Capítulo 11

O dia estava maravilhoso e o sol estava quente! Muito quente!

Richard Castle estava hospedado em um lindo resort em Bali e aproveitava a maravilhosa viagem, recostado em grandes almofadões de cor cereja no enorme colchão de casal posicionado no extenso deck de madeira próximo à piscina que, como um espelho, refletia tudo a sua volta.

Ao final do deck, havia uma larga escada de madeira que dava acesso à areia do mar que. O azul do mar naquele momento estava translúcido e convidativo.

Apesar da cobertura de vime entrelaçado e do leve tecido branco esvoaçante que circundava a cama de dossel daquele luxuoso resort em Bali, o calor esquentava muito os ombros de Castle. A luminosidade fazia brilhar ainda mais as mechas claras dos cabelos da mulher que estava nos seus braços, recostada sobre seu peito.

Ele acariciava os cabelos e os braços dela.

Estavam em silêncio. Apenas apreciavam a presença do outro e o suave som do movimento da água do mar enquanto recebiam no rosto a delicada brisa que soprava.

Embora o dia estivesse lindo, não havia ninguém brincando na areia da praia ou nadando nas águas translúcidas.

Como por milagre, as mesas e as espreguiçadeiras ao lado da imensa piscina também estavam vazias, bem assim as demais camas de dossel, idênticas a dele, dispostas sobre o deck de madeira que o luxuoso resort disponibilizava para os hospedes. Era como se estivessem sozinhos no paraíso.

— Como não vejo outras pessoas neste paraíso, nem posso dizer que você é a mulher mais linda daqui, no entanto, posso afirmar que você é a mulher mais linda do mundo, Kate. – Castle depositou vários beijos no pescoço dela e percebeu que ela ficara arrepiada, demonstrando que gostara dos beijos.

Com um movimento rápido, mas determinado, Castle a tirou dos braços e, de modo suave a colocou deitada sobre o colchão, fazendo com que os longos cabelos dela se espalhassem de modo sensual nas almofadas.

Sobressaltada com aquele movimento, ela o olhou com reprovação, no entanto, havia ali um toque de malícia, dando um lindo sorriso, demonstrando que além de surpresa, estava muito feliz por estar com ele.

— Estamos em público, Rick! – Kate sussurrou-lhe.

— Mas você gostou... – Castle disse ao mordiscar a orelha de Kate.

— Sim. Eu gostei. – ela sorria feliz e arrepiada ao receber o carinho sensual.

Sentado ao lado dela, ele a olhava extasiado, pois não cansava de admirar a beleza daquela mulher. O verde dos olhos dela estavam mais intensos por conta da luminosidade e estavam do mesmo tom da vegetação que circundava o deck. O projeto paisagístico do resort era deslumbrante.

— Você parece uma rainha, Kate... Toda linda! Parece que estou sonhando.

Ela sorria mostrando-se contente diante do comentário dele, mas não falou nada. Nem precisava, pois o olhar dela falava por ela.

Os olhares de ambos eram como raios e aquecia o coração e o corpo do Castle. Ele estava excitado e abaixou o tronco na direção dela para um beijo apaixonado.

Neste momento um calor fora do normal tomava conta do seu corpo e um som estridente lhe incomodou.

O barulho estridente era alto e o importunava.

O ruído era intermitente e Castle se sentou no colcão... Ao fazê-lo, ele olhou para um lado e para o outro e percebeu que o som era do toque do seu celular e, para sua tristeza, constatou também que estava em sua cama no seu quarto do loft em Nova York e não no cenário paradisíaco com Kate num resort em Bali.

Tudo foi um sonho.

Castle olhou para a calça do se pijama e constatou que somente sua ereção não era um sonho... Aliás, aquilo era um pesadelo, pois Kate não estava ali com ele para resolverem aquilo juntos.

— Que raiva! – ele quase gritou.

Completamente desperto, até demais para o seu gosto, Castle pegou o celular e o atendeu com raiva — Castle!

— Bom dia, Sr. Castle, meu nome é Angelina Alvarez. Sou da condução escolar que transporta sua filha. – a moça parou de falar.

— Olá, Sra. Alvarez, bom dia, sei quem é você. Estou ouvindo.

— Como ontem à tarde a Alexis não retornou comigo da escola e lá me informaram que ela levou uma queda e machucou o braço... Então, preciso saber se eu devo busca-la agora pela manhã para leva-la à escola ou...

Ainda transtornado por ter sido acordado no melhor do sono, Castle consultou o horário e viu que perdera o horário, mas que ainda dava tempo de arrumar a filha — Entendi, Sra. Alvarez. Bem, confesso que perdi a hora, pois fiquei até tarde zelando o sono da Alexis. – ele mentiu, já que não poderia confessar que estivera envolvido num sonho romântico com intenções eróticas com a médica da filha – Alexis esteve ontem no hospital, mas já foi medicada e pode, sim, ir para o colégio. Mas ainda vou arrumá-la...

— Tudo bem, Sr. Castle. Ainda está cedo. Vai dar tempo. Eu estarei na porta do seu prédio em 40 minutos.

— Ok! Ela estará pronta quando a senhora chegar. Obrigado.

Assim que desligou o telefone, Castle percebeu que a janela do seu quarto aberta permitiu que o sol quente da manhã entrasse e esquentasse a cama onde ele estivera dormindo e também o seu corpo. Ou seja, a presença de Kate foi um sonho, mas sua ereção, o sol e o calor eram verdadeiros.

— Que raiva! – ele repetiu a imprecação.

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Continua...