Tokyo, 28 de agosto de 2009.

Como falar de alguém quando não há palavras para isso?

Eu poderia ter te conhecido num dia qualquer, mas te conheci exatamente no dia em que mais precisava de alguém... E você estava lá, para me apoiar e beber comigo. Irônico talvez, mas diria que foi bem mais do que ironia o que aconteceu... Não sei o nome disso, não faço nem ideia, mas sei que foi quase como estar no lugar certo, na hora, dia e momento certo.

O que você lembra daquele dia? Eu lembro que você me disse que gostava de baunilha como o cheiro do meu perfume, que me achava encantador quando eu estava corado. Fatídico momento em que eu me senti tão triste e você se sentou no chão, me aninhando em seus braços, em seu colo. Beijou minha testa e afagou meus cabelos suavemente; sua gentileza comigo é simplesmente tocante, que não pude evitar de me apegar a você instantaneamente.

Já disse o quanto amo seu sorriso e o quanto me sinto grato por você existir em minha vida? Nunca? Então, direi agora, que sua existência em meu caminho foi o melhor que poderia ter acontecido para mim.

Amo tanto sussurrar seu nome baixinho quando sito seus braços me apertarem forte e me trazerem tão para pertinho de você, me aninhando enquanto seus lábios beijam ligeiramente meu pescoço tão carinhosamente... Como diz você \"até posso sentir meu coração bater\" quando suas mãos deslizam pelo meu corpo suavemente, tocando-me tão sutil que mal consigo conter a vontade boba de sorrir doce e acarinhar seus cabelos macios.

Éramos criaturas estranhos... pertenciamos a mundos diferentes, eu não poderia ser mais do que seu alimento pela lógica e eu acreditava nisso... Mas você me surpreendeu ao em pedir em namoro quando caminhávamos na areia da praia, rumo ao mar, me deixando totalmente bobo e sem nem saber o que te responder... Foi o momento mais sublime que já vivi, sem dúvida alguma disso...

Então, no dia seguinte, estavamos em casa e o Uru-chan tinha comprado aquela roupa de Gothic Lolita pra mim - o sapato alto e o vestidinho. Lhe perguntei se você gostava disso e, então, me vesti para você caprichadamente, em cada mínimo detalhe, queria me sentir ao menos capaz de agradá-lo minimamente, mesmo que não pudesse alcançar a perfeição que você merece.

Fazer amor com você... Ah, foi perfeito... Sei que dificultei um pouco para você por vestir aquele vestido apertadinho e fazê-lo me amar com ele apenas levantado... Queria ter sentido seu corpo no meu, entretanto sentílo foi o bastante para mim. Não o suficiente para ter sido o bastante, mas o suficiente para fazer da nossa primeira noite a mais perfeita, principalmente pelo que viria logo que acabamos de nos amar...

Quando você me mordeu, foi extremamente prazeroso, Jin-sama... Foi subliminal o que eu senti quando todo o meu sangue fluiu para seus lábios macios.

Porém, em instantes míseros depois, eu preseniava minha própria morte. Pensei mesmo que morreria, pois já não sentia mais o pulso forte do meu coração; minha respiração fraquejava, falha e baixa... Eu queria dizer que o amava, mas já estava incapaz de fazer isso, poir minha voz nem saia e meu corpo, todo contraído, não obedecia aos meus comandos. Tinha certeza de que eu iria morrer em seus braços, mas assim talvez fosse melhor do que saber que eu envelheceria e você iria passar a eternidade toda.

Eternidade... É nisso que vou viver com você e me sinto realmente feliz por isso! Tenho certeza, ao menos, que vou ter muito tempo para dividir com você a minha felicidade, vendo-o sorrir e me proteger...

Aliás, Jin-sama... Não pense no que aconteceu de ruim ontem, não me interessa quem fez e porque fez, só me importa que você consegue arrancar essa dor que me assolou, e só você pode me livrar, me purificar disso tudo... Porque só você tem o direito de tocar meu corpo e minha alma...

Nee... Acho que agora já escrevi demais... Ah, quero te ter para sempre, da forma que for, tá?

Eu te amo, meu Jin-sama.

Aki-kun.