Harry: e agora? – mostra a tela do celular para Jannie, o contato dizia “mãe ♥”

Jannie: atende.

Harry: oi mãe, ah você viu, sim é verdade, eu sei, sim, tudo bem, tchau.

Jannie: e aí?

Harry: ela assistiu a entrevista, meu pai está surtando em casa e ela quer falar comigo.

Jannie: e você está bem?

Harry: estou preocupado com meu pai.

Jannie: não fica assim, relaxa, vamos pra casa, se quiser eu posso ficar lá com você enquanto fala com eles.

Harry: tudo bem.

Jannie: então vamos.

Em casa

Harry: oi mãe, oi pai. – diz desanimado

Mãe: oi meu filho, oi Jannie.

Jannie: oi tia, oi tio.

Pai: me diz que é mentira aquilo que eu vi naquela entrevista.

Harry: não é.

Pai: eu não criei você pra virar isso, pra namorar com um homem, você é homem ou não?

Harry: sou sim.

Pai: então não namoraria outro homem, eu não criei um filho gay. – Harry estava chorando e Jannie o consolando

Harry: pai me desculpa, mas esse sou eu.

Pai: não! – diz gritando

Mãe: calma amor.

Pai: eu não criei um filho gay! – diz ainda exaltado

Jannie: você não acha que deveria amar seu filho do jeito que ele é? Não acha que deveria deixar esse preconceito de lado e aceitar a escolha dele? Você ama seu filho ou não? Se amasse não iria julgá-lo, iria aceitar e dizer que o ama, não importa o que ele faça.

Pai: você não acha que está se metendo de mais não?

Jannie: não, estou defendendo meu primo e estou do lado dele porque acho que todo mundo pode ser o que quiser.

Pai: então se ele quiser ser ladrão você vai apoiá-lo?

Jannie: não, aí é diferente, isso seria crime, já ser gay não é nenhum crime, só se trata do amor, e agora eu entendo o porquê ele não quis te contar antes. Você não acha que deveria apoiar seu filho não? Você acha que é fácil pra ele? Não, não é. Ele já sofre muito preconceito da população no mundo inteiro, você é família, pelo menos você que é o pai dele deveria estar do lado dele, o apoiando, e o ajudando a superar tudo isso.