Rose Weasley estava mais mudada do que qualquer um seria capaz de acreditar que era possível. No seu sexto ano em Hogwarts ela tinha cansado de se esconder atrás das estantes e livros da biblioteca.

Desde o seu quinto ano, Rose tinha se tornado outra pessoa. Uma pessoa muito mais parecida com a sua prima Dominique, que agora seguia carreira como modelo na França, do que com a sua mãe. A garota era bonita e sabia disso, ruiva, com seus olhos azuis e além de tudo extremamente inteligente. Ano passado, ela notou a quantidade de garotos que viviam atrás dela, o que parecia irritar profundamente seus primos e seu irmão. Mas, na cabeça dela, a vida era pra ser aproveitada, e os corações dos garotos estavam lá para serem quebrados, ela tinha sido selecionada para grifinória no seu primeiro ano em Hogwarts, e tinha como melhor amigo, seu primo Albus Potter, que estava na sonserina, junto com Scorpius Malfoy e Theodor Zabini. Como ela não poderia estar sempre junto com os sonserinos, a garota também dividia boa parte do seu tempo com seu irmão Hugo, que estava agora no seu quarto ano, e sua prima Lily que estava no mesmo ano que seu irmão. Scorpius e Rose tinham passado a maior parte do tempo em Hogwarts se evitando, e a outra parte dele brigando, até que Albus e Zabini, não aguentando mais ter que lidar com as brigas, pediram encarecidamente e com a voz um pouco alta, que eles parassem de brigar; a ruiva até gostava de Zabini e não entendia o motivo dele e Lily se desentenderem tanto, e como amava o primo, decidiu por fim atender a seu pedido. Desde então eles vinham se tolerando e passando bem mais tempo juntos sem as brigas diárias e quase certeiras que viviam a pairar sempre em volta dos dois.

A garota acreditava que terminaria seus sete anos em Hogwarts sem nenhum problema, tanto na escola, quanto na sua vida amorosa. Ela não poderia estar mais enganada. Já estava na metade de dezembro e as férias de natal se aproximavam, e o universo estava louco para jogar.

[...]

Rose era monitora da grifinória, junto com Lysander Scamander que era filho da Luna, outrora Lovegood. Lysander, diferente do seu irmão gêmeo Lorcan que foi para Corvinal, tinha ido para grifinoria assim como Rose, que é filha do seu padrinho e sua madrinha.

Eles estavam juntos fazendo a ronda dos corredores naquela noite enquanto conversavam:

—Eu estou tão animada para essas férias. - Rose falou em tom empolgado – Natal é quase o único dia do ano em que eu posso ver Dominique. Ela anda tão ocupada com esse trabalho de modelo que mal temos tempo de nos ver.

—Vocês eram realmente próximas, não é? - Questionou Lysander, em um tom risonho.

—Sim. E eu sinto muita falta dos conselhos dela.

—Não acho que você precise mais dos conselhos dela, Rô. - Lysander falou, e agora já sorria abertamente.

—O que quer dizer com isso? - Rose perguntou sem entender.

—Quero dizer que você tem metade dos garotos de Hogwarts aos seus pés - Ele constatou – E meu irmão é um deles. - Terminou enquanto ria em um tom alto dessa vez, fazendo com que rose ficasse tão vermelha quanto seus cabelos.

—Você não está falando sério, está? - Ela perguntou meio em dúvida. - Lorcan? Seu irmão? Afilhado do tio Harry e da tia Gina?

—Sim para todas as perguntas, Rô.

—Ai meu Deus. Eu não sabia. - Rose falou enquanto colocava a mão no rosto e parava abruptamente de caminhar.

—Acho que ninguém sabia. - Falou Lysander sem perder o ar de riso. - Eu só descobri por que a Lily foi passar uns dias lá em casa. Você sabe como ela é apegada a minha mãe. - Rose assentiu - Então, eu e o Lorcan tivemos que dividir um quarto. Em uma noite, quando eu levantei para ir ao banheiro, eu o ouvi sussurrando seu nome. Imaginei que ele estivesse sonhando com algo relacionado a Hogwarts, mas quando ele acordou e eu fui questionar, ele começou a ficar muito vermelho e gaguejar muito. - Lysander ria abertamente sem conseguir se controlar e Rose parecia querer um buraco para enfiar a cara - Então eu simplesmente deduzi. E ae, Rose? O que você vai fazer com essa informação?

Rose ainda não tinha voltado a andar, então ela suspirou pesadamente e falou:

—Eu realmente não sei, Lys. Eu não sinto nada além de amizade pelo Lorcan, mas eu não quero de forma alguma magoar ele. Eu realmente não sei o que eu vou fazer.

—Ah, Rose, relaxe. Não precisa levar isso tão a sério. Isso não passa de uma paixonite de adolescentes. Nada demais. - Rose, em seu intimo, torcia para que Lysander tivesse certo.

Agora os dois já tinham voltado a andar, e continuaram conversando bobagens até o final da ronda, que passou mais rápido do que quando ela precisava fazer a ronda com algum dos monitores da Lufa- Lufa.

No outro dia quando acordou, mais tarde do que o normal, ela ficou feliz em lembrar que era sábado e não precisaria ir para nenhuma aula. Antes que cogitasse volta a dormir, Rose viu uma coruja parada na sua cama com uma carta endereçada a ela; quando ela abriu, logo notou que a carta era de Albus, seu primo.

Rose,

Me encontre na árvore em que peguei você e o Scorpius quase se beijando.

Venha logo e traga Lilian com você ou a pestinha não vai nos deixar em paz.

Com amor,

Seu primo mais lindo.

Rose de repente levantou-se extremamente irritada. Quantas vezes ela ia ter de repetir para Albus que ela não estava quase beijando Scorpius naquele dia?! E em nenhum outro dia, é obvio. Ele estava apenas tirando a porcaria de um besouro do cabelo dela. Ainda irritada ela respondeu a carta:

Eu acabei de acordar, vou chamar a Lily no dormitório dela, e me arrumar; chego ai em 15 minutos.

P.s. Primo mais lindo? Não sabia que James ainda estava estudando em Hogwarts.

Com amor,

Rose.

Sorriu com sigo mesma, sabia que aquela carta ira fazer um bom trabalho irritando seu primo. De má vontade saiu ainda de camisola do seu dormitório para acordar sua prima.

[...]

Passado quase o dobro do tempo estipulado na carta, Rose e LiLy se juntavam a Albus, Scorpius e Zabini atrás de uma árvore em frente ao lago negro. Assim que elas chegaram, Albus começou logo a falar:

—Estou muito, muito entediado e tive uma ideia para matar meu tédio.

—Eu sabia que você não tinha me chamado aqui só por que ama minha companhia, maninho. Desembucha logo. - Lily falou.

—Deixa seu irmão falar, baixinha. - Falou Zabini rindo.

—JÁ FALEI PARA VOCÊ NÃO ME CHAMAR DE BAIXINHA, ZABINI. - Lily falou ficando muito vermelha de raiva. - NÃO É PORQUE VOCÊ É AMIGO DO RETARDADO DO MEU IRMÃO, QUE ISSO TE DÁ ALGUMA INTIMIDADE COMIGO, OUVIU?

Theo parecia que iria retrucar, mas prevendo uma discussão, Rose interrompeu os dois:

—Sim, Albus. Qual a sua ideia genial?

—Deve ser genial mesmo. - Scorpius falou - Já que ele não quis nem contar para nós dois até vocês chegarem.

—Então. - Albus começou devagar. - Que tal se juntássemos uma turma e fossemos para a sala precisa.

—O que exatamente você quer fazer na sala precisa com uma turma, Albus? - Falou Lily rindo. Conhecia bem o irmão e já imaginava onde isso iria chegar.

—Eu pensei que cada um de nós poderíamos chamar um amigo ou amiga e irmos para salva precisa jogar verdade ou desafio. - Vendo que ninguém falava nada, Albus continuou. - Somos 5, certo? Se cada um levar um amigo vai dar em torno de 10 pessoas e isso poderia realmente ser divertido.

Lily começou a rir e falou:

—Eu vou chamar a Roxanne.

—Não. - Albus disse com um sorriso maroto. - Eu chamo a Roxanne, seu trabalho é trazer alguma menina do seu ano, irmãzinha. - A Potter mais nova riu, e concordou com um aceno de cabeça.

—Não vai falar nada ruiva? - Riu Scorpius.

—Não. - Rose falou em tom provocativo. - Quem sabe assim, você mata a vontade que sempre teve de me beijar Scorpius.

O loiro ficou vermelho na hora e todos riram, esse jogo cheio de provocações tinha se tornado algo comum entre os dois desde que tinham parado um pouco de brigar.

—Só se for nos seus sonhos, cenourinha. - Falou Scorpius dando um sorriso sacana que era a sua marca registrada.

—Nos encontramos depois do almoço na sala precisa. - Rose falou enquanto jogava seus cabelos nas costas e caminhava em direção ao salão principal com Lily ao seu lado.

—Esse jogo promete. - Falou Lily rindo.