Sabe, não é nada legal quando você está pronta pra morrer, embaixo de uma geada, e um pára-quedas interrompe a sua tentativa fútil de continuar implorando pela morte. Ele caiu sobre minha cabeça e eu quase o deixei ali, esquentando minha tesa, até que eu resolvi o abrir.

Era uma caixinha do tamanhão de um mamão, eu a a abri ainda em mente o estado de meu pé, lá dentro encontrei sopa, um remédio e uma vacina, junto com um manual e um bilhete.

Era pro meu pé. Pensei em primeiro pegar o manual e ler o bilhete depois. Enfiei a vacina em minha perna, o que me fez contorcer, tomei o remédio e, de acordo com o que dizia, micro robôs estavam a caminho de meus músculos agora e iriam colocar meu pé na posição certa em 3, 2...

Eu mordi a manga do meu casaco, sem querer fazer barulho. Pelo que eu tinha entendido, a vacina deveria "neutralizar" um pouco da dor, mas pelo visto, não tinha funcionado. Olhei para o bilhete e o desdobrei.

"O jogo ainda não acabou"

-V & P

Eu sorri, quando lembrei deles, meu pé ainda doia, mas eu me levantei, abri a sopa e comecei a bebe-la como se ela fosse dentro de um copo. Senti o líquido deslizar por minha garganta e aquecer meu corpo, esquentado meu tronco e me deixando com o rosto rosado. Segui adiante, era o final, segui o caminho das duas carreiristas, agora eu iria as matar.