Eu estava ansiosa naquele dia, andava de um lado para o outro na sala sem parar.

- Calma, Chibi – Taka deu risada sentado no sofá. Ele estava me observando o tempo todo.

– Pra você é fácil falar – retruquei.

– Vem cá – ele deu um tapinha no assento ao seu lado, em convidando para sentar.

Ainda nervosa, atravessei o aposento e me sentei ao seu lado. Seus braços me envolveram num abraço apertado e cheio de carinho.

– Você está tremendo – ele constatou. – Não ficou tão nervosa assim quando me conheceu... – Taka fez um bico adorável. Ele ficava ainda mais lindo com ciúmes.

– Isso é porque eu não sabia que ia te conhecer... Acha que eu ia ficar menos do que agora? – dei risada e ele me apertou mais em seus braços.

– Respire – ele sussurrou em meu ouvido e eu enchi os pulmões de ar fresco.

Os minutos se arrastaram enquanto nós dois ficávamos em silêncio, ele, mexendo no meu cabelo, eu, contando as marteladas estrondosas que meu coração dava desesperado.

Não demorou muito e ouvimos alguém do lado de fora tocar a maçaneta da porta e a girar com leveza. Esqueci–me de como respirar ou me mover e Takanori me levantou do sofá, rindo.

Então eu vi: o ser perfeito de voz divina, longos cabelos castanhos, olhos penetrantes e sedutores, lábios cheios e pecaminosos, vestido um sobretudo preto sensual em seu metro e cinquenta e sete. Hyde!

– Olá! – a voz melodiosa do vocalista do L’arc~en~ciel alcançou meus ouvidos mortais e um lindo sorriso se desenhou em seus lábios.

– Oi... – eu ofeguei e minha voz quase falhou.

– Como vai, Hyde? – Taka cumprimentou o moreno, nos conduzindo até ele.

– Bem. E você, Ruki? – o loiro deu risada e assentiu. Os olhos penetrantes do mais velho encontraram os meus e eu congelei. – Esta deve ser Camila?

– Sim – minha voz novamente falhou e ele deu seu riso de sino gracioso.

– Eu queria muito conhecê–la! – Hyde se aproximou de mim, puxou minha mão até sua boca e beijou–a, roubando o ar de meus pulmões e fazendo minhas pernas amolecerem. Ainda bem que Taka estava me segurando ou eu teria despencado.

– Eu também queria muito conhecê–lo... – me forcei a não gaguejar. – Sou sua fã...

– Gosta do L’aruku? – ele se sentou no sofá e nós o copiamos.

– Do L’aruku, do Vamps, suas poesias... – disse quase sem respirar e ele riu.

– Domo arigato! É sempre bom conhecer fãs tão dedicados que apreciam meu trabalho! Ruki me disse que você também escreve...

– É... Algumas coisas... – pareci humilde, mas, na verdade, era difícil pensar perto dele. E eu tinha certeza de que ele sabia disso...

– A modéstia é uma qualidade que eu admiro muito! – ele deu seu sorriso branco e perfeito. – É o que eu sempre ensinei ao Rei e à Kaoru¹!

Eu sorri com a menção aos filhos dele.

– Eu já estava alarmado com as semelhanças, Ruki – Hyde começou, segurando o queixo e me analisando cuidadosamente. – Mas, ela me lembra a Megume... Sua voz, seu jeito tímido...

– Ela tem mais desenvoltura quando não está completamente pasmada... – Taka deu risada.

– Não haja como se eu não estivesse aqui... – disse alarmada e o loiro estalou um beijo em minha bochecha.

– Desculpe... – Hyde falou e eu ergui as sobrancelhas.

– Não, não! Não foi com você – tratei e me corrigir.

– Não, mas eu quem comecei a falar de você... Não a culpo por ficar sem reação... Lembro–me bem como é isso – ele revirou os olhos com alguma lembrança. – Conheci Megume de um jeito bem constrangedor ²!

– É, eu sei – achei melhor lhe dizer a verdade e ele deu um tapa na própria testa.

– Foi muito ridículo aquilo!

– Não foi ridículo! – eu ri. – Constrangedor sim, mas, foi muito kawaii!

– É, ela diz a mesma coisa... Ainda não tive minha vingança com Tetsu por causa daquilo... – ele disse e pareceu um adolescente outra vez.

– Ah, mas não foi uma coisa positiva? – perguntei. – Você queria conhecê–la e ele arranjou pra que acontecesse... No final, ele só quis ajudar...

– Tetsu vai gostar de saber que tem mais uma defensora... – ele deu risada e eu corei. – Mas que não precisava ser em um programa ao vivo, isso não precisava mesmo!

Eu assenti rindo e me aconcheguei melhor nos braços de Taka, que apertou minha cintura, possessivo.

– Bom, eu não quero atrapalhá–los se já tiverem planos, mas, se não forem fazer nada agora, aceitam almoçar comigo? – o moreno pediu gentilmente e eu me senti derreter completamente.

– Seria ótimo, não seria, Mila? – Takanori respondeu entusiasmado. Ainda bem que ele não tinha ciúmes das reações que eu estava tendo com o mais velho perto. Talvez eu tenha ganhado pontos por resistir ao Yuu desde o começo ³.

– Claro! – respondi na mesma euforia.

Hyde sorriu e se colocou de pé.

– Então vamos, o restaurante daqui é muito bom!

Nós três saímos do aposento e descemos de elevador até o andar do restaurante. Um andar inteiro só pro restaurante! Eu ainda ficava muito impressionada com esse tipo de coisa, mesmo sendo a namorada do vocalista do the GazettE.

Sentamos e logo uma mocinha muito simpática (que não sabia se babava mais pelo vocalista do L’arc~en~ciel ou pelo meu namorado!) anotou nossos pedidos e voltou voando para trás do balcão.

– Vocês então assistiram à apresentação ontem à noite? – Hyde perguntou, brincando com um canudinho do copo de suco.

– Assistimos! Camila não perderia por nada desse mundo – Taka deu risada. – Ficou o dia inteiro ansiosa! – lhe dei um cutucão por falar demais e fiz uma cara emburrada.

– Quem bom! – o moreno sorriu lindamente. – E você gostou do live, Mila? – ele perguntou diretamente a mim e tudo desapareceu ao meu redor ao escutá–lo me chamar tão doce e intimamente.

– Foi... Perfeito... – ofeguei, tentando me controlar.

– Arigato! – lá estava aquele sorriso encantador novamente desenhado em seus lábios, arrancando o ar de meus pulmões completamente só por brincadeira. – Isso me alegra muito, saber que eu tenho uma fã como você que é tão apaixonada pelo trabalho que eu também amo tanto!

Eu corei violentamente e ele deu uma risadinha. Pude sentir Taka um pouco tenso ao meu lado e o olhei de canto de olho. Ele estava mordendo o lábio inferior como se tentasse tomar uma decisão muito difícil. Segurei firme em sua mão fazendo–o me olhar. Seus olhos encontraram os meus e eu lhe sorri, recebendo seu lindo sorriso apaixonante de volta. Takanori levou minha mão aos lábios e pressionou–os delicadamente ali, apertando–a gentilmente com a sua e se levantando num movimento suave.

– Já volto – nos informou e se afastou da mesa. Eu o observei desaparecer pela porta do banheiro masculino e meus olhos retornaram à criatura perfeita a minha frente, que sorria.

– Você é mesmo um encanto – sua voz ecoou em meus ouvidos e meu coração falhou uma batida. – Agora eu consigo entender porque ele a ama tanto... Não que eu tivesse dificuldades em imaginar – ele riu. – Acho que, melhor do que qualquer outro por aqui, posso entender como é você amar tanto uma mulher que, não só todas as outras desaparecem, mas qualquer problemas ou empecilho é completamente descartado.

Eu sorri e ele acariciou as costas de minha mão.

– Você parece ser madura o suficiente pra saber lidar com um homem mais velho, como minha Megume sabe tão encantadoramente – ele suspirou e pareceu um adolescente apaixonado. – Mas parece saber lidar muito bem com as pessoas como eu! Pontos muito positivos e úteis pra namorar com Takanori.

– É... Precisa ter certo jeito... – eu concordei e ele apoiou o rosto na mão.

– O bom é que você tem esse jeito... Nasceu com ele... Como duas metades de um todo... Você tem o que precisa para ele e Taka tem o que falta em você...

– Um inteiro – eu concordei.

– Como um híbrido – Hyde disse e eu tive que rir. – O que foi? – ele perguntou confuso e eu me estapeei mentalmente.

– É que... Minha irmã e eu elaboramos uma... Teoria sobre híbridos... Duas pessoas que se tornam uma só... – Parecia estranho explicar a ele aquilo. – Como, existem pessoas que conseguem se... Adequar a qualquer um como um coringa... Minha irmã dizia que eu era um desses...

– Isso é bom! – ele sorriu e eu só imaginei que ele devia ser bem maluco pra entender aquela história que eu lhe contara. É claro que, se eu estivesse com minha cabeça funcionando como devia, eu jamais contaria isso a uma pessoa desconhecida, mas eu não podia evitar ser levada por aquele rosto. – Acho que eu também me encaixaria no grupo dos coringas.

– É, sempre pensei em você assim – eu sorri envergonhada vendo–o comemorar por aquilo que eu inventara anos atrás.

– Então, esse encontro é ainda mais especial! É um encontro de “coringas”! – como ele ficava maravilhoso agindo como um menino!

– É, é mesmo – quase gaguejei, ofuscada pelo brilho intenso daqueles olhos. Desviei o rosto e olhei para a porta do banheiro masculino. Lembrei–me de que tinha algo que eu queria fazer e precisava ser antes de Taka voltar. – Hyde – disse timidamente e minha voz quase não saiu. Ele sorriu.

– Finalmente disse meu nome! – corei violentamente e grudei meus olhos na mesa. – O que é?

– Eu sei que... Vai parecer meio... Bobo... Mas, será que você... Será que poderia... – por que eu tinha que gaguejar tanto? Bufei enfurecida por não conseguir terminar a frase decentemente.

– Você tem uma caneta? – ele sorriu, entendendo rapidamente o que eu queria.

Vasculhei a bolsa e finalmente encontrei. Não que eu não tivesse uma, andava com milhares já que estava sempre escrevendo, mas é a Lei de Murphy, não? Entreguei–lhe a caneta com um bloquinho, onde ele escreveu caprichosamente uma mensagem e assinou, devolvendo para mim.

– Pode me pedir quantos quiser, está bem? Se quiser, todas as vezes que nos encontramos – ele piscou pra mim e eu ri, assentindo e guardando o papel cuidadosamente junto da caneta. Não me esqueceria daquela oferta

– Espero então que eu tenho muitos – brinquei.

– Eu também espero! Ah, você tem uma câmera aí? A gente podia tirar uma foto e registrar esse momento, o que acha?

– Está bem – eu dei risada e retirei a câmera de dentro da minha bolsa.

Hyde se levantou e contornou a mesa parando do meu lado, passando o braço por meus ombros e retirando a câmera da minha mão.

– Sorria – ele disse e bateu a foto ele mesmo depois virando e me mostrando. – Ficou muito boa! – ele exclamou sorrindo. – Você me manda?

Eu o encarei pasma enquanto ele voltava para seu lugar.

– Empresta de novo seu bloquinho e sua caneta? – ele pediu docemente e eu lhe estendi o que pedia. Vi Hyde anotar rapidamente alguma coisa, fechar a caneta e estender o bloquinho pra mim. Estiquei o braço pra pegar, mas ele puxou e eu me assustei. – É meu e–mail pessoal... Se amanhã estiver cheio de e–mails de fãs, vou saber que foi você!

Eu ri.

– Você acha que eu faria isso com você? Que isso, Hideto! – ele deu sua gargalhada gostosa e me devolveu o bloquinho, que eu guardei dentro da bolsa.

– Agora você falou igualzinha à Megume! – eu corei com o comentário. – Até me chamou de Hideto!

E eu tinha mesmo... Sem nem perceber o que eu estava falando. Não encontrava palavras pra me desculpar. Quanta ousadia! Onde eu estava com a cabeça, afinal? Ele estalou os dedos diante dos meus olhos, me fazendo acordar.

– Não precisa fazer essa cara de arrependimento também... Eu gostei que me chamou assim, soa como uma “velha amizade”. Você já está mais relaxada...

– Que bom que pensa assim... – dei risada.

– Viu? No começo, não estava nem abrindo a boca e agora está até fazendo piada!

– É, você tem razão!

– É claro que eu tenho – ele riu. – Eu conheço a fã que eu tenho!

– Você não é nada convencido, né? – brinquei.

– Ah, que bom! Vocês estão se dando bem! – Taka disse retornando à mesa e sentando ao meu lado. – Sobre o que conversaram? – seu braço voltou a circundar minha cintura e eu me aconcheguei em seus braços.

– Coisas de fãs e ídolos, você deve entender – Hyde disse e Taka assentiu.

– Devo fazer uma leve ideia... Mas nada muito concreto, é claro. Mila gosta de me surpreender!

– Ora, faz muito bem ela! Não tem graça um relacionamento onde haja conhecimento de tudo, nenhuma surpresa... Acaba a paixão...

– E disso, você entende, não entende, meu caro? – Takanori brincou.

– Eu sou um eterno apaixonado – Hyde sorriu. – Ou eu não teria mais o sucesso que eu tenho, certo Camila? – ele piscou para mim e eu assenti.

– Esse sempre foi o seu segredo – confirmei.

– Achei que fosse meu jeito sedutor – ele brincou e nós três rimos.

– Claro, claro... Isso também – completei.

– Quanto tempo eu fiquei no banheiro pra que vocês dois passassem a interagir tão harmoniosamente? – Taka perguntou surpreso e senti em sua voz um leve tom enciumado. Afaguei seu rosto.

– É a harmonia dos coringas – Hyde piscou pra mim.

– Ah, então falaram sobre isso...

Eu e o moreno assentimos juntos e caímos na risada. O almoço foi agradável do começo ao fim. Meu ídolo era mais descontraído e bem humorado do que eu jamais poderia imaginar. E nós nos tornamos melhores amigos instantaneamente. Coisa de coringas!

– Bom, eu espero encontrá–los muito mais vezes! – Hyde disse quando seguimos para o estacionamento. – Lembre–se do que me prometeu, hein, Mila?

– Como eu poderia esquecer? – dei risada.

– Então, até logo em breve – ele me puxou pela mão para um abraço bem apertado e beijou meu rosto. – Até, Ruki – os dois apertaram as mãos.

– Até, Hyde.

– Dê lembranças à Megume, Rei e Kaoru – eu disse e ele assentiu sorrindo.

Ele entrou em seu carro e nós dois seguimos para o nosso. Entrei no banco do motorista e liguei o motor, vendo Taka se sentar ao meu lado e colocar o cinto de segurança.

– Você gostou dele? – sua voz saiu fraca.

– Gostei sim! Muito! – respondi sorrindo e o loiro virou o rosto, olhando pela janela. – O que foi?

– Não é nada... – ele disse tristemente.

– Como nada? Está assim pelo jeito que eu fiquei, não é? Por que eu ainda sou uma fã descontrolada?

– Claro que não... – ele respondeu tranquilo, mas continuou sem me encarar.

– Então, o que é?

– É que... Ele é tão melhor que eu em tantos aspectos... Que eu penso que você estaria muito bem com ele... Mas eu não consigo deixar de sentir esse ciúmes horrível me corroendo por dentro...

– Eu estaria bem com ele? – estranhei.

– Se ele não fosse casado... Vocês seriam perfeitos... Juntos... Vocês se entendem tão bem...

– Ah... É isso que te incomodou? Que Hyde e eu somos parecidos?

– Eu sei que não devia ter ciúmes, mas... Por mais que eu soubesse que você queria conversar a sós com ele... Foi difícil demais me levantar e sair...

– Mas você não precisava fazer isso se não queria, Taka... – desviei rapidamente os olhos da estrada e olhei seu rosto. Parecia estar sofrendo.

– Claro que precisava... E, quando eu voltei, vocês dois já tinham se entrosado completamente... Porque você tem facilidade em conquistar as pessoas e ele tem facilidade em seduzir as pessoas...

Fiquei em silêncio, arquitetando uma maneira de consolá–lo e fazê–lo entender que tudo aquilo não devia ser um problema com o qual ele devia se preocupar. Takanori suspirou pesadamente, encostando a testa no vidro gelado da janela. Algumas gotas tímidas de chuva começavam a cair do céu.

– E o que sobra pra mim? – ele murmurou infeliz.

Eu encostei o carro e me virei pra ele.

– Como assim o que “sobra” pra você?

– Que papel sobra pra mim nessa história?

– Eu não acredito que está com ciúmes do Hyde desse jeito! – ri, mas minha risada era nervosa. Ele olhou em meus olhos. – Eu não trocaria você por ela, Taka! Você é o homem do meu destino!

– Somos dois saturnianos* – ele deu risada e eu assenti.

Voltei a dirigir e ele parecia muito mais tranquilo. Estávamos perto de casa quando o celular dele tocou.

– Moshi moshi... Oi Hyde – Takanori disse numa voz surpresa. – Não, ainda não... Ela está dirigindo agora... Está bem, espere só um momento – o loiro colocou o celular no viva–voz. – Pronto.

– Mila, você esqueceu de me passar seu celular!

Eu dei risada.

– É verdade... Mas você também se esqueceu de pedir... – Taka encostou a cabeça de novo na janela.

– Bom, você pega meu número no celular do Ruki e me manda o seu depois, okay?

– Okay! – não conseguia parar de rir.

– Que música você quer que eu cante? – ele perguntou tranquilamente.

– O quê? – Takanori e eu dissemos ao mesmo tempo, a voz dele mais agressiva que a minha.

– Eu vou gravar uma música pra você colocar como toque toda vez que eu te ligar. Qual você quer? – ele parecia uma criança.

– Ah... Eu não sei... – olhei preocupada para o loiro ao meu lado. – Acho que... Flower**... – respondi hesitante e do outro lado da linha pude ouvir seu sorriso se abrindo.

– Então, Flower! Oyasumi pros dois! – e desligou. Taka tirou o celular e guardou no bolso.

– Talvez eu tenha que me precaver... – o loiro murmurou e eu estranhei.

– Como assim?

– Melhor fazer compras... E escrever uma nova canção... – ele disse pensativo. – Nunca se sabe que tipo de armas vai ser preciso usar contra um oponente como ele...

– Do que está falando?

– De garantir que você nunca se esqueça que eu a amo mais que tudo – ele afagou meu rosto. – Não posso deixar chegar ao ponto de ser comparado ao Hyde! Posso perder! – nós dois demos risada.

– Não que eu esteja reclamando de receber seus “memorandos” – brinquei. – Mas, você devia saber que não perderia...

Um lindo sorriso se desenhou em seu rosto.

– Devia?

– “Um roqueiro dançando música lenta”***... – citei e ele colocou as mãos atrás da cabeça, sorrindo presunçoso. – Mas eu concordo, melhor se precaver... Você não agüentaria escutar frases como...

– Por favor, não diga! – ele pediu desesperado. – Não vou deixá–la esquecer... Vou escrever uma música pra você... Tão bonita quanto Anemone ou Season’s Call

– Achei que já tivesse feito...

Cassis é boa, mas não posso me manter nela a vida toda... Vou pensar em algo...

– Não tenha um derrame por isso – ri. – Gosto de tê–lo em casa de vez em quando – estacionei o carro na garagem e desliguei o motor.

– Ah, eu sei bem equilibrar – ele soltou o próprio cinto e debruçou–se sobre mim, unindo nossos lábios.

– Eu ainda não sei do que você tem medo... É tão bom em fazer o chão desaparecer sob meus pés...

– Quero continuar sendo – ele sorriu. – Quem sabe só mais um dia todas as manhãs?

– Parece muito bom pra mim... Juntos todas as manhãs...

– Caminhando para um futuro não prometido...

– Pensando em você...

– Só em você...

¹Hyde só tem um filho, mas eu quis lhe dar uma filha também... Imagina só ele com uma menininha? *.* ai, eu pensei... Que nome eu poderia dar a ela? Todo mundo sabe que ele é viciado em Samurai X, então, Kaoru me pareceu muito bom...

²http://www.youtube.com/watch?v=O5dkMS2hlwA

³http://fanfiction.nyah.com.br/historia/42791/Cancao_De_Novembro

*Hana Yori Dango

**http://www.4shared.com/file/105252698/651332cd/LArc–en–Ciel_–_Flower.html?s=1

***http://fanfiction.nyah.com.br/historia/13267/Minha_Noite_Com_O_Ruki

*¹músicas que Hyde fez pra Megume

Teoria dos Hibrídos
Híbridos são pessoas que, por terem características parecidas, andarem muito juntas ou fazerem coisas parecidas, tornam–se conhecidas como uma só. Ex: Uruha e Aoi, Saga e Tora, Yomi e Ruka...
Existem pessoas que não formam híbridos com ninguém. Ex: Ruki, Reita, Sakito...
E pessoas que são conhecidas como "coringas" que tem facilidade em "hibridar". Ex: Hyde (Hyde e Tetsu, Hyde e Gackt, Hyde e Kaz), Shou (Shou e Saga, Shou e Hiroto, Shou e Tora), Miyavi (Miyavi e Maya, Miyavi e Kai, Miyavi e Keiyou)...

espero q eu não tenha confundido ninguém...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.