O dia logo começou, Megan ouvia o barulho dos carros que passavam os apitos.

—Maldita a hora que resolvi ter esse apartamento aqui! –Reclamou.

Ela logo estava pronta para ir trabalhar, seu dia continuou ‘normal’, até que seu chefe ressuscitado dos mortos chegou lhe pedindo ajuda, ele entregou um computador que ‘acidentalmente derrubou café’, claro que Megan não acreditou.

—Parece marca de balas. – Testou.

—Era um bairro perigoso.

Essa foi a pior desculpa que ela já tinha ouvido, mas não parou por ai, depois ele trouxe substancias para ela examinar, entre outras coisas. Estava claro para Megan que Oliver Queen era o Vigilante de Staling City. Quando ele adentrou seu carro todo ensanguentado ela já estava preparada, mas se fez de inocente e soltou comentários para ele e seu segurança John Diggle acreditaram, e eles acreditaram... Logo Megan era uma integrante do ‘grupo do vigilante’, ela ajudava na parte de informática e tecnologia.

Ela não fazia nada de mal para eles, pelo contrario, ela os ajudava. Com um tempo começou a surgir um clima entre ela e Oliver, mas Laurel Lance voltou e estragou os planos de Megan.

—Olli, quem é ela?

Megan encarou Oliver esperando sua resposta.

—Essa é Felicity, apenas uma garota do TI.

Laurel olhou para Megan, esperando que ela confirma-se.

Megan abriu um sorriso falso, mas simples aos olhos de outros e disse:

—Sinto muito se incomodei senhor Queen, se me derem licença. –Disse já se virando.

—Espera. –Disse Laurel, Megan se virou e Laurel lhe entregou um buque de flores. –Leve-as para a sala do Olli, por favor. –Disse em tom de ordem, Megan encarou Oliver, o vigilante não percebia o olhar de ódio.

Ela assentiu e saiu.

Ninguém iria trata-la como algo inferior, estava decidido, Laurel pagaria, não agora, mas ela pagaria... Seria doloroso e divertido, bem como seus tios tinham a ensinado.

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—Oliver onde você está? –perguntou Megan.

—Estou com a Laurel, por quê?

—Eu não sei, talvez porque a irmã dele e sua ex-amante voltou dos mortos assim como você! –Megan permitiu-se usar um tom irônico e desligou na cara de Oliver.

Diggle entrava pela porta naquele momento.

—Calma ai.

Megan sentou-se na cadeira e o ignorou.

—Sei que gosta dele. –Começou Diggle. –E imagino que vê-lo com a Laurel o tempo todo esteja te irritando.

Megan estava irritada, ela não gostava dele, apenas queria que ele fizesse o seu trabalho, já que nem na empresa ele o fazia.

—Eu não sei Diggle. –Disse pegando a bolsa e saindo.

Quando chegou no apartamento entrou numa sala que tinha varias cordas penduradas e alguns equipamentos. Ela respirou fundo inalando o cheiro dali, tirou toda a roupa e começou se enrolar no tecido e fazer acrobacias. Isso a acalmava.

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Logo os anos foram passando, Megan recebia poucas noticias dos seus tios, ela sabia que sua tia Harli ainda estava presa e cuidou para que a mesma recebe-se um bom tratamento da onde estava.

Sua vida em Starling City estava bem agitada, o time do vigilante tinha amentado, sua irmã, a tal laurel (que Megan não engolia) e sua irmã Sara entraram, juntamente com um garoto Roy, Oliver tinha perdido a empresa da família, ele falava aos quatro ventos que foi por ser vigilante, mas não foi porque ele era fraco! O homem que comprou a empresa logo perguntou se Megan queria continuar trabalhando lá, mas com um cargo melhor... Muito melhor, Megan se fez de difícil, por causa de Oliver e dos outros, mas aceitou.

Ela não sabia o que, mas Ray Palmer tinha algo que ela gostava, talvez fosse o fato dele adorar se divertir, ou gostar de brincadeiras. Entediada era a palavra que a descrevia quando a noite chegava e ela ia para o covil do vigilante.

Megan se fez de apaixonada, fingiu que sofreu, fingiu-se de aleijada, fingiu-se de concentrada, entretanto tudo fazia parte de uma grande brincadeira. Pena que tinham pessoas que não sabiam brincar... Coitado deles, coitado de Damien Darhk.

Era tarde da noite, todos já tinham ido embora, Megan se levantou daquela maldita cadeira de rodas e ficou para treinar um pouco.

A porta foi se abrindo aos poucos e por ela um homem entrou.

—Ora, oras, o que temos aqui?

Megan se virou.

—O que faz aqui a essa hora da noite senhorita Smoak? Não deveria está em casa cuidando dos seus gatos?

Megan sabia quem era,

—Eu que pergunto, o que temos aqui? O que faz aqui há essa hora senhor Darhk? Não deveria está na sua casa cuidando daquela sua mulher irritante e sua filhinha fresquinha?

Ele se surpreendeu, tinha ouvido que Felicity Smoak era calma e inofensiva. Aquela mulher na sua frente não parecia calma e inofensiva.

—O que quer aqui? –Perguntou Megan. –Oh, já sei! Deve procurar algo sobre o Arqueiro, certo? Tadinho, não achará nada.

Damien Darhk sacou a arma e Megan teatralmente fez cara de susto.

—Parece que não é tão corajosa.

De repente começou a rir, não a gargalhar. Que homem estupido, pensou. Rapidamente ela tirou uma faca que estava na sua perna, escondida, e atirou na direção dele, não o acertou, mas o deixou surpreso.

—Espero que isso te ensine algo queridinho, por que não sai? E não mexe comigo, e se contar algo que disso aqui, tenho pena da sua filhinha, que tem uma linda bombinha dentro de si. –Ela riu. –Imagina só, o papai conta algo e ela explode BOOM! –Um sorriso psicopata cresceu.

Damien atirou contra ela com ódio, mas Megan desviou de todas as balas.

—Já acabou?

Ele saiu dali com ódio dela, mas saiu, Megan cuidou em apagar todas as gravações da câmera de segurança e ligou para Oliver chorando.

—Felicity você está bem? –Perguntou abraçando-a.

—Si... Sim. –Disse soluçando. -Si... Sim. –Disse soluçando contra o peito dele.

A parte ruim foi que ele aumentou a segurança dela, mas não durou muito, logo ela “voltou” a andar. E arrumou uma desculpa para se separar de Oliver, já que ele tinha um filho e não contou nada para ela, voltou para seu apartamento e para as suas amadas cordas e tecidos.

Estava se exercitando quando a campainha tocou, ela estranhou, já que o porteiro sempre telefonava, mas se vestiu rapidamente, trancou muito bem sue quartinho de brinquedos, foi abrir a porta.

Assim que abriu viu uma pessoa que não via a muito tempo.

—Tio J! –Exclamou animada, como se tivesse 5 anos.

Ele tirou o capuz do rosto e sorriu mostrando todos os seus dentes metalizados.

—Olá cupcake, está pronta? Vamos busca sua tia.

Ela abriu um sorriso idêntico ao dele.