tempo na caverna e não vi nada sobre guerra. A cidade esteve muito bem durante tudo o dia.

Um sorriso surgiu nos lábios de Bruce.

—Uma guerra de neve! –Exclamou animado.

Há muitos anos o velho mordomo não viu seu patrão tão animado como estava vendo nos últimos meses.

¥ 2 anos depois ¥

Depois de alguns meses de alguns meses se vendo e conversando diariamente, eles engataram num namoro. Os funcionários da empresa pareciam felizes em vê-los junto e ver o chefe mais calmo. Cinco meses depois do namoro começa Felicity se mudou para mansão Wayne, para a alegria de Alfred (o mordomo sonhava no aconchego do seu quarto em ver seu patrão casando com a loirinha) , no meio de tantas mudanças ela acabou descobrindo o segredo dele.

Flashback

—Espera, você é o Batma?

—Sim.

Enquanto se olhavam Felicity sorriu maliciosamente.

—E você poderia se vestir de Batma?

—Sim.

Flashback

Eles passaram aquela noite na Batcaverna, Donna logo conheceu seu futuro genro e estranhou quando tocou no assunto de Starlin City e Felicity não entendeu, ela acabou deixando de lado, como tantas coisas que tinha deixado. Felicity fez amigos, ajudou o namorado com a segurança da cidade, ouviu histórias sobre os variados vilões que ele tinha derrotado, ouviu sobre um maluco com o sorriso psicopata chamado Joker e como ele tinha sumido do nada e nunca mais retornado. E os meses foram passando. Rachel Dawes voltou e se foi, eles conheceram um jornalista chamado Clark Kent, Felicity adorou ele, Bruce não gostou. Isso fez com que ele adianta-se o pedido de casamento (que só aconteceria no Natal) e eles marcaram a data para depois do ano novo. Dia 1.

A igreja estava toda enfeitada com flores brancas, aos poucos ia enchendo, quando o noivo chegou ela já estava cheia. Ele viu amigos e conhecidos. Alfred estava ao seu lado, como um pai. Quando a marcha começou a soar ele já suava. E então ele a viu e seu mundo inteiro caiu, a beleza da noiva não era discutida, Bruce só tinha olhos para ele. Seu coração batia forte e o pensamento de que ela seria sua para sempre não saia. Ela estava feliz. Estava pulando de alegria.

A cerimônia foi rápida, logo o padre falava "pode beijar a noiva" e Bruce obedeceu imediatamente, seus lábios se tocaram e a conhecida corrente elétrica tomou de conta de ambos. Eles estavam juntos. Para sempre.

—Eu te amo senhora Wayne. -Sussurrou ao afastar os labios dos dela.

—Não mais do que eu te amo.

E os anos foram passando, três anos após o casamento eles tiveram o primeiro filho, James Charles Smoak-Wayne, um garoto esperto e com lindos olhos castanhos. A vida era boa, a cidade estava bem, a empresa também. Então quando James tinha 5 anos veio Annelise Megan Smoak-Wayne, a loirinha tinha cabelos loiros para a avó, tinha o poder de fazer o pai se curvar a qualquer coisa e encantar a todos. Eles viveram bem por anos e anos, Bruce realizou seus objetivos, Felicity estava feliz por ter um lar, Alfred acabou os deixando quando James tinha 15 e Anne 10, foi uma tarde triste. Donna foi 6 anos depois. Felicity chorou por dias, recebeu varias flores, dentre elas uma roxa, que ela deixou na cabeceira até murchar.

Felicity estava sentada numa cadeira de balanço, vendo a chuva cair, ela não era tão jovem, na verdade não era jovem, ma sentava feliz. Podia fechar os olhos e memorias de uma vida bela e maravilhosa vinham. Estava cheia de memorias, revivia o exato momento em que conheceu Bruce, o nascimento de cada filho, a partida de Donna, via o momento em que James disse “aceito” e começou uma vida com outra pessoa, viu o primeiro neto nasce, e o segundo e o terceiro. Assistiu Anne, a mais nova, se transformar numa cientista renomada, se orgulhou e chorou. Chorar... Ela chorou muito em toda a sua vida, mas nada foi como quando Bruce se foi. Ela chorou por meses... Fazia 4 anos que ele tinha ido, o grande Batman se foi. Com seus 92 anos deixou uma esposa, filhos, netos... Um legado para trás. Felicity imaginava que ele estava em paz, com seus pais e Alfred.

—Até logo mamãe. –Se despediu Anne.

—Até logo querida. –Disse num sussurrou. –Eu te amo.

—Eu também.

Felicity Megan Smoak-Wayne, viveu anos da sua vida sem lembrar de varias coisas, mas ela viveu bem. Ela viveu! Até que no ultimo minuto, quando seus olhos estavam se fechando pela ultima vez, ela lembrou. Se lembrou que já foi Megan. Ela riu, algo. E parou. Seus olhos fecharam.

E antes que a inconsciência tomasse de conta ela sussurrou divertidamente.

—I am Joking.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.